quarta-feira, 7 de maio de 2025

BDM Matinal Riscala 0705

 *Rosa Riscala: EUA-China iniciam negociações em dia de Fed e Copom*


… Comunicados dos governos da China e dos Estados Unidos confirmaram, na noite de ontem, o início das negociações comerciais entre os dois países neste fim de semana, quando o secretário do Tesouro, Scott Bessent, viajará à Suíça para um encontro com o vice primeiro-ministro chinês, He Lifeng. A notícia – que impulsionou os futuros de NY – estoura na superquarta das decisões de política monetária do Fomc e do Copom, e no mesmo dia em que Pequim cortou o juro para ajudar a economia afetada por tarifas. Não deve mudar as expectativas de manutenção do juro americano, nem o discurso de Powell (15h30). Aqui, o mercado espera que o Copom decida uma alta de 50pbs para a Selic. A agenda doméstica ainda inclui a produção industrial de março (9h) e o balanço do Bradesco, após o fechamento.


… Sobre China e EUA, trata-se do primeiro passo para a revisão das tarifas punitivas de Trump retaliadas na mesma medida por Xi Jinping.


… Em seu comunicado, o Ministério do Comércio da China impôs condições; disse que os Estados Unidos devem mostrar “sinceridade nas negociações, corrigir práticas erradas e resolver as preocupações de ambos os lados por meio de uma consulta igualitária”.


… À Fox News, Bessent disse que as negociações programadas para sábado e domingo se concentrarão na redução das tensões, e que não deve ser esperado um grande acordo comercial. “Mas precisamos reduzir as tensões antes de seguir em frente.”


… O início das negociações com a China, no entanto, que parecia distante, deve injetar ânimo nos investidores, ansiosos pela redução nas tarifas que já paralisam o comércio entre as duas maiores economias do mundo.


… “Isso não é sustentável, especialmente do lado chinês”, disse Bessent, acrescentando que 145% de tarifas impostas pelos EUA e 125% pela China é o equivalente a um embargo. “Não queremos dissociação, o que queremos é comércio justo.”


… O secretário do Tesouro americano reconheceu que a estratégia de incerteza de Trump pode ser perturbadora para os mercados, como está se vendo, mas afirmou que “essa é uma vantagem para os Estados Unidos nas negociações”.


… Bessent disse que ele e Trump sabem o que aceitariam nas negociações, mas que não iriam divulgar esses detalhes abertamente.


… Nos últimos dias, Trump afirmou que estaria disposto a reduzir as tarifas para a China em “algum momento”, mas sempre faz parecer que seria um favor para a China. “Os EUA não estão perdendo nada por não negociar com Pequim.”


… Mais cedo, o presidente chegou a dizer que EUA e China “não estavam negociando ainda”, enquanto Bessent repetia que 17 parceiros comerciais já fizeram boas propostas, que alguns acordos podem sair nesta semana, mas que isso não incluía os chineses.


… Entre os países em negociações com a Casa Branca está o Reino Unido, que, segundo o Financial Times, pode anunciar um acordo esta semana – uma coisa que o mercado espera ansiosamente como uma espécie de referência da política tarifária.


… Nesta 3ªF, Paul Tudor Jones (Tudor Investment) previu que Trump poderá reduzir as tarifas sobre a China pela metade, mas alertou que isso pode não ser suficiente para recuperar os mercados. Em entrevista à CNBC, o CEO do fundo de hedge macro resumiu:


… “Temos Trump determinado a impor tarifas e o Fed determinado a não cortar as taxas. Isso não é bom para o mercado de ações.”


FED – Deve manter (15h) os juros inalterados no intervalo entre 4,25% e 4,50%, enquanto espera maior clareza das políticas comerciais de Trump. Meia hora depois (15h30), Powell deve repetir que o Comitê não tem pressa para ajustar as taxas.


… Talvez o fato de as negociações terem se iniciado, inclusive com a China, mereça alguma concessão na mensagem mais dura que o Fed assumiu desde que as tarifas viraram tudo. Mas sem um acordo fechado, será difícil uma mudança significativa do tom.


… As expectativas dos economistas consultados pela Bloomberg são conservadoras. Eles preveem apenas dois cortes de 25pbs este ano, a partir de setembro. Nos mercados futuros, as apostas são mais ousadas, com três ou quatro cortes este ano, o primeiro em julho.


… De um lado, as tarifas agressivas sobre produtos importados estão minando a confiança do consumidor, com as famílias se preparando para uma potencial alta nos preços ao consumidor e um mercado de trabalho enfraquecido.


… De outro, dados mais recentes mostram que a inflação desacelerou em março e que a taxa de desemprego ficou estável em abril, o que reforça o padrão mais conservador do Fed, que teme pelo risco de as tarifas ameaçarem o progresso gradual da inflação.


… Autoridades do Fed enfatizaram em comentários públicos recentes que, embora a incerteza esteja excepcionalmente alta, a política monetária ainda está em uma boa posição para equilibrar seus objetivos de promover o máximo de emprego e preços estáveis.


… “Acredito que ainda ouviremos que a incerteza é alta neste ambiente, e que eles estão prontos para agir, ou não, conforme necessário para tentar atender a ambos os lados de seu mandato”, disse Sarah House, economista sênior do Wells Fargo nos EUA.


… Trump deve voltar a criticar Powell, a quem chama de “completamente insensível”, mas para o mercado o que conta é que ele parece ter se convencido de que não deve insistir nas ameaças de demitir o presidente do Fed, que tem mandato até o ano que vem.


COPOM – O dia não acaba com o Fed. Às 18h30, o BC volta a subir a Selic, com um ajuste menor do que 100pbs, como já está contratado, mas sem unanimidade quanto à magnitude, embora a aposta majoritária (quase 80%) seja de uma alta de 50pbs, para 14,75%.


… Contagiada pela volatilidade externa, a curva de juros buscou um hedge mais dovish nesta 3ªF, elevando para mais de 20% a chance de uma alta de apenas 25pbs – o que, se confirmado, seria lido pelo mercado como o encerramento do ciclo de aperto monetário.


… O mais provável, porém, é que o Copom corresponda às expectativas e mantenha o tom de cautela diante das incertezas nos EUA e das demais variáveis de risco, que incluem a inflação subjacente acima da meta e as expectativas em níveis ainda elevadas.


… Com mais cuidado, o comunicado deve também se referir aos riscos fiscais, com as medidas do governo Lula jogando contra o BC.


… A maioria dos economistas também acredita que o Copom não renovará o forward guidance, mas evitará sinalizar o fim das altas, o que significa que deverá deixar junho em aberto, condicionando um ajuste adicional aos próximos indicadores.


MAIS AGENDA – O consenso para a produção industrial de março (9h) é de expansão de 0,3%, após recuo de 0,1% em fevereiro. Às 14h30, o Banco Central divulga os dados semanais do fluxo cambial e, às 15h, o MDIC informa a balança comercial de abril.


… Lá fora, a agenda dos indicadores é fraca, prevendo apenas as vendas no varejo em março na Zona do Euro (6h) e, nos EUA, os estoques de petróleo na semana encerrada em 02/05 (11h). A previsão é de queda de 1,3 milhão de barris.


CHINA HOJE – O PBoC anunciou um corte das taxas de juros e a injeção de mais liquidez no sistema financeiro, respondendo aos apelos para impulsionar a economia, em meio a crescentes tensões com Washington.


… Os compulsórios bancários foram reduzidos em 0,5pp e a taxa de recompra reversa de sete dias caiu 0,1pp, sinalizando um futuro corte na taxa básica de empréstimo (LPR) da mesma magnitude, segundo o BC chinês.


… A taxa das linhas de crédito de refinanciamento e empréstimo suplementar foi cortada em 0,25pp e as taxas de hipoteca sob o fundo previdenciário habitacional, em 0,25pp, para 2,6% (de 2,85%).


… Outra novidade é que o órgão regulador chinês prestará auxílio às companhias afetadas pelas tarifas impostas pela Casa Branca. As seguradoras serão estimuladas a investir em ações, entre outras iniciativas.


JAPÃO HOJE – A leitura final de abril do PMI/S&P Global composto subiu de 48,9 em março para 51,2. O indicador ficou acima do patamar neutro de 50, ou seja, indicando que a atividade voltou a entrar em expansão.


$MELANIA – Financial Times revela que um pequeno grupo de traders ganhou US$ 99,6 milhões ao comprar a criptomoeda inspirada na imagem da primeira-dama dos Estados Unidos, minutos antes de ela ganhar notoriedade, na véspera da posse de Trump.


BRASÍLIA – O presidente Lula embarcou às 22h em viagem para a Rússia e a China, levando em sua comitiva o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o vice-presidente da Câmara, deputado Elmar Nascimento (União), representando Hugo Motta.


… Em Moscou, onde Lula permanecerá até o dia 10 de maio, está confirmado um encontro com Vladimir Putin. Já em Pequim, com estada entre 12 e 13 de maio, o presidente se reunirá com Xi Jinping para a assinatura de 16 acordos bilaterais.


… Lula espera o apoio da China para a Ferrovia Bioceânica, que escoaria a produção de grãos brasileiros pelo porto de Chancay (Peru).


… Nesta 3ªF, os chineses retomaram as importações de cinco unidades brasileiras que haviam sido embargadas em janeiro por questões sanitárias. Foram beneficiadas a ADM do Brasil, Cargill, Terra Roxa, Olam Brasil e C.Vale Cooperativa.


SETOR ELÉTRICO – Ficou para a volta de Lula a MP que trata da reforma do setor elétrico. Segundo o ministro Alexandre Silveira (MME), “queremos fazer um anúncio oficial”. A proposta amplia a isenção da Tarifa Social para 60 milhões de pessoas de baixa renda.


REFORMA DO IR – Instalada a Comissão Especial que vai analisar a isenção para quem ganha até R$ 5 mil/mês, Arthur Lira foi confirmado o relator e vai propor que a matéria seja votada no colegiado ainda no primeiro semestre deste ano.


INSS – CGU concluiu que a documentação para autorizar descontos nas aposentadorias estava completa em menos de um terço dos casos, praticados indevidamente desde 2016. As fraudes contra os pensionistas podem somar R$ 6,3 bilhões.


… No Valor, a equipe econômica resiste ao ressarcimento pela União e trava uma batalha com a Previdência nos bastidores. Técnicos da Fazenda defendem que o dinheiro deve ser levantado a partir da apreensão dos bens dos fraudadores.


… A demissão de Carlos Lupi da Previdência levou os deputados do PDT a desembarcarem da base do governo Lula, nesta 3ªF, quando decidiram assumir postura independente nas votações de projetos do Planalto. Os senadores continuam aliados.


BALANÇOS – Mais 14 companhias abertas divulgam os seus resultados, todas após o fechamento do mercado: Aeris Energy, Auren, Brasil Agro, C&A, Dexco, Engie, Guararapes, Klabin, Minerva Foods, Rede D’Or, Taesa, Ultrapar e Vivara.


… Em NY, tem Walt Disney após o fechamento.


AFTER HOURS – AMD foi bem no pregão estendido (+1,80%), depois de o balanço do 1Tri ter batido as expectativas. O lucro por ação ajustado (US$ 0,96) e a receita de US$ 7,44 bilhões vieram acima do esperado pelos analistas.


… Já as ações da Super Micro Computer derreteram 4,77%. A empresa revisou novamente para baixo sua projeção de receita anual, para entre US$ 21,8 bilhões e US$ 22,6 bilhões, agora reconhecendo possíveis impactos tarifários.


QUEM DÁ MENOS? – A informação que vale tanto dinheiro (se os EUA e a China vão se entender no fim de semana) ainda pode influenciar o Copom, de última hora, embora a curva continue apostando alto no meio ponto.   


… No final da tarde de ontem, segundo cálculos no Valor, as taxas mostravam 76% de chance de um aperto de 0,50pp contra 24% de 0,25pp. Fica a expectativa se haverá uma migração maior hoje de um lado para o outro.


… Como a informação sobre as conversas formais programadas entre os representantes do alto escalão da área do comércio dos governos de Washington e Pequim saiu depois do fechamento, o jogo da Selic ainda está aberto.


… Na véspera da decisão de política monetária, a ponta curta do DI exibiu recuo moderado, inibida pelo dólar, que voltou a superar R$ 5,70, depois de tantos dias comportado. Já o miolo e o trecho longo da curva fincaram queda.


… O movimento aconteceu em sincronia à baixa dos juros dos Treasuries, que responderam a um leilão de títulos públicos com demanda acima da média e reagiram ainda ao resultado pior do que o esperado da balança americana.


… O déficit dos EUA saltou para US$ 140,5 bilhões em março, contra expectativa de US$ 132,4 bilhões, com forte avanço das importações (+4,4%, para US$ 418,96 bilhões), antes da entrada em vigor das tarifas de Trump.


… Diante do apelo por proteção, o juro da Note de 2 anos caiu a 3,790%, contra 3,834% no pregão da véspera, o rendimento do bônus de 10 anos recuou para 4,305%, de 4,336%, e o do T-Bond de 30 anos foi a 4,805%, de 4,824%.


… Aqui, fecharam nas mínimas do dia o DI para Jan/26, a 14,685% (contra 14,725% na 2ªF); o Jan/27, a 13,950% (de 14,050%); e o Jan/29, a 13,530% (de 13,690%). Jan/31 caiu a 13,710% (de 13,870%); e Jan/33, a 13,770% (13,890%).


… No câmbio, o esfriamento da atividade chinesa com o choque das tarifas de Trump e a piora da balança comercial americana levaram o dólar a interromper o alívio recente e romper a marca de R$ 5,70, cotado a R$ 5,7102 (+0,37%).


… A moeda assumiu dinâmica diferente da observada no exterior, onde o índice DXY caiu 0,59%, a 99,238 pontos, sem avanços concretos na guerra contra Pequim. Mas hoje a sorte pode virar com as novidades dos EUA-China.  


… Os relatos de um possível acordo entre Trump e o Reino Unido sustentaram a libra (+0,64%, a US$ 1,3386). O euro avançou 0,53%, para US$ 1,13782, após o líder conservador Friedrich Merz se eleger chanceler da Alemanha.


… O enfraquecimento do dólar facilitou a recuperação o barril de petróleo, que disparou 3,19% (Brent), para US$ 62,15, um dia depois de ter atingido o seu pior nível em quatro anos, com a Opep+ querendo acelerar a produção.


… A volta dos chineses do feriado e os conflitos no Oriente Médio também impulsionaram as compras de petróleo.


REBOTE – O movimento turbinou as ações da Petrobras. Depois de terem fechado um dia antes no valor mais baixo do ano, os papéis PN se ajustaram em alta firme de 1,65%, a R$ 30,15, enquanto os ON ganharam 1,57%, a R$ 32,27.


… Diante da força da Petrobras, o Ibovespa resistiu estável (+0,02%, aos 133.515,82 pontos, com giro a R$ 22,2 bi), apesar da falta de fôlego da Vale ON (+0,08%, a R$ 53,00) e da queda em bloco dos papéis dos grandes bancos.


… À espera do balanço de hoje, Bradesco PN caiu 0,45%, a R$ 13,24. Itaú PN registrou desvalorização de 0,52%, para R$ 34,66, BB ON perdeu 0,76%, a R$ 28,90, e Santander Unit também teve uma sessão negativa (-0,87%, a R$ 28,45).


… Pior tombo do dia, Pão de Açúcar afundou 20,21% com o balanço trimestral considerado fraco e um desmonte de posições de Nelson Tanure e Rafael Ferri, após a queda de braço entre os dois por uma vaga no conselho.


… Em assembleia geral, Tanure conseguiu somente uma das três cadeiras que cobiçava no colegiado da empresa.


… Só com a liquidação de ontem, o papel já devolveu mais da metade do ganho de abril (+37%). Nos três primeiros pregões de maio, Pão de Açúcar registra perdas próximas de 30%, para ter a medida do quanto está sangrando.


… Cansados da retórica protecionista de Trump e com pouco resultado prático das negociações comerciais até aqui, os investidores nas bolsas de NY decidiram evitar o risco e apostar ontem na renda fixa antes da decisão do Fed.


… O Dow Jones caiu 0,95% (40.829,00 pontos); S&P 500, -0,77% (5.606,91 pontos); e Nasdaq, -0,87% (17.689,66).


EM TEMPO… A Fitch rebaixou o rating da AZUL de “CCC” para “CCC-”, com perspectiva negativa. A agência também atualizou as notas seniores garantidas da Azul Secured Finance LLP para “CCC-” com Rating de Recuperação “RR4”…


… Notas não garantidas da Azul Investments LLP foram mantidas em “CC”/“RR6”.


PRIO informou lucro líquido de US$$ 344,7 milhões no 1Tri, alta de 54% contra igual período/24. A receita líquida subiu 15%, para US$ 696,9 milhões, e o Ebitda ficou em US$ 446,6 milhões, recuo de 4% na comparação anual…


… A empresa informou ainda que a produção total de petróleo atingiu 91.133 barris de óleo equivalente por dia (boepd) em abril. O número representa uma queda de 13% na comparação com março (104.792).  


PETROBRAS. Magda Chambriard confirmou que o diretor-executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, deve deixar a companhia em cerca de um mês…


… Ele foi indicado pela União para compor o conselho de administração da Eletrobras e já havia assumido previamente o compromisso de deixar o seu cargo na estatal sob o risco de conflito de interesse…


… Magda disse que a Petrobras voltou a estudar a possibilidade de ter preços diferenciados para o gás de cozinha (GLP) por conta do aumento do uso para fins industriais.


CARREFOUR registrou lucro líquido ajustado no 1Tri, para R$ 282 milhões, cinco vezes maior do que o reportado no mesmo período do ano anterior. O Ebitda ajustado somou R$ 1,47 bilhão, alta de 3,7%…


… A receita líquida totalizou R$ 26,1 bilhões, avanço de 5,1%.


GRUPO PÃO DE AÇÚCAR (GPA) apresentou, perante a Corte Internacional de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional (CCI), um requerimento de arbitragem envolvendo Casino e cobrança de IR.


JBS anunciou investimentos de R$ 216 milhões em 4 unidades de suínos e aves da Seara em SC.


ELDORADO BRASIL encerrou o 1Tri com lucro líquido de R$ 459 milhões, avanço de 50% contra um ano antes. A receita líquida avançou 14% e totalizou R$ 1,6 bilhão. Ebitda ajustado alcançou R$ 914 milhões, alta anual de 25%.


BANCO MASTER. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) aceitou pedido do Ministério Público impedindo que o Banco de Brasília (BRB) assine contrato definitivo para adquirir parcela de 58% do capital total.


NUBANK confirmou que Campos Neto assumirá como vice-chairman depois do fim da quarentena do BC, em 1º de julho, e integrará o Conselho de Administração da Nu Holdings como membro não independente.


CAIXA SEGURIDADE teve lucro líquido de R$ 1,009 bilhão no 1Tri, alta de 9,2% contra igual período/24.


VIBRA teve lucro líquido de R$ 601 milhões no 1Tri, queda de 23,8% contra um ano antes. O lucro líquido ajustado nos primeiros três meses foi de R$ 1 bilhão, alta de 27,9%. Ebitda ajustado subiu 43,6%, para R$ 2 bilhões…


… A receita líquida ajustada alcançou R$ 45 bilhões, crescimento de 13,2%…


… A empresa informou que a CVM confirmou inexigibilidade de OPA pela alienação de controle da Comerc Energia.


RD SAÚDE reduziu lucro em 12,7% no 1Tri, para R$ 164 milhões. A receita somou R$ 10,8 bilhões, alta de 10,4% em um ano. Ebitda encolheu 4,2%, para R$ 650,2 milhões; em termo ajustado, resultado foi de R$ 644,1 milhões (-5,5%).


HAPVIDA iniciou a implementação de grupamento de ações ordinárias na proporção de 15 por 1.


ODONTOPREV registrou lucro líquido de R$ 169,7 milhões no 1TRI25, alta de 15,6% na comparação anual. Receita líquida subiu 7,2%, para R$ 590,4 milhões, e Ebitda ajustado aumentou 11,7%, para R$ 226 milhões.


PLANOS DE SAÚDE. ANS discute conjunto de medidas regulatórias que pode permitir reajustes extras em planos individuais, superando o teto fixado pela própria agência, e menos tempo para comunicar consumidor. (Estadão)


VAMOS. Lucro caiu 45% no 1Tri, para R$ 107,8 milhões, e a receita avançou 24% em relação a igual período do ano anterior, somando R$ 1,33 bilhão…


… A empresa estima lucro líquido de R$ 450 milhões a R$ 550 milhões no ano e Ebitda no intervalo de R$ 3,850 bilhões a R$ 4,150 bilhões em 2025.


JSL teve lucro líquido ajustado de R$ 45,1 milhões no 1TRI25, queda de 7,4% s/ 1TRI24. O Ebitda ajustado cresceu 13,8%, para R$ 458,2 milhões, e a receita líquida aumentou 12,1%, para R$ 2,320 bi.


RAÍZEN. O conselho de administração aprovou por unanimidade autorização para que a companhia, subsidiárias e/ou sua controladora, a Raízen S.A., obtenham financiamentos de longo prazo no valor total de até R$ 1,5 bilhão.


AERIS ENERGY. O conselho de administração aprovou a primeira emissão de notas comerciais escriturais, em série única, com garantia real, para colocação privada, no valor total de até R$ 125 milhões.


DIA DAS MÃES. Deve movimentar R$ 16,3 bilhões em compras, montante 9,24% superior à projeção de igual período do ano passado, em pesquisa da Abecs, associação que representa as empresas de meios eletrônicos de pagamento, encomendada ao Datafolha…


… O levantamento aponta que 62% dos consumidores pretendem comprar presente neste ano. Ainda segundo o estudo, o valor médio das compras será de R$ 249, montante 8,7% maior contra o visto no ano passado (R$ 229).

Josue Leonel

 *Sinais do Fed e Copom em foco; EUA, China negociam: Mercado Hoje*


Por Josue Leonel

(Bloomberg) -- Futuros das bolsas americanas, petróleo e

dólar se valorizam com notícia de que secretários dos EUA

negociarão tarifas com a China esta semana. Menor tensão

comercial se soma ao corte da taxa de juros chinesa e traz

alívio parcial antes da decisão do Fed, que deve manter sua taxa

estável. Mercados aguardam sinais sobre possíveis cortes futuros

do comunicado do BC americano e de fala de Powell. Conclave

começa em Roma.

No Brasil, aposta majoritária é de que o Copom elevará a

Selic para 14,75%, maior nível desde 2006, desacelerando o

ritmo. Parte dos analistas espera fim do ciclo de aperto, com

abandono do guidance de alta adicional, e balanço de riscos

simétrico, em meio aos riscos externos. Agenda ainda traz

produção industrial, com expectativa de alta, e primeiro saldo

da balança pós-tarifas, que deve vir positivo. No corporativo,

Bradesco divulga balanço depois do fechamento, Nubank contrata

Campos Neto e Justiçado do DF proíbe BRB de assinar compra do

Banco Master.

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*T

Às 7:35, este era o desempenho dos principais índices:

S&P 500 Futuro +0,5%

STOXX 600 -0,4%

FTSE 100 -0,3%

Nikkei 225 -0,1%

Shanghai SE Comp. +0,8%

MSCI EM estável

Dollar Index +0,3%

Yield 10 anos +1,6bps a 4,3101%

Petróleo WTI +0,5% a US$ 59,38 barril

Futuro do minério em Singapura +0,8% a US$ 98,3

Bitcoin +2,4% a US$ 96931,69

*T

 

Internacional

Negociações e corte de juro na China animam bolsas pré-Fomc

* Futuros dos índices de ações dos EUA sobem e dólar interrompe

três dias de declínio com notícia de que autoridades dos EUA e

da China se reunirão essa semana na Suíça

** Reunião será a primeira negociação comercial confirmada entre

os países desde que o presidente Donald Trump anunciou tarifas

no mês passado

** Secretário do Tesouro Scott Bessent afirmou em entrevista à

Fox News que as tarifas não são sustentáveis

* Petróleo também avança com menor tensão comercial; na Europa,

porém, bolsas caem com corte da previsão de vendas da Novo

Nordisk

* Rendimento dos treasuries de 10 anos tem alta leve

* Fed anuncia às 15:00 sua decisão e deve manter suas taxas;

presidente Jerome Powell fala na sequência

* Banco Popular da China reduziu a taxa de recompra reversa de

sete dias de 1,5% para 1,4% e também reduzirá o compulsório em

meio ponto percentual

** Bolsas chinesas perdem forçam depois de ganhos anteriores

mais fortes com o corte de juros no país, que mostra esforços de

Pequim para ajudar a economia a superar a guerra comercial com

os EUA

* Cobre recua e minério de ferro reduz ganho com realização de

lucros após corte de juros esperado na China

* Conclave para escolha do novo Papa começa em Roma hoje


Para acompanhar

Copom deve desacelerar alta com fim de ciclo no radar

* Copom deve desaceler o ritmo de alta da Selic para 0,50pp,

diante do risco de redução do ritmo do crescimento global e da

queda do dólar e do petróleo com a guerra comercial

** Parte do mercado acredita que a decisão marcará o fim do

ciclo de aperto monetário iniciado em setembro e vários

analistas consideram que o BC poderá retirar a sinalização

futura sobre a política monetária

* BC oferta 25.000 contratos de swap para rolagem; divulga fluxo

cambial

* Produção industrial de março, que sai às 09:00, deve crescer

1,5% na comparação anual, mesma variação de fevereiro, e 0,3% na

mensal, após queda de 0,1% no mês anterior

* Balança comercial, que sai às 15:00, deve mostrar superávit de

US$ 8,3 bi em abril, primeiro mês pós-tarifas de Trump, pouco

acima dos US$ 8,155 bi de março - com aumento de exportações e

importações

* Balanços hoje: Bradesco, Engie Brasil, Klabin, Auren Energia,

C&A Modas, Desktop, Dexco, Eletromidia, Guararapes, Iochpe-

Maxion, Lavvi, Lojas Quero-Quero, Mills, Minerva, Movida, Rede

D’or, Taesa, Ultrapar, Vivara


Outros destaques

Lula na Rússia; caso INSS, consignado; deputados; PDT deixa

governo

* Lula deve assinar acordos com Rússia e China para fábricas de

fertilizantes no Brasil: Exame

* Lula viaja para Rússia; Haddad tem reunião com secretário do

México

* Entidades pedem à Justiça arresto de R$ 6,3 bi de associações

envolvidas em fraude no INSS: O Globo

* Governo discute aperfeiçoar INSS, mas ainda avalia tamanho do

rombo: Valor

* Aposentados relatam fraude em empréstimos consignados do INSS:

Poder360

* Bolsonaristas querem usar ato hoje em Brasília para manter

pressão por anistia: Folha

* Câmara aprova projeto que amplia número de deputados federais

de 513 para 531, que implicará impacto orçamentário de R$ 64,8

milhões ao ano: Agência Câmara

** Número de deputados estaduais mudará porque a Assembleia

Legislativa deve ter o triplo da representação do estado na

Câmara dos Deputados com trava de 36

* CMA vota lei do licenciamento ambiental nesta quarta e fim da

reeleição a partir de 2030 volta à pauta da CCJ: Agência Senado

* PDT da Câmara aprova saída da base do governo Lula: Valor

* Lula avalia Boulos para assumir ministério: Estado


Empresas

Nubank, Master, Carrefour, GPA, Petrobras

* Campos Neto será chefe de políticas públicas do Nubank, quando

o seu período de ‘garden leave’ se encerrar em julho

* Justiça do DF proíbe BRB de assinar compra do Master

* Carrefour Brasil Lucro líquido 1T frustra estimativas

* GPA requer arbitragem contra Casino em caso sobre IRPJ

* Petrobras busca empresas estrangeiras para parcerias com

estaleiros brasileiros, diz CEO Magda Chambriard: Reuters

* Prio: Lucro líquido 1T US$ 344,7 mi; produção diária óleo

abril 91.133 barris/dia

* JBS investirá R$ 216 mi em quatro unidades da Seara

* Raízen obtém financiamento de longo prazo de até R$ 1,5 bi

* Vibra Energia: Lucro líquido 1T supera estimativas

Banco Master

 *COLUNA DO ESTADÃO: PRESIDENTE DO BRB REFORÇA DECISÃO QUE IMPÔS SIGILO SOBRE COMPRA DO MASTER*

Por Eduardo Barretto, do Estadão


 Brasília, 07/05/2025 - O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, reforçou a decisão do órgão estatal de impor sigilo a todos os documentos internos relacionados à compra de uma fatia relevante do Banco Master. Costa afirmou que a divulgação desses dados comprometeria a competitividade da instituição no mercado. A transação, estimada em R$ 2 bilhões, é investigada por quatro órgãos de controle e ainda precisa do aval do Banco Central (BC) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).


 A Coluna do Estadão solicitou, com base na Lei de Acesso à Informação, acesso a pareceres, memorandos, notas técnicas, íntegra do processo administrativo, atas de reuniões e demais documentos relacionados à compra de parte do Master, anunciada em março.


 Por três vezes, o BRB negou enviar qualquer documento sobre o caso. A recusa mais recente foi assinada pelo presidente do banco na última segunda-feira, 5. Agora, a decisão caberá à Controladoria-Geral do Distrito Federal.


“A divulgação irrestrita de tais informações comprometeria o posicionamento estratégico e a competitividade da instituição no mercado, podendo inclusive gerar impacto adverso à sua sustentabilidade financeira”, afirmou o documento assinado por Costa e pelo diretor-executivo do BRB, Dario Oswaldo Garcia Júnior. O ofício acrescentou que a decisão busca “preservar dados cuja publicidade irrestrita pode comprometer o interesse público”.


A Lei de Acesso prevê que o sigilo é a exceção, e que documentos com eventuais informações sensíveis podem ter esses trechos tarjados, para não impedir a divulgação de dados públicos ou dificultar a transparência.


 Na semana passada, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios pediu que a Justiça local proíba o BRB de concretizar o negócio com o Master. Segundo o MP, a Diretoria e o Conselho de Administração do BRB “incorreram em ilegalidade ostensiva” e deveriam ter recebido aval prévio da Câmara Legislativa do Distrito Federal e da assembleia de acionistas antes da compra, o que não aconteceu.


 Nos últimos quatro anos, o Master multiplicou por dez seu patrimônio e quintuplicou sua carteira de crédito. Esse crescimento foi tracionado pela oferta de Certificados de Depósito Bancário (CDB) que pagam ao investidor taxas bem agressivas, muito acima dos concorrentes, de até 140% do CDI. A instituição também é alvo de comentários no mercado financeiro por ter comprado participações de companhias em dificuldades financeiras.


 O BC foi alertado sobre as operações fora do padrão feitas pelo banco Master e apertou as regras para frear um comportamento ousado na comparação com os concorrentes. Segundo dois banqueiros ouvidos sob reserva pelo Estadão, o órgão regulador foi provocado, ainda na gestão de Roberto Campos Neto (encerrada em dezembro passado), sobre a discrepância em relação às práticas tradicionais das instituições financeiras assumidas pelo Master.

Samuel Pessoa

 Samuel Pessôa defende privatização da Petrobras e mais carga tributária para acertar o fiscal.

Ao congelamento dos aumentos reais do salário mínimo defendido recentemente pelo ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga para acertar o quadro fiscal, o chefe do Centro de Crescimento Econômico do Instituto Brasileiro de Economia (FGV/Ibre), Samuel Pessôa, acrescenta a defesa da privatização da Petrobras, o aumento da carga tributária e a mudança do indexador do gasto mínimo constitucional que a União tem que fazer com o salário-educação.


Pessôa participou nesta terça-feira, 6, do TAG Summit 2025, no qual defendeu que haja uma mudança do governo de esquerda por um de direita. Antes, no mesmo evento, já tinha previsto que o Brasil chegará ao final do governo Lula “capengando” e pressionado por uma forte inflação de serviços.


“Teremos que mudar o indexador daquele gasto mínimo constitucional que a União tem que fazer com o salário de educação. Talvez a gente precise de ainda uma rodada de aumento de carga tributária, o que der. Talvez o governo de direita possa avançar na privatização da Petrobras, para poder juntar um dinheiro para abastecer a vida pública. A experiência do governo Temer é, nesse sentido, positiva”, disse Pessôa.


O governo Temer, emendou o economista, mostrou que o juro brasileiro é formado no mercado de fluxo. Está no equilíbrio entre oferta e demanda. “E é como a gente ensina nos cursos de economia mesmo. Então, funciona. Ou seja, se a gente mudar o gasto obrigatório, se a gente conseguir reverter a dinâmica do gasto, isso já gera uma queda nos juros instantânea. Essa queda nos juros faz com que os modelos de previsão de vida pública se analisem para melhora. E isso corta risco”, reforçou Pessôa.


Ainda segundo ele, se tiver um ganho adicional de custos de capital, a economia entra meio que no círculo virtuoso.

“Isso aconteceu lá no governo Temer e isso vai acontecer no próximo governo. Dá para fazer. As medidas são essas. Elas são dolorosas. A gente viu a dificuldade que a sociedade tem de lidar com a restrição de recursos. Teremos que passar alguns anos sem aumentar o valor real do salário mínimo. Produz um desconforto imenso, eu entendo. Mas a gente vai ter que convencer que as coisas vão ser assim”, completou Pessôa.

Enquanto isso na Bolívia....

 O bilionário boliviano Marcelo Claure declarou em entrevista à Bloomberg News que pretende usar seus recursos financeiros e influência para apoiar a eleição de um presidente pró-mercado na Bolívia. Diante da grave crise econômica no país, Claure considera que a votação de agosto é decisiva para evitar a continuidade da esquerda no poder. Embora não esteja na Bolívia — ele afirma ter deixado o país por questões de segurança —, atua à distância para tentar unificar a fragmentada oposição de centro-direita. Ele também afirma que seguirá os limites legais de financiamento eleitoral. Clique no link para saber mais.


https://tinyurl.com/3zmj7h9j

Alvaro Gribel

 *Dívida do Master já pode ter subido quase R$ 1 bilhão desde anúncio da operação com o BRB*


Banco tem R$ 49 bilhões em dívidas de CDBs, de acordo com seu balanço, que são corrigidas a taxas de juros de quase 20% ao ano


Alvaro Gribel


Uma conta relativamente simples dá a ideia da urgência envolvendo a operação de venda do banco Master. Desde o anúncio da operação com o BRB, no dia 28 de março, a dívida do banco já pode ter subido quase R$ 1 bilhão, em função dos passivos contraídos pela instituição financeira a taxas muito mais altas do que as praticadas pela média do mercado.


De acordo com o balanço divulgado pelo banco de 2024, o Master tem R$ 49,24 bilhões em passivos nas rubricas de “depósitos interfinanceiros” e “depósitos a prazo”, nas quais ficam registrados os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs). O Master chegou a emitir essa dívida prometendo pagamentos de até 140% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que é atrelado à taxa Selic.


Se a conta for feita de forma mais conservadora, levando-se em conta, por exemplo, uma taxa média de 130% do CDI, a dívida do Master poderá ter subido R$ 837 milhões, nos 25 dias úteis que transcorreram desde o anúncio da operação com o banco de Brasília. O cálculo foi feito com a ajuda de um especialista em balanço de bancos, mas que preferiu não se identificar.


O número exato, contudo, pode nem ser conhecido, já que o banco está em análise para venda para o BRB e terá o seu balanço desmembrado. A conta também precisaria levar em consideração o valor exato de cada papel emitido, mas esse valor dá uma ordem de grandeza e também de urgência dessa operação. Quanto mais o tempo passa, maior pode ser o “buraco” deixado para trás pelo Master.


O crescimento acelerado da sua dívida - em função das altas taxas de juros que o próprio Master ofereceu aos seus clientes para captar recursos - é um dos grandes problemas sobre o futuro do banco. A grosso modo, como a taxa Selic está em 14,25% ao ano, o Master se comprometeu a pagar essa dívida com juros de 18,52% ao ano (caso tenha como referência o CDB de 130% do CDI).


Por outro lado, há também questionamento sobre os ativos da própria instituição financeira. Para fazer frente a um fluxo elevado de dívidas a pagar, o Master precisou investir em ativos arriscados, que poderiam gerar altas taxas de retorno (para pagar a dívida cara), caso as operações dessem certo.


Entre eles estão ações de empresas em dificuldade (com a aposta de valorização rápida), e os precatórios e direitos creditórios, que são dívidas que o setor privado tem a receber da União, mas de pagamento incerto.


Por isso, o Master corre contra o relógio, assim como os grandes bancos, que são os principais credores do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Quanto maior ficar a dívida do Master, maior também pode ser a conta que sobrará para ser paga pelo FGC.


BRB ‘fecha operação’ e descarta R$ 33 bi de ativos


Enquanto o Master ainda tem negociações com o setor privado, em busca de compradores para os ativos que não serão incorporados pelo BRB, o banco de Brasília terminou de entregar a documentação complementar ao Banco Central.


Nos bastidores, o que se comenta é que o BRB já concluiu o tamanho da sua operação com o Master.


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No final de março, em entrevista ao Estadão, o presidente do banco, Paulo Roberto Costa, afirmou que R$ 23 bilhões de ativos do banco não entrariam na operação. Agora, o número subiu para R$ 33 bilhões, descartando também carteiras de crédito “concentradas”, com baixas garantias ou com fluxo de recebimento considerado longo demais pelo banco.


Essa seria a continuação da diligência que está sendo feita pelo BRB no Master, com a ajuda de firmas de auditoria. O quanto sobrará dos ativos ainda é um número incerto. No balanço do Master de dezembro, o banco tinha R$ 63 bilhões de ativos, mas dados do banco central, incluindo conglomerando, mostram R$ 83 bilhões de ativos. Parte disso seria anulado do ponto de vista contábil.


Entre o pedaço do Master que fica para trás, dentro da chamada “liquidação privada”, ou seja, a venda desses ativos, a expectativa é de que pelo menos uma parte tenha suporte do FGC, a que estaria em negociação com o grupo J&F. Isso garantiria o pagamento dos passivos do banco, honrando os compromissos assumidos pelo Master. O Master ainda procura, contudo, compradores para outros ativos do banco.


Uma grande dúvida que ainda paira no mercado financeiro é quais serão os passivos que serão herdados pelo BRB. Pelo acordo firmado entre os bancos, ficou claro que o BRB poderá escolher os ativos que quer comprar, mas permanece um mistério quais serão os passivos correspondentes a esses papéis. A interlocutores, Costa tem dito que esse cronograma não irá pressionar o banco público.


https://www.estadao.com.br/amp/economia/alvaro-gribel/desde-o-anuncio-da-operacao-com-o-brb-divida-do-master-ja-pode-ter-subido-quase-r-1-bilhao/

Ricardo Amorim

 Wellington Vitorino, de Niteroi, é o 1°  brasileiro negro aprovado para cursar MBA no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

De origem simples, trabalha desde pequeno. Aos 8 anos, ajudava o pai a vender de tudo na Praia de Saquarema. Aos 12, passou a revender picolés, até no Batalhão da Polícia Militar. Lá, sempre mostrava seus boletins escolares ao coronel, que o ajudou a conseguir uma bolsa de estudos de 50% em uma escola particular de São Gonçalo. A outra metade, pagou com o lucro do seu trabalho.

Depois, vendeu doces. Chegou a abrir outros 23 pontos de venda. Toda a família acabou envolvida no negócio.

Em 2012, aos 17 anos, assistiu a uma palestra sobre negócios e carreira e contou sua história ao palestrante. Isto lhe rendeu uma bolsa integral para o 3° ano do ensino médio na Escola Parque.

Com defasagem de ensino, teve notas baixas, no início. “No 1º bimestre, fui reprovado em 6 disciplinas”. Não desanimou.

Acabou aprovado em todas as universidades para as quais prestou vestibular. Tirou 1000 na redação do Enem. Optou pela bolsa integral do ProUni para Administração de Empresas no Ibmec.

No Ibmec, se destacou como bolsista e monitor. Em 2015, entre 60 mil candidatos, foi um dos 24 aprovados pela Fundação Estudar e recebeu o prêmio de bolsista do ano de Jorge Paulo Lemann.

Criou o ProLíder para ajudar a formar jovens lideranças. “A cada passo que se dá na vida, precisamos levar outras pessoas conosco”.

Do projeto, surgiu o Instituto Four, ONG que forma e desenvolve jovens líderes para pensar como resolver os problemas e desafios do Brasil. Ele já formou mais de 200 jovens para atuar no meio público, político e empreendedor – incluindo prefeitos, vereadores, investidores e dois aprovados em Harvard.

O Instituto Four também organiza o Four Summit, conferência sobre as principais áreas estratégicas do Brasil, com foco em inovação e tecnologia.

Vai com tudo, Wellington. O Brasil precisa muito de gente como você. #educação #superação #empreendedorismo

Produtividade é a saída

  O mundo está girando (e rápido): o Brasil vai acompanhar ou ficar para trás? 🌎🇧🇷 Acabei de ler uma análise excelente de Marcello Estevã...