quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal


SESSÃO: Regressamos à montanha-russa com bolsas em alta. A temporada de resultados empresariais continua a avançar a bom ritmo com 80% das empresas já com resultados publicados e um crescimento de EPSs nos EUA de +12,1% vs. +5,8% esperado. 


A Apple anunciou novos investimentos de 100.000 M$ nos EUA (e 600.000 M$ no total) para dividir parte da sua cadeia de fornecimento e evitar impostos alfandegários. Neste sentido, ontem, Trump anunciou a imposição de impostos alfandegários de 100% à importação de chips, embora tenha prometido isenções para as empresas que se comprometam a investir nos EUA. TSMC não deverá ver-se afetada por ter fábrica no país, portanto China e outros países asiáticos como Filipinas ou Malásia partem como as principais vítimas deste possível imposto. Trump também impôs um imposto alfandegário adicional de 25% às importações da Índia (50% total), que já comentou e ameaçou com impostos alfandegários elevados ao setor farmacêutico se não reduzisse preços, motivando quedas no setor (Bayer -10%, Novo Nordisk -5%…).


E, por último, Kashkari (Fed de Minneapolis) declarou que a desaceleração da economia americana torna apropriado um corte de taxas de juros a curto prazo.


A partir de hoje, a semana perde intensidade. O Banco de Inglaterra irá baixar a Taxa Diretora em -25 p.b. até 4,00% devido à desaceleração em salários, a moderação em inflação (embora ainda se situe em níveis elevados, superiores a +3%) e debilidade económica no Reino Unido. E nos EUA, os dados macro irão mostrar melhorias na Produtividade (+2,0% vs. -1,5%) e nos Custos Laborais Unitários (+1,% vs. -6,6%) no 2T. Estas melhorias estão distorcidas pelo fraco PIB do 1T (-0,5%) com uma contribuição negativa do setor exterior pelo adiantamento de importações para evitar impostos alfandegários.


No plano micro, reduz-se o ritmo de publicação com empresas como Rheinmetall, Maersk, Siemens, D. Telekom na Europa; e Eli Lilly, Datadog, Constellation Energy, Block e Gen Digital nos EUA.


CONCLUSÃO: Hoje poderíamos ver ligeiros avanços nas bolsas, apoiados em bons resultados, isenções de impostos alfandegários a semicondutores para as empresas que se comprometam a investir nos EUA e corte de taxas de juros no Reino Unido. 


S&P500 +0,7% NQ100 +1,3% SOX -0,2% ES-50 +0,3% VIX 16,8% BUND 2,65%. T-NOTE 4,24%. SPREAD 2A-10A USA=+52PB B10A: ESP 3,23% ITA 3,47%. EURIBOR 12M 2,13% (FUT. EURIBOR 12M 2,08%). USD 1,168. JPY 171,6. OURO 3.385$. BRENT 67,3$. WTI 64,8$. BITCOIN -0,4% (114.699$). ETHER +0,8% (3.708$).


FIM

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

O peso do assistencialismo contínuo

 Eduardo Anelli, no Valor de hoje…

“O custo invisível do assistencialismo contínuo"

“Toda política pública precisa ser instrumento de transformação — e não de acomodação”. 

Amartya Sen, Prêmio Nobel de Economia

Nas últimas duas décadas, o Brasil construiu um dos maiores sistemas de transferência de renda da América Latina. Programas como o Bolsa Família, Auxílio Gás e Vale Energia integram o orçamento de milhões de famílias. Contudo, quando esses mecanismos emergenciais se tornam permanentes, sem metas de emancipação, surge uma dependência sutil, de longo prazo. 

A dúvida é: estamos enfrentando a pobreza ou perpetuando um ciclo de estagnação?

O Bolsa Família, criado oficialmente em 2003, atendia cerca de 3,6 milhões de famílias em seu primeiro ano. Hoje, ultrapassa a  marca de 20 milhões de famílias, com um custo mensal de mais de R$ 13 bilhões. Em 2024, os gastos ultrapassaram R$ 142 bilhões —  valor comparável ao total investido na educação básica nacional.

Essa inversão revela uma escolha: estamos financiando a permanência da pobreza, em vez de investir na superação dela. O investimento na renda mínima não pode substituir o esforço estruturante na formação de capital humano, base essencial para o desenvolvimento sustentável de qualquer nação.

O paradoxo é evidente nas regiões Norte e Nordeste. Em muitos municípios, há mais famílias beneficiárias do que trabalhadores formais. No Maranhão, por exemplo, apenas 24% da população economicamente ativa está registrada com carteira assinada.

Em Marajá do Sena (MA), para cada trabalhador formal existe quase três famílias no programa.

Isso sinaliza uma realidade preocupante: a assistência passou a ocupar o lugar do emprego como motor da economia local.

A Previdência Social brasileira enfrenta um déficit superior a R$ 320 bilhões ao ano. Com 53% da população fora do regime de contribuição, a base arrecadatórias e esvazia.

Além disso, o trabalhador brasileiro tem produtividade muito baixa: produz apenas 23% do que produz um trabalhador norte-americano. Esse índice também é inferior ao de países como Chile e Coreia do Sul, que investiram massivamente em educação e capacitação técnica ao longo das últimas décadas.

O resultado é um cenário de dependência e a baixa produtividade q mina o crescimento sustentável e agrava as desigualdades.

O impacto econômico do "assistencialismo contínuo" é pro-fundo. Ele pressiona o equilíbrio fiscal, desestimula a formalização, alimenta a informalidade e reforça desigualdades regionais.

Para sustentar os programas, o governo recorre a aumento de impostos indiretos, que pesam mais sobre os pobres, além de ampliar o endividamento público. As regiões mais dependentes da assistência, como o semiárido nordestino, sofrem retração no investimento privado e menor oferta de empregos qualificados, agravando a estimativa de crescimento e desenvolvimento sustentável na região.

Outros países seguiram caminhos diferentes. O Canadá destina mais de 11% do PIB à educação e tem 89% da população adulta com ensino médio completo. A Noruega investe mais de 9% do PIB no setor, oferecendo ensino público gratuito e de qualidade. A Finlândia, com 6,9%, tem uma das melhores notas do mundo em avaliações internacionais como o Pisa. A Coreia do Sul, que nos anos 1960 era mais pobre que o Brasil, ultrapassou os US$ 40 mil de Produto Interno Bruto per capita com foco intenso em educação técnica. O Chile, desde os anos 1990, reformulou sua política social, priorizando educação de base, crédito estudantil sustentável e mecanismos de transição entre assistência e trabalho.

O Brasil, ao contrário, manteve uma política de transferência sem metas claras de transição. A ausência de mecanismos que liguem a assistência à capacitação profissional tem efeitos colaterais evidentes: a substituição do salário pelo benefício, a perda de dinamismo no mercado de trabalho e o uso político de programas sociais como ferramenta de controle eleitoral. Tudo isso en-fraquece o vínculo entre esforço individual e progresso social.

A assistência social é necessária, mas não pode ser fim em si mesma. É preciso desenhar políticas com condicionalidades reais — como presença escolar, desempenho acadêmico e qualificação profissional —, estabelecer limites de permanência, incentivar a formalização via bônus fiscal a empresas que contratem ex-beneficiários e ampliar  microcrédito voltado a regiões mais vulneráveis. Investir no mínimo 6% do PIB em educação é essencial, com foco especial em ensino técnico regional.

A Coreia do Sul é um exemplo bem-sucedido de assistência social vinculada ao aumento da riqueza nacional. Após a guerra, o país estava entre os mais pobres do mundo, mas adotou políticas sociais focadas em educação, capacitação técnica e empregabilidade. O governo investiu em qualificação profissional e bolsas educacionais, exigindo contrapartidas de desempenho e inserção no mercado.

Esse modelo elevou a produtividade e impulsionou a mobilidade social, transformando a Coreia em uma potência econômica. Em menos de 50 anos, o Produto Interno Bruto per capita ultrapassou US$ 40 mil, provando que a assistência, quando voltada à emancipação, pode ser motor de crescimento.

Já a Venezuela ilustra um fracasso. Desde os anos 2000, o país ampliou subsídios diretos — como alimentos, gasolina e bônus — sem exigir contrapartidas ou promover inclusão produtiva. Financiados pela renda do petróleo, os programas alimentaram a dependência estatal e desestimularam o trabalho. Com o colapso econômico, o país enfrentou hiperinflação, escassez e êxodo em massa. A assistência, sem base estrutural e usada politicamente, aprofundou a crisee empobreceu ainda mais a população.

O papel do Estado deve ser o de construir pontes, não muros. Países que investiram em capital humano e educação transformaram suas populações vulneráveis em motores de crescimento e inovação. O Brasil precisa aprender com esses exemplos. A justiça social genuína está na emancipação econômica do cidadão. Um país forte não é o que sustenta milhões, mas o que prepara milhões para se sustentarem com dignidade e independência.

Eduardo Bach Anelli é economista, CFO da PX Energy e diretor financeiro da Forbes Resources Brasil Holding (julho 2025)

Fabio Alves

 


XP Bom dia

 06‑08 | XP Furla News


Bom dia,


🟢 Futuros em alta às 05h59 de Brasília: S&P 500 +0,32%, Dow Jones +0,38%, Nasdaq 100 +0,15%, FTSE 100 +0,22%, STOXX 600 +0,06%.

Petróleo Brent sobe 1,37%, aos US$ 68,57.


*🔴 Metrópoles - Tarifaço: Lula pede tempo a governadores e promete comprar excedentes* 

O presidente, contudo, se comprometeu a apresentar compensações aos setores atingidos. *Entre elas, medidas fiscais e compra governamental de excedentes dos produtos afetados pelo tarifaço.*


🔴 *UOL – Haddad sugere comprar parte das exportações que deixarem de ir para os EUA* 

Segundo o ministro, sua equipe trabalha em um texto legislativo. Compras seriam focadas em setores que não conseguirem novos compradores.


*🔴 Valor – Tarifaço dos EUA sobre produtos do Brasil entra em vigor hoje, com cerca de 700 exceções.*


*O Globo – Dia D do tarifaço: pacote de socorro mira crédito ao agro e compra governamental de pescado, fruta e mel.*

Deve prever linha do BNDES para pecuaristas e agroindústrias, com juros subsidiados pelo Tesouro.


*🔴 Poder360 – “Trump não quer falar, mas eu vou convidá-lo para a COP30”, diz Lula*

“Eu não vou ligar para o Trump porque ele não quer falar. Mas pode ficar certa, Marina, eu vou ligar para convidá-lo para a COP, porque quero saber o que ele pensa da questão climática.”


*🔴 Folha – Agro teme sanções de Trump ao Brasil por compra de fertilizantes russos e faz alerta ao Itamaraty*

Em julho, Trump ameaçou tarifar em 100% países que comprarem produtos russos. Ontem, disse que decide hoje sobre sanções envolvendo petróleo.


*G1 – Tebet avalia que café e carne devem ficar de fora do tarifaço dos EUA*

Segundo a ministra, produtos são sensíveis para o consumidor americano. Plano de contingência não deve afetar o teto de gastos.


*Valor – Bolsonaristas ameaçam parar votações e ocupam Câmara e Senado*

Protesto contra prisão de Bolsonaro impediu abertura dos trabalhos. Pressão por anistia, fim do foro e impeachment de Moraes.


*Folha – Cúpula do Congresso resiste à pressão após prisão de Bolsonaro, que deixa ala do STF indignada*

Planalto orienta reação discreta. No STF, parte dos ministros se irritou com a operação.


*Estadão – Alcolumbre diz que oposição faz “ação arbitrária” e Motta afirma que decisão do STF se cumpre*

Presidência do Congresso cancelou sessões e deve reunir líderes hoje.


*Folha – Paralisação da oposição deve atrasar sabatina de oito agências reguladoras*

Maior parte dos 17 indicados depende da Comissão de Infraestrutura, presidida por Marcos Rogério (PL-RO).


*Valor – Ata reforça tom conservador do Copom*

Juros devem seguir altos por “período bastante prolongado”. Destaque para inflação, cenário externo e mercado de trabalho.


*Valor – Inflação precificada pelo mercado já se aproxima de 4%*

BC conservador, surpresas baixistas e câmbio explicam queda da taxa implícita nas NTN-Bs.


*🇧🇷 MACRO BRASIL: Real ficou estável em R$ 5,51. Taxa local de 10 anos subiu 8 bps, para 13,77%, e a NTN-B longa avançou 3 bps, pagando IPCA + 7,19%.*


🇺🇸 TAXA REFERÊNCIA: Juros de 10 anos a 4,20%. Título de 2 anos sobe para 3,716%. O de 30 anos recua a 4,771%.

BDM Matinal Riscala

 Bom Dia Mercado.


Quarta Feira, 06 de Agosto de 2.025.


Agitação política no dia D do tarifaço

Surgem rumores de que Moraes pode revogar a prisão de Bolsonaro


Agitação política no dia D do tarifaço

… Walt Disney e McDonald´s soltam balanços antes da abertura e três integrantes do Fed falam, enquanto Trump promete nomear ainda essa semana o substituto para o cargo de Adriana Kugler, conferindo ao BC americano uma composição mais dovish, em meio à pressão por corte dos juros. Aqui, Galípolo participa de evento no Rio, às 10h, e pode reforçar o viés hawkish do Copom. Itaú repercute na abertura o lucro em linha com as estimativas e pagamento de JCP, que animou os ADRs do banco a subirem 1,23% no after market. O tarifaço de 50% de Trump sobre o Brasil entra em vigor hoje, apesar de especulações de que o café e a carne ainda poderão ser poupados nos próximos dias. A investida protecionista, contaminada pelo fator político, pega Brasília em alta temperatura. A oposição faz barulho e ameaça obstruir as votações, enquanto surgem rumores de que Moraes pode revogar a prisão de Bolsonaro.


SÃO MUITAS EMOÇÕES – No final da tarde de ontem, a colunista Mônica Bergamo publicou na Folha que a ordem para a prisão domiciliar do ex-presidente irritou ministros do STF, isolou Moraes e pode ser reconsiderada.


… Segundo os magistrados, a decisão teria sido exagerada, desnecessária e insustentável do ponto de vista jurídico, debilitando o Supremo justamente no momento que a Corte estão sob forte ataque do governo dos Estados Unidos.


… A aposta entre integrantes do STF é de que Moraes vai acabar voltando atrás. No Estadão, a prisão domiciliar de Bolsonaro é vista por juristas como uma armadilha jurídica, que reforça a tese de perseguição ao ex-presidente.


… Alguns aliados de Bolsonaro viram na atitude de Flávio de postar uma videochamada de Bolsonaro no último domingo um movimento calculado para fazer Moraes “morder a isca” e provocar a ira da Casa Branca.


… A defesa de Bolsonaro vai recorrer e pode entrar com agravo regimental, usado para questionar decisões monocráticas, na tentativa de levar a decisão de Moraes para a análise da Primeira Turma do Supremo.


… Em seu perfil no X, o CEO da Armor, Alfredo Menezes, escreveu que o STF está em corner e que, se a decisão da prisão passar pelo plenário, os ministros terão medo de votar a favor e serem sancionados pela Lei Magnitsky.


… “Acredito que seja grande a probabilidade de Alexandre de Moraes revogar”, afirmou.  


… Em entrevista ao portal Metrópoles, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro disse que os ministros do STF que condenarem seu pai no julgamento previsto para setembro poderão ser enquadrados pela Lei Magnitsky.


… Ele também ameaçou Hugo Motta e Davi Alcolumbre com sanções do governo americano, se os parlamentares não pautarem no Congresso a anistia a envolvidos em atos golpistas e o impeachment de Alexandre de Moraes.


FECHOU O TEMPO – Em protesto, no day after da prisão domiciliar de Bolsonaro, parlamentares da oposição ocuparam as mesas diretoras dos plenários da Câmara e do Senado e anunciaram a obstrução das pautas.


… Flávio Bolsonaro deu entrevista à GloboNews ao vivo, sentado na cadeira de Davi Alcolumbre, que considerou, em nota, a ocupação do Senado “arbitrária” e chamou reunião de líderes para hoje para a retomada das atividades.


… Questionado pelo Valor se a oposição assume o risco de, com a obstrução, não votar essa semana o projeto que atualiza a tabela do Imposto de Renda, Flávio Bolsonaro jogou a responsabilidade em Alcolumbre.


… Disse que ele ignora as suas ligações e não abre o diálogo sobre a anistia do 8/1 e o impeachment de Moraes.


… O governo Lula tem pressa de aprovar o projeto de lei que atualiza a tabela mensal do IRPF, porque o texto substitui a medida provisória editada pelo governo sobre o mesmo tema, que perde efeito na segunda-feira.


… Ou seja, uma eventual não aprovação levaria à retomada da tabela anterior, com uma faixa de isenção menor.


… Também na Câmara, o clima esquentou ontem com as votações inviabilizadas pela confusão armada. A oposição cobrou a volta de Hugo Motta, que estava em evento em João Pessoa, na Paraíba, e só retornou a Brasília à noite.


… Assim como Alcolumbre, o presidente da Câmara convocou reunião de lideranças para hoje para reestabelecer a ordem e garantiu que a Casa continuará funcionando com equilíbrio e responsabilidade institucional.


… Perguntado sobre as ameaças de sanção mencionadas por Eduardo Bolsonaro, disse não temer nada e lembrou que o Conselho de Ética da Câmara existe para apurar condutas indevidas por parte dos congressistas.


… Em meio à obstrução da oposição aos trabalhos no Congresso, a comissão especial que analisa a medida provisória do IOF cancelou a sessão que seria realizada hoje para ouvir o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.


… O Congresso também cancelou a sessão de instalação da comissão que analisaria a MP do setor elétrico.


SEM PAPO – Chegou o dia 6 do tarifaço, sem que Lula e Trump tenham quebrado o gelo e a intransigência.


… “Não vou ligar para o Trump para conversar, não, porque ele não quer falar. Mas eu vou ligar para convidá-lo para a COP”, disse Lula, ontem, na reunião do Conselhão (Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável).


… Segundo ele, o presidente americano não tinha o direito de anunciar taxação às exportações dos produtos brasileiros e o governo não vai permitir que os minerais raros sejam explorados por países estrangeiros.


… O comentário foi um contraponto a Haddad, que afirmou no início dessa semana que haveria a possibilidade de acordos de cooperação com os Estados Unidos envolvendo as terras raras e os minerais críticos.


… Lula informou que vai recorrer a todas medidas cabíveis, a começar pela OMC, para defender os interesses do Brasil e que o governo colocará em execução o plano de contingência para mitigar os efeitos do tarifaço.


… Parte do pacote de medidas deve ser anunciado hoje, quando as tarifas dos EUA começam a vigorar.


… A ministra do Planejamento, Simone Tebet, reforçou o discurso da equipe econômica de que o plano de contingência terá baixo impacto fiscal. “Não vamos também inventar nada, nem tirar coelho da cartola.”


… Segundo ela, as medidas prioritárias e mais emergenciais, como alongamento de prazo, carência, juros diferenciado, subsídios e participação dos bancos públicos não necessariamente passam pelo fiscal.


… Já em relação às medidas do BNDES, ela admitiu que podem ter “algum impacto fiscal”. Segundo a ministra do Planejamento, todos os bancos públicos serão obrigados a participar do plano de contingência do governo.


PICANHA E CAFÉ – Tebet acredita que o governo de Washinton vai voltar atrás no tarifaço da carne e do café brasileiros por causa do impacto que essas sanções terão no preço final dos produtos para o consumidor americano.


… O reposicionamento de Trump “pode não acontecer dia 6 [hoje]. Mas pode acontecer nos próximos 15 dias ou 20 dias”, disse, revelando que a expectativa se baseia em conversas do Planejamento com empresários do setor.


MAIS AGENDA – O câmbio confere o fluxo cambial semanal (14h30) e a balança comercial de julho (15h), que já deve ser afetada pela guerra comercial, com previsão de superávit menor na comparação com um ano antes.


… Em pesquisa Broadcast, a mediana das estimativas do mercado indica saldo de US$ 5,80 bilhões em julho, abaixo dos US$ 7,640 bilhões de igual mês de 2024. O intervalo das projeções varia de US$ 4,7 bilhões a US$ 6,5 bilhões.


BALANÇOS – Após o fechamento do mercado, Eletrobras (previsão de lucro líquido de R$ 1,1 bilhão) e Suzano (projeção de lucro líquido de R$ 5,6 bilhões) divulgam seus resultados. Itaú promove teleconferência às 10h.


… No final da noite de ontem, a Embraer divulgou um fato relevante para informar os acionistas e o mercado financeiro que corrigiu um erro contábil que impactou diretamente no resultado final do segundo trimestre.


… Ao invés de prejuízo líquido ajustado de R$ 53,4 mi, como reportado mais cedo, a empresa apurou lucro ajustado de R$ 675 mi. Os ajustes referem-se à correção do valor reportado na linha IR e Contribuição Social Diferidos.


LÁ FORA – As dirigentes do Fed Susan Collins e Lisa Cook (15h), além de Mary Daly (17h10) participam de eventos.


… As vendas no varejo na zona do euro em junho abrem o dia (6h). Os estoques de petróleo do DoE saem às 11h30 e têm previsão de alta de 100 mil barris. Trump disse que terá reunião hoje com a Rússia para discutir um cessar-fogo.


… Questionado sobre as tarifas para países que compram petróleo russo, avisou: “será próxima de 100%”. Em meio à ameaça, a cotação do petróleo se recuperava das mínimas em cinco semanas e subia no início da madrugada.


… O agronegócio brasileiro teme novas sanções por Trump pela compra de fertilizantes russos e fez alerta ao Itamaraty. Na Folha, receio é que EUA apliquem nova tarifa ou até proíbam compra de alguns produtos domésticos.


PASSOU BATIDA – A prisão domiciliar de Bolsonaro tornou-se um não evento, sem reação imediata do governo americano e nem um pio de Trump sobre o episódio até o fechamento dos negócios.


… Analistas advertem que, no momento, o que pode ter mais consequências políticas e mesmo fiscais é a obstrução das votações no Congresso por parte da oposição ligada ao bolsonarismo.


… Seja como for, na véspera do tarifaço contra o Brasil, o comportamento dos investidores foi morno.


… Talvez o mercado mais cauteloso com a situação política tenha sido o de juros, que engatou viés de alta, em especial na ponta longa da curva, mais suscetível a incertezas.


… No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,905% (de 14,909%); Jan/27 subia a 14,165% (de 14,156%); Jan/29, a 13,415% (de 13,351%); Jan/31, a 13,650% (de 13,570%); e Jan/33, a 13,770% (de 13,689%).


… Além da questão política doméstica, o exterior também teve seu impacto nos juros futuros, já que o Tesouro dos EUA fez um leilão de notes de 3 anos com demanda e taxa abaixo da média.


… Conservadora, a ata do Copom reafirmou a disposição do BC de manter o juro alto por bastante tempo, ajudando a sustentar o DI. Pesquisa do Broadcast com 35 instituições mostrou que 26 esperam Selic em 15% até o fim do ano.


… Nove casas veem início do afrouxamento monetário ainda neste ano: sete em dezembro, uma em novembro e uma em setembro.


… No câmbio, o dólar operou perto da estabilidade ao longo de quase todo o dia, com exceção do início do pregão, quando reagiu pontualmente à prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.


… Depois, deixou a tensão política em segundo plano e fechou de lado (-0,01%), a R$ 5,5060.


COMPASSO DE ESPERA – Também a bolsa praticamente ignorou os ruídos políticos, com o Ibovespa fechando em leve alta de 0,14%, aos 133.151,30 pontos, e giro muito baixo, de R$ 18,9 bilhões.


… Investidores ficaram à espera do balanço do Itaú (ontem à noite) e da Petrobras, amanhã. A expectativa é que a petroleira anuncie dividendos mesmo com a queda do preço do petróleo.


… Itaú PN avançou 1,10% (R$ 35,69) e Bradesco PN subiu 0,19% (R$ 15,69). Na contramão, a unit do Santander caiu 0,98% (R$ 26,09) e Banco do Brasil cedeu 0,53% (R$ 18,62).


… Petrobras ON subiu 0,80% (R$ 35,44) e PN avançou 0,47% (R$ 32,31), apesar da quarta queda consecutiva do Brent/out (-1,63%; US$ 67,64), diante do excesso de oferta após a Opep+ decidir elevar a produção em setembro.


… O ultimato de Trump para que a Rússia encerre a guerra contra a Ucrânia até sexta-feira também pesou no mercado da commodity.


… Vale caiu só 0,13%, a R$ 54,11, mesmo diante da alta firme de 1,2% do minério de ferro em Dalian.


… Brava Energia saltou 5,74%, para R$ 20,28, e liderou as altas. Os bons números de julho motivaram elevação de projeções por analistas.


… Pior queda do dia, CSN caiu 2,82%, a R$ 7,24, após a Fitch reduzir a perspectiva das notas de crédito em moedas estrangeira e local da empresa, de estável para negativa.


SINAL DE ALERTA – A estagnação nos Estados Unidos da atividade de serviços, setor que responde por 70% da economia americana, acendeu a luz amarela no mercado e derrubou as bolsas em Wall Street.


… Além de ter sido mais um indício de desaceleração da economia americana, a pesquisa PMI do ISM mostrou aumento nas demissões e nos custos do setor, colocando um desafio para o mandato duplo do Fed.


… O indicador desacelerou para 50,1 pontos em julho, de 50,8 em junho, e veio abaixo do consenso de 51,2, na terceira menor leitura desde o ano da pandemia, em 2020.


… A linha dos 50 pontos é o que separa crescimento da contração da atividade.


… Mostrando certo grau de repasse das tarifas para a inflação, o índice de preços do setor atingiu 69,9 pontos, segundo a pesquisa, o maior valor desde outubro de 2022.


… Na esteira do dado, os juros dos Treasuries subiram. O da note de 2 anos avançou a 3,724%, de 3,685% na sessão anterior, e o da note de 10 anos subiu a 4,202%, de 4,197%. Já o do T-Bond de 30 anos caiu a 4,772%, de 4,796%.


… Na pesquisa do PMI, empresas do setor de serviços disseram que as tarifas de importação estão puxando os custos para cima. Ontem, pelo menos duas empresas citaram o impacto da política comercial em seus resultados.


… Yum Brands (-5,1%) teve lucro abaixo do esperado pelo segundo trimestre consecutivo e atribuiu o desempenho a gastos com consumo mais restritos provocados pelo aumento de preços.


… Já a Caterpillar (+0,12%) advertiu que as tarifas vão colocar “desafios significativos” no segundo semestre deste ano, com um aumento de custos estimado em US$ 1,5 bilhão.


… As tarifas já influenciam a balança comercial. O déficit comercial dos EUA caiu em junho, puxado pela forte queda nas importações de bens de consumo. O déficit com a China atingiu o menor nível em 21 anos, segundo a Reuters.


SEMPRE ELE – Em NY, as ações também foram afetadas por declarações de Trump à CNBC, de que tarifas sobre chips e produtos farmacêuticos serão aplicadas em breve.


… O índice Dow Jones fechou em queda de 0,14%, aos 44.111,74 pontos. O S&P 500 recuou 0,49%, aos 6.299,17 pontos; e o Nasdaq teve queda de 0,65%, aos 20.916,55 pontos. O setor de tecnologia caiu 0,91%.


… Na mesma entrevista, Trump descartou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, como candidato à presidência do Fed. “Ele quer ficar onde está”, disse.


… Trump considera quatro candidatos e disse que pode usar a renúncia de Adriana Kugler para indicar o próximo presidente do Fed. Durante evento na Casa Branca, afirmou que dois desses candidatos são chamados Kevin.


… Segundo a imprensa americana, estão cotados ao posto o diretor do Conselho Econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, e o ex-diretor do Fed Kevin Warsh.


… Ainda na seara Trump, as ações do JPMorgan (-0,98%) e do BofA (-0,63%) caíram depois de o presidente reclamar que ambos os bancos, entre outros, discriminaram a ele e seus apoiadores depois de seu primeiro mandato.


… O governo estaria preparando medidas para agir contra instituições que abandonarem clientes por motivos políticos, segundo a Reuters.


… Apesar dos desafios e das incertezas, estrategistas do HSBC elevaram a estimativa para o S&P 500 ao fim deste ano de 5.600 para 6.400 pontos por causa dos robustos lucros corporativos e a expectativa de cortes de juro.


… No câmbio, o dólar deu uma pausa na desvalorização global e o índice DXY fechou praticamente estável, em 98,782 pontos.


… O euro caiu a US$ 1,1576. O ING avaliou que a moeda comum “parece bastante confortável perto do nível de US$ 1,155 e, na ausência de fatores de mercado, pode se manter nesse nível por um tempo”.


… A libra ficou estável, cotada a US$ 1,3297, à espera da reunião do BoE amanhã. O Swissquote Bank disse que um corte de 25 pontos-base no juro pelo BC inglês já está precificado. Ante o iene, o dólar subiu a 147,61/US$.


CIAS ABERTAS… ITAÚ registrou lucro líquido recorrente de R$ 11,508 bilhões no segundo trimestre, crescimento de 14,3% em relação ao mesmo período de 2024…


… Retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROE) foi de 23,3% no segundo trimestre de 2025, de 22,4% no segundo trimestre de 2024…


… Carteira de crédito total ajustada somou R$ 1,389 trilhão, alta de 7,3% na comparação anual…


… Itaú revisou crescimento consolidado da margem financeira com clientes do intervalo de 7,5% a 11,5% para a faixa de 11,0% a 14,0%


… O banco também revisou a alíquota efetiva de IR/CS do intervalo de 27,0% a 29,0% para faixa de 28,5% a 30,5%; demais projeções foram mantidas…


… Conselho aprovou a distribuição de JCP bruto de R$ 0,3634 por ação; pagamento será feito no dia 29; ex dia 19…


… O banco também pagará no dia 29 os JCPs declarados em 29 de maio, no valor bruto de R$ 0,3341 por ação, com base na posição de 9 de junho…


… Banco informou que exercerá a opção de resgate da totalidade de duas séries de notas subordinadas nível 1, totalizando US$ 1,45 bilhão…


… Serão resgatadas no dia 27 de agosto as notas emitidas em 27 de fevereiro de 2020, no valor de US$ 700 milhões, com cupom de 7,562% ao ano…


… Já no dia 19 de setembro, serão resgatadas as notas emitidas em 19 de março de 2018, no valor de US$ 750 milhões, com cupom de 7,859% ao ano.


PRIO registrou lucro líquido de US$ 112,51 milhões no segundo trimestre, queda de 54% na comparação anual; Ebitda somou US$ 259,9 milhões, recuo de 57% em relação ao mesmo período de 2024…


… Citi manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 60 para a ação da empresa; resultados trimestrais da companhia vieram ligeiramente abaixo das estimativas, segundo o banco.


PETROBRAS informou que vai fornecer gás natural para a Voqen, em atendimento às unidades da Braskem localizadas no Rio Grande do Sul…


… A quantidade diária contratual foi estabelecida em 300 mil metros cúbicos por dia, em modalidade firme e inflexível. Valor estimado do contrato é de R$ 324,2 milhões.


GRUPO PÃO DE AÇÚCAR registrou prejuízo de R$ 216 milhões no segundo trimestre, redução de 34,9% sobre as perdas de R$ 332 milhões apresentadas um ano antes; Ebitda ajustado somou R$ 420 milhões, alta anual de 6,1%…


… GPA decidiu descontinuar projeções anteriormente divulgadas referentes ao plano de abertura de novas lojas entre 2022 e 2026, que estimavam, originalmente, a abertura de 300 novas lojas.


BRF/MARFRIG. A incorporação das ações da BRF pela Marfrig foi aprovada pelos acionistas das duas companhias, em AGEs separadas, em mais um passo na consolidação da fusão, dando origem à gigante do setor MBRF Global Foods…


… Conclusão da fusão ainda está sujeita, porém, à aprovação do Cade, que sinaliza que pode frear o ritmo…


… Na Folha, a maioria dos conselheiros do Cade deve homologar despacho do presidente do Conselho, Gustavo Freitas de Lima, que reclassifica a análise do caso de rito sumário para ordinário (mais demorado)…


… A medida ocorre após representação da Minerva contra a aprovação sem restrições pela Superintendência-Geral do órgão…


… No despacho, Freitas de Lima considera que, caso isso seja comprovado, pode representar “risco concorrencial que ainda não foi adequadamente avaliado”.


SABESP firmou contrato de R$ 3,8 bilhões com a Telefônica para medição inteligente de água.


BTG PACTUAL pagará JCP de R$ 0,20 por ação ON e PN e de R$ 0,51 por unit; ex no próximo dia 15.


IGUATEMI registrou lucro líquido de R$ 209,1 milhões no segundo trimestre, crescimento de 173,9% na comparação anual; Ebitda somou R$ 433 milhões, alta de 108,7% em relação ao mesmo período de 2024…


… Grupo, por meio de sua filiada Iguatemi PPPH, concluiu a venda de participação adicional no Shopping Pátio Paulista equivalente a 10% da totalidade do empreendimento pelo valor de R$ 244,5 milhões.


RD SAÚDE registrou lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 374 milhões no segundo trimestre, o que representou alta de 14,5% na comparação anual; Ebitda ajustado somou R$ 885 milhões.


ODONTOPREV registrou lucro líquido de R$ 147,8 milhões no segundo trimestre, alta anual de 13,6%; Ebitda ajustado somou R$ 205,1 milhões, avanço de 26,5% em relação ao mesmo período de 2024…


… Citi manteve a recomendação neutra e preço-alvo de R$ 11 para a ação da companhia; na avaliação do banco, empresa apresentou resultados trimestrais fortes.


ISA ENERGIA recebeu licença do Ibama para iniciar obras da linha de transmissão Barra II — Correntina — Arinos 2 e da subestação Correntina do projeto Serra Dourada, na Bahia.

E depois?

 ATÉ ONDE A PRISÃO DE BOLSONARO PODE LEVAR DONALD TRUMP


Maria Cristina Fernandes - VALOR - 04.08.2025


(...)

Daqui por diante, o cenário das eleições locais não poderá perder de vista o que acontece nos EUA. É preciso ver o que Trump anda aprontando para não perder as eleições do próximo ano. Ele vai querer fazer o mesmo por aqui.


As eleições de meio de mandato nos EUA são aquelas em que são renovadas todas as cadeiras da Câmara e um terço do Senado. Trump tem uma maioria estreita em ambas as Casas. No seu primeiro governo, Trump também comandava o Congresso até 2018, quando perdeu a Câmara, precipitando sua derrota à reeleição dois anos depois. O tarifaço só tem prejudicado suas condições para manter essa maioria. Assim, restam-lhe as alternativas para mitigar a elegibilidade dos eleitores de oposição e a representatividade dos distritos em que eles votam.


Ele começou cedo. Baixou decretos obrigando Estados a fazer novas comprovações de cidadania para o registro eleitoral, requereu listas eleitorais de Estados onde esta maioria está em disputa, redesenhou os distritos do Texas, projetando um avanço republicano sobre cinco cadeiras democratas, e requereu acesso às máquinas de votação.


A cama está armada para Trump, se perder as disputas de meio de mandato, logo após o segundo turno do Brasil, contestar o resultado. A investida contra o STF e, particularmente, sobre Moraes é a exportação do que ele tem feito por lá.


Em decisão recente, a Suprema Corte daquele país, de maioria governista, restringiu o poder de juízes distritais de refrear a agenda presidencial. Depois de ganhar suas primeiras batalhas na justiça, bastiões da resistência, como a Universidade de Harvard, por exemplo, já foram obrigados a alguns recuos sob pena de congelamento de recursos federais. A pressão se estende à imprensa, ameaçada por processos em temas como a rede de pedofilia de Jeffrey Epstein.


Não se deve esperar que Trump esqueça o Brasil. Estava brigando com muita gente grande quando se lembrou de colocar o país no topo de suas maldades. (...)


Leia mais em: 


https://valor.globo.com/politica/coluna/ate-onde-a-prisao-de-bolsonaro-pode-levar-trump.ghtml?fbclid=IwY2xjawL_R-5leHRuA2FlbQIxMQABHuz9X9hyG4lcMDIZTPaSDi1IFkjNmfmwMIYahfWp2rkdIH4AAyBCiJQ2XxWS_aem_E54-nLIqBIcQn-hwbk79yA

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: As bolsas vão perdendo combustível e a frente empresarial é o único apoio das bolsas. A macro continua a acrescentar dados débeis. Ontem, o ISM de Serviços dececionou, apontando para um estancamento do setor perante a desaceleração da procura e subida de custos. Hoje à primeira hora, Pedidos de Fábrica da Alemanha crescem em junho, mas menos do que o esperado. Estamos perante os primeiros sintomas de desaceleração económica global?  É muito provável e, por isso, as bolsas tendem, pelo menos, a lateralizar. Precisam de novos catalisadores para continuarem a subir.


Apesar do debilitamento da macro, a frente empresarial poderá continuar a dar algum apoio hoje às bolsas. Embora AMD e Super Micro Computer tenham dececionado ontem após o fecho e estejam com quedas de -6,7% e -17,4%, respetivamente, o tom da temporada de resultados na Europa é positivo. Vonovia bate e eleva guias, Bayer, Siemens Energy e Commerzbank positivos, e Novo Nordisk falha, embora já tivesse anunciado um profit warning na semana passada. Por outro lado, OpenIA fez uma avaliação para uma possível saída da bolsa no próximo ano, e situa-a em 500.000 M$ (vs. 300.000 M$ anterior).


Em suma, hoje as bolsas provavelmente continuarão apoiadas, mas sem perder de vista as novas rondas de negociações alfandegárias que Trump está a realizar.


S&P500 -0,5% Nq-100 -0,7% SOX -1,1% ES50 +0,1% IBEX +0,2% VIX 17,8% Bund 2,62% T-Note 4,22% Spread 2A-10A USA=+49pb B10A: ESP 3,20% PT 3,03% FRA 3,28% ITA 3,43% Euribor 12m 2,13% (fut.2,15%) USD 1,158 JPY 170,8 Ouro 3.375$ Brent 68,1$ WTI 65,5bit$ Bitcoin +0,8% (114.028$) Ether +1,3% (3.624$).


FIM

Produtividade é a saída

  O mundo está girando (e rápido): o Brasil vai acompanhar ou ficar para trás? 🌎🇧🇷 Acabei de ler uma análise excelente de Marcello Estevã...