quarta-feira, 14 de maio de 2025

Pepe Mujica (1935 - 2025)

 


Anderson Correia

 


Não, isso não é uma fake news.

Esse é o novo mapa-múndi publicado pelo IBGE.

O Brasil agora aparece no topo do mundo — e o Sul virou Norte. Literalmente.

Quem nasceu no Rio Grande do Sul agora mora no extremo Norte do país. A Argentina e o Chile ocupam o topo, e a África do Sul… talvez precise repensar o nome?

Brincadeiras à parte, o mapa foi criado com o Brasil no centro — mas para isso, o restante do mundo precisou ser empurrado para as bordas.

O que mais me chamou atenção não foi a inversão. Foi o isolamento.
Ao destacar o Brasil no centro, o mapa escancara nossa distância geográfica dos principais polos econômicos e tecnológicos do planeta.

Japão, Coréia do Sul, Cingapura, Austrália, Reino Unido, China, Rússia e Estados Unidos aparecem agora como coadjuvantes — o que pode funcionar bem em um mapa ilustrativo, mas não muda a geopolítica, os acordos comerciais nem o desafio de competir globalmente.

Se já era difícil ensinar geografia para nossas crianças com o mapa tradicional, imagina com duas versões. Qual vai cair no ENEM? Qual será usado em livros didáticos?

Minha opinião: mapas são ferramentas técnicas, não peças de marketing.
Nem os Estados Unidos — com todo o seu poderio — colocaram o país no centro do mundo. Nem a China. Nem a União Europeia. Nem o Trump tentou isso.

Não precisamos virar o mundo de cabeça para baixo para colocar o Brasil em destaque.
Precisamos fazer o Brasil se destacar no mundo.

Josue Leonel

 *Diretores BC e serviço em foco; dólar amplia queda: Mercado Hoje*


Por Josue Leonel

(Bloomberg) -- Mercado monitora falas de diretores do BC

Guillen, Picchetti e David após ata do Copom que combinou

elementos hawkish e dovish. Curva reduziu aposta em alta da

Selic, mas mercado seguiu dividido entre elevação final e

estabilidade em junho. IBGE divulga dado de serviços, que tem

estimativa de desaceleração. Ata do Copom indicou que juro

contracionista levaria à moderação da atividade. Na cena

política, caso INSS reverte melhora da popularidade de Lula,

segundo Folha, e Câmara recorre contra decisão do STF sobre

Ramagem. 

No corporativo, resultados da JBS e Nubank superam

estimativas e FGC avalia empréstimo ao Banco Master, diz jornal.

Dólar estende queda no exterior pós-CPI e won sul-coreano se

destaca entre moedas com notícia sobre discussão cambial com

EUA. Bolsas fazem pausa um dia depois da forte recuperação de

Nova York, na esteira da trégua comercial e salto das

tecnológicas com visita de Trump ao Oriente Médio. Agenda

externa destaca falas de dirigentes do Fed.

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*T

Às 7:30, este era o desempenho dos principais índices:

S&P 500 Futuro estável

STOXX 600 -0,2%

FTSE 100 estável

Nikkei 225 -0,1%

Shanghai SE Comp. +0,9%

MSCI EM +1,6%

Dollar Index -0,4%

Yield 10 anos -1,4bps a 4,4512%

Petróleo WTI -1,1% a US$ 62,94 barril

Futuro do minério em Singapura +2% a US$ 101,5

Bitcoin -0,7% a US$ 103857,25

*T

Internacional

Bolsas operam de lado após recuperação; dólar estende baixa

* Bolsas globais buscam direção à espera de novos catalisadores

para manter a recuperação que apagou as perdas do S&P 500 em

2025, em meio a uma trégua comercial entre EUA e China e um

ressurgimento na demanda por ações de tecnologia

* Nvidia e AMD saltaram nesta terça-feira após anunciarem

fornecimento de semicondutores a uma empresa de IA da Arábia

Saudita para um projeto de data center de US$ 10 bilhões

** Presidente Donald Trump colocou as iniciativas tecnológicas

dos EUA no centro de sua visita ao Oriente Médio

* Rendimentos dos títulos do Tesouro recuam e índice dólar

ensaia segunda baixa seguida

** Won lidera ganhos entre moedas com notícia da Bloomberg sobre

negociações relacionadas à política cambial entre os EUA e

Coreia do Sul

* Ânimo do mercado na sessão anterior foi impulsionado ainda

pelo CPI, que mostrou que inflação nos EUA continuou a

desacelerar em abril, mesmo depois das tarifas terem entrado em

vigor

* Agenda limitada nos EUA inclui falas de dirigentes do Fed como

Philip Jefferson e Mary Daly

* Minério de ferro retoma máxima de seis semanas e cobre tem

leve alta com manutenção de trégua na guerra comercial

* Petróleo recua após quatro altas seguidas em meio à retórica

hostil do presidente Trump em relação ao Irã; por outro lado,

presidente afirmou que EUA avaliam a normalização das relações

com a Síria; ele se reuniu com presidente Ahmed al-Sharaa


Para acompanhar

Diretores do BC e dado de serviços após ata do Copom

* Diretores do BC Diogo Guillen, Paulo Picchetti e Nilton David

participam nesta manhã da Conferência Anual do BC - com

transmissão peloYoutube

** Galípolo segue em Pequim, onde terá reuniões com Tao Ling,

diretora, e Pan Gongsheng, presidente, do Banco Popular da China

* Volume de serviços em março, que IBGE divulga às 9:00, deve

subir 0,5% na comparação mensal, após avanço de 0,8% no mês

anterior, e deve ter aumento de 2,0% na comparação anual, depois

de 4,2% em fevereiro

* Dólar despencou e Ibovespa bateu recorde ontem com CPI nos

EUA, enquanto ata do Copom disse que juro significativamente

contracionista seguirá contribuindo para a moderação de

crescimento

** Curva passou a apontar alta pouco acima de 13 pontos da Selic

em junho, ante 15 pontos na segunda-feira; mercado segue

dividido entre manutenção e alta de 0,25pp no próximo Copom

* Vencimento de opções sobre Ibovespa na B3

* BC oferta 25.000 contratos de swap para rolagem e divulga

fluxo cambial

* Balanços hoje: Eneva, Azul, Allos, Americanas, Casas Bahia,

Copasa, Dasa, Eletrobras, Equatorial, JHSF, Light, Moura,

Positivo Tecnologia, Qualicorp, Ser Educacional, Trisul, Tupy,

Unifique


Outros destaques

INSS reverte recuperação de Lula; Câmara recorre contra

decisão do STF

* Escândalo do INSS reverteu a curva da popularidade de Lula,

que começava a subir gradualmente: Folha

** Pesquisas internas a que o governo teve acesso mostram que a

avaliação positiva do presidente ultrapassou a negativa em abril

— para voltar a cair em maio, depois da revelação das fraudes

* INSS começa a receber hoje pedidos de ressarcimento: O Globo

* Mensagem encaminhada por Bolsonaro é vista como sinal vermelho

para Tarcísio em 2026: O Globo

* Boulos deve virar ministro de Lula: Folha

* Câmara entra com ação para questionar decisão do STF no caso

Ramagem: Agência Câmara


Hugo Motta

 @HugoMottaPB

 

Ingressamos nesta terça-feira no Supremo Tribunal Federal

com uma ação para que prevaleça a votação pela suspensão da ação

penal contra o deputado Delegado Ramagem (PL-RJ).

 

 Por meio de uma Arguição de Descumprimento de Preceito

Fundamental (ADPF), a ser julgada pelo plenário do…

Sent via Twitter for iPhone.

View original tweet.

* Ministros do STF não veem chance para recurso da Câmara: O

Globo

* Câmara estuda, em reação ao STF, destravar PEC quelimita poder

de ministros: Folha

* Lula diz que Brasil não teme retaliação dos EUA por laços com

China

* Haddad se reúne às 15:00 com Fitch Ratings


Empresas

JBS, Nubank, Master, Petrobras, Casas Bahia

* JBS: Ebitda ajustado 1T supera estimativas

* Nubank: Lucro líquido ajustado 1T supera estimativas; receita

+19% a/a

* FGC avalia empréstimo de curto prazo para Banco Master: Estado

* Brent baixo reduz chance de dividendo extra da Petrobras: CFO

* Bradespar: Lucro líquido 1T R$ 318,3 mi

* Gerdau aprova emissão de R$ 1,375 bi em debêntures

* Casas Bahia teve decisão favorável sobre créditos tributários

* PagSeguro: Lucro por ação 1T supera estimativas

* SLC Agrícola: Ebitda ajustado 1T supera estimativas

* CVC: Prejuízo líquido 1T R$ 7,4 mi, est. prejuízo R$ 13,3 mi

* B3: Volume médio diário ações abril +12,5%

Jonathan Fortun

 Mesmo com o recuo do dólar, países da América Latina seguem enfrentando dificuldades para acessar crédito externo em boas condições. Segundo Jonathan Fortun, macroeconomista do Institute of International Finance (IIF), em entrevista à Bloomberg Línea, “a percepção de risco nos Estados Unidos gerou alguma derrapagem do dólar, mas isso não foi acompanhado por taxas de longo prazo mais baixas ou por uma clara melhora na liquidez global”. Com o rendimento dos Treasuries de 10 anos em torno de 4,31%, o ambiente continua restritivo para emissores soberanos da região. Clique no link para saber mais.


https://tinyurl.com/yc8dk6rf

Bankinter Portugal Matinal 1405

 Análise Bankinter Portugal


SESSÃO: Bastante estupendo nas últimas 2 sessões graças à “mudança de modo” (provisória) de impostos alfandegários EUA/CH 10%/30% vs. 145%/125% anterior e ao macro acordo fechado por Trump na Arábia Saudita. Mas convém confiar pouco nestas subidas mais baseadas em mensagens grandiloquentes do que em resultados objetivos (exceto para as empresas de defesa americanas, muito beneficiadas por isto). Porque mais do que algumas empresas continuam a quantificar o impacto negativo dos impostos alfandegários – sejam estes quais forem – nos seus resultados futuros. Esta manhã, Sony: EBITDA’25e apenas +0,3%, com impacto negativo de 680M $. A inflação americana saiu +2,3% vs. +2,4% esperado e anterior, mas a Subjacente continua a ser muito pegajosa em +2,8%, indício de que no 2.º semestre a inflação provavelmente irá piorar em todo o mundo, não apenas nos EUA.


Elevando um pouco a perspetiva, teremos menos PIB, mais inflação, taxas de juros menos baixas (a Fed irá baixar muito pouco, se baixar, e o BCE terá de voltar a subir depois de baixar, se baixar demasiado), riscos elevados devido à geoestratégia e pelas decisões erráticas dos EUA e as estimativas dos lucros empresariais que já começaram a ser revistas em baixa. Para as empresas americanas avaliadas, as revisões são: EPS’25e +8,7% agora vs. +10,5% a 1 de abril vs. +14,0% a 1 de janeiro; EPS’26e +13,7% agora vs. +14,5% a 1 de abril. E para as europeias: EPS’25e +1,9% agora vs. +5,8% a 1 de abril. Isto é, por exemplo, a bolsa europeia leva ca.+10% em 2025, mas a expansão de lucros esperada é de apenas +1,9%. Não parece coerente. Mais sensata parece a lateralidade, no melhor dos casos, de Wall St. Por isso, cuidado com os riscos abertos. Principalmente porque ninguém sabe quase nada fiável e isso significa assumir um prémio de risco superior, o que equivale a avaliações inferiores. E as taxas de juros dificilmente irão compensar isso.


HOJE os futuros vêm tíbios, como em decadência ou aterragem após um par de dias excessivos, com aspeto de retrocessos suaves (-0,2%?). Sai zero macro (a relevante, amanhã nos EUS: Vendas a Retalho, Philly, Empire Manufacturing), portanto o mais importante será o que digam os conselheiros do BCE, Nagel (9 h) e Holzmann (15 h), se se tornam um pouco mais conservadores sobre futuras descidas de taxas de juros, embora seja improvável. Durante a tarde, Waller, Jefferson e Daly da Fed, poderão tornar-se mais austeros sobre taxas de juros.


CONCLUSÃO: Pouca substância para trabalhar. Provável realização de lucros após 2 dias um pouco excessivos, durante os quais as subidas se basearam mais em “relatos” do que “dados”. A benignidade e a complacência do mercado continuam a impor uma mistura entre ceticismo e respeito, porque consideramos que os riscos são assimétricos. Isto é, que a situação é confusa e frágil, de modo que a perda provável se as coisas correrem mal seja maior do que o custo de oportunidade ou a perda de lucro se correrem bem. Hoje o mercado irá descansar para refletir.


S&P500 +0,7% Nq-100 +1,6% SOX +3,2% ES50 +0,4% IBEX +0,8% VIX 18,2% Bund 2,68% T-Note 4,47% Spread 2A-10A USA=+47pb B10A: ESP 3,30% PT 3,19% FRA 3,35% ITA 3,67% Euribor 12m 2,107% (fut.2,148%) USD 1,119 JPY 164,6 Ouro 3.234$ Brent 66,3$ WTI 63,4$ Bitcoin -0,7% (103.905$) Ether -0,7% (2.673$). 


FIM

BDM Matinal Riscala 1405

 *Rosa Riscala: Serviços devem moderar crescimento em março*


… Opep divulga relatório mensal sobre o mercado de petróleo, que se recupera com a trégua nas tarifas entre os EUA e a China, enquanto em NY são destaques as falas de três Fed boys, após a inflação americana ter vindo abaixo do previsto. Aqui, investidores esperam mais balanços, com Eletrobras após o fechamento, e o volume de serviços em março, às 9h, que ainda deve continuar crescendo, mas em ritmo menor, sem muita chance de abalar a expectativa de que o Banco Central encerrou o ciclo de aperto monetário. Essa foi a leitura predominante da ata do Copom no mercado. Apostas de que a Selic não chegará aos 15% ajustaram os juros curtos em baixa, estimuladas também pela queda firme do dólar para R$ 5,60, enquanto o Ibovespa disparava para a pontuação recorde de fechamento.


… Se depender da convicção do Copom de que a atividade cederá, como defendido na ata, nem os serviços, nem as vendas do comércio, amanhã (5ªF), serão empecilhos para interromper as altas da Selic, que deve parar nos 14,75%.


… Alguns fatores elencados durante a reunião seguem dando confiança ao Comitê de que o processo de moderação de crescimento deve ocorrer, após vários anos de surpreendente dinamismo, como analisou o economista Marco Antônio Caruso (Santander).


… Na ata, o Copom afirma que a política monetária restritiva já tem causado impactos no crédito, nas sondagens empresariais, na taxa de câmbio, no balanço das empresas, assim como na moderação de alguns indicadores de atividade e de mercado de trabalho.


… Em particular, no crédito, disse a ata que já se observa alguma inflexão em algumas linhas e, no caso de pessoas físicas, um aumento do comprometimento da renda familiar com o serviço das dívidas pode estar antecipando uma menor demanda por crédito.


… O BC também está certo de que a inflexão no mercado de trabalho deve se aprofundar, em linha com a política monetária restritiva.


… Até mesmo no contraponto hawk, que surgiu no parágrafo da ata que trata do impacto do consignado privado sobre o crescimento, o Copom relativizou, notando que, majoritariamente, é usado para troca de dívidas, com efeito mais comedido sobre a renda.


… Para Marco Antônio Caruso, os maiores destaques da ata foram os parágrafos sugerindo que a política monetária ‘significativamente contracionista’ já tem contribuído e seguirá contribuindo para a moderação de crescimento econômico.


… Ele mantém a projeção de final do ciclo, acreditando que a “barra para manutenção é baixa”, e que os 25pbs só viriam por uma questão do comportamento do dólar, mais do que dos dados da atividade, que, na sua opinião, não vão estar claros até junho.


… Também para Luis Felipe Vital, estrategista-chefe da Warren, a ata significou “o fim do ciclo com juros altos por bastante tempo”.


… A ata confirma o call da gestora: (i) fim de ciclo, ainda que não se descarte ajuste marginal diante de surpresa nos dados; (ii) momento é de aguardar os efeitos do aperto já implementado; (iii) juros elevados por mais tempo, com cortes só no 1º trimestre de 2026.


BRASIL & CHINA – Ministério da Agricultura estima que os cinco novos mercados abertos pela China a produtos agropecuários brasileiros têm potencial de US$ 20 bilhões, incluindo carne de pato, de peru, miúdos de frango, grãos secos e farelo de amendoim.


… Em Pequim, durante encontro de Lula com Xi Jinping no Grande Palácio do Povo, foram assinados os acordos bilaterais que estão sendo comemorados como uma “conquista histórica”, com o maior número de aberturas de mercado para a China de uma única vez.


HADDAD – Ministro da Fazenda recebe hoje representantes da agência de classificação de risco Fitch Ratings, às 15h.


MAIS BLOQUEIO – No Estadão, o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, anunciará um bloqueio de gastos e contingenciamento no primeiro relatório bimestral de avaliação de Receitas e Despesas, a ser divulgado na próxima semana, dia 22.


PAUTA-BOMBA – O STF pautou uma ação que discute a incidência de PIS/Cofins e CSLL sobre os valores resultantes dos atos cooperativos próprios das sociedades cooperativas. A Receita estima que a discussão tem impacto de R$ 9,1 bilhões para os cofres públicos.


… O julgamento foi marcado para a sessão virtual que vai de 30 de maio a 6 de junho.


A FRAUDE DO INSS –Em entrevista à GloboNews, opresidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, afirmou que o governo federal estuda se utilizará recursos públicos para ressarcir as vítimas do esquema fraudulento de descontos indevidos.


… A devolução do dinheiro aos aposentados e pensionistas lesados ainda não tem prazo definido e depende de uma decisão judicial.


MAIS AGENDA – Pesquisa mensal de serviços tem estimativa de expansão pelo segundo mês consecutivo, com a mediana apontando para alta de 0,40% em março, após crescimento de 0,80% em fevereiro, em pesquisa do Broadcast junto ao mercado.


… Segundo economistas, o dado deve ser impulsionado pelos serviços de transportes e pelo desempenho da produção industrial.


… No mesmo horário dos serviços, o IBGE divulgará às 9h a produção industrial regional, cujo dado surpreendeu na semana passada, com crescimento muito acima do esperado, de 1,3% em março. Às 14h30, sai o fluxo semanal cambial do Banco Central.


… Também às 9h, terá início a Conferência Anual do BC, com abertura do diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, com transmissão pelo canal do BC no Youtube. O presidente Gabriel Galípolo continua na China, onde integra a comitiva presidencial.


LÁ FORA – A Alemanha revela nesta madrugada dados de inflação de abril, após forte melhora do índice ZEW nesta 3ªF.


… Christopher Waller é o primeiro Fed boy a discursar (6h15), no Marrocos, seguido por Philip Jefferson (10h10) e Mary Daly (18h40).


… Ainda nos EUA, saem os estoques de petróleo do DoE na semana até 9/5 (11h30).


… No final da tarde, o Instituto Americano de Petróleo (API) informou que os estoques de petróleo bruto dos EUA aumentaram em 4,29 milhões de barris na semana passada. Esse seria o maior aumento desde março, se confirmado pelos dados do DoE hoje.


BALANÇOS – O calendário prevê hoje Eletrobras, Eneva, Equatorial Energia, Americanas e Allos, todos após o fechamento dos mercados. Antes da abertura, saem os resultados de Azul e Bradespar, e Telefónica na Espanha.


… Confira abaixo no Em tempo, os balanços de ontem à noite.


O CAMPEÃO VOLTOU – A marca inédita do Ibov, perto dos 139 mil pontos, e o dólar de volta à faixa de R$ 5,60 deram a medida do alto astral que dominou o dia, embalado pela perspectiva para os juros aqui e nos EUA.


… Além de a inflação americana do CPI sob controle em abril ter resgatado a esperança de dois cortes de juros pelo Fed este ano, o mercado gostou da percepção da ata do Copom de que a Selic já pode ter atingido o pico.


… Com um novo recorde histórico de fechamento para chamar de seu, o Ibov saltou 1,76%, a 138.963 pontos, e estabeleceu ainda a nova máxima intraday de todos os tempos, aos 139.419 pontos, com giro de R$ 27,5 bi.


… Para o estrategista Lucas Constantino (GCB), o ânimo não pode ser atribuído só aos eventos pontuais do dia.


… A combinação de câmbio mais favorável, queda das taxas futuras e valuations ainda descontados tem impulsionado a atratividade dos ativos brasileiros e ofuscado a inflação resistente e o juro contracionista.


… Levantamento mensal do BofA mostra que otimismo de gestoras é o maior em oito meses. A parcela de casas que esperam que o Ibovespa rompa os 140 mil pontos este ano mais que dobrou, de 18% em abril para 43%.


… Entre as blue chips, Petrobras ON (+0,59%, a R$ 34,30) e PN (+1,52%, a R$ 32,13) reagiram ao balanço do 1Tri25 e à alta do petróleo. O Brent para julho voltou a subir forte (+2,57%) a US$ 66,63 por barril em Londres.


… Pegou impulso do dólar fraco, que torna a commodity mais barata para compradores com moedas menos valorizadas. Além disso, o primeiro passo da China e EUA em direção a um acordo comercial anima o consumo.


… Seja como for, o petróleo ainda acumula queda de mais de 10% desde o início de abril, quando Trump estava irredutível sobre relaxar a guerra comercial com os chineses e assombrava a demanda pelas commodities.


… Os papéis da Vale (ON, +1,64%, a R$ 55,17) pegaram carona na valorização do minério de ferro (+1,06%).


… Os grandes bancos subiram em bloco, depois de terem testado uma realização no pregão anterior: Itaú PN (+1,23%, a R$ 36,93); Bradesco PN (+2,15%, a R$ 15,22); BB (+2,03%, a R$ 29,66) e Santander (+1,81%; R$ 30,31).


TESTANDO PISOS – Teoricamente, o ciclo de aperto da Selic perto do fim (se já não acabou) é menos vantajoso ao carry trade, mas a chance de que o juro não caia tão cedo (higher for longer) ajuda a manter o real apreciado.  


… Mas em primeiro plano foi a inflação do CPI nos EUA no menor nível em quatro anos que desencadeou ontem vendas generalizadas do dólar, negociado por aqui na cotação mais barata em sete meses, a R$ 5,6087 (-1,32%).


… O índice de preços ao consumidor norte-americano subiu 0,2% em abril, abaixo da previsão de 0,3%, e desacelerou para 2,3% na comparação anual, quando a expectativa era de que se mantivesse estável em 2,4%.


… A inflação sem sustos projeta dois cortes de 25pb cada pelo Fed este ano, a partir de setembro. Mas o timing ainda poderá ser ajustado, se Powell falar amanhã de política monetária, após os progressos dos EUA-China.


… A esperança no fim da guerra comercial e a surpresa positiva do CPI entraram como fatores combinados para continuar derrubando ontem o índice DXY (-0,77%), que por pouco não voltou à linha dos 100 pontos (101,003).


… O iene avançou para 147,46/US$, o euro subiu 0,89%, a US$ 1,1191, e a libra ganhou 0,99%, a US$ 1,3305.


… Foi curioso que os juros dos Treasuries não tenham caído com o CPI comportado. O mercado dos títulos americanos concentrou o risco de que, em algum momento, o protecionismo de Trump ainda bata na inflação.


… A Oxford Economics alerta que o efeito das tarifas deve levar mais tempo para aparecer. A Capital Economics aposta em maio. A taxa da Note-2 anos subiu a 4,011%, de 4,001%, e a de 10 anos avançou a 4,481%, de 4,468%.


… Em linha com o movimento, a ponta longa da curva do DI passou a subir na reta final, enquanto os contratos curtos exibiram viés de queda, repercutindo o dólar a R$ 5,60 e a chance de que a Selic estacione em 14,75%.


… No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,780% (de 14,805% no pregão anterior); Jan/27, 14,010% (de 14,040%); Jan/29, 13,510% (de 13,465%); Jan/31, 13,690% (13,600%); e Jan/33, 13,770% (13,650%).


OLÉ! – Um dia depois de o Nasdaq ter voltado ao território técnico de bull market, o S&P 500 zerou as perdas do ano, com Wall Street dando demonstrações de força, em meio aos sinais de alívio das tensões comerciais.


… Entre as Sete Magníficas, Amazon (+1,3%), Meta (+2,6%), Apple (+1,02%) e Nvidia (+5,6%) voltaram a brilhar.


… O S&P 500 avançou 0,72% (5.886,54 pontos) e o Nasdaq ganhou 1,61% (19.010,08 pontos). Somente o Dow Jones caiu (-0,64%, 42.140,43 pontos), derrubado pelo tombo de quase 18% das ações da UnitedHealth.


… A seguradora de saúde, com o terceiro maior peso no índice da Nyse, suspendeu a projeção de desempenho (guidance) no ano e anunciou que substituirá seu CEO. Stephen Hemsley assume no lugar de Andrew Witty.


EM TEMPO… JBS teve lucro líquido de R$ 2,9 bilhões no 1TRI25, alta de 77,6% sobre igual intervalo de 2024…


… Receita líquida atingiu R$ 114,1 bilhões, 28% superior ao 1TRI24, com 76% das vendas globais em mercados domésticos e 24% por meio de exportações…


… Ebtida ajustado somou R$ 8,9 bilhões, aumento de 38,9%; margem Ebitda de 7,8% registrou avanço de 0,6 pp s/ 1TRI24, refletindo estratégia de diversificação em proteínas e geografias…


… Companhia registrou um de seus melhores resultados para um 1Tri, desafiando sazonalidade tradicionalmente mais fraca com o menor consumo após festas de fim de ano e o inverno no Hemisfério Norte.


PAGBANK registrou lucro líquido recorrente de R$ 554 milhões no 1Tri25 (+6% em relação ao mesmo período do ano passado). Receita líquida cresceu 13% em um ano e atingiu R$ 4,9 bilhões…


… Empresa planeja distribuir dividendos de 10% do lucro anualmente. Companhia distribuirá o primeiro dividendo de sua história, de cerca de R$ 250 milhões.


NUBANK teve lucro líquido de US$ 557,2 milhões no 1TRI25, alta de 74% na comparação anual. Receita cresceu 40%, para US$ 3,2 bi.


GERDAU aprovou, em reunião de diretoria, a 19ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, em séries única, da espécie quirografária, no valor de R$ 1,375 bilhão.


CVC BRASIL teve lucro líquido ajustado de R$ 24,0 milhões no 1TRI25, salto de 489,7% s/ 1TRI24. Receita líquida cresceu 14,1%, para R$ 362,2 milhões; Ebitda aumentou 21,4%, para R$ 104,7 milhões.


CASAS BAHIA obteve decisão favorável em processo judicial relacionado ao ressarcimento de ICMS-ST, entre 2011 e 2016. A decisão, proferida pelo TJ-SP, autoriza a varejista a compensar créditos tributários de R$ 632 mi.


CURY teve lucro líquido de R$ 233,7 milhões no 1TRI25, alta de 51,7% na comparação anual. Receita líquida cresceu 45,2%, para R$ 1,216 bi; Ebitda ajustado subiu 53,8%, para R$ 289,5 milhões.


RAÍZEN registrou prejuízo líquido de R$ 2,514 bilhões no 4Tri24/25, piora de 186% contra um ano antes. Ebitda ajustado atingiu R$ 1,721 bilhão, queda de 53,3%. Receita líquida cresceu 7,5%, para R$ 57,727 bi…


… A companhia informou que o Norges Bank passou a administrar 67.973.903 ações da companhia. O montante corresponde a 5,002% do total das ações preferenciais.


SLC AGRÍCOLA informou lucro líquido de R$ 510,7 milhões no 1TRI25, alta de 123,1% s/ 1TRI24. Receita líquida cresceu 19,1%, para R$ 2,331 bi; Ebitda ajustado aumentou 34,0%, para R$ 943,6 milhões.


SANTOS BRASIL registrou lucro líquido de R$ 198,5 mi no 1Tri25, alta de 34,3% contra o 1Tri24. Ebitda subiu 54,4% na mesma base de comparação, para R$ 496 milhões…


… Receita líquida atingiu R$ 883,7 mi no 1tri25, avanço de 37% contra um ano antes.


TAURUS registrou lucro líquido de R$ 18,6 milhões no 1TRI25, queda de 1,6% na comparação anual. Ebitda caiu 89,2%, para R$ 7,0 milhões; receita líquida recuou 22,2%, para R$ 349,1 milhões.


ALUPAR. A transmissora de energia recebeu do ONS o termo de liberação definitivo autorizando a operação comercial do reforço das instalações da subestação Manoel da Nóbrega.

Tarcísio de Freitas

 Tarcísio ‘presidenciável’ em NY: consertar o Brasil “não é difícil. Basta mexer algumas alavancas”


Giuliana Napolitano13 de maio de 2025


NOVA YORK – Tarcísio de Freitas dificilmente admitiria, mas está falando como um presidenciável.


Num evento promovido pelo Citi, o governador de São Paulo disse que a agenda para o Brasil é clara. 


“A preocupação comum é a situação fiscal, e sabemos exatamente o que fazer,” disse para uma plateia formada por cerca de 50 CEOs e executivos de grandes empresas brasileiras, além de investidores.


Um dos presentes disse que foi a primeira vez em que o ouviu falar tanto sobre planos para o País. “Mais do que isso seria deselegante.”


Tarcísio listou suas prioridades nacionais: uma reforma orçamentária que desvincule receitas e despesas para liberar recursos para investimentos; a desindexação do salário mínimo; mais privatizações; e a revisão de benefícios fiscais.


tarcisio de freitas


Também defendeu que os programas sociais sejam reformulados para incluir uma “porta de saída” para os beneficiários. “O custo precisa ser decrescente. Existem bons exemplos disso em outros países.”


Sobre a receptividade do Congresso a essas propostas, o governador disse que é preciso dar crédito ao Parlamento que, nos últimos anos, aprovou as reformas trabalhista, tributária e previdenciária, além de projetos como o marco do saneamento e a autonomia do Banco Central.


“Não tem a ver com pessoas, mas com projetos.”


Tarcísio também citou a reorganização fiscal e administrativa de São Paulo – e as iniciativas de atração de investimentos – como exemplos do que pode ser feito em escala nacional. 


“Tínhamos uma meta de R$ 220 bilhões em investimentos com a iniciativa privada. Já contratamos R$ 350 bilhões.”


Para ele, o novo cenário geopolítico é uma “tremenda oportunidade para o Brasil”. “Basta mexer algumas alavancas, não é difícil.”


Para provar o ponto, deu o exemplo da Argentina. “A situação lá era pior. Mas souberam comunicar, tocaram a agenda. Ou seja, é possível.”


A plateia adorou. “Ele tem um plano, falou pelo Brasil,” disse um investidor. “E já provou que sabe executar,” disse outro.


Faltou falar sobre segurança pública – uma derrota em nível estadual e nacional.  


Em conversas paralelas, executivos comentavam que alguns governadores seriam bons candidatos da oposição – além de Tarcísio, Ratinho Júnior e Eduardo Leite.


“Mas é preciso haver uma definição, e rápido, porque existe muita ansiedade em torno do cenário eleitoral,” disse um deles.


https://braziljournal.com/tarcisio-presidenciavel-em-ny-consertar-o-brasil-nao-e-dificil-basta-mexer-algumas-alavancas/

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