Esse é o novo mapa-múndi publicado pelo IBGE.
O Brasil agora aparece no topo do mundo — e o Sul virou Norte. Literalmente.
Quem nasceu no Rio Grande do Sul agora mora no extremo Norte do país. A Argentina e o Chile ocupam o topo, e a África do Sul… talvez precise repensar o nome?
Brincadeiras à parte, o mapa foi criado com o Brasil no centro — mas para isso, o restante do mundo precisou ser empurrado para as bordas.
O que mais me chamou atenção não foi a inversão. Foi o isolamento.
Ao destacar o Brasil no centro, o mapa escancara nossa distância geográfica dos principais polos econômicos e tecnológicos do planeta.
Japão, Coréia do Sul, Cingapura, Austrália, Reino Unido, China, Rússia e Estados Unidos aparecem agora como coadjuvantes — o que pode funcionar bem em um mapa ilustrativo, mas não muda a geopolítica, os acordos comerciais nem o desafio de competir globalmente.
Se já era difícil ensinar geografia para nossas crianças com o mapa tradicional, imagina com duas versões. Qual vai cair no ENEM? Qual será usado em livros didáticos?
Minha opinião: mapas são ferramentas técnicas, não peças de marketing.
Nem os Estados Unidos — com todo o seu poderio — colocaram o país no centro do mundo. Nem a China. Nem a União Europeia. Nem o Trump tentou isso.
Não precisamos virar o mundo de cabeça para baixo para colocar o Brasil em destaque.
Precisamos fazer o Brasil se destacar no mundo.
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