sábado, 24 de maio de 2025

Previ

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*Previ, fundo de pensão do BB, está perto de zerar déficit acumulado*


Capital - Por Rennan Setti


A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, está perto de zerar seu déficit acumulado, que encerrou 2024 em R$ 3,16 bilhões.


O número de abril apurado pela fundação mostra um resultado acumulado de R$ 0,9 bilhão negativo. O desempenho no ano, que está positivo em R$ 2,2 bilhões, foi impulsionado sobretudo pelo bom resultado da renda variável. (A Bolsa sobe 14,5% no ano e opera em patamar recorde.)


A tendência é que o número acumulado continue caindo no resultado de maio, com a evolução positiva dos indicadores do mercado no período — isto é, se a instabilidade causada pelo vai-e-vem das medidas fiscais do governo e seu impacto nos ativos permitir...


Maior fundo de pensão do país, com mais de R$ 260 bilhões em patrimônio, a Previ registrou, em 2024, um déficit de R$ 17,6 bilhões. Como o resultado acumulado até 2023 fora um superávit de R$ 14,5 bilhões, o déficit acumulado no período ficou em R$ 3,16 bilhões. Os dados de desempenho referem-se ao Plano 1, do tipo benefício definido (BD), o mais antigo e que concentra a imensa maioria dos ativos da instituição.

Dorian Gray

 *O retrato de Dorian Gray: a economia americana*


Nesta semana, dados de atividade econômica nos Estados Unidos, combinados com a retomada das discussões tarifárias, pressionaram os ativos de risco globais. Os números de pedidos de seguro-desemprego e outros indicadores de atividade vieram levemente abaixo das expectativas. Paralelamente, pesquisas de confiança entre os agentes privados apontaram para uma retomada do otimismo, mas esse sentimento foi ofuscado pelas novas sinalizações do governo americano em relação ao comércio internacional.


Destaca-se a aprovação inicial do plano de isenção de impostos proposto por Donald Trump, ainda pendente de votação no Senado. A medida adiciona pressão ao já deteriorado quadro fiscal americano, principalmente por ter sido apresentada logo após o rebaixamento da nota de crédito dos EUA, sem uma contrapartida clara no lado das despesas. Essa combinação levou à elevação das taxas de juros de longo prazo, que atingiram os maiores patamares desde 2023.


A movimentação do presidente pode ser interpretada como uma tentativa de reverter a queda recente em sua popularidade, mas o impacto fiscal relevante aumentou os juros futuros e, consequentemente, o custo de financiamento da dívida — fator ao qual Trump demonstrou sensibilidade em ocasiões anteriores. Diante disso, observou-se uma retomada do foco do governo em medidas alternativas que possam mitigar os efeitos do pacote de isenção.


Nesse contexto, foi anunciada a imposição de tarifas de 50% sobre produtos da União Europeia, com vigência a partir de 1º de junho. Adicionalmente, foi comunicada a aplicação de uma tarifa de 25% sobre celulares da Apple não produzidos nos EUA, o que levou a ação da companhia a recuar 7,6% na semana. As pressões repercutiram de forma ampla nos mercados: o S&P 500 e o Russell 2000 caíram 2,6% e 3,5%, respectivamente, enquanto o Nasdaq recuou 2,4% e o Dow Jones, 2,5%.


Um dos principais pontos de atenção segue sendo o comportamento da curva longa de juros nos EUA. As taxas dos títulos públicos de 10 e 30 anos subiram 1,4% e 2,6%, respectivamente, alcançando 4,5% e 5,0% ao ano. Como resultado, os preços dos títulos de longo prazo caíram 2,0%. Essa parte da curva é especialmente sensível à percepção de risco fiscal e à credibilidade das políticas públicas. O destaque é que esse movimento ocorreu em conjunto com a queda de 1,9% do dólar globalmente, sugerindo saída de capitais dos EUA — um padrão típico de países emergentes. Já os juros de dois anos permaneceram estáveis em 4,0%.


Normalmente, o aumento das taxas longas em países desenvolvidos tende a fortalecer suas moedas. O movimento contrário observado nesta semana reforça a percepção de vulnerabilidade institucional. Além disso, após a perda do rating AAA na semana anterior, fundos de pensão asiáticos, cuja regulação restringe investimentos a ativos de nota máxima, começaram a discutir a possibilidade de vendas forçadas de títulos do Tesouro americano. Estima-se que esse movimento possa alcançar até 215 bilhões de dólares.


Ainda que seja cedo para afirmar uma mudança estrutural, os fatores recentes reforçam a tese de que os EUA podem estar entrando em um ciclo prolongado de perda de fluxo de capitais para outras regiões, o que beneficiaria países emergentes.


O ambiente internacional foi predominantemente negativo: o DAX caiu 0,6%, o Nikkei recuou 3,0% e os mercados emergentes tiveram variação praticamente estável, com alta de apenas 0,1%. A bolsa de tecnologia da China caiu 1,4%, enquanto o índice tradicional subiu 0,7%. O ouro se valorizou 5,3% diante do aumento do risco global, enquanto o petróleo recuou 1,0% com a perspectiva de desaceleração da atividade econômica.


*Os Miseráveis versão política brasileira*


Localmente, o principal destaque da semana foi o aumento do IOF anunciado na quinta-feira pelo ministro Fernando Haddad, seguido por um recuo parcial das medidas na sexta-feira. O anúncio inicial previa a elevação do IOF para todas as modalidades, atingindo 3,5%, o que gerou forte reação negativa por parte dos investidores. A notícia impactou imediatamente os mercados, com o EWZ (ETF da bolsa brasileira negociado nos EUA) recuando mais de 4,0% antes da abertura do mercado local.


O maior estresse se deu em torno da taxação de remessas ao exterior para fins de investimento, tanto por pessoas físicas quanto por fundos, também sujeitas à alíquota de 3,5%. A medida foi interpretada por parte dos agentes de mercado como um primeiro passo em direção a um controle mais rígido da conta de capitais. Diante da reação negativa, o governo voltou atrás e anunciou a exclusão dessa categoria da mudança antes da abertura dos mercados na sexta-feira.


A elevação do IOF foi apresentada em conjunto com o congelamento de mais de R$ 30 bilhões em despesas públicas, como parte do esforço para adequar o orçamento às regras do novo arcabouço fiscal. Haddad também indicou que houve superestimação nas receitas projetadas anteriormente, justificando a necessidade de ajustes adicionais. Apesar da volatilidade provocada, alguns técnicos em finanças públicas consideraram as medidas como o primeiro movimento concreto em direção a um cenário fiscal mais crível e estruturado.


Vale destacar que o IOF é o único imposto que pode ser alterado por decreto, sem necessidade de aprovação do Congresso Nacional. O uso dessa prerrogativa levanta questionamentos sobre a capacidade de articulação política do governo e reforça a percepção de fragilidade institucional no atual cenário.


Nesse contexto, o Ibovespa recuou 1,0% na semana, enquanto o dólar teve leve queda de 0,3%, acompanhando o movimento global. As taxas dos títulos públicos com vencimento em 2030 foram pressionadas pela aversão ao risco nos mercados internacionais e pelas incertezas fiscais internas: a taxa do prefixado subiu 0,4%, encerrando a semana em 13,7% ao ano, enquanto a NTN-B de mesmo vencimento avançou 0,9%, sendo negociada a IPCA + 7,4%.


O episódio reforça a base do nosso conservadorismo no atual patamar de preços. À medida que as eleições de 2026 se aproximam, é provável que medidas fiscais expansionistas ganhem força — como vimos recentemente com a proposta de isenção nas contas de luz —, o que pode pressionar ainda mais o equilíbrio fiscal ou exigir novas medidas arrecadatórias. Ainda que o valuation dos ativos brasileiros nos pareça atrativo no horizonte de médio e longo prazo, optamos por manter um posicionamento mais cauteloso, especialmente diante das dificuldades estruturais na dinâmica orçamentária e da balança comercial no segundo semestre.


Qualquer necessidade estou à disposição.

um abraço, Breno - Rubik capital.

IOF governabilidade

 Aumento do IOF, seguido de recuo parcial, gera novo atrito dentro do governo e volta a dar munição à oposição


Impacto negativo, até aqui, ficou mais concentrado entre agentes econômicos, mas Executivo identificou potencial do desgaste escalar


Uma ala do Palácio do Planalto considerou equivocada a estratégia da Fazenda de anunciar um aumento nas alíquotas do IOF ao mesmo tempo em que divulgou bloqueios para 2025. No mesmo dia, houve um anúncio da contenção de R$ 31 bilhões em despesas do Orçamento, o que deveria ser uma boa notícia para os investidores. A Fazenda, no entanto, argumenta que os anúncios tinham que ser concomitantes para fechar as contas, ou então o contingenciamento do Orçamento teria que ser maior.


Essa não foi a primeira crise interna envolvendo anúncios — e recuos— da Fazenda. Durante o terceiro mandato de Lula, a taxação de 20% sobre produtos importados de até 50 dólares, a chamada “taxa das blusinhas”, gerou uma crise na comunicação do governo e impulsionou memes sobre o ministro, apelidado de “Taxad” por críticos. O episódio foi marcado pelo vaivém de anúncios, com críticas internas à política.


Já a regra da Receita Federal que ampliava a fiscalização financeira sobre movimentações via Pix foi revogada por determinação de Lula após uma campanha intensa da oposição.


Segundo o colunista Lauro Jardim, do GLOBO, Sidônio reclamou com interlocutores do governo que há uma determinação de Lula sobre anúncios de medidas importantes: todas têm que ser conversadas antes com a Secom com o objetivo de montar uma estratégia de comunicação adequada. Se isso não acontece, sobra ao marqueteiro da campanha de Lula em 2022 a função de “apagar incêndios”.


A interlocutores, Haddad tem dito que sua obrigação foi cumprida ao apresentar antes a medida a Lula. A Secom, segundo ele, também ciente da medida, deveria ter analisado como achasse melhor e procurado o diálogo.


O governo publicou na sexta-feira um decreto que mantém em zero a alíquota do IOF sobre aplicação de investimentos de fundos nacionais no exterior. O texto original da medida previa uma alta de 3,5%.


Além do mal-estar no mercado, a reação contrária nas redes sociais ao anúncio feito na quinta-feira também pesou na antecipação do comunicado de que parte do decreto seria revogado horas depois.


Mais de 70% das menções na internet ao aumento do IOF foram negativas, aponta levantamento feito pela consultoria Bites a pedido do GLOBO. Os dados reforçam que o anúncio foi malvisto pela opinião pública ao ser interpretado como um crescimento na taxação feita pelo governo a investimentos de brasileiros no exterior.


Desde quinta-feira, o assunto foi mencionado 144 mil vezes — 78,2 mil só na sexta-feira. O teor negativo esteve presente em 72,6% das postagens, enquanto o positivo alcançou 15%.


— Quase ninguém defendeu o governo nas redes, mesmo entre deputados do PT. Mais uma vez, houve um vai e vem no anúncio de medidas econômicas, o que enfraquece a gestão em relação à sua própria base, que não consegue criar uma linha de argumentação — afirma André Eler, diretor- adjunto da Bites: — Há o entendimento que o governo Lula taxa, aumenta impostos. Isso já vem da taxa das blusinhas. O caso atual reforçou a retomada do meme do “Taxad” pela direita. Não é um impacto negativo tão grande quanto o caso do Pix, mas foi um desgaste por nada, já que, na prática, nem vai ocorrer o aumento de arrecadação pretendido.


O pico de menções em assuntos econômicos no governo Lula ocorreu no primeiro mês de 2025, quando houve a discussão sobre a fiscalização do Pix. No dia 15 de janeiro, foram contabilizadas 261,1 mil postagens nas redes sobre o tema. O volume de posts sobre o IOF se aproximou, no entanto, do registrado em temas tributários, como quando houve isenção de tarifas de alimentos, em 7 de março (85,2 mil menções) ou em 18 de março, quando o governo confirmou a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês (93,9 mil menções).


Jair Bolsonaro e seus aliados exploraram o assunto nas redes. O ex-presidente ressaltou que baixou um decreto em março de 2022 que zerava a alíquota do IOF ligada ao câmbio até 2028.


“Infelizmente, o atual governo, em sua ânsia por elevar a arrecadação, reverteu essa política e anunciou um aumento generalizado nas alíquotas do IOF câmbio”, escreveu. Ele disse, em seguida, que o anúncio seria um desestímulo a investimentos e relatou que está em conversas com lideranças do PL para avaliar a possibilidade de “barrar mais esse aumento de impostos promovido pelo governo Lula”.


Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) descreveu a medida como “efeito direto do caos fiscal e da agenda econômica bizarra da extrema-esquerda”. “Pelo menos fica a lição: nunca acredite em um lulopetista”, escreveu. O parlamentar também republicou posts sobre o aumento no dólar, que abriu a sexta-feira cotado a R$ 5,71, e que se referiam a Haddad como “Taxad”.


O senador Sergio Moro (União-PR) também criticou o governo ao repostar o anúncio feito pela conta oficial do Ministério da Fazenda no X. “Estamos na República do improviso e parece que não tem ninguém responsável no governo Lula”, comentou.


O deputado André Fernandes (PL-CE), por sua vez, fez referência à crise do INSS e a críticas aos gastos da Presidência ao comentar a postura da gestão Lula. “Escândalos, gastos exorbitantes com viagens ao exterior e anúncios de mais impostos. Tudo isso se repete a todo momento no desgoverno petista”, escreveu.


O relatório encontrou postagens de 16 parlamentares sobre o caso. Apenas um saiu em defesa da gestão petista: o deputado Bohn Gass (PT), o que mostra mobilização tímida da esquerda em defender a medida.


O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), foi outro que usou o episódio para desgastar o governo.


—Essa medida precisa ser revogada imediatamente ou nós vamos entrar aqui numa crise de confiança (para investimentos) e um país que já está ruim vai piorar ainda mais — disse ele, em um vídeo publicado nas redes.


https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2025/05/24/aumento-do-iof-seguido-de-recuo-parcial-gera-novo-atrito-dentro-do-governo-e-volta-a-dar-municao-a-oposicao.ghtml?utm_source=aplicativoOGlobo&utm_medium=aplicativo&utm_campaign=compartilhar

Leitura de sábado

 Leitura de Sábado: Meta construirá 280km de cabo submarino e ampliará internet no Sul do Brasil


Por Luiz Araújo e Roseann Kennedy


Brasília, 20/05/2025 - A Meta, multinacional gigante da tecnologia, e a V.tal, empresa de infraestrutura digital, anunciam nesta terça-feira, 20, a construção de uma nova ramificação do cabo submarino Malbec, nas águas do Rio Grande do Sul. Em detalhamento obtido com exclusividade pelo Broadcast/Coluna do Estadão, a Meta explica que o objetivo é ampliar a capacidade da internet no Sul do Brasil e em países vizinhos do chamado "Cone Sul".


Cabos submarinos como o Malbec são responsáveis pela maior parte do tráfego de dados entre continentes. A nova rota permitirá conexões mais rápidas e estáveis, beneficiando diretamente usuários do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, além de melhorar o acesso digital em países como Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai. Conforme a Meta, a expansão deve posicionar a capital Porto Alegre como um novo hub regional de conectividade internacional e digital.


A nova ramificação do Malbec terá 280 quilômetros e deve estar concluída até 2027, somando-se aos atuais 2,5 mil quilômetros que conectam Rio de Janeiro, São Paulo e Buenos Aires. "Esse será um marco da conectividade na América do Sul, beneficiando milhões de pessoas no Brasil e consolidando Porto Alegre como o primeiro grande hub digital do Sul", afirma a diretora de Políticas Públicas, Conectividade e Infraestrutura da Meta para América Latina, Ana Luiza Valadares.


A iniciativa será oficializada durante encontro no escritório da Meta em Brasília, com participação do ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho; do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; da diretora da Meta para América Latina, Ana Luiza Valadares; do CEO da V.tal, Felipe Campos, além de secretários e representantes técnicos da área de infraestrutura.


"O impacto desse projeto será significativo para a economia digital local. Será uma infraestrutura única que atrairá operadoras, provedores de internet e outras empresas do setor", afirma Felipe Campos, CEO da V.tal. Ele destaca que o novo ecossistema trará melhorias para usuários finais, com uma internet mais estável e veloz.


O projeto também é visto como estratégico pelo governo federal. "Este é um passo fundamental para o avanço tecnológico da região Sul. Demonstra a confiança que o setor de telecomunicações tem no Brasil como um país atrativo para grandes investimentos", diz o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho. Ele lembrou ainda que a iniciativa se insere no escopo da Política Nacional de Cabos Submarinos, lançada recentemente pelo Ministério.


Para o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), a nova rota fortalece a capacidade de resposta da infraestrutura local. "Esse investimento está plenamente alinhado ao nosso plano de desenvolvimento sustentável. Além de promover inovação, reforça a resiliência diante de eventos climáticos extremos, como as enchentes que afetaram as redes de telecomunicações em 2024."


Com a crescente demanda por inteligência artificial e serviços digitais, a aposta em infraestrutura robusta e distribuída é considerada crucial. "Capacidade, resiliência e alcance global são mais importantes do que nunca. A conectividade é a base para garantir que tecnologias emergentes estejam disponíveis para todos, independentemente de onde morem ou trabalhem", destaca a Meta.


Contato: luiz.araujo@estadao.com; roseann.kennedy@estadao.com


Broadcast+

Anatomia de uma crise 2405

 “*Anatomia de uma crise*” (Thomas Traumann)


Após meses afastado de Lula, o ministro Fernando Haddad retomou protagonismo ao convencê-lo de um bloqueio de R$ 30 bilhões em gastos públicos, o dobro do proposto por Rui Costa. Também acertou apresentar uma previsão fiscal mais realista, admitindo déficit de R$ 30 bilhões em 2026. Para reforçar o compromisso fiscal, incluiu aumento do IOF em diversas operações.


Mas o plano fracassou. O mercado reagiu mal à inclusão surpresa de IOF sobre fundos no exterior, interpretando a medida como controle de capitais, o que geraria fuga de recursos e colapso do setor de multimercados. A comunicação foi desastrosa: ministros ignoraram o impacto do IOF, Renan Filho vazou a informação antes do anúncio oficial, e os detalhes só vieram após o fechamento do mercado. O dólar disparou e a confiança evaporou.


Haddad, que esperava reação positiva, se viu isolado. Banqueiros criticaram duramente as medidas, o BC negou envolvimento e rumores indicaram ameaça de renúncia dentro da autoridade monetária. O governo recuou às pressas, publicando novo decreto às 22h30, excluindo os fundos no exterior da taxação.


*Conclusão*: Haddad mostrou capacidade de recuo, mas revelou um Ministério da Fazenda desconectado do mercado, mal coordenado e exposto a erros básicos de comunicação e timing político. Para um ministro já fragilizado, o episódio reforça sua perda de influência dentro e fora do governo.

Produtividade é a saída

  O mundo está girando (e rápido): o Brasil vai acompanhar ou ficar para trás? 🌎🇧🇷 Acabei de ler uma análise excelente de Marcello Estevã...