segunda-feira, 13 de outubro de 2025

BDM Matinal Riscala

 BDM: Futuros de NY ensaiam recuperação

 

... Os futuros de NY e o petróleo ensaiavam boa recuperação, apostando em novo recuo de Trump,  diante do tom conciliatório nesse domingo, quando disse que “tudo ficará bem” com a China. Pequim pediu negociação, “em vez de ameaças”, embora tenha dito que “não tem medo de uma guerra tarifária”. Ainda da China, vem a notícia de um salto das importações e exportações. Trump está no Oriente Médio para assinar a paz em Gaza. Lula volta à noite de Roma para decidir sobre as medidas que Haddad prepara à derrota da MP do IOF. Na agenda da semana, balanços em Wall Street, reunião do FMI, Livro Bege do Fed e, aqui, vendas no varejo, serviços e IBC-Br.

 

EUA VS CHINA - A ameaça de Trump de definir uma tarifa adicional de 100% aos produtos chineses a partir de 1º de novembro, que pesou para os mercados na sexta-feira, foi confirmada à noite, em resposta às novas restrições de Pequim à exportação de terras raras.

 

... Neste domingo, no primeiro comentário oficial após a investida de Trump, o Ministério do Comércio chinês soltou um comunicado pedindo aos Estados Unidos para resolver as diferenças “por meio de negociações, em vez de ameaças”.

 

... Ao mesmo tempo, o governo de Pequim foi firme e sinalizou que não recuaria. “Se os Estados Unidos insistirem obstinadamente nessa prática, a China certamente tomará medidas correspondentes para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos.”

 

... A nota conclui com o alerta de que a China não quer uma guerra tarifária, mas que “não tem medo de uma”.

 

... Também Donald Trump foi às redes sociais no domingo para aliviar, dizendo que “Xi teve apenas um momento ruim”, que os Estados Unidos não querem prejudicar a China, mas ajudá-la. “Não se preocupem com a China, tudo ficará bem!”

 

... O tom conciliatório sugere que o presidente norte-americano quer negociar com o líder chinês; sobre o encontro dos dois na Coreia do Sul, previsto para o final do mês, Trump disse que não sabe se acontecerá, emendando que “eu estarei lá”.

 

... Além de anunciar a tarifa adicional de 100%, o presidente dos Estados Unidos ameaçou impor controles de exportação “em larga escala” sobre “praticamente todos os produtos fabricados” pela China, incluindo “todos os softwares críticos”.

 

... O impasse surgiu como risco à trégua da crise comercial entre os dois países, após Pequim ampliar, nos últimos dias, os controles de exportação sobre terras raras e tecnologias relacionadas, além de equipamentos e materiais usados na fabricação de baterias.

 

... A China também abriu uma investigação antitruste contra a fabricante de chips Qualcomm e impôs taxas a navios de bandeira americana que atracam em portos chineses. Para analistas, Xi quis aumentar sua margem de negociação antes do encontro na Coreia do Sul.

 

... Os Estados Unidos precisam das terras raras chinesas e, por isso, Trump já recuou uma vez. Neste caso, sua capacidade de negociação não é grande. A China extrai 70% desses minerais do mundo e é responsável pelo processamento químico de 90% do fornecimento global.

 

SHUTDOWN - O governo americano entra hoje no décimo terceiro dia de paralisação, em outra frente de preocupação dos investidores de Nova York, mas que continuam firmes em suas apostas de que o Fed cortará os juros mais duas vezes neste ano.

 

... Na sexta-feira, a despeito do apagão de dados no shutdown e da cautela da maioria dos dirigentes do BC americano, as chances de mais duas quedas de 25 pbs batiam quase 100% no CME Group no final do dia, tanto para a reunião de 29/10, como para 10/12.

 

... Uma única exceção foi prometida pelo Escritório de Estatísticas do Trabalho (BLS): o CPI de setembro, que será divulgado no dia 24.

 

... A Casa Branca confirmou que as demissões de funcionários federais já começaram e, segundo a Bloomberg, milhares serão dispensados.

 

POWELL E LIVRO - Na agenda desta semana, um discurso de Powell sobre política monetária e perspectivas econômicas na reunião da NABE, amanhã (terça), pode ser importante para calibrar as expectativas. Já na quarta, sai o Livro Bege do Fomc do fim do mês.

 

... Estão previstas também as falas de vários Fed boys, que, no entanto, têm exercido zero influência nas apostas dos juros.

 

... Outros destaques da semana são as reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, de hoje até o dia 18 de outubro, com a participação de várias autoridades monetárias dos principais bancos centrais. Christine Lagarde (BCE) faz um pronunciamento na quinta-feira.

 

... O petróleo terá os relatórios da Opep hoje e amanhã (terça), da AIE.

 

CHINA HOJE - As importações tiveram salto anualizado de 7,4% em setembro, muito acima da previsão de 1,5%. As exportações dispararam 8,3%, quase no dobro do esperado (+4,4%) pelos analistas do mercado financeiro.


... O superávit comercial alcançou US$ 90,45 bilhões em setembro, abaixo da projeção de US$ 98,96 bilhões.

 

... Amanhã à noite, serão divulgados os índices de inflação da China em setembro (CPI e PPI) e, no próximo domingo, saem o PIB do terceiro trimestre, vendas no varejo e produção industrial, e o PBoC define as taxas de referência de longo prazo (LPR) de 1 ano e de 5 anos.

 

BALANÇOS - Começa nesta semana a temporada de balanços do terceiro trimestre de empresas com ações listadas nas bolsas de valores em Wall Street. Já amanhã, saem JPMorgan Chase, Wells Fargo, Goldman Sachs e Citi. Na quarta, Bank of America e Morgan Stanley.

 

DIA DE COLOMBO - No feriado hoje, os Treasuries não operam, mas as bolsas em Nova York funcionam normalmente.

 

AGENDA NO BRASIL - Aqui, após a produção industrial surpreender na semana passada, com resultado acima das projeções do mercado, será a vez de volume de serviços (terça), vendas no varejo (quarta) e do IBC-Br (quinta) medirem o ritmo da atividade em agosto.

 

... Hoje, os investidores voltam a prestar atenção às projeções da inflação para 2027 no Boletim Focus (8h25), que interromperam a queda há três semanas. A pesquisa pode refletir as novas incertezas fiscais, após a derrubada da MP do IOF.

 

ATRÁS DOS RECURSOS - A equipe econômica busca novas medidas para cobrir o déficit de R$ 46 bilhões aberto no Orçamento de 2026 com a derrubada da Medida Provisória (MP 1.303) que trazia alternativas ao aumento do IOF, já contabilizado no PLOA de 2026.

 

... As especulações de que o governo voltará a recorrer ao aumento do IOF continuam circulando, estimuladas por declarações dos líderes no Congresso. Haddad cancelou a viagem para participar da reunião do FMI para cuidar especialmente desse tema.

 

... O presidente Lula, que está em Roma para o Fórum Mundial da Alimentação (e hoje se encontra com o Papa Leão XIV), já havia antecipado que reunirá, na volta, seus ministros para decidir o que fazer. Seu retorno ao Brasil está previsto para hoje à noite.

 

ALCKMIN - Vice-presidente e ministro do MDIC participa hoje da cerimônia de abertura oficial da Reunião Preparatória da 30ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, a pré-COP, em Brasília, às 9h, com 72 delegações confirmadas.

 

... Também devem participar os ministros Fernando Haddad, Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Marina Silva (Meio Ambiente).

 

ISENÇÃO DO IR - Ministro Fernando Haddad comparece amanhã (terça) à sessão da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) para falar sobre o projeto de isenção do Imposto de Renda, aprovado por unanimidade pela Câmara.

 

... O relator da proposta no Senado, Renan Calheiros (MDB), estima que a proposta levará cerca de um mês para tramitar na Casa. Ele já admitiu que poderá fazer mudanças no texto por meio de supressões e emendas de redação, que não alteram o mérito.

 

... Também amanhã a Comissão Mista da MP do Plano Brasil Soberano deve receber o parecer do relator da MP, Fernando Farias (MDB), sobre as medidas de mitigação ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos. A votação do relatório deve acontecer na quarta-feira (15).

 

LDO 2026 - O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, marcou para quinta-feira a sessão do Congresso para analisar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 e os vetos de Lula à Lei Geral de Licenciamento Ambiental.

 

O PREDADOR - A ofensiva de Trump à China incendiou os mercados globais na sexta-feira, com a promessa da Casa Branca de “aumento massivo” de tarifas, em resposta aos novos controles de exportação do país sobre terras raras.

 

... A reedição da guerra comercial assustou o mundo inteiro: termômetro do medo de Wall Street, o índice Vix disparou 36% no pico da tensão, com a corrida por proteção afundando os juros dos Treasuries e as bolsas em NY.

 

... Por aqui, o dólar saltou de volta à faixa de R$ 5,50 e trouxe pressão à curva do DI, enquanto o Ibovespa entregou os 141 mil pontos, em uma espiral de estresse ampliada pelo viés populista do governo para o trade eleitoral.

 

... Na sexta-feira, repercutiram mal o anúncio pelo Planalto da nova política de financiamento habitacional, que libera quase R$ 40 bi, e o pacote de bondades pretendido por Lula para 2026, com impacto de R$ 100 bi no orçamento.

 

... Com o pregão regular já fechado em NY e aqui, a ameaça de Trump virou realidade com o anúncio a taxação extra de 100% aos chineses a partir de novembro e os mercados futuros sofreram um segundo choque pesado de tensão.

 

... O petróleo, que já tinha levado um tombo para as mínimas em 5 meses, derreteu mais quase 4%.

 

... As bolsas americanas pioraram no after hours e, no ambiente doméstico, o EWZ, principal fundo de índice (ETF) brasileiro negociado em Nova York, acelerou as perdas para quase 1% e piorou o clima que já estava bem ruim.

 

... No câmbio, o dólar para novembro disparou 2,83%, a R$ 5,559, e o Ibovespa futuro caiu 1,06%, a 140.365 pontos.

 

... Na sessão normal, o dólar à vista registrou dois repiques nítidos: primeiro com as notícias sobre o cenário fiscal doméstico e, na sequência, com a nova onda de hostilidades entre os governos de Washington e Pequim.

 

... Sob o apelo defensivo, a moeda americana deu uma arrancada de 2,39%, para R$ 5,5037 no fechamento, e puxou os juros longos: Jan/29, a 13,410% (de 13,341%); Jan/31, a 13,675% (de 13,587%); e Jan/33, a 13,810% (de 13,714%).

 

... O contrato curto, para Jan/26, ficou preso ao ajuste (14,893%), sem esperança de o BC antecipar corte da Selic.

 

... Não houve impacto relevante ao comentário de Galípolo de que o novo modelo de financiamento imobiliário do governo favorece a potência da política monetária, o que pode ajudar a controlar a inflação com juros mais baixos.


... Na rodada de reuniões com diretores do BC no Rio, economistas relataram ao Broadcast que, apesar do alívio recente com o IPCA, a aceleração dos gastos do governo em ano eleitoral pode atrapalhar o processo de desinflação.

 

... Seja como for, na sexta-feira, o Itaú rebaixou a expectativa para o IPCA de 2026 (de 4,4% para 4,3%) e para 2025 (de 5,0% para 4,7%), neste caso incorporando as surpresas positivas da alimentação mais barata ao consumidor.

 

A PANCADA - Nem só de recordes vive a bolsa. O estouro da nova crise tarifária deu o start para o Ibovespa continuar devolvendo os picos históricos e voltar para a região de suporte dos 140 mil pontos, que lança dúvidas.

 

... Os investidores se perguntam se o índice à vista pode entrar em um canal mais profundo de baixa ou se o atual patamar já se estabelece como um bom ponto de compra e de virada para dar por encerrada a realização de lucro.

 

... Tudo depende de como serão endereçadas a nova briga de Trump com a China e a dinâmica fiscal doméstica.

 

... Em meio à aversão global ao risco, o Ibovespa recuou 0,73% na sexta-feira, a 140.680,34 pontos, com giro de R$ 22,4 bilhões. De volta ao radar, o protecionismo derrubou as ações da Vale em 0,41%, à mínima do dia, de R$ 58,87.

 

... Reportagem do Broadcast informa que, mesmo com o preço do minério de ferro acima de US$ 100 atualmente, cotado a US$ 111,51 na China, a probabilidade de pagamento de dividendos extraordinários pela Vale diminuiu.

 

... Segundo analistas, o anúncio recente de recompra de debêntures reduziu a capacidade para o pagamento.


... A crise tarifária reaberta por Trump desencadeou ordens de vendas para os papéis do setor siderúrgico. CSN ON derreteu 6,06%, Usiminas PNA perdeu 3,19%, Gerdau PN recuou 1,25% e Metalúrgica Gerdau caiu 0,59%.


... No efeito combinado das ameaças à China e da fragilidade das contas públicas por aqui, os bancos caíram em bloco: BB, -2,74% (R$ 20,61); Santander, -2,15% (R$ 27,70); Bradesco PN, -1,35% (R$ 16,85); e Itaú, -0,11 (R$ 37,14).

 

... Curioso foi Petrobras ter registrado queda tão inferior ao tombo do petróleo: PN perdeu 0,89%, a R$ 29,94, e ON caiu 0,75%, a R$ 31,91, enquanto o Brent desabou com Trump e o ajuste estendido ao cessar-fogo em Gaza.

 

... O contrato do barril para dezembro engatou uma liquidação de 3,81%, negociado a US$ 62,73 no fechamento.

 

TÚNEL DO TEMPO - Reviver as ameaças da guerra comercial não fez nada bem para as bolsas norte-americanas, que começaram a cair assim que Trump ameaçou a China e não pararam mais, amargando os piores dias desde abril.

 

... O Dow Jones caiu 1,90%, aos 45.479,60 pontos; o S&P 500 cedeu 2,71%, aos 6.552,51 pontos; e Nasdaq registrou desvalorização expressiva de 3,56%, aos 22.204,43 pontos, afastando-se da conquista recente dos 23 mil pontos.

 

... Como disse a Capital Economics, é possível que a medida de Pequim de restringir as exportações de terras raras  tenha sido um "tiro de advertência" aos americanos, para influenciar as negociações até o deadline de 8/11.

 

... Na dúvida, o mercado recorreu ao instinto de proteção e comprou Treasuries, derrubando a taxa da Note de 2 anos (a 3,525%, de 3,597% na véspera), de 10 anos (a 4,056%, de 4,145%) e do T-Bond 30 anos (4,637%, de 4,726%).

 

... No noticiário dos Fed boys, Alberto Musalem afirmou que "mantém a mente aberta" quanto a uma possível nova flexibilização da política monetária, mas defendeu que a tomada de decisão deve ser feita com cautela.

 

... Também com abordagem cautelosa, Christopher Waller disse que apoia mais cortes, mas mencionou cuidado. Cotado para o comando do Fed, ele considerou "ótima" sua entrevista com o secretário do Tesouro, Scott Bessent.

 

... Reacendidas as tensões comerciais com a China, o dólar quebrou a sua sequência de quatro altas, com o DXY em queda de 0,56%, a 98,978 pontos. A moeda americana só continuou subindo contra o iene, cotado a 151,63/US$.

 

... Já o euro avançou 0,47%, para US$ 1,1615, e a libra esterlina registrou alta de 0,43%, a US$ 1,3350.

 

... Na França, uma semana depois de sua renúncia, Sébastien Lecornu aceitou ser reconduzido ao cargo por Macron, na tentativa de conter a turbulência política. Neste domingo, o primeiro-ministro anunciou um novo gabinete.

 

... Sua tarefa imediata é produzir e entregar ao Parlamento um plano de orçamento para acalmar as pressões.

 

COMPANHIAS ABERTAS - André Coelho Diniz foi eleito para a presidência do conselho de administração da GPA por unanimidade pelos membros do colegiado, em mais uma clara conquista de espaço da família na empresa...

 

... Também por placar unânime, Edison Ticle foi escolhido para o posto de vice-presidente.

 

SANTANDER aprovou a distribuição de R$ 2 bilhões em JCP, o equivalente a R$ 0,2551 por ação ordinária, R$ 0,2806 por ação preferencial e R$ 0,5358 por unit, com pagamento em 7 de novembro; ex em 22 de outubro.

 

GERDAU. BB Investimentos reduziu o preço-alvo da ação de R$ 24 para 22, mantendo recomendação de compra...

 

... Atualização incorporou os últimos resultados e estimativas mais recentes compartilhadas pela companhia, além de premissas setoriais e macroeconômicas. 

 

RAÍZEN esclareceu, via fato relevante, que não está considerando qualquer forma de reestruturação de dívida ou pedido de recuperação judicial ou extrajudicial...

 

... A manifestação ocorreu após reportagem do Valor dizer que, segundo fontes, “investidor vende bonds da Raízen por risco de perda de grau de investimento.

 

SANTOS BRASIL. Controladora CMA Terminals Atlantic passou a deter 95,03% do total de ações ON, em meio a aquisições no decorrer do período voltadas à alienação de ações por acionistas que não aderiram ao leilão da OPA...

 

... Com isso, em função de haver menos de 5% das ações em circulação, Santos Brasil informou que CMA proporá a convocação de assembleia geral de acionistas para deliberar sobre resgate compulsório de papéis remanescentes.

 

AOS ASSINANTES DO BDM, BOM DIA E BONS NEGÓCIOS!

Bankinter Matinal Portugal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Embora hoje seja Dia de Colombo, apenas o mercado de obrigações americano fecha. Teremos certa desorientação depois do sell-off de sexta-feira. O governo americano continua parcialmente encerrado, portanto é improvável que seja publicada macro americana e os resultados dos bancos serão a referência mais importante. É provável uma contrarreação entre hoje e amanhã.


Trump proporcionou ao mercado a desculpa necessária para realizar lucros a sério, uma vez alcançados níveis de certo respeito: impostos alfandegários gerais de 100% à China a partir de 1 de novembro e cancelamento do seu encontro com Xi Jin Ping em finais de outubro, como represália às restrições de China à exportação de terras raras. Também contribuíram para o sell-off de sexta-feira os profit warnings de Ferrari e BMW umas horas antes, assim como o bloqueio político na França, onde é impossível saber se a convocação de eleições resolveria alguma coisa… mas as suas obrigações não parecem acusar danos sérios: O10A FRA 3,46% vs. ITA 3,49%.


Hoje não sai nada relevante. Amanhã, o ZEW Sentimento Económico na Alemanha (41,1 vs. 37,3) e algum outro dado europeu de menor importância durante a semana, portanto, perante a ausência de macro americana pelo fecho parcial do governo, o realmente importante será o fluxo de resultados do 3T, principalmente americanos e de bancos, cujos resultados parece que voltarão a ser bons: na terça-feira, JP Morgan (4,81 $; +10%), Goldman (10,81 $; +29%), Citi (1,81 $; +20%), Blackrock (10,91 $; +0,2%) e Wells Fargo (1,53 $; +7,9%); na quarta-feira, BoA (0,94 $; +15,9%) e M.Stanley (2,06 $; +9,6%)…etc. Além disso, um pouco de tecnologia: na quarta-feira, ASML (5,35 €; +1%) e na quinta-feira TSMC (15,73 TW$; +25%). Certamente os resultados permitem uma subida, seguida de uma estabilização até ter um pouco de visibilidade sobre a macro americana.

  

NY -2,7% US tech -3,5% US semis -6,3% UEM -1,7% España -0,7% VIX 21,7% Bund 2,65% T-Note 4,06% Spread 2A-10A USA=+53pb B10A: ESP 3,20% PT 3,04% FRA 3,46% ITA 3,49% Euribor 12m 2,202% (fut.2,217%) USD 1,162 JPY 176,4 Ouro 4.075$ Brent 63,6$ WTI 59,7$ Bitcoin -5,5% (114.710$) Ether -5,3% (4.130$)


CONCLUSÃO: Podemos esperar uma subida europeia insegura hoje (+0,3%/+0,5%), que se confirmará com uma reação mais firme em Wall St. durante a tarde. Mas parece uma semana mais favorável para as obrigações do que para as bolsas, porque é provável que o encerramento parcial do governo americano se prologue, a não ser que a necessidade de pagar o exército até meados desta semana desencoraje Trump a continuar com o bloqueio, para não aborrecer um dos seus principais grupos de votantes. Em qualquer caso, o aviso de sexta-feira vem muito bem para prevenir excessos e favorecer o assentamento em níveis, que seria são durante um tempo. Como os resultados dos bancos americanos serão bons ou decentes, as bolsas tenderão a subir à medida que a semana avança. Mas se o governo americano reabrir, então a subida ganharia força. A probabilidade do sell-off de sexta-feira provocar mais quedas é reduzida, porque o fundo é tão bom (pelos fatores que já comentámos insistentemente) que as correções inesperadas e fortes, como a de sexta-feira, são interpretadas como oportunidades. 


FIM

Turma do prêmio Nobel.

 Há anos em que o Prêmio Nobel de Economia é bom, anos em que é ruim e anos em que é excepcional. Este ano é excepcional. Este é o prêmio que eu estava esperando. Não porque eu o previ ou porque havia dinheiro em jogo, mas porque ele reconhece trabalhos que abordam A pergunta: Por que ficamos ricos?

O Nobel de Economia de 2025 foi para Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt "por terem explicado o crescimento econômico impulsionado pela inovação".







Este prêmio é dividido entre duas contribuições diferentes. Mokyr recebe metade por explicar os pré-requisitos — quais condições eram necessárias para que o crescimento sustentado pudesse acontecer. Aghion e Howitt dividem a outra metade por construir o modelo prático de como a inovação realmente impulsiona o crescimento, uma vez que essas condições sejam atendidas. É a história encontrando a teoria. O prêmio do ano passado foi história e teoria, mas este é, na verdade, história. E é assim que a economia deveria funcionar.

As origens intelectuais do crescimento econômico

Em comparação com os outros dois, Mokyr realmente se destacou por seu conjunto de trabalhos sobre o tema. O programa de pesquisa de Mokyr abrange décadas e abrange diversos livros, então não é simples definir qual é o seu argumento. Para entendê-lo, é preciso traçar seu desenvolvimento ao longo de suas principais obras.

Sua obra mais citada (talvez por ser anterior) é "A Alavanca da Riqueza" (1990), onde ele estabeleceu a estrutura questionando por que o progresso tecnológico ocorre. Mokyr argumentou que nem as teorias da demanda nem da oferta poderiam explicar sozinhas os padrões de inovação. Em vez disso, ele introduziu o conceito de "macroinvenções" (avanços radicais) versus "microinvenções" (melhorias incrementais), mostrando como ambas eram necessárias e como sua importância relativa variava entre sociedades e épocas.

Em Os Dons de Atena , Mokyr desenvolve sua distinção analítica central. Existem dois tipos de “conhecimento útil” necessários para a inovação:

Primeiro, há o conhecimento proposicional , a compreensão de por que as coisas funcionam. Os princípios científicos ou teóricos por trás dos fenômenos naturais. Isso inclui matemática, física, química, biologia, o que Mokyr chama de "base epistêmica". Pense nisso como "saber que". Isso é ciência, entender que o ar tem peso e pressão, conhecer os princípios da combustão, reconhecer que doenças se espalham por meio de microrganismos.

Depois, há um nível mais aplicado, o conhecimento prescritivo , o saber como fazer as coisas funcionarem na prática. As técnicas, as receitas e o domínio prático da produção. Pense nisso como "saber como". Este é o método do mecânico para construir uma roda d'água, a receita de um cervejeiro para fermentação, a técnica de um tecelão para operar um tear mecânico.

Durante a maior parte da história, estes existiram em mundos separados. Estudiosos desenvolveram conhecimento proposicional (filosofia natural, matemática) em grande parte dissociado de aplicações práticas. Enquanto isso, artesãos inovavam por tentativa e erro, sem orientação científica. O conhecimento de por que algo funcionava frequentemente permanecia misterioso mesmo para aqueles que o faziam funcionar.

Naquele mundo, a inovação era imprevisível e raramente cumulativa. Muitos supostos avanços eram becos sem saída. A Revolução Industrial só se tornou um verdadeiro ponto de virada quando o conhecimento proposicional e o prescritivo começaram a se reforçar mutuamente. Esse ciclo de feedback cada vez mais estreito é o que tornou o crescimento sustentável , em vez de pontual. Em épocas anteriores, uma invenção brilhante podia impulsionar a produtividade temporariamente, mas, sem bases científicas para se sustentar, o avanço acabou estagnando.

Mas Mokyr vai mais fundo. Por que esse ciclo de retroalimentação começou na Europa por volta de 1700? Sua resposta é institucional: a República das Letras.

Este era um mercado pan-europeu de ideias do início da era moderna. Baixas barreiras de entrada. Críticas entre pares. Prêmios e periódicos para compartilhar descobertas. Competição entre acadêmicos de diferentes países. Se um monarca interrompesse sua pesquisa, você poderia se mudar para outro lugar e continuar trabalhando.

Ainda é um pouco vago. Como vemos isso na prática?

Mokyr (2009, 2016) fala sobre “A República das Letras”. Era uma rede europeia onde intelectuais compartilhavam ideias, testavam teorias e desenvolviam padrões para o que era considerado boa ciência.

Voltaire não se correspondia apenas com pessoas em Paris. Ele trocava cartas com pensadores de toda a Inglaterra, Alemanha, Itália, Holanda e outros lugares. Isso criou uma hierarquia baseada no mérito, não no status social. Ideias ruins eram eliminadas. Boas ideias se espalhavam.

Isso é importante porque, na maioria das sociedades ao longo da história, mentes brilhantes trabalharam sozinhas. Leonardo da Vinci era um gênio, mas estava isolado. Ou então, inovadores dependiam do patrocínio real, o que significava que podiam ser silenciados se ofendessem a pessoa errada. A República das Letras resolveu ambos os problemas.

Cartas de Voltaire. Koyama e Rubin têm um ótimo resumo da obra de Mokyr em seu livro .

Isso aconteceu primeiro na Europa, que tinha uma combinação única: unidade cultural com fragmentação política.

A unidade cultural permitiu a difusão de ideias. Uma rede postal que ligava toda a Europa possibilitou a correspondência contínua. Cientistas em Londres puderam desenvolver trabalhos realizados em Paris ou Amsterdã. A fragmentação política permitiu que pensadores heréticos tivessem rotas de fuga. Quando a Contrarreforma se tornou dominante no sul da Europa após 1600, pensadores inovadores puderam fugir para jurisdições mais tolerantes. Descartes e Pierre Bayle deixaram a França. Hobbes e Locke deixaram a Inglaterra em momentos diferentes. Nenhuma autoridade única conseguiu suprimir novas ideias em todo o continente.

Essa combinação era rara. A China tinha unidade política, mas não havia válvula de escape para ideias heterodoxas. O Oriente Médio e a Índia tinham fragmentação política, mas careciam de unidade cultural e infraestrutura para disseminar ideias de forma eficaz.

A República das Letras era pan-europeia. Então, por que a industrialização ocorreu na Grã-Bretanha?

Mokyr argumenta que isso se devia ao fato de a Grã-Bretanha possuir algo que faltava à maioria dos outros lugares: uma grande população de artesãos, inventores e inventores altamente qualificados. Essas pessoas conseguiam transformar ideias científicas abstratas em inovações práticas. Isso remonta às ideias anteriores sobre os diferentes tipos de conhecimento.

Quando a revolução científica produziu novos conhecimentos sobre física, química e mecânica, os trabalhadores qualificados britânicos estavam prontos para utilizá-los. Eles possuíam as habilidades práticas. Também internalizaram uma ideia fundamental do Iluminismo: a de que o mundo poderia ser melhorado pelo esforço humano.

Este é um espaço muito curto para fazer justiça a Mokyr. O prêmio reconhece não artigos individuais, mas um programa intelectual que abrange quatro décadas e que reformulou fundamentalmente a forma como os economistas pensam sobre a prosperidade a longo prazo.

Suponha que fosse necessário resumir a contribuição de Mokyr ao longo da carreira em uma frase. Nesse caso, poderia ser: O crescimento econômico sustentado decorre de sistemas que geram, difundem e aplicam continuamente conhecimento útil, e esses sistemas exigem pré-requisitos culturais e institucionais específicos que não são naturais nem automáticos.

Isso pode parecer abstrato, mas a genialidade de Mokyr está em torná-lo concreto por meio de ricos detalhes históricos.

O enigma do crescimento suave e da agitação descontrolada

No lado oposto dos detalhes históricos está a teoria (embora o próprio Mokyr seja baseado na teoria e tenha tido artigos iniciais com modelos formais de crescimento ).

É aqui que entram Aghion e Howitt. Seu artigo de 1992, " Um Modelo de Crescimento por Meio da Destruição Criativa ", é agora o modelo básico do crescimento endógeno (desculpe, Romer). Digo "básico" porque se tornou a estrutura básica que os pesquisadores estendem, modificam e testam com base em dados.

Dou uma palestra sobre competição onde explico dois fatos:

Primeiro, o crescimento econômico em lugares como os Estados Unidos é notavelmente consistente. Se eu mostrasse o crescimento real do PIB década a década e removesse os rótulos, você não conseguiria diferenciar os anos 1950 dos 1980 (talvez você identificasse os anos 2000 por causa da crise financeira, mas é só isso). Trace uma linha que cruze o PIB real per capita de 1950 a 2020, e verá que é notavelmente uniforme. Cerca de 2% ao ano, mais ou menos. Estável. Previsível. Até chato.

Em segundo lugar, por trás desse crescimento agregado uniforme, há uma destruição criativa massiva. Tivemos quase 8 milhões de empregos criados no último trimestre de 2024. Pense nesse número. Oito milhões de novos vínculos empregatícios foram criados em três meses. Mas aqui está o problema: também tivemos mais de 7 milhões de empregos destruídos no mesmo período. Empresas entram e saem constantemente. Trabalhadores mudam de empregador. Produtos são lançados e descontinuados. O mercado de trabalho se agita.

As Estatísticas de Dinâmica Empresarial do Census Bureau contam uma história ainda mais impressionante. Em um ano típico, cerca de 10% dos estabelecimentos fecham. Outros 10% abrem. A taxa de criação de empregos gira em torno de 15% do emprego total. A taxa de destruição de empregos é semelhante. A cada cinco anos, cerca de metade de todos os empregos são renovados. Ryan Decker e coautores documentaram que esse dinamismo foi ainda maior nas décadas de 1980 e 1990. Esses números estavam caindo antes da pandemia, mas ainda estão absurdamente altos. (Observação: eles voltaram a subir. ) A estabilidade no crescimento agregado existiu paralelamente a uma rotatividade ainda maior no nível micro.

Esta é uma parte enorme do crescimento econômico. Há diferentes decomposições, mas Baqaee e Farhi (2020) constataram que cerca de metade do crescimento agregado da produtividade total dos fatores nos EUA no período de 1997 a 2015 se deve à realocação de fatores de produção de empresas de baixa para alta produtividade de receita. O material científico demonstra isso em nível setorial.

Voltando aos dois fatos: como obter um crescimento estável quando a economia subjacente é tão turbulenta? Este é O enigma que Aghion e Howitt resolvem. Seu artigo original de 1992 não está completamente formulado nesses termos. Os dados ainda não estavam bem desenvolvidos, e é por isso que estou um pouco chateado por John Haltiwanger não ter podido compartilhar este prêmio com Aghion e Howitt por desenvolverem esses dados. Mas o comitê está certo em apontar que esta é a questão-chave subjacente a um modelo de destruição criativa.

A resposta deles: inovações chegam em momentos aleatórios em diferentes setores, como gotas de chuva. Em qualquer setor, há saltos repentinos quando ocorrem avanços. A Netflix entra e destrói os lucros da Blockbuster praticamente da noite para o dia. O iPhone é lançado e a participação de mercado da BlackBerry despenca. A destruição criativa é violenta e descontínua em um único setor, em um único momento.

Mas a economia tem milhares de setores. A qualquer momento, alguns setores estão passando por avanços, enquanto outros se mantêm estáveis. Os saltos não acontecem simultaneamente em todos os setores. São escalonados, aleatórios e sem correlação.

Em milhares de setores, esses saltos se igualam à média. É a lei dos grandes números. A taxa de crescimento agregada se torna:

crescimento ≈ (tamanho de cada etapa de qualidade) × (frequência com que as etapas chegam em todos os setores)

É daí que vem o crescimento no modelo deles. É elegante. Explica a suavidade macro e a volatilidade micro.

Schumpeter e os Lucros

Levar Schumpeter a sério também muda a forma como pensamos sobre concorrência, uma das minhas áreas favoritas. Os modelos básicos de Economia 101 imaginam erroneamente mercados com conjuntos estáveis ​​de empresas. Talvez novas empresas possam entrar, mas frequentemente tratamos o número de empresas como relativamente fixo ao fazer estatísticas comparativas. Isso não chega nem perto da realidade. Temos uma rotatividade imensa. Já escrevi em outro lugar que essa realocação, essa destruição criativa, é a essência da concorrência e como devemos medi-la.

Em um modelo no estilo Aghion-Howitt, a margem de lucro — quanto lucro um líder pode cobrar — está mecanicamente vinculada à etapa de qualidade. Se o seu produto for 10% melhor que o da concorrência, você pode cobrar uma margem limitada. Se for duas vezes melhor, você pode cobrar mais.

Isso lhe dá uma microbase para margens de lucro variáveis ​​entre empresas. Em meus artigos sobre margens de lucro, enfatizei que não podemos simplesmente olhar para o nível da margem de lucro e concluir que os mercados não são competitivos. As margens de lucro podem aumentar porque as empresas aprimoraram seus produtos . Isso é ótimo! A margem de lucro reflete a diferença entre a sua qualidade e a segunda melhor opção.

Aghion-Howitt formaliza essa intuição. Margens/lucros são o incentivo para a inovação. Se você não pode ganhar uma margem inovando, por que se preocupar em investir em P&D?

Mas — e isso é crucial — essas margens de lucro são temporárias em seu modelo. Outras empresas continuam inovando. Eventualmente, alguém ultrapassa você, sua margem de lucro desaparece e você volta a competir ou sai. A competição acontece por meio da inovação, não apenas da redução de preços. Isso se relaciona com o ponto de dinamismo. Esta é uma visão de competição diferente da dos modelos padrão. No modelo básico de OI, as empresas competem reduzindo os preços em direção ao custo marginal. No modelo Aghion-Howitt, as empresas competem tentando subir na escada da qualidade. O vencedor obtém margens de lucro altas por um tempo. Então, o próximo inovador assume.

Essas complicações motivaram um artigo meu com Ryan Decker. Muitas pessoas olham para a desaceleração do dinamismo e culpam o poder de mercado. (Mais explicitamente, há algo que causa o aumento do poder de mercado e a desaceleração do dinamismo). Mas, em um modelo Aghion-Howitt, margens de lucro e lucros são um incentivo para entrar. Seria de se esperar que lucros gerassem entrada.

Observando rapidamente os setores que apresentaram mudanças nas margens de lucro (eixo x) em comparação com aqueles que apresentaram mudanças na entrada (eixo y), não há uma relação sistemática. Este não é um teste direto do modelo Aghion-Howitt, mas também é o que deveríamos esperar ver em equilíbrio. Margens de lucro altas atraem a entrada. A entrada corrói as margens de lucro. Em um estado estacionário, obtém-se um nível de equilíbrio de margens de lucro que equilibra essas forças. No mínimo, há algo acontecendo além da narrativa padrão de que a economia está indo para o inferno, e isso se manifesta em margens de lucro altas.

Não tenho vergonha de falar sobre meu próprio trabalho, mas isso está no trabalho de Aghion e Howitt.

Em trabalho complementar, Aghion, Howitt e coautores demonstraram que a conexão entre inovação (conectada ao dinamismo, mas medida de forma diferente) e nível de concentração (sua medida ruim de concorrência) é um U invertido. Um monopolista protegido não tem motivos para inovar. Adicione alguma concorrência e as empresas inovam para escapar de seus rivais — o motivo de "fugir da concorrência" entra em ação. Mas, se a concorrência for muito intensa, os lucros esperados com a inovação diminuem tanto que as empresas param de investir em P&D. Por que se preocupar se qualquer inovação é imediatamente copiada? Aghion, Bloom, Blundell, Griffith e Howitt encontraram exatamente esse padrão em dados de empresas do Reino Unido.

A relação empírica, no entanto, permanece controversa. Este é um tópico extremamente controverso, assim como os artigos dos vencedores do Nobel do ano passado . O importante, e por que o modelo Aghion-Howitt é tão bem citado, é que sua estrutura schumpeteriana pode acomodar essas realidades. Isso requer uma modelagem mais complexa. A percepção fundamental (de que a estrutura de mercado e os incentivos à inovação estão profundamente interligados) permanece, mesmo com a evolução dos modelos para incluir mais complicações.

No geral, este é um prêmio simplesmente fantástico. Estou empolgado. Ele reconhece a questão central da economia: por que o crescimento sustentado aconteceu. Mokyr nos mostrou os pré-requisitos históricos — os fundamentos institucionais e culturais que tornaram possível a inovação contínua. Aghion e Howitt construíram a estrutura analítica para entender como essa inovação se traduz em crescimento constante, apesar das constantes turbulências no nível empresarial. Juntos, eles explicam não apenas que ficamos ricos, mas como e por quê. É isso que um Prêmio Nobel deveria recompensar.

Produtividade é a saída

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