quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Anderson Nunes 2

 *FED CORTA JUROS E BRASIL MANTÉM SELIC – MC 17/09/25*

Por Anderson Nunes – Analista Político


O dia é marcado pela decisão do Fed de cortar a taxa de juros nos EUA, um movimento que, contrastado com a Selic estável no Brasil.


*O CORTE DO FED É CERTO; A DÚVIDA É O FUTURO*


O mercado dá como certa a redução de 0,25% na taxa de juros americana hoje, a primeira em meses. O foco se volta para a entrevista do presidente Jerome Powell e para as projeções econômicas, que podem sinalizar mais dois cortes e ampliar o otimismo dos mercados globais.


*DECISÃO NO BRASIL*


O Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia hoje sua decisão sobre a taxa Selic, atualmente em 15% ao ano. A expectativa unânime do mercado é pela manutenção da taxa, o que marcaria a segunda pausa consecutiva no ciclo de aperto monetário. Uma Selic estável no patamar mais elevado desde 2006 sinaliza a prioridade do Banco Central no controle da inflação.  Isso impacta diretamente o custo do crédito para empresas e consumidores, além de influenciar a atratividade dos investimentos em renda fixa.


*PEC DA BLINDAGEM APROVADA*


A Câmara dos Deputados aprovou em segundo turno a Proposta de Emenda à Constituição que dificulta a abertura de processos e a prisão de parlamentares. A matéria, que segue para o Senado, exige aval da respectiva Casa legislativa para processar ou prender um congressista. 


*GOVERNO DIVIDIDO*


A proposta avançou com o voto favorável de 224 deputados de partidos que compõem a base do governo Lula. No total, 10 parlamentares do PT também votaram a favor da medida, evidenciando a complexa articulação política do Planalto. 


*ANISTIA EM DISCUSSÃO ACELERADA*


Líderes da Câmara discutem hoje a urgência para votar o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A manobra busca acelerar a tramitação, embora ainda não exista um texto consolidado ou um relator definido para a proposta.


*RADAR CORPORATIVO*


1. Vale: Teve seu rating elevado pela S&P de BBB- para BBB, com perspectiva estável. A agência reconheceu a melhora na gestão de riscos da mineradora após a eliminação de sua última barragem em nível de emergência.

2. Petrobras: Informou o pagamento de US$ 12,4 bilhões a governos em 2024, referente a atividades de exploração e produção de petróleo e gás e a retomada das operações em suas fábricas de fertilizantes localizadas na região Nordeste.

3. Eletrobras: A PGR deu parecer favorável ao acordo que amplia a participação do governo na empresa, abrindo caminho para a homologação do texto pelo Supremo Tribunal Federal.

4. Santander: Indicou Gilson Finkelsztain, atual presidente da B3, para compor seu Conselho de Administração, sujeito à aprovação em assembleia de acionistas.

5. Minerva: Homologou um aumento de capital de R$ 28,1 milhões com a emissão de 5,4 milhões de novas ações ordinárias.

6. Allos: Aprovou o cancelamento de 38,7 milhões de ações em tesouraria, o que representa 7,1% do total de papéis da companhia, sem redução do capital social.

7. Zamp: O fundo MIC Capital Partners, através de sua controlada, elevou sua participação na dona do Burger King e Starbucks no Brasil para 84% do capital social.

8. Caixa: O banco público contratou o historiador Eduardo Bueno por R$ 3,27 milhões, sem licitação, para atualizar dois livros sobre a história da instituição. 


O Canal Auxiliando usa as seguintes fontes de notícias: ‘Monitor do Mercado, BDM, Broadcast, Valor Econômico, Folha de São Paulo, Estadão, O Globo, BM&C, B3, Revista Oeste, Poder 360, Money Times, Agência CMA, Agência Brasil, Bloomberg, Infomoney, CNN, The Washington Post, The Wall Street Journal, Fox Business, Reuters, Oil Price, Investing e Yahoo Finance’.

Anderson Nunes

 *CONGRESSO SOB TENSÃO E MERCADO DE OLHO EM DADOS – MC 16/09/25*

*Por Anderson Nunes – Analista Político*


O Congresso Nacional se torna o principal campo de batalha desta terça-feira, com a oposição forçando a pauta da anistia enquanto o governo corre para aprovar medidas econômicas. 


*CONGRESSO DIVIDIDO*


A oposição busca aprovar a urgência para o projeto de anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro, enquanto o Planalto precisa votar a isenção do Imposto de Renda e a MP da tarifa social de energia que precisa ser aprovada nas duas casas até amanhã, quando a medida perde a validade.


*ANISTIA AMPLA, GERAL E IRRESTRITA PERDE FORÇA*


A proposta de anistia “ampla, geral e irrestrita” para Bolsonaro enfrenta forte resistência no Congresso e tem chances mínimas de avançar. Políticos do Centrão, em acordo com o STF, negociam um texto mais enxuto que pode reduzir penas, mas deve manter a condenação, apelidada nos bastidores de Anistia Light.


*CPI DO INSS AVANÇA*


A comissão propõe ao STF um acordo de delação premiada para investigados e planeja convocar familiares e sócios de um dos principais alvos após sua ausência em depoimento, nesta terça-feira.


*NOVA AMEAÇA DE WASHINGTON*


O governo americano sinalizou “medidas adicionais” contra o Brasil na próxima semana, em resposta à condenação de Jair Bolsonaro. A declaração, feita pelo secretário de Estado Marco Rubio, adiciona um novo capítulo de tensão diplomática.


*BRASIL APOSTA NO DIÁLOGO*


O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o governo não usará a Lei de Reciprocidade em resposta às ameaças. A estratégia brasileira será focada em negociação e diálogo para contornar a crise, descartando uma retaliação imediata.


*RELAÇÃO BRASIL-EUA EM ALERTA*


O governo brasileiro reduziu drasticamente a comitiva para a Assembleia da ONU em Nova York para evitar constrangimentos, em um cenário de ameaças de novas sanções americanas e atritos diplomáticos crescentes. Adivinhem que está sem o visto e quer viajar a ONU, Alexandre Padilha.


*EXPECTATIVA POR NOVO RECORDE DE EMPREGO*


O mercado aguarda a divulgação dos dados de desemprego de julho pelo IBGE, com a expectativa de que a taxa recue para 5,7%, estabelecendo um novo mínimo histórico pelo segundo mês consecutivo. 


*TODOS OS OLHOS NO FED*


Investidores aguardam a decisão do Federal Reserve sobre os juros nesta quarta-feira, com ampla expectativa de um corte em sua taxa de 0,25%. Indicadores de varejo e produção industrial hoje nos EUA ajudarão a calibrar as projeções para o ciclo de afrouxamento monetário. Por aqui, a tendência do nosso Copom é manter a taxa de juros brasileira em 15%.


*RADAR CORPORATIVO*


1. Banco do Brasil: As ações caíram 2,20% impactadas diretamente pela nova ameaça de sanções dos EUA, descolando-se da alta dos seus pares.

2. Vale: Papéis subiram 0,88% após o BTG elevar o preço-alvo dos ADRs para US$ 11, citando a nova disciplina de capital da mineradora.

3. Petrobras: Ações avançaram em linha com a alta do petróleo, que foi impulsionado por tensões geopolíticas envolvendo a Rússia.

4. PRIO: Recebeu do Ibama a licença de instalação para desenvolver a produção do campo de Wahoo, interligando os poços ao navio-plataforma Frade.

5. BRB e Banco Master: O BRB informou não ter deliberado sobre a compra de ativos do Master. O ex-presidente Michel Temer foi contratado para mediar a negociação.

6. Allos: Conselho aprovou o pagamento de R$ 102 milhões em dividendos e R$ 51 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP).

7. Suzano: A companhia informou que fará o resgate antecipado da totalidade de seus títulos de dívida com vencimento em 2026 e 2027.

8. Wilson Sons: A CVM aprovou o registro da oferta pública de aquisição de ações (OPA) da companhia, com o leilão agendado para 23 de outubro.

9. Apple: A pré-venda do novo iPhone 17 começa hoje no Brasil, com os aparelhos da nova linha apresentando telas maiores e melhorias no sistema de câmeras. 

10. Alphabet: A controladora do Google superou a marca de US$ 3 trilhões em valor de mercado, juntando-se ao seleto grupo de gigantes da tecnologia como Nvidia, Apple e Microsoft.


O Canal Auxiliando usa as seguintes fontes de notícias: ‘Monitor do Mercado, BDM, Broadcast, Valor Econômico, Folha de São Paulo, Estadão, O Globo, BM&C, B3, Revista Oeste, Poder 360, Money Times, Agência CMA, Agência Brasil, Bloomberg, Infomoney, CNN, The Washington Post, The Wall Street Journal, Fox Business, Reuters, Oil Price, Investing e Yahoo Finance’.

BDM Matinal Riscala

 Bom Dia Mercado.


Quarta Feira, 17 de Setembro de 2.025.


*Chegou o dia do Fed*

 

... O Fed anunciará às 15h em ponto a primeira queda do juro americano em muitos meses, com um corte de 25pbs, para o intervalo entre 4% e 4,25%. A dúvida é se repetirá a dose em outubro, e isso quem poderá dizer é Powell, na entrevista às 15h30. Também a atualização das projeções econômicas deve dar uma boa pista, ampliando a euforia dos mercados se sinalizar para três reduções neste ano. Aqui, o Copom anunciará no final da tarde que a taxa Selic vai permanecer estável em 15%, provavelmente, por “um longo tempo”. No Congresso, a política pega fogo com as articulações pela anistia e a PEC da blindagem, que foi aprovada ontem à noite na Câmara.

 

PRIMEIRO O FED – As chances de uma queda do juro nos Estados Unidos são projetadas em quase 100% nos futuros dos Fed Funds, no consenso formado pela deterioração do mercado de trabalho e validado por Jerome Powell, em Jackson Hole.

 

... Desde os últimos dados do payroll, muito fracos e com revisões em baixa, os investidores avançaram nas apostas de que o Fed iniciará hoje uma série de cortes, a despeito das incertezas sobre o impacto das tarifas, que já não assustam tanto como assustaram.

 

... A inflação americana continua distante da meta de 2% do Fed, mas vem evoluindo em linha com as expectativas.

 

... Trump, que não passa um dia sem fazer pressão sobre o Fed, disse esperar um “grande corte do juro” na reunião de hoje. Parte do Comitê joga com ele e esse time foi reforçado com o economista Stephen Miran, que estreia no Fomc.

 

... Miran, aprovado pelo Senado na segunda-feira, é um dos principais conselheiros econômicos da Casa Branca e pode aumentar a lista dos votos dissidentes pelo meio ponto, juntamente com os dirigentes mais dovish, como Christopher Waller e Michelle Bowman.

 

... As projeções econômicas devem ser muito observadas e são elas que podem apontar para um ajuste de 75 pbs em 2025. Na última atualização, em junho, os membros do Comitê já previam dois cortes (50pbs no total), em setembro e dezembro.

 

... A expectativa com o Fed vem derrubando o dólar em escala global e garantindo recordes nas bolsas de NY e no Ibovespa, com a perspectiva do fluxo do carry trade, que se torna ainda mais atrativo com a Selic estável (leia abaixo sobre os mercados).

 

COPOM – A atividade econômica moderou desde a última reunião, mas o mercado de trabalho aquecido, a inflação de serviços bem acima do teto da meta e as expectativas ainda desancoradas justificam a manutenção dos juros em 15%.

 

... Dificilmente, o comunicado deve aliviar a mensagem de cautela que o Banco Central vem adotando de maneira inequívoca.

 

... Para Sérgio Goldenstein, CEO e estrategista da consultoria Eytse Estratégia, a postura conservadora será preservada, sem qualquer indicação de corte de juros no curto prazo, confirmando a expectativa majoritária de que a Selic só começará a cair em janeiro.

 

... Na opinião dele, um movimento prematuro poderia comprometer o esforço de reconstrução da credibilidade e de reancoragem, ainda que parcial, das expectativas, que começam a se ajustar na atualização semanal da pesquisa Focus.

 

... Além disso, há preocupação com a inflação em 12 meses (5,13%), com os núcleos pressionados pela demanda estimulada pelo desemprego nas mínimas históricas (5,6%) e os programas de transferência de renda, que ainda sustentam a atividade.

 

... Como fator positivo, o enfraquecimento global do dólar com o início do desaperto nos Estados Unidos torna o cenário externo mais benigno, colaborando para a forte apreciação do câmbio, em um alívio para as projeções de inflação no curto prazo.

 

... Mas não se pode descartar o risco de uma piora da inflação americana, que obrigaria o Fed a colocar o pé no freio, mudando o cenário, nem o aumento das tensões com Washington, que ameaça o Brasil com “medidas adicionais”, já na próxima semana.

 

PEC DA BLINDAGEM – O plenário da Câmara aprovou em dois turnos, ontem à noite, a Proposta de Emenda à Constituição que amplia a proteção a parlamentares contra processos judiciais, em um acordo que envolveu o apoio do Centrão à anistia.

 

... A proposta determina que deputados e senadores só podem ser alvos de ação penal após autorização prévia do Congresso, com votação secreta. O texto também amplia o direito de foro privilegiado a presidentes de partidos políticos, mesmo sem mandatos.

 

... No início da sessão, havia dúvidas sobre o número de votos favoráveis à proposta, um problema resolvido quando Motta autorizou deputados ausentes a participarem de forma remota. O presidente da Câmara fez uma defesa enfática da PEC durante as discussões.

 

... Segundo ele, a PEC é necessária, “diante de abusos e atropelos” do Judiciário. “Essa não é uma pauta da direita ou da esquerda, é uma decisão que esta Casa terá que tomar, se quer retomar o texto constitucional, visando o fortalecimento do nosso mandato parlamentar.”

 

ANISTIA – Bolsonaristas começaram o dia ameaçando não votar a PEC da Blindagem e só se comprometeram depois que os partidos do Centrão fecharam apoio por um projeto de anistia. Motta foi ao X para firmar a promessa de pautar a urgência nesta quarta-feira.

 

... A anistia em discussão é uma versão enxuta, que prevê a redução de penas aos condenados do 8 de Janeiro. Motta não quer votar o texto do PL, que concede anistia ampla a todos os acusados, inclusive a Bolsonaro, mas diz que não tem como fugir à pauta.

 

... Sem votos para salvar Bolsonaro, bolsonaristas tentam salvar o mandato de Eduardo.

 

... Em manobra para usar precedente aberto na gestão de Eduardo Cunha, em 2015, que isenta líderes partidários do registro de presença, o PL alçou Eduardo a líder da minoria, o que garantiria a ele votar de forma remota e permanecer nos Estados Unidos.

 

... Motta disse que não foi consultado sobre esse movimento, mas prometeu analisar a situação.

 

... O filho do ex-presidente, nos Estados Unidos desde o início do ano, tenta encontrar saídas para não perder o mandato por faltas, já que sua licença terminou em 20 de julho e, desde então, suas ausências estão sendo computadas.

 

BOLSONARO – Passou a noite no hospital, após crise de soluços, vômito e pressão baixa.

 

MAIS AGENDA – Sem qualquer impacto relevante sobre o Copom, horas antes da decisão de política monetária, saem a prévia do IPC-Fipe (5h) e o IGP-10 de setembro (8h), que deve ser pressionado pelos preços dos alimentos. 

 

... Em pesquisa Broadcast, a mediana das estimativas do mercado financeiro indica que o dado deve acelerar de 0,16% em agosto para 0,33% em setembro. O intervalo das projeções, todas de alta, vai de 0,10% a 0,39%.

 

... Às 14h30, sai o fluxo cambial semanal.

 

HADDAD – Participa (9h) do Seminário de Riscos Fiscais do Conselho de Acompanhamento e Monitoramento de Riscos Fiscais Judiciais.

 

TARIFA SOCIAL DE ENERGIA – MP precisa ser votada hoje na Câmara e no Senado ou perderá a validade.

 

LÁ FORA – A agenda é fraca neste dia em que o Fed rouba a cena. Nos EUA, às 9h30, as construções de moradias iniciadas têm previsão de queda de 4,4% em agosto. Os estoques de petróleo do DoE (11h30) devem vir estáveis.

 

... Na zona do euro, a leitura final de agosto da inflação ao consumidor (CPI) será divulgada às 6h. O mercado monitora logo cedo o discurso de Lagarde (BCE) em conferência, às 4h30. O BC do Canadá decide juro às 10h45.

 

JAPÃO HOJE – As exportações recuaram em agosto pelo quarto mês seguido, embora tenham desacelerado o ritmo de queda para 0,1%, contra 2,6% em julho. O resultado veio bem melhor do que a aposta de contração de 1,9%.

 

... O acordo comercial fechado com os Estados Unidos em julho reduziu, em certa medida, as incertezas.

 

... Mas economistas esperam que as exportações permaneçam em terreno negativo por mais algum tempo, já que as empresas japonesas ainda enfrentam tarifas mais altas do que antes do tarifaço imposto por Trump.

 

TIKTOK – Os governos dos Estados Unidos e da China fecharam um acordo para que o aplicativo continue operando em território americano e para que seja prorrogado até dezembro o prazo para a venda da rede social.


SEGUE O FLUXO – Dólar a R$ 5,30 e Ibovespa aos 144 mil pontos dão a medida da perspectiva de ingresso de recursos que o Brasil deve atrair com a equação vantajosa do Fed dovish e do Copom conservador por mais tempo.


... O início do ciclo de cortes dos juros pelo Fed, combinado à continuidade da Selic de 15%, redobra o interesse pelo carry trade e reforça o apetite do capital estrangeiro pelos ativos brasileiros, na caça por rendimentos elevados.

 

... O desemprego nas mínimas históricas no País, em 5,6% no trimestre móvel encerrado em julho, e a renda em marca recorde, descontada a inflação, só renova a tendência de o BC adiar o corte da Selic provavelmente para 2026.

 

... Pressionados pelo consumo, os preços do setor de serviços devem seguir impedindo queda antecipada do juro.

 

... A promessa renovada de fluxo externo para cá levou o dólar a emplacar ontem a quinta baixa consecutiva, furando a linha dos R$ 5,30, para fechar na menor cotação em mais de um ano, desde junho/24, a R$ 5,2981 (-0,44%).

 

... No acumulado do ano, o dólar já registra um alívio próximo de 15%, com desvalorização superior a 2% este mês.

 

... No intervalo de uma semana, sob a contagem regressiva da virada do Fed, a moeda americana saiu de quase R$ 5,45 para menos de R$ 5,30, na rápida depreciação diretamente relacionada ao diferencial dos juros mais atrativo.

 

... O Fed não está ficando para trás só contra o Copom. Também o BCE resiste à flexibilização monetária, apesar das instabilidades políticas na França, que já está no quinto primeiro-ministro desde o segundo mandato de Macron.

 

... Com salto de 0,81% do euro ontem, para US$ 1,1864, o índice DXY do dólar registrou queda expressiva de 0,62%, abaixo dos 97 pontos (96,695). A libra esterlina ganhou 0,36%, a US$ 1,3655, e o iene avançou para 146,45 por dólar.

 

... Em queda acentuada e antecipada ao Fed, a taxa da Note-2 anos caiu para 3,512%, contra 3,537% na véspera, e a de 10 anos recuou a 4,033%, de 4,037%, diante das apostas de quase 70% de três cortes do juro até dezembro.  


... Sintonizada à baixa dos retornos dos Treasuries e ao dólar mais barato, a curva do DI assumiu fôlego baixista à tarde, especialmente na ponta longa, enquanto a devolução de prêmio no trecho curto foi limitada pela Pnad.

 

... No fechamento dos negócios, o contrato do DI para Jan/26 caiu a 14,885% (de 14,893% no ajuste anterior); Jan/27, a 13,950% (de 13,982%); Jan/29, a 13,070% (de 13,122%); Jan/31, 13,260% (13,361%); e Jan/33, 13,395% (13,496%).

 

NA BOLHA DOS RECORDES – Quase todo dia, o Ibovespa tem cravado marcas inéditas, movido pelos cortes do Fed, que vão começar hoje e que prometem reforçar o mercado brasileiro como destino interessante do fluxo global.

 

... A bolsa quis, foi atrás e chamou para si a marca inédita dos 144 mil pontos. Com giro mais forte, de R$ 21 bilhões, fechou na máxima de todos os tempos (144.061,74 pontos), com pico histórico intraday de 144.584,10 pontos.

 

... As varejistas Renner (+4,19%) e C&A (+3,60%) dividiram o ranking das maiores altas com os frigoríficos, diante da esperança de que o México renove e habilite plantas de carne bovina no Brasil e reabra o mercado ao frango.

 

... Marfrig disparou 5,60% e BRF ganhou 5,28%. Os papéis ainda são turbinados pelo efeito da fusão.

 

... Descontado depois da ameaça de Rubio, BB ON testou reação (+0,55%), para R$ 21,94. Santander subiu 0,24% (R$ 28,87); Bradesco ON fechou estável, a R$ 14,60; Bradesco PN caiu 0,23% (R$ 16,99); e Itaú recuou 0,26% (R$ 37,90).

 

... Vale avançou 0,35%, para R$ 57,70, na esteira da alta de 0,82% do minério de ferro. Mesmo com a disparada do petróleo, as ações da Petrobras ficaram sem direção única: PN, +0,25%, a R$ 31,53; e ON, -0,18%, a R$ 34,18.

 

... A escalada das tensões geopolíticas deu um impulso de 1,52% ao contrato do Brent para novembro, a US$ 68,47.

 

... Após novos ataques com drones da Ucrânia, a Rússia pode ter que reduzir a produção da commodity, informou a Reuters, citando a Transneft, empresa russa que detém o monopólio dos oleodutos e que teria alertado produtores.

 

... No Oriente Médio, o governo de Israel promoveu um forte ataque terrestre à Gaza, que palestinos descreveram à imprensa mundial como o bombardeio mais intenso que enfrentaram em dois anos de guerra na região.

 

... Em Wall Street, as bolsas aproveitaram para corrigir, após vários recordes. O Dow Jones caiu 0,27%, aos 45.758,27 pontos; o S&P 500 recuou 0,13%, aos 6.606,79 pontos; e o Nasdaq ficou estável (-0,07%), a 22.333,96 pontos.

 

... O JPMorgan alerta que, se vier um “corte hawkish”, o Fed pode frustrar os mercados de ações em Nova York.


CIAS ABERTAS – A S&P Global elevou o rating da VALE de BBB- para BBB, com perspectiva estável...

 

... Agência apontou como avanço significativo na gestão de riscos da companhia a conclusão, em agosto, da retirada da última barragem classificada no nível 3 de risco emergencial.

 

GERDAU. Itaú BBA elevou o preço-alvo para a ação de R$ 21 para R$ 23, mantendo a recomendação de compra.

 

PETROBRAS pagou US$ 12,4 bi a governos (federal e estaduais) por atividades envolvendo exploração, extração, processamento e exportação de petróleo, gás natural ou a aquisição de licenças em 2024.

 

ELETROBRAS. Procurador-Geral da República não se opõe a acordo que amplia participação do governo na companhia; manifestação de Paulo Gonet abre caminho para homologação de texto pelo Supremo Tribunal Federal...

 

... Acordo, assinado em abril, após mais de um ano de processo de conciliação, será analisado por Nunes Marques.

 

SANTANDER. Diretoria do banco indicou o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, como membro do Conselho de Administração; indicação será avaliada em assembleia de acionistas marcada para 16/10.

 

MINERVA. Conselho de Administração aprovou a homologação do aumento de capital de R$ 28 milhões decorrente do exercício dos bônus de subscrição...

 

... Aumento homologado foi de R$ 28.142.905,34, mediante a emissão de 5.443.502 de novas ações ordinárias, com preço de emissão de R$ 5,17.

 

ALLOS. Conselho aprovou o cancelamento de 38.745.962 de ações mantidas em tesouraria, sem a redução do capital social da companhia; esse volume corresponde a 7,1% do total de papéis de emissão da companhia.

 

MOTIVA. Citi rebaixou a recomendação para a ação de compra para neutra, mas elevou o preço-alvo, de R$

15,20 para R$ 15,60.

 

COPASA. Goldman Sachs realizou operações que resultaram em uma posição de derivativos com liquidação física equivalente a 19.146.747 de ações ordinárias da empresa, equivalente a 5,04% dos papéis emitidos pela companhia.

 

ENEL fará a 29ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, com garantia fidejussória adicional, em série única, no valor total de R$ 500 milhões.

 

ZAMP, detentora das marcas Burger King, Popeyes, Starbucks e Subway no Brasil, comunicou que a MC Brazil F&B Participações e seu único acionista, o fundo MIC Capital Partners, elevaram participação para 84% do capital social.

 

JHSF acertou venda a investidores de R$ 4,6 bi em imóveis de luxo no Reserva Cidade Jardim, apartamentos no SP Surf Club; lotes do Complexo Boa Vista, em Porto Feliz (SP); e da Fazenda Santa Helena, em Bragança Paulista (SP).

 

CORREIOS. O governo escolheu o funcionário de carreira do Banco do Brasil Emmanoel Schmidt Rondon para comandar a estatal, segundo o Broadcast, dois meses e meio após Fabiano Silva ter pedido demissão da presidência.

Caso Master

 *Internautas questionam insistência de Ibaneis Rocha em adquirir ativos do Banco Master com a estatal BRB*


Para usuários nas redes, governador do DF coloca patrimônio do BRB em risco


12.set.2025 às 16h24


Na semana passada, o Banco Central vetou a aquisição do Banco Master pelo BRB, o Banco de Brasília. A instituição, controlada pelo governo do Distrito Federal, iria comprar R$ 23 bilhões de ativos do Master, com o aval do governador Ibaneis Rocha (MDB).


Em um evento realizado em Washington pela Lide, Ibaneis Rocha disse que não vai desistir da compra do banco neste momento. Ele ainda destacou que a trava do BC traz "um grande risco ao sistema financeiro".


Nas redes sociais, internautas especulam o que está por trás do interesse de um banco estatal e de grande valor como o BRB num banco privado e com dificuldades financeiras como o Master.


"Ô gente !! Porque será que o BRB, insiste tanto na compra do Banco Master?", pergunta @marcelobsb442 no X, antigo Twitter.


"Ibaneis reconhece que o Master é um banco falido, mas sonha em gastar dinheiro público pra comprá-lo. Até o BC já afirmou que é um banco pequeno e sem impacto no mercado. Ibaneis precisa entender que o BRB deveria servir ao DF e à nossa gente, não virar salvador de banco quebrado", comenta a deputada federal Erika Kokay (PT-DF).


Outros políticos à esquerda, como o deputado distrital Fábio Felix (PSOL-DF), também usaram as redes para falar do caso.


Em documento formal enviado ao BC em março deste ano, o BRB argumentou que seu objetivo com o banco de Daniel Vorcaro era em formar um conglomerado prudencial:


"O novo conglomerado prudencial que visa fortalecer a atuação conjunta no mercado, pela oferta completa de produtos e serviços bancários, de seguridade, meios de pagamento e investimentos a pessoas físicas e jurídicas, presença nacional e estrutura de governança, capital, liquidez, rentabilidade e conformidade regulatória compatível com o porte do novo conglomerado."


Enquanto o banco brasiliense tem forte presença no mercado de crédito imobiliário, setor público, meios de pagamento, seguros e investimentos, o Master se destaca no segmento de cartão de crédito consignado, câmbio, mercado de capitais e atacado.


No evento em Washington, Ibaneis chegou a defender a compra do banco privado por um estatal: "Não faz sentido o governo do Distrito Federal ter um banco nacional?", questionou. "O BRB, se tornando um banco nacional, superintensivo, a gente com isso aumenta a quantidade de negócios do banco, aumentando a lucratividade."


Internautas, entretanto, acusam o governador de colocar o patrimônio do BRB em risco.


*Entendendo a história*


O Banco Master ficou conhecido no mercado financeiro por emprestar recursos a empresas com dificuldade e atrair investidores através de títulos de renda fixa, principalmente os CDBs (Certificados de Depósito Bancário), com altas promessas de retorno. Nas redes, usuários ainda apontam esses ganhos:


"Que loucura. Quem tanka?", questiona @FelipeTadewald, investidor da Suno Research.


"Quem "tanka" é quem entende que Banco Master é sinônimo de confiança e retorno", responde @felix6_duda.


A dificuldade de arcar com investidores, contudo, levou Daniel Vorcaro a anunciar a venda de seu banco. O primeiro a dar a largada foi o BTG Pactual, que adquiriu R$ 1,5 bilhão em ativos. Vorcaro ainda segue em busca de potenciais compradores, uma vez que precisa remunerar cerca de R$ 15 bilhões de CDBs que vencerão este ano.


O presidente já pegou emprestado com o BC R$ 4 bilhões e ainda fez pedido de mais R$ 15 para honrar com seus compromissos. Internautas que investem na instituição, porém, duvidam da sua falência.


Outros usuários temem um possível prejuízo que o banco pode dar ao FGC (Fundo Garantidor de Crédito), reserva de diversos bancos tradicionais que funciona como uma proteção aos investidores em caso de quebras de instituições financeiras.


Os motivos para o veto do BC foi o risco de sucessão que o banco do governo do Distrito Federal teria de assumir das transações não reconhecidas do Master, uma vez que o BRB não possui patrimônio suficiente para assumir com os pagamentos de CDBs, por exemplo.


https://www1.folha.uol.com.br/blogs/hashtag/2025/09/internautas-questionam-insistencia-de-ibaneis-rocha-em-adquirir-ativos-do-banco-master-com-a-estatal-brb.shtml

terça-feira, 16 de setembro de 2025

Anistia...

 O plano de Hugo Motta para frear aprovação da anistia na Câmara


Por 


Malu Gaspar


16/09/2025 06h00  Atualizado agora


Depois de um final de semana em conversas com integrantes do governo e com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), chegou a uma proposta para tentar um acordo com o Centrão e barrar a anistia aos presos do 8 de janeiro e ao ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado na semana passada pelo STF a 27 anos e 3 meses de prisão.


De acordo com fontes a par das discussões, Motta vai tentar colocar em votação antes da anistia o projeto das prerrogativas parlamentares, com a previsão de que o Congresso terá que autorizar o início de todos os processos contra eles. Segundo os termos que vêm sendo apresentados por Hugo Motta a ministros, deputados e a integrantes do governo, a nova regra estabeleceria um prazo de 45 ou 60 dias para que a votação seja feita. Se isso não ocorrer, o processo contra parlamentares estará automaticamente autorizado.


Hoje, em Brasília, integrantes do governo afirmam que Motta não quer pautar a anistia. Já os da oposição afirmam que o presidente da Câmara sinalizou que botará o regime de urgência para votar já nesta semana.


O raciocínio que levou Motta a tentar chegar a uma proposta concreta para a questão da prerrogativa de foro parte do princípio de que o projeto da anistia tem forte apoio na Câmara, e nesse contexto a pressão do Palácio do Planalto sobre os deputados, com ameaças de retirar cargos e verbas, não será suficiente.


“Será preciso entregar algo aos deputados. Se Hugo e o governo se juntarem para derrubar, eles podem conseguir. Mas estarão contratando um problema lá para frente”, explica um aliado do presidente da Câmara.


Junto com a anistia, a mudança na regra das prerrogativas era uma das condições para que deputados da oposição interrompessem a invasão do plenário logo após a decretação da prisão domiciliar de Bolsonaro, no início de agosto.


Os bolsonaristas diziam que, enquanto ainda estivessem pendurados em inquéritos e processos no Supremo, os deputados não se sentiriam confortáveis para votar a anistia. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), chegou a defender a proposta como uma forma de “livrar os deputados da chantagem de ministros do Supremo”, sem detalhar nem quem chantageia e nem como a chantagem acontece.


Consultados sobre a proposta que Motta começou a articular no final de semana, lideranças da oposição disseram que a aprovação da prerrogativa de foro não bastaria para segurar a anistia. Só que, como prometeram ao presidente da Câmara dar uma trégua nas declarações sobre o projeto, nenhum deles fala sobre o assunto publicamente. Estão aguardando para ouvir do próprio Motta a alternativa que ele se esforçou para construir nos últimos dias.

Nova bolsa

 https://valor.globo.com/financas/noticia/2025/09/16/bolsa-a5x-recebe-aporte-de-r-200-mi-e-ja-vale-r-135-bi.ghtml


Segundo Karel Luketic, pelo andar da carruagem, a nova bolsa deve cumprir o cronograma inicial traçado pelos sócios: começar a fase de testes tanto com o Banco Central quanto com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) entre o fim deste ano e o início de 2026, para daí entrar em operação de fato entre o segundo e o terceiro trimestres do próximo ano.


Dentro da renda variável, haverá toda uma família de contratos futuros de ações tanto de companhias brasileiras quanto internacionais, e também opções dessas ações; além de um novo índice de ações, que deve competir com o Ibovespa, da B3, o mais antigo termômetro do mercado de ações brasileiro e mais relevante até hoje.


No segmento de renda fixa, os planos são criar uma prateleira com vários produtos ligados a juros. Já na seara de moedas internacionais, a ideia é ter um contrato futuro de dólar Ptax.

Master e Michel Temer

 🏦 *Master e BRB vão contratar Michel Temer para destravar negócio após recusa do Banco Central- Folha*


A contratação de Temer é mais um sinal de que o BRB mantém seu interesse pelo Master


Os controladores do Banco Master e do BRB procuraram o ex-presidente Michel Temer para auxiliar na liberação do negócio entre as duas instituições, atualmente barrado pelo Banco Central. Temer foi acionado principalmente por Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal e dirigente do BRB, além do proprietário do Master, Daniel Vorcaro. A contratação de Temer indica que o BRB mantém forte interesse no Master, especialmente visando expandir sua atuação no crédito consignado e em segmentos digitais e de câmbio.


Apesar de o Banco Central ter indeferido a proposta de compra do Master pelo BRB devido riscos de sucessão e de contaminação dos ativos, novas alternativas para parcerias e aquisição de ativos menores estão sendo avaliadas. Negócios como compra de carteiras de crédito consignado e parcerias tecnológicas permanecem no radar do BRB, que busca fortalecer sua posição no mercado.


https://tinyurl.com/22c38my7

Produtividade é a saída

  O mundo está girando (e rápido): o Brasil vai acompanhar ou ficar para trás? 🌎🇧🇷 Acabei de ler uma análise excelente de Marcello Estevã...