terça-feira, 4 de novembro de 2025

Call Matinal 0411

 Call Matinal

04/11/2025
Julio Hegedus Netto, economista
MERCADOS EM GERAL
FECHAMENTO (03/11)
MERCADOS E AGENDA
O Ibovespa fechou em alta de 0,61%, aos 150.454,24 pontos, após oscilar entre 149.550,84 e 150.761,29. Índice renovou máximas intradia e de fechamento. Volume financeiro somou R$ 21,3 bilhões, sexto pregão seguido de alta. já o dólar fechou em baixa de 0,43%, a R$ 5,3574. A contribuir a perspectiva de corte do juro na reunião do Copom em janeiro de 2026. Hoje é o primeiro dia de Copom.
PRINCIPAIS MERCADOS
Os índices futuros dos EUA operam em queda nesta terça-feira (4), depois que o S&P 500 e o Nasdaq fecharam em alta devido ao entusiasmo contínuo em torno do setor de inteligência artificial. O mesmo acontece no mercado europeu, com quedas mais consistentes. Resultados sólidos dos balanços no 3º trimestre e altos investimentos em IA, pelos grandes players de nuvem, seguem sustentando o otimismo dos investidores. Nesta terça, como destaques: AMD, Uber, Spotify e SuperMicro.
MERCADOS 5h40
EUA
Dow Jones Futuro: -0,73%
S&P 500 Futuro: -0,96%
Nasdaq Futuro: -1,28%
Ásia-Pacífico
Shanghai SE (China), -0,41%
Nikkei (Japão): -1,74%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,79%
Nifty 50 (Índia): -0,38%
ASX 200 (Austrália): -0,91%
Europa
STOXX 600: -1,22%
DAX (Alemanha): -1,60%
FTSE 100 (Reino Unido): -0,16%
CAC 40 (França): -1,39%
FTSE MIB (Itália): -1,12%
Commodities
Petróleo WTI, -1,05%, a US$ 60,41 o barril
Petróleo Brent, +0,68%, a US$ 64,45 o barril
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, -1,71%, a 775,50 iuanes (US$ 108,90)
NO DIA, 0411
Primeiro dia de reunião do Copom e toda expectativa em torno do comunicado a ser divulgado. Todos querem ter “pistas” sobre quando será o início do ciclo de corte da Selic. Por enquanto é maioria os que preveem janeiro de 2026. A batalha em torno da questão fiscal, no entanto, segue obliterando a visão do mercado sobre esta possibilidade. De uma certa forma, por outro lado, enquanto este dia não chega, o carry trade segue intenso, com apreciação cambial continuando, até porque também continha contribuindo para derrubar a inflação. Em paralelo, o Ibovespa bate recordes seguidos e já transita nos 150 mil pontos. No Senado, tem início a discussão e votação em torno da isenção de IR até R$ 5 mil.
Agenda Macroeconômica Brasil – Destaque para a reunião do Copom, deliberando pela manutenção da Selic (15,00%)
Segunda-feira, 3 de novembro
8:00 AM — FGV CPI IPC-S (Estimativa e Consenso: 0,19%)
8:25 AM — Pesquisa Focus (Market Readout Report)
Terça-feira, 4 de novembro
5:00 AM — FIPE CPI Mensal (Outubro) (Est: 0,37% / Consenso: 0,65%); 9:00 AM — Produção Industrial Ano a Ano (Setembro) (Est:2,20% / Consenso: -0,70%); 9:00 AM — Produção Industrial Mensal (Setembro) (Est:-0,30% / Consenso: 0,80%)
Quarta-feira, 5 de novembro
Reunião do Copom
6:30 PM — Taxa Selic (5-Nov) mantida em 15,00% (Est e Consenso) – Manutenção da taxa Selic em 15,0%
Quinta-feira, 6 de novembro
3:00 PM — Balança Comercial Mensal (Outubro) (Est: 2,990 mi / Consenso: 6,200 mi)
Sexta-feira, 7 de novembro
8:00 AM — FGV Inflação IGP-DI Mensal (Outubro) (Est: 0,54% / Consenso: 0,36%); 8:00 AM — FGV Inflação IGP-DI Ano a Ano (Outubro) (Est: -0,22% / Consenso: 2,31%)
Boa terça-feira a todos!

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Acordo Amazon/OpenIA por 38.000 M$ e 7 anos, Lisa Cook (Fed, a que Trump quer despedir) insinua que os fatores inflação e emprego estão muito equilibrados e que não está descartada outra descida de taxas de juros (agora 3,75/4,00%) na reunião de 10 de dezembro, ON Semiconductor publicou ontem com Nova Iorque aberta, com resultados a bater expetativas (mas débeis) e reviu em alta o guidance (subiu apenas +0,8%) e Palantir publicou no fecho de Nova Iorque resultados a bater expetativas e bom guidance 2025, mas nada sobre 2026 e, por isso, -4% em aftermarket. Além disso, Austrália repetiu taxas de juros em 3,60%, como esperado. Isso é o mais importante das últimas 24 horas. Isso e que o ISM Industrial americano, em teoria, dececionou ontem durante a tarde (48,7 vs. 49,5 esperado vs. 49,1 anterior), mas não na prática, porque o retrocesso responde apenas à componente de Preços Pagos (58,0 vs. 62,5 vs. 61,9) e isso significa menos inflação, mas não menos atividade. Assim, o mercado ignorou-o em positivo e Nova Iorque subiu um pouco. 


Continua o debate interno na Fed, contaminado pela política: Mary Daly (Fed San Francisco) alinhou-se mais ou menos com Cook, enquanto Miran (que Trump acaba de colocar na Fed) insiste que é necessário baixar taxas de juros por bolsas e mercado de crédito expansivos não indicam que a atual política seja demasiado laxa, e Goolsbee (Fed Chicago) afirma sentir-se relutante a mais descidas de taxas de juros enquanto a inflação continuar acima do objetivo (+3% vs. +2%). O mais provável é que a Fed não baixe taxas de juros em dezembro, mas este debate não faz mais do que confundir. 


Hoje temos publicações de mais empresas (Pfizer, Uber, Shopify, Marriott, Grifols, AMD, SMC…), mas não macro, nem nada mais relevante que seja antecipável. Amanhã, Inquérito ADP de Emprego Privado (+35k vs. -32k) e na sexta-feira temos a Confiança da Univ. Michigan (53,0/53,2 vs. 53,6), que poderão sair um pouco melhor do que o esperado. Em resultados de empresas, haverá de tudo, mas, em feral, continuarão a bater expetativas e serão bons. Os 3 bancos centrais que faltam reunir (Suécia, Noruega e R. Unido) irão repetir taxas de juros, sem acrescentar ruído.


NY +0,2% US tech +0,4% US semis +0,6% UEM +0,3% España 0% VIX 17,2% Bund 2,66% T-Note 4,09% Spread 2A-10A USA=+50pb B10A: ESP 3,17% PT 3,01% FRA 3,44% ITA 3,40% Euribor 12m 2,199% (fut.2,263%) USD 1,153 JPY 177,0 Ouro 3.980$ Brent 64,7$ WTI 60,8$ Bitcoin -2,8% (104.616$) Ether -5,7% (3.509$)


CONCLUSÃO: Sessão débil sem motivo específico (-0,5%?), talvez por fadiga, com ligeiros retrocessos de bolsas, porque não sai nenhuma macro, pela confusão que a Fed transmite e pela cautela que continuam a impor as gigantescas operações em torno da IA, predominando a incerteza em relação às suas avaliações e revisões em alta dos investimentos necessários. Neste sentido, embora Amazon ontem subisse +4% pelo seu acordo com OpenIA, na realidade esta operação introduz mais cautela no tom do mercado. As obrigações cederam um pouco mais nos últimos 2/3 dias, elevando as suas yields até níveis mais razoáveis (Bund quase 2,65%, T-Note > 4%...), portanto hoje poderão reduzir um pouco mais (melhorar preços) perante o provável retrocesso das bolsas.


FIM

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Senado vota isenção do IR com medidas de compensação*


Dia tem ainda os balanços do Itaú e da Embraer, além da produção industrial do IBGE


… O BC aproxima-se do ciclo de quedas do juro, mas ainda nesta quarta-feira deve manter a Selic em 15% e evitar qualquer pista no comunicado. Embora tenham crescido as apostas do primeiro corte em janeiro, um sinal agora poderia antecipar o movimento para dezembro. A mensagem conservadora sustenta a atratividade do carry trade e favorece a entrada de dólares, que levou o Ibovespa à marca histórica dos 150 mil. Já as estimativas positivas para os balanços (hoje sai Itaú, após o fechamento) correm por fora para animar os negócios. Embraer e Klabin vêm antes da abertura. Ainda na agenda, tem produção industrial e, no Senado, votação do IR e medidas de compensação fiscal.


IR E COMPENSAÇÃO – O senador Renan Calheiros, relator do projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil por mês, apresentou ontem à noite seu parecer à proposta, fazendo apenas ajustes de redação.


… Dessa forma, ele garante que o texto não seja modificado e evita que tenha que voltar para análise da Câmara dos Deputados.


… No relatório, que será lido nesta terça-feira na CAE do Senado e pode ser votado no mesmo dia, Renan enfatiza que a proposta precisa ser aprovada brevemente para ser sancionada e publicada no Diário Oficial até 31/12, com efeito a partir de 1º de janeiro de 2026.


… Renan disse que há mudanças de mérito que gostaria de fazer no texto, mas essa não foi sua opção, justamente pela urgência de aprovação.


… Como solução para o impasse com a Fazenda, que não aceitou as críticas à neutralidade fiscal da reforma do IR, o senador defende a aprovação conjunta de um outro projeto de lei de sua autoria para compensar eventual impacto negativo.


… O projeto de Renan aumenta a tributação de bets, bancos e fintechs, com estimativa de arrecadação de R$ 4,98 bilhões em 2026 – valor que equivale aos R$ 4 bilhões calculados pela consultoria do Senado pelo impacto fiscal negativo do projeto do IR.


… No acumulado de três anos, essa arrecadação chegaria a R$ 18,04 bilhões.


… Na prática, o PL com as medidas tributárias retoma alguns pontos polêmicos da MP do IOF, que caducou após não ser apreciada pela Câmara em setembro. O governo prometeu enviar esses pontos polêmicos num projeto de lei à parte, mas não encaminhou a proposta.


… O parecer é do líder do MDB na casa, Eduardo Braga, que manteve a proposta apresentada por Renan, dobrando a tributação de casas de apostas, que passa de 12% para 24%, sendo que o acréscimo será destinado à Seguridade Social, com foco na área da saúde.


… Entre 2026 e 2028, esse valor adicional poderá ser repassado parcial ou integralmente aos Estados e municípios, como forma de compensar perdas de arrecadação com a reforma do IR. Na MP do IOF, o governo havia proposto 18% para as bets.


… O texto também prevê um aumento da CSLL das instituições financeiras, com a alíquota passando de 15% para 20% para bancos e sociedades de crédito, financiamento e investimento, e de 9% para 15% para fintechs, distribuidoras de valores mobiliários e corretoras.


… Nesse caso, trata-se da mesma proposta que o governo fez na MP do IOF.


… O projeto de Renan só não inclui o aumento de 15% para 20% de retenção de IR cobrado sobre o JCP.


… A proposta do Imposto de Renda é a principal aposta eleitoral de Lula para 2026, estendendo a isenção a quem recebe até R$ 5 mil por mês, além de um desconto parcial para salários até R$ 7.350, com imposto mínimo de 10% para rendas a partir de R$ 1,2 milhão por ano.


MAIS UM FURO NA META – A Câmara aprovou, também nesta segunda à noite, o projeto que autoriza o Poder Executivo a descontar despesas com projetos em defesa nacional da meta de resultado primário estabelecida na LDO e do limite de despesas do arcabouço fiscal.


… A proposta, já aprovada no Senado, é de autoria do líder do PL, senador Carlos Portinho (RJ), e na Câmara foi relatada pelo deputado General Eduardo Pazuello (PL). Passou com 360 votos a favor e 23 contrários. O texto vai agora à sanção presidencial.


… De acordo com o texto, o Executivo fica autorizado a descontar essas despesas do cômputo do arcabouço até o limite de R$ 5 bilhões/ano, já iniciando neste ano, quando o valor dos gastos em projetos estratégicos em defesa nacional fora da meta será de até R$ 3 bilhões.


… Durante a votação, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), encaminhou voto favorável ao projeto.


COPOM – Reportagem especial da Agência Estado com economistas do mercado apurou que a maioria espera ajustes nas projeções de inflação no comunicado, com revisões ligeiramente abaixo no horizonte relevante da política monetária, que passa a ser o 2Tri/2027.


… É verdade que na reunião de setembro o Copom manteve a estimativa de alta de 3,4% para a inflação no 1Tri/2027, então horizonte relevante, contrariando a expectativa de boa parte do mercado, que esperava uma revisão baixista.


… Na avaliação da maioria, no entanto, um ajuste no IPCA do 2Tri/2027 seria a única resposta do BC à melhora recente da inflação corrente e das expectativas, seguida por um texto que deve confirmar o juro em “patamar significativamente contracionista por um período prolongado”.


… Desde a última reunião, a mediana do Focus para a inflação de 2025 diminuiu de 4,83% para 4,55%, bem próxima do teto da meta de inflação (4,50%); a estimativa para 2026 caiu de 4,30% para 4,20%; para 2027, de 3,82% para 3,80%; e para 2028, de 3,54% para 3,50%.


… O head de política monetária do Santander, Marco Caruso, não se surpreenderia se o BC nem fizesse o ajuste da inflação, acreditando que o comitê pode preferir “errar pelo lado da cautela” para evitar que uma estimativa menor seja entendida como sinalização de cortes.


… Já a economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Natalie Victal, cita o impacto da isenção do IR ao cenário como uma pista importante, afirmando que, se não for incorporado agora, a manutenção da projeção de inflação será uma sinalização “especialmente hawk”.


AGENDA – A produção industrial medida pelo IBGE, que sai às 9h, poderá confirmar os sinais de desaceleração gradual da atividade econômica doméstica e elevar as apostas no mercado para um corte da Selic em janeiro.


… A mediana das estimativas no Broadcast aponta queda de 0,4% para o indicador em setembro, revertendo a alta de 0,8% em agosto. O intervalo das projeções para esta leitura varia de um recuo de 0,9% até crescimento de 0,2%.


HADDAD – O ministro da Fazenda participa, às 9h, do Bloomberg Green Summit.


BALANÇOS – O mercado está apostando em lucro recorde para o Itaú hoje (após o fechamento), de R$ 11,842 bilhões no terceiro trimestre. Se confirmado, o número marcará um crescimento de 10,9% na comparação com igual intervalo de 2024.


… A instituição financeira consolidaria, assim, sua posição de banco mais rentável entre os maiores do setor, apesar dos riscos associados ao cenário econômico incerto e a despeito ainda da volatilidade do câmbio doméstico.


… De seu lado, a Embraer (antes da abertura) sentirá na pele o protecionismo de Trump. Analistas preveem um trimestre desafiador, com queda de 0,58% no lucro líquido, para US$ 91 milhões, e recuo de 36,5% no Ebitda ajustado, a US$ 226,6 milhões.


… Já a CSN, após o fechamento, deve ser influenciada positivamente pela CSN Mineração, graças ao preço e volumes do minério. A CSN deve registrar lucro líquido de R$ 90 milhões, revertendo prejuízo de R$ 751 mi de um ano antes.


… A previsão para a receita líquida é de R$ 11 bilhões, alta de quase 2%, e Ebitda ajustado de R$ 3 bilhões (+34%).


… Para a CSN Mineração, as projeções são de lucro líquido de R$ 936 milhões, 109,6% maior do que no mesmo período de 2024; receita líquida de R$ 4,2 bilhões, com alta de 40%; e Ebitda ajustado de 1,7 bilhão, 54% maior.


… Com os mercados fechados, vêm ainda os resultados da C&A, GPA, Iguatemi, Prio e RD Saúde. Antes da abertura, também tem Klabin.


LÁ FORA – Michelle Bowman, que faz parte da ala dovish do Fed, participa de conferência às 8h35. Vale recuperar pela manhã a fala da presidente do BCE, Christine Lagarde, em evento durante a madrugada (4h40) na Bulgária.


… À noite, às 22h45, sai na China a leitura final de outubro do PMI composto medido pelo setor privado.


… Entre os balanços internacionais: Telefónica (Espanha), BP (Reino Unido), AMD, Super Micro Computer e AIG (EUA).


JAPÃO HOJE – O PMI industrial medido pelo setor privado caiu de 48,5 em setembro para 48,2 em outubro. O resultado ficou abaixo da estimativa preliminar de 49,3 e marca a leitura mais baixa desde março de 2024.


… O dado permanece há quatro meses consecutivos em patamar inferior a 50,0, o que indica contração.


FEBRE DE RECORDES – Voando baixo, o Ibovespa cumpriu o script esperado, rompeu os 150 mil pontos pela primeira vez na história, estabeleceu máxima histórica pelo sexto pregão seguido e completou uma sequência de nove altas.


… O clima de otimismo non stop responde, em grande medida, ao apetite dos estrangeiros, que voltam a marcar presença por aqui e, nos últimos pregões, têm impulsionado o volume na bolsa (ontem ficou em R$ 21,3 bilhões).


… “Há uma realocação de investidores globais que deixam de colocar 100% dos ativos nos Estados Unidos e colocam 1%, 2% em outros mercados”, resumiu ao Broadcast a economista-chefe da InvestSmart XP, Mônica Araújo.


… O Brasil parece valer o risco, com a atratividade muito grande do carry trade. No pano de fundo, ainda a temporada dos balanços e os gestos de reconciliação entre Trump e a China ajudam a melhor o ambiente de negócio.


… Em novo recorde duplo, o Ibovespa bateu 150.761,29 pontos no pico intraday e fechou na marca inédita dos 150.454,24 pontos, alta de 0,61%. As blue chips das commodities e os bancos ajudaram a bolsa a cruzar as barreiras.  


… Na véspera de seu balanço, Itaú liderou os ganhos no setor financeiro e subiu 1,67%, para R$ 40,08. Bradesco PN avançou 1,10%, a R$ 18,36; Bradesco ON, +1,36%, a R$ 15,68; Santander, +1,22% (R$ 31,52); e BB, +0,82% (R$ 22,08).


… Petrobras ganhou força, mesmo com a perspectiva de balanço mais fraco na quinta-feira, com queda anual de 30,5% no lucro trimestral, para US$ 4,077 bilhões. O papel PN subiu 1,18%, a R$ 30,10; e ON, +0,89%, a R$ 31,79.


… As ações da companhia contaram ontem com a divulgação de um novo recorde de produção no pré-sal.


… Segundo a ANP, foram 4,143 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) em setembro, alta anual de 12,5%. A Petrobras, sozinha ou em consórcio com outras empresas, foi responsável por 91,29% do total produzido.


… Ainda ontem, o petróleo em leve alta ajudou a compor o dia favorável à Petrobras. Apesar de a Opep+ ter informado que não vai aumentar a produção no primeiro trimestre de 2026, o Brent subiu só 0,19%, a US$ 64,89.


… O mercado ainda parece preocupado com a oferta saturada durante um período sazonal de menor demanda.


… Vale teve ganho tímido de 0,14% (R$ 65,35), mas foi importante ter resistido à queda firme de 1,82% do minério.


… Marcopolo afundou 8,11% (R$ 7,25), após o BTG ter cortado a recomendação de compra para neutra.


A RODA DO FLUXO – De carona no dinheiro estrangeiro que está voltando a entrar na bolsa, o câmbio conseguiu se desvencilhar ontem da tendência externa e o dólar à vista entrou por aqui em um canal de alívio contra o real.


… Caiu 0,43%, a R$ 5,3574. Lá fora, o índice DXY fechou praticamente estável, em leve alta de 0,07%, a 99,873 pontos. Na contagem regressiva para a reunião do BoE, na quinta-feira, a libra recuou 0,11%, para US$ 1,3138.


… Para o banco MUFG, um corte de juros não pode ser descartado, o que enfraqueceria ainda mais a moeda.


… O euro perdeu 0,12%, a US$ 1,1520, e o iene devolveu 0,13%, negociado a 154,21 por dólar.


… O dia foi dominado pelos comentários dos dirigentes do Fed, que mantêm a decisão de dezembro em aberto.


… Tirando Stephen Miran, que defende abertamente seu estilo superdovish, os demais colegas optaram pela moderação. Austan Goolsbee disse que ainda não tomou uma decisão, mas alertou sobre os níveis da inflação.


… “O limite para cortar os juros é mais alto que nas reuniões anteriores”, avisou o presidente do Fed de Chicago.


… Lisa Cook, que contestou na Justiça a sua demissão por Trump, defendeu a independência do Fed e repetiu o recado de Powell de que a política monetária não está em um trajetória predeterminada. “Cada reunião é ao vivo.”


… Apesar da cautela de parte do Fed e do apagão de indicadores com o shutdown, a aposta principal do mercado continua sendo de corte de 25 pontos do juro em dezembro, com 65,3% de chance, contra 34,7% de manutenção.


… As taxas dos Treasuries subiram ontem, mas o movimento parece ter sido associado mais ao fator técnico do anúncio de refinanciamento de leilões pelo Tesouro norte-americano do que às declarações dos Fed boys.


… O juro da Note-2 anos subiu a 3,598%, de 3,594% no pregão anterior, e o de 10 anos, a 4,103%, de 4,092%. O Tesouro espera tomar US$ 569 bi emprestado do mercado, valor US$ 21 bi menor do que o anunciado em julho.


… A rigor, a curva do DI poderia ter continuado a devolver prêmio com o dólar mais barato por aqui e as boas notícias do Focus. Mas os contratos futuros do juros preferiram operar sintonizados à alta das taxas dos Treasuries.


… No fechamento, o vencimento para Jan/27 avançou a 13,875% (contra 13,849% no pregão anterior); Jan/29, a 13,080% (de 13,075% na sexta-feira); Jan/31, a 13,375% (de 13,360%); e Jan/33, a 13,540% (de 13,525%).


… No boletim Focus, a mediana das estimativas do mercado financeiro para o IPCA de 2027, que está no horizonte relevante da política monetária, diminuiu de 3,82% para 3,80% e, para 2028, recuou de 3,54% para 3,50%.


A BOLHA DA IA? – Em mais uma sessão nas bolsas em Nova York com foco nas techs, a Amazon saltou 4,02% após firmar um acordo de US$ 38 bilhões com a OpenAI para ampliar a capacidade computacional da criadora do ChatGPT.


… Já a Microsoft assinou um contrato de US$ 9,7 bilhões, com validade por cinco anos, para a compra da capacidade de computação em nuvem da empresa australiana de data centers IREN, que também anunciou acordo com a Dell.


… Os investimentos bilionários em inteligência artificial remetem à bolha das empresas pontocom 25 anos atrás.


… Mas a corrida pela IA continua e levou o Nasdaq a avançar 0,46% ontem, aos 23.834,72 pontos. O S&P 500 subiu 0,17%, aos 6.851,97 pontos, mas o Dow Jones caiu 0,48%, aos 47.336,68 pontos, afetado pela UnitedHealth (-2,27%).


COMPANHIAS ABERTAS – COSAN concluiu a precificação de seu follow-on anunciado em setembro, levantando R$ 9 bilhões; oferta a R$ 5 por ação teve desconto de quase 20% em relação ao preço de tela. (fontes do Brazil Journal)


TIM registrou lucro líquido de R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre, alta anual de 50%; Ebitda somou R$ 3,47 bilhões, crescimento de 7,2% em relação ao mesmo período de 2024.


BB SEGURIDADE registrou lucro gerencial de R$ 2,56 bilhões no terceiro trimestre, alta anual de 13%


COPASA registrou lucro líquido trimestral de R$ 360,8 milhões, queda anual de 2%; Ebitda somou R$ 726,9 milhões, aumento de 0,2% em relação ao mesmo período de 2024.


PAGUE MENOS registrou lucro de R$ 75,8 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 85,4%; Ebitda ajustado somou R$ 260,1 milhões, crescimento de 36,4% em relação ao mesmo período de 2024.


ISA Energia iniciou a operação comercial do Projeto Rio Grande com antecipação de cinco meses em relação ao prazo estabelecido pela Aneel…


… Assim, a companhia passou a operar e a ser remunerada pelo lote 7 do leilão de transmissão 01/2020.


XP acertou a aquisição da fatia remanescente da Augme, gestora de crédito da qual a corretora já era sócia minoritária desde o início de 2020.


AGROGALAXY, em recuperação judicial, protocolou pedido de registro de oferta pública de debêntures de reestruturação, sob rito automático, no valor de R$ 916,782 milhões.

José Roberto Mendonça de Barros

 O QUE NOS ESPERA EM 2027? Ótima entrevista do Roberto Mendonça de Barros no Estadão de hoje:


"Quão preocupante é o cenário fiscal brasileiro?


Hoje, há praticamente um consenso de que nós temos um problema significativo de finanças públicas. Isso não era verdade há algum tempo, porque tinha um pedaço dos economistas que não achava isso. Hoje, se olhar pela própria imprensa, é muito impressionante o quão convencidos estão diversos agentes, players e analistas de que nós temos um problema. Tanto é que nem o governo desdiz que tem um problema de finanças públicas. Ele diz que quem fez o problema foi o governo anterior e que eles estão tentando fazer o melhor possível. Ninguém tem coragem de dizer que nós não temos isso. E esse é o primeiro ponto que gostaria de fazer, porque me dá uma certa percepção otimista numa certa medida.


Por quê?


Essa experiência de tantos anos como consultor me fez entender que, no Brasil, os consensos são muito difíceis de serem construídos com esse sistema político muito ruim, que não propicia consensos mínimos em uma sociedade muito diversificada e sofisticada. Em várias áreas, o Brasil só forma consensos quando o problema fica realmente muito grave. E a história está cheia de elementos, a começar pela própria inflação. Teve de haver a hiperinflação para que toda a sociedade dissesse que não tem jogo com a inflação. Nós estamos chegando a um momento em que a ampla maioria dos analistas diz que, com o peso de um grande problema fiscal, não tem jogo de crescimento, tem jogo de andar de lado. E isso é otimista no seguinte sentido: você precisa desse consenso maior para poder afetar a política e a política pública. Eu acho que nós estamos chegando nesse ponto, mas ainda está incompleto.


O que falta para o consenso completo, então?


Esse consenso está mais nos agentes privados de todos os tipos do que nos poderes. Eu acho que ele está mais avançado no Executivo. Mesmo no governo de esquerda, tem muita gente que concorda com a ideia de que não dá para simplesmente arregaçar as contas e nada acontecer. Tem um pouco mais no Executivo e, dependendo de quem for eleito, terá mais ainda. Mas, certamente, nem o Judiciário nem o Legislativo ainda espelham esse consenso. Eles vão ter de ser empurrados para esse consenso. O Judiciário em dois aspectos. Primeiro, no aspecto de que, apesar de estar se desgastando de uma forma gigantesca perante o País, ele insiste em viver numa bolha salarial e remuneratória extraordinária. E o Judiciário ainda tenta defender, com firulas jurídicas, dizendo lá com umas terminologias, que o penduricalho não é salário. Ao lado disso, não em todas, mas em muitas decisões, o Judiciário olha o direito sem olhar quem vai pagar por ele. Há decisões com impactos fiscais que não são pequenos. Nesses anos mais recentes, é justo dizer que, muitas vezes, o Judiciário, especialmente no Supremo, tem olhado isso em alguns casos. Mas o Judiciário, como um todo, em número de decisões judiciais de primeira e segunda instâncias que manda o setor público pagar isso, pagar aquilo, sem a menor consideração sobre qual o sentido disso, é espantoso. Então, seguramente o Judiciário ainda vive num momento em que ele é um ativo contribuidor para a piora da situação fiscal.


E o Legislativo?


O Legislativo, nem se fala. Isso é uma coisa que me incomoda. Toda vez que se fala de ajuste fiscal, a maior parte dos analistas diz: “Olha, isso é um problema do Executivo”. O que é verdade. Certamente é um problema direto do Executivo. A mim incomoda profundamente achar que o Legislativo e o Judiciário não têm grandes ligações com isso ou, se têm, é uma coisa da vida e não há o que fazer. Eu acho que isso é insustentável. No caso do Legislativo, em particular na Câmara dos Deputados, isso está chegando aos limites da paranoia. A gente tem de reconhecer e dizer para os senhores deputados que 95% da sua atenção está nas suas preciosas emendas, nos seus benefícios, nos seus gastos e num particular desejo de atender lobbies e jabutis de todas as naturezas com a maior facilidade. É só olhar o tamanho da influência das bets hoje no Congresso. É uma coisa inacreditável. Eles têm, sim, uma participação decisiva nesse desastre e nessa piora. Mais evidente ainda é votar a despesa que não tem origem na receita.

Na sociedade, eu acho que nós estamos atingindo um certo consenso — e eu falo de imprensa, analistas, empresários e mesmo gente ligada ao movimento trabalhista — de que não dá para continuar dessa forma. Isso impacta os políticos, impacta um pouco o Executivo e vai impactar muito mais quem for eleito. Mas é forçoso reconhecer que ainda há, no Legislativo e no Judiciário, um comportamento que é claramente pró-piora fiscal sistematicamente ou, no mínimo, de se colocarem distantes como se não fosse problema deles. E nós não vamos resolver um ajuste fiscal se não tivermos os três poderes trabalhando, de alguma forma, numa mesma direção. Não é que façam as mesmas coisas e que tenham as mesmas ideias, mas têm de aceitar, pelo menos, o princípio de que não se cria recurso do nada.


Quer dizer, o próximo presidente vai ter de criar um consenso com o Legislativo e Judiciário?


Exatamente. Essa é uma das grandes missões do próximo presidente. Eu acho importante ter essa percepção de que, se ele (Executivo) não é o único responsável, tem um papel especial para ajudar, ao longo do tempo, a desenvolver essas ideias junto ao Congresso. Esse é o primeiro ponto. O segundo ponto é que nós temos de ter um objetivo de gerar superávits primários consistentes que, primeiro, de alguma forma, sejam críveis. Se não tiver credibilidade, esse jogo não existe. Nós aprendemos isso há muito tempo. E, dois, que sejam persistentes.


Como esse caminho deve ser construído?


É bom ter o primeiro ano com primário, mas ter um bom desempenho no primeiro ano e desandar daí para frente chega no mesmo lugar. Tem, então, de ser consistente e de um tamanho adequado para, pelo menos, estabilizar a dívida. Nós já aprendemos que é de pouca utilidade fazer uma lista de desejos de 100 itens — muita gente já fez isso — do que seria necessário fazer. Uma lista de desejos sem viabilidade política não se materializa e, portanto, não se faz o ajuste fiscal. Não se trata apenas de calcular qual teria de ser o tamanho do ajuste, quais teriam de ser os projetos, mas eles têm de ser ranqueados e elencados numa sequência no tempo que os tornem possíveis politicamente, porque, mesmo um governo comprometido com o ajuste fiscal, não pode qualquer coisa. Ele não tem poder absoluto. Tem o Congresso e o Judiciário. Isso parece uma coisa à toa, mas eu reputo da maior importância."

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segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Espero que Brasil tenha presidente reformista em breve, diz Campos Neto

O ex-presidente do Banco Central e chefe global de Políticas Públicas do Nubank, Roberto Campos Neto, disse esperar que “em breve” o Brasil tenha um presidente reformista como foi o ex-chefe do Executivo Michel Temer (MDB). Campos Neto não citou nominalmente a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas defendeu um governo que “tenha coragem de fazer” as mudanças necessárias....



Leitura de Domingo: Fed corta juros EUA durante shutdown, mas não garante nova queda em dezembro

 [12:05, 02/11/2025] +55 61 8313-6671: O Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) voltou a cortar os juros em plena paralisação da máquina pública americana, como já se esperava, mas não garantiu que voltará a usar a tesoura em dezembro. O sinal fez Wall Street recalibrar os cenários para as taxas, mas casas como Morgan Sta…

[12:24, 02/11/2025] +55 61 8313-6671: A TIM se tornou a primeira operadora do Brasil a ativar o 5G em 1,000 cidades, alcançando esse marco com a inclusão de Paracatu (MG), município conhecido pela mineração e agropecuária. A operadora já cobre todos os bairros das 27 capitais e cerca de 75% da população urbana, com mais de 40% do tráfego móvel nas capitais passando pela rede 5G. A TIM também antecipou em quase dois anos as metas da Anatel para cidades com mais de 100 mil habitantes, refletindo uma estratégia eficiente de investimentos: o custo por gigabyte no 5G é um terço do registrado no 4G, com maior capacidade, menor consumo de energia e melhor aproveitamento da rede.


Seguindo da evolução de rede, estamos concluindo o maior projeto de modernização de rede móvel já realizado pela companhia — e um dos mais ambiciosos do setor de telecomunicações no Brasil. Com a substituição tecnológica de 3 mil sites em 64 cidades da região metropolitana de São Paulo (DDD 11), o projeto ampliou em 40% a capacidade da rede e reduziu em 15% o consumo energético. O impacto é direto para cerca de 10 milhões de clientes, que já percebem melhorias significativas na experiência de uso.


A iniciativa envolveu a atualização completa da infraestrutura de rede, com equipamentos de última geração e arquitetura preparada para suportar o crescimento exponencial do tráfego de dados e a evolução para serviços digitais mais avançados, como o 5G standalone e aplicações de Internet das Coisas (IoT).


Liderança técnica e percepção de qualidade


Recentemente, a Opensginal, empresa independente de análise de redes móveis, reforça que os investimentos da TIM em São Paulo têm refletido diretamente nos indicadores de qualidade. O levantamento revela que a TIM liderou em três categorias relacionadas à rede 5G;


Qualidade consistente;

Experiência de confiabilidade;

 Experiência de velocidade de download com 368,3 Mbps.

Esses resultados evidenciam não apenas avanços significativos em nossa infraestrutura, mas também a eficiência da TIM na gestão da rede e na entrega de serviços, reforçando o compromisso da companhia em proporcionar conectividade superior e experiência diferenciada para seus clientes.

Fabio Alves