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André Lara Resende

  O brilhante economista André Lara Rezende traz, em seu artigo hoje no Valor, uma reflexão contundente sobre a questão do endividamento público. Vale muito a pena ler. Minha humilde visão, na ótica do financiador do estado, cito alguns fatores que determinam os limites de endividamento, público e privado, de uma economia: a. O relevante para endividamento não é o tamanho. Mas sim os custos de se financiá-lo no longo prazo e a sua taxa de crescimento. b. A análise de solvência baseada apenas no tamanho da dívida é míope, pois não aborda outras questões como a taxa de crescimento de longo prazo da economia, muito ligada ao aumento da produtividade e à tendência da evolução do estoque de capital humano. c. A microestrutura de financiamento da dívida também é extremamente relevante neste contexto. Questões como dimensão e sofisticação do mercado de capitais e financeiro, participação de capital estrangeiro e adequação do apetite de risco dos financiadores domésticos no processo de fi...

Guerra Civil no Rio

  guerra civil no Rio Especial   1.          No Brasil, tudo parou depois da incursão das forças de segurança pelo Complexo do Alemão, um aglomerado de favelas, mais de 120 mil pessoas lá vivendo nas piores condições. Em verdade, foi a justiça a autorizar esta mega operação, em conjunto com a Polícia Militar e a Civil, mais de 71 mandatos de prisão contra o Comando Vermelho (CV).   2.         Objetivo aqui foi frear a expansão territorial dos marginais, a extorquirem a população da região. Ao fim, foram 121 mortes, com 4 policiais indo a óbito. Não acho que tenha sido um massacre, nem que dê para criticar a operação, já que o CV vinha atuando neste complexo explorando as pessoas, cobrando variadas taxas (gaz, net, proteção, aluguéis), aproveitando a ausência de governo nestas regiões.   3.          Numa ação bem coordenadas entre as polícia...

RCN a as fintechs

 *Proposta de Campos Neto é truque fiscal para fintechs pagarem 'meia entrada', diz Febraban*   Às vésperas de o governo Lula enviar ao Congresso uma nova proposta para a taxação de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) no setor financeiro, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) escalou o embate com as fintechs. O presidente da instituição, Isaac Sidney, criticou uma ideia aventada pelo chefeglobal de Políticas Públicas e vice-presidente do Nubank, Roberto Campos Neto, para estabelecer uma alíquota mínima da taxa de imposto efetiva (ETR, na sigla em inglês) em 17,5% para todas as instituições financeiras. Sidney considerou a proposta inexequível, sem paralelo no mundo e disse que funcionaria como "truque fiscal" para as fintechs "pagarem meia-entrada". "Enxergamos a proposta do imposto mínimo com o simplista e inexequível, além de diversionista. A impressão que fica, esperamos que não seja isso, é que o regime de imposto mínimo funciona...

Leonardo Correia

  A guerra que o editorial não enxerga Por Leonardo Corrêa* Há algo de profundamente irônico — e também revelador — quando um jornal escreve sobre a guerra do Rio a partir da tranquilidade de onde não se ouvem tiros de fuzil. O editorial do Estadão sobre a operação no Complexo do Alemão é um exercício de abstração moral: analisa o front como se fosse um gabinete, trata o terror como se fosse um problema de gestão e fala de cadáveres como quem fala de déficit fiscal. O Estado escreve como se o Rio fosse um departamento desorganizado, e não um território sob ataque. Sua tese — de que a tragédia é resultado de “ineficiência administrativa” — é a típica análise de quem nunca ouviu o som de um fuzil. É a falácia da racionalização burocrática, que transforma guerra em planilha. Para os editorialistas, a solução está na “coordenação entre os entes federativos”, como se o tráfico respeitasse o pacto federativo. Há também a falácia da falsa equivalência moral: o texto equipara a operação no...

Fabio ALVES

 O movimento dos ativos financeiros ontem, especialmente os contratos futuros de juros e o Ibovespa, após a divulgação dos números do Caged de setembro mostrou que o mercado se precipitou em jogar suas fichas na precificação de um início antecipado do ciclo de corte de juros com base apenas nas surpresas para baixo do IPCA e do recuo das expectativas inflacionárias. Foi como um choque de realidade. E, hoje, os dados da Pnad Contínua, também referentes a setembro, só reforçaram a mensagem de que o mercado de trabalho segue ainda robusto o suficiente para endossar uma desaceleração mais forte da atividade econômica neste segundo semestre, puxado, entre outros fatores, pelo impulso fiscal com o pagamento de precatórios previsto entre junho e dezembro. Obviamente, é preciso destacar a ressalva que os economistas da consultoria 4intelligence: a de que, desde a divulgação do Novo Caged, setembro deste ano foi o que apresentou a maior quantidade dias úteis em relação ao mesmo mês desde 20...

Estadão

 *Estadão: Brasil tem mais estádios com naming rigths do que grandes ligas europeias* São Paulo, 30/10/2025 - Além do futebol jogado por alguns dos principais times do planeta, o recente Mundial de Clubes chamou a atenção pelo fato de a grande maioria dos estádios nos Estados Unidos ter algum nome de empresa atrelado a eles, os chamados naming rights: 11 das 12 arenas utilizadas eram ‘batizadas’ com o nome de alguma marca. Consagrada nos EUA, essa não é uma prática habitual nas principais ligas do mundo, em especial as duas consideradas mais valiosas, na Inglaterra e Espanha. Na Premier League, apenas cinco dos 20 clubes possuem algum tipo de naming rights. Em La Liga, o número é ainda menor, com dois dos 20 times. Na mesma proporção surgem Itália, França e Portugal. Na Serie A italiana, seis das 20 arenas dos clubes têm naming rights. No futebol francês, são quatro dos 20 estádios. No português, nenhum clube tem arena com essa propriedade, mas o Benfica negocia com algumas marcas ...

BDM Matinal Riscala

 *Bom Dia Mercado* Sexta Feira, 31 de Outubro de 2.025.  *Magníficas brilham no after hours* Aqui, hoje tem a Pnad Contínua e déficit primário de setembro … Apple e Amazon superaram as previsões de lucro nos balanços divulgados após o fechamento e suas ações brilharam no after hours. Netflix, que anunciou desdobramento de ações, também foi destaque nas negociações do pós-mercado, assim como o ADR de Vale subiu com números positivos no 3Tri. Os resultados corporativos estão em primeiro plano em Nova York, junto com os comentários de Powell, que ainda rendem ajustes, enquanto o acordo entre China e Estados Unidos teve pouca repercussão. Aqui, a surpresa com o Caged forte esfriou as apostas de corte antecipado da Selic. Hoje tem mais emprego, com a Pnad Contínua, e déficit primário de setembro. TRUMP & XI – Amplamente precificado pelos mercados, o acordo entre os presidentes dos Estados Unidos e da China foi recebido mais como uma “trégua”, embora Trump tenha descrito a reuni...