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Estadão

 *Estadão: Brasil tem mais estádios com naming rigths do que grandes ligas europeias*


São Paulo, 30/10/2025 - Além do futebol jogado por alguns dos principais times do planeta, o recente Mundial de Clubes chamou a atenção pelo fato de a grande maioria dos estádios nos Estados Unidos ter algum nome de empresa atrelado a eles, os chamados naming rights: 11 das 12 arenas utilizadas eram ‘batizadas’ com o nome de alguma marca.


Consagrada nos EUA, essa não é uma prática habitual nas principais ligas do mundo, em especial as duas consideradas mais valiosas, na Inglaterra e Espanha. Na Premier League, apenas cinco dos 20 clubes possuem algum tipo de naming rights. Em La Liga, o número é ainda menor, com dois dos 20 times.


Na mesma proporção surgem Itália, França e Portugal. Na Serie A italiana, seis das 20 arenas dos clubes têm naming rights. No futebol francês, são quatro dos 20 estádios. No português, nenhum clube tem arena com essa propriedade, mas o Benfica negocia com algumas marcas para o estádio da Luz. O Braga detinha um acordo com a empresa AXA para o Estádio Municipal, que não foi renovado.


Entre as principais ligas, a que mais chega perto dos EUA é a Alemanha. Na Bundesliga, apenas três das 18 equipes não têm algum tipo de marca ligada às suas casas.


O Brasil parece estar seguido os passos dos EUA, acompanhando essa “febre”. Entre os principais estádios do País, pelo menos 10 têm naming rights. Entre eles, estão o Allianz Parque (Palmeiras), MorumBis (São Paulo), Neo Química Arena (Corinthians), Casa de Apostas Arena Fonte Nova (Bahia) e Arena MRV (Atlético-MG). Além deles, outros três têm destaque. São a Arena BRB Mané Garrincha e a Casa de Apostas Arena das Dunas, que receberam a Copa do Mundo, em 2014, e também o Mercado Livre Arena Pacaembu.


Todos esses acordos, considerando-se os períodos em que os contratos foram fechados, ultrapassam os R$ 2 bilhões. O valor ainda é bem distante se comparado aos EUA. Somente o MetLife Stadium, por exemplo, tem contrato fechado por R$ 2,1 bilhões.


A chegada do naming rights tardou a acontecer por aqui. O primeiro se deu apenas em 2005, com a compra da empresa de tecnologia japonesa Kyocera no estádio do Athletico Paranaense, que posteriormente foi negociado com a operadora de telecomunicações Ligga Telecom.


“Hoje, temos só dois casos de efetiva assimilação dos naming rights, com os estádios do Palmeiras e o do Atlético-MG, que já tinha o seu definido antes mesmo do início da construção, e um terceiro caso, que pode no futuro se equiparar a esses, se sua torcida se mobilizar por isso, que é o do Corinthians”, avalia Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento norte-americana.


DÉCADAS DE EXPERIÊNCIA. Nos Estados Unidos, essa criação é antiga e aconteceu na década 1970. O primeiro caso de compra de que se tem registro ocorreu em 1973, quando a Rich Products Corporation passou a agregar sua marca ao Estádio Buffalo Memorial Auditorium - demolido em 2009 -, renomeando-o para “Rich Stadium”. O espaço abrigou tanto o Buffalo Bills (NFL) quanto os Buffalo Sabres (NHL), além de sediar outros eventos, como jogos de basquete universitário, shows e lutas.


No Brasil, dos 10 contratos de naming rights, somente um não é de arena: o MorumBis. Para Sergio Schildt, presidente da Recoma, maior empresa de infraestrutura esportiva da América Latina, e vice-presidente da Abriesp (Associação Brasileira da Indústria do Esporte), o conforto e as novas opções de entretenimento contribuem diretamente para que um novo público também possa se interessar em frequentar o ambiente.


“Com a modernização, ir ao estádio deixou de ser apenas para assistir a uma partida de futebol, mas passou a ser também um programa mais amplo e que pode atender toda a família. Hoje as arenas modernas nos oferecem restaurantes, camarotes modernos e confortáveis, lojas para cuidados estéticos e também costumam receber bastante shows, o que valoriza ainda mais a marca detentora dos direitos daquele espaço”, opina Schildt.


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