Pular para o conteúdo principal

The Economist

 

A revista britânica The Economist voltou sua atenção ao Brasil, desta vez apontando uma crise de credibilidade crescente do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a publicação, o julgamento dos réus pelo 8 de janeiro em turmas menores, como a Primeira Turma do STF, sem passar pelo plenário completo, escancara um poder considerado “excessivo” concentrado em ministros específicos – com destaque direto para Alexandre de Moraes. A revista questiona duramente a falta de freios e contrapesos institucionais diante do que classifica como uma atuação “quase monárquica” no sistema de justiça brasileiro.

A crítica mais direta foi a associação do Brasil a um modelo de “julgamento por um sistema de juízes com poder excessivo”, comparando o que ocorre com Moraes ao que seria “um juiz estrela”. Além disso, a publicação internacional enfatizou os riscos de decisões concentradas e monocráticas, sugerindo que isso tem efeitos negativos não só internamente, mas também na imagem internacional do País. As repercussões são ainda maiores quando há, como citado, cobertura fotográfica e mediática constante das ações do ministro, como no julgamento de Jair Bolsonaro e outros acusados por tentativa de golpe.

O artigo ainda relembra críticas passadas contra ministros como Gilmar Mendes, acusado de reunir “pessoas influentes” em eventos privados, e Toffoli, que anulou provas da Odebrecht num ato visto como político. A Economist alerta para uma erosão da confiança popular no Judiciário, o que compromete o estado de direito sob o argumento de “proteger a democracia”.

Conclusão e Pergunta Final:

Diante do cenário retratado, com ministros acumulando funções de polícia, promotor e juiz, e decisões monocráticas se tornando regra, a própria função de um Supremo como órgão colegiado se dissolve. As críticas externas apenas refletem o que muitos brasileiros já sentem: a justiça parece ter perdido sua bússola. A pergunta que fica – e que exige reflexão profunda – é: Como o Brasil, sob o pretexto de “salvar a democracia”, chegou ao fundo do poço da insegurança jurídica institucionalizada? 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Livros

  " O livro de Marshall B. Reinsdorf e Louise Sheiner oferecem, em The Measure of Economies: Measuring Productivity in an Age of Technological Change, uma análise pertinente e necessária ao panorama económico contemporâneo. Este trabalho, publicado em 2024, desafia os métodos tradicionais de medição do PIB, argumentando que as práticas do século XX são inadequadas para avaliar a produtividade no contexto do século XXI, marcado pela transformação tecnológica. Com capítulos assinados por peritos em economia, a obra não se limita a apresentar os problemas inerentes às práticas actuais, mas propõe alternativas inovadoras que abrangem áreas como a economia digital, os cuidados de saúde e o ambiente. A estrutura é equilibrada, alternando entre a crítica aos métodos estabelecidos e as propostas de solução, o que proporciona uma leitura informativa e dinâmica. Um dos pontos fortes deste livro é a sua capacidade de abordar questões complexas de forma acessível, sem sacrificar a profundidad...

Já deu...

  Fernando Haddad, mais um poste criado pelo Deus Lula, disse que o cidadão é o "maestro da Orquestra". Estamos fufu. Lula não tem mais a mínima condição de ser maestro de nada, nem da sua casa, em quem manda é a Janja. É o ocaso de um projeto de poder, do lulo-petismo, que foi se transformando num culto fajuto à personalidade, nas piores personificações das ditaduras corruptas de esquerda. Lula já não consegue concatenar ideias, está cansado e sim, mto velho. Já deu.

Guerra comercial pesada