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 Leitura de Sábado: Em primeira sessão pós-aumento de capital, Gol tem alta de 400%


Por Elisa Calmon e Amélia Alves*


São Paulo, 12/6/2025 - O primeiro pregão da Gol após o aumento de capital de R$ 12 bilhões promovido pela companhia gerou ruídos no mercado nesta quinta-feira, 12. Analistas relataram que investidores ainda buscam entender o novo formato de negociações diante da alta de 406,30%, cotada a R$ 52,01, sucessivos leilões e diluição de acionistas.


Na operação de aumento de capital, a Gol emitiu ações para atender os credores que colocaram dinheiro na companhia para saída do Chapter 11 nos EUA, anunciada na última sexta-feira, 6. O lote padrão de negociação, que é de 100 ações, passou hoje a ser de 1.000, o que dificultou a leitura do forte movimento altista pelos investidores nesta quinta-feira.


"Tem muita gente tendo de ajustar as suas posições no intraday quando se dá conta deste 'pequeno' detalhe", diz o sócio da Fatorial Investimentos, Fábio Lemos.


O especialista em investimentos do grupo Axia Investing, Felipe Sant'Anna, explica que o momento é de transição dos papéis, com a emissão de direitos de subscrição aos acionistas minoritários e bonificação.


"Essa alteração causou uma enorme confusão, mas as corretoras dizem que tudo vai se ajustar amanhã", diz, descrevendo o momento como "bastante bagunçado".


A Gol emitiu um número relevante de papéis na operação: 8.193.921.300.487 ações ordinárias e 968.821.806.468 preferenciais no aumento de capital. O preço estipulado foi de R$ 0,01 cada por preferencial e de R$ 0,0002857142 por cada ordinária. No fechamento de ontem, a PN, mais líquida, fechou em R$ 0,79.


Na época do anúncio do aumento de capital, o BTG Pactual avaliou, em relatório, que a operação marca "uma forte diluição dos acionistas anteriores". Enquanto isso, o Grupo Abra, holding de companhias aéreas, passou a deter direta ou indiretamente 80,21% do número total de ações ordinárias e 80,19% do número total de ações da Gol.


Diante da diluição, investidores precisam comprar mais papéis para atingir a mesma participação que tinham anteriormente. Esse é outro fator que pode ajudar a explicar a disparada vista hoje nos papéis.


Com o Chapter 11, que durou quase um ano e meio, a Gol conseguiu turbinar o caixa. No entanto, o cenário macroeconômico e dúvidas sobre o andamento da fusão com a Azul seguem no radar, gerando incertezas sobre o novo momento da empresa.


Contatos: elisa.ferreira@estadao.com ; amelia.alves@estadao.com


*Colaborou Isabela Mendes


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