*MERCADOS REAGEM A POWELL E MIRAM INFLAÇÃO NO BRASIL – MC 25/08/25*
*Por Anderson Nunes – Analista Político*
O sinal do presidente do Fed, Jerome Powell0 para um corte na taxa de juros nos EUA já em setembro acendeu o otimismo global e abriu espaço para o Banco Central Brasileiro antecipar a queda da Selic.
*POWELL SINALIZA CORTE E ANIMA MERCADOS*
O presidente do Fed indicou que os riscos ao emprego aumentam, elevando para 90% as apostas de corte do juro americano em setembro. A mudança de discurso derrubou os rendimentos dos títulos públicos e o dólar globalmente, impulsionando as bolsas em Wall Street a novos recordes.
*BRASIL PEGA CARONA NO OTIMISMO*
O cenário externo favorável, com a perspectiva de juros menores nos EUA, atrai capital estrangeiro para o Brasil em busca de retornos mais altos. Isso fortaleceu o real, derrubou as taxas de juros futuros e levou o Ibovespa a uma alta expressiva, com todas as ações do índice no azul.
*AGENDA DOMÉSTICA DECISIVA*
A semana é crucial para a política monetária local, com a divulgação do IPCA-15 e dos dados de emprego do Caged. Números favoráveis podem reforçar as apostas de que o Copom consiga reduzir a taxa Selic ainda em dezembro, antecipando o ciclo de cortes.
*ORÇAMENTO DE 2026 SOB PRESSÃO*
A equipe econômica corre contra o tempo para fechar o projeto orçamentário até o fim do mês, mas ainda depende de medidas indefinidas no Congresso para equilibrar as contas. A negociação da Medida Provisória 1.303, que pode render R$ 20 bilhões, é a principal aposta do governo.
*A NOVA REGRA DO JOGO DA MP 1.303*
A Medida Provisória 1.303 instituiu uma nova tributação sobre os rendimentos de debêntures incentivadas. Rendimentos de pessoas jurídicas agora enfrentam uma alíquota que pode chegar a 25%, eliminando a isenção anterior e desestimulando o principal mecanismo de financiamento privado para a infraestrutura nacional.
*O IMPACTO IMEDIATO*
A reação do mercado foi rápida e negativa, com uma forte queda no apetite dos investidores. Emissões recentes para projetos de rodovias e ferrovias captaram apenas 48,40% e 24,20% dos valores pretendidos, respectivamente, um forte contraste com o sucesso de 100% em uma operação de saneamento antes da nova regra.
*RISCO FUTURO*
A mudança torna mais caro o financiamento de novos projetos, o que tende a diminuir o interesse em futuros leilões de concessão. O efeito prático pode chegar ao bolso do consumidor, com potencial aumento nas tarifas de serviços essenciais como energia e transportes.
*DESAPROVAÇÃO PERSISTE*
Apesar de um cenário econômico com inflação em queda e empregos em alta, a popularidade do governo não decola. Pesquisa recente mostra que a gestão do presidente Lula é desaprovada por 53,60% dos brasileiros, contra 42,90% de aprovação, mantendo um quadro de estabilidade negativa ao longo de 2025.
*CENÁRIO ELEITORAL ACIRRADO*
Para 2026, as simulações de segundo turno apontam empates técnicos entre Lula e seus principais adversários. O presidente aparece numericamente empatado com Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas, dentro da margem de erro da pesquisa.
*AGENDA POLÍTICA AQUECIDA*
A semana começa com eventos políticos importantes que devem movimentar Brasília e o mercado. Os destaques são o início dos trabalhos da CPI mista que investigará fraudes no INSS e o seminário da Esfera Brasil, que reúne seis governadores e ministros em São Paulo.
*RADAR CORPORATIVO*
1. GPA: A família Diniz eleva sua participação para 24,6% e solicita a convocação de assembleia para destituir todo o conselho de administração da companhia.
2. Petrobras: A estatal atinge a marca recorde de 50 milhões de metros cúbicos de processamento de gás, segundo a presidente Magda Chambriard.
3. Braskem: A S&P rebaixa o rating da empresa para BB- após resultados fracos, mas a petroquímica reforça seu compromisso com a saúde financeira.
4. Banco Master: A aquisição de uma fatia pelo BRB foi reduzida pela metade, com o volume de ativos envolvidos na operação caindo de R$ 48 bilhões para R$ 23,9 bilhões.
5. EZTEC: A construtora anuncia dois novos lançamentos em São Paulo que, somados, possuem um valor geral de vendas de R$ 475 milhões.
6. Cemig: O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, afirma que a estatal pode ser leiloada para o pagamento de dívidas do estado com a União.
7. Copel: Acionistas aprovam a unificação das ações da companhia e sua migração para o Novo Mercado da B3, o mais alto nível de governança corporativa.
8. Eneva: A gestora BW Investimentos informa que seus fundos detêm, em conjunto, uma posição acionária relevante na empresa de energia.
O Canal Auxiliando usa as seguintes fontes de notícias: ‘Monitor do Mercado, BDM, Broadcast, Valor Econômico, Folha de São Paulo, Estadão, O Globo, BM&C, B3, Revista Oeste, Poder 360, Money Times, Agência CMA, Agência Brasil, Bloomberg, Infomoney, CNN, The Washington Post, The Wall Street Journal, Fox Business, Reuters, Oil Price, Investing e Yahoo Finance’.
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