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 *Fiscal é fraco, mas não é crítico e há prêmio em excesso nos ativos brasileiros, avalia Oxford Economics*


Ainda que a incerteza sobre a sustentabilidade da dívida pública cause temor, há um exagero nos prêmios embutidos nos ativos financeiros brasileiros, avalia o economista Felipe Camargo, da Oxford Economics. “O ‘sell-off’ dos ativos brasileiros foi brutal. Pensamos que as taxas de juros futuras e o câmbio deveriam embutir um prêmio de risco, mas os mercados foram longe demais, dados os fundamentos da inflação e as perspectivas fiscais”, diz o economista em relatório. “Além disso, a vulnerabilidade do Brasil às políticas de [Donald] Trump é relativamente baixa — à parte do discurso abstrato de uma moeda concorrente ao dólar, patrocinado pelos BRICS.” O economista avalia que os choques nos preços de alimentos, a expectativa de inflação mais elevada e a inflação de serviços persistente justificam o ciclo de aumento da Selic. “No entanto, estamos diferentes das pesquisas quanto à magnitude das altas [de juros]. Nossos modelos sugerem que reduzir a inflação para os 3,6% previstos pelo BC no segundo trimestre de 2026 exigirá aumentos de 0,75 pp e uma manutenção estendida em 12%.”, afirma. “Pesquisas apontam para [uma Selic a] 13,25%. Os nossos modelos podem subestimar um pouco as altas [de juros], dadas as percepções acrescidas do risco fiscal, mas consideramos que os juros a 13,25% são claramente excessivos”, avalia Camargo.

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