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Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Na sexta-feira, foi publicado um emprego americano confuso e fraco, o que reforçou a expetativa de descidas de taxas de juros por parte da Fed além da descida 98% descontada a 1 de setembro (-25 p.b., até 4,00/4,25%), e isso animou Nova Iorque… embora o que realmente tenha saído beneficiado e aguentou em positivo até ao final foi a tecnologia e, particularmente, semis. No final da sessão, enfraqueceu um pouco, mas o saldo semanal foi positivo em Wall St. e mais ou menos neutro na Europa. O catch-up de Nova Iorque sobre a Europa já aconteceu, mas continua vivo. 


Nas últimas horas, o PM do Japão (Ishiba) demitiu-se, mas era esperado, e a bolsa sobe quase +1,5% (yen e obrigações débeis, claro), enquanto Milei foi derrotado pelo peronismo nas eleições de ontem em Buenos Aires (ca.40% povoação), o que prejudicará a bolsa argentina (o que resta dela após dezenas de erros). Esta semana, cairá o governo em França, o BCE irá repetir taxas de juros e não é provável que insinue descidas, e o aumento da inflação americana poderá despertar os mais confiantes. 


Em relação às obrigações, França já não sofre, cujo governo perderá hoje a moção de confiança e será substituído, provavelmente, por Lombard, o Ministro da Economia. Mas Macron não se moverá. O mau é que provavelmente o governo francês irá cair na moção de confiança de hoje. O bom é que está 100% descontado nos preços e que, portanto, o provável dano sobre as obrigações (francesas e, por contágio, um pouco nas europeias em geral) não será relevante. Os bancos centrais voltam a atuar como anjos da guarda das obrigações quando estas sofrem. Não se pode garantir que seja assim, mas é a alternativa mais plausível. É evidente no Reino Unido, França, Japão e EUA, cujas obrigações deveriam sofrer muito mais.


CONCLUSÃO: É provável que França e Japão introduzam alguma tensão entre segunda e terça-feira, mas de alcance limitado. Quinta-feira será o dia mais importante porque será a reunião do BCE e a inflação americana aumentará. Mas o BCE irá repetir em 2,00%/2,15% (Depósito/Crédito) e está descontado, portanto a única coisa relevante será a mensagem de Lagarde… provavelmente continuísta e sem insinuar nenhuma descida futura. Contudo, a inflação americana é um risco a considerar, visto que poderá aumentar até cerca de +3% (sobre o qual temos vindo a advertir) e é possível que uma parte não depreciável do mercado não tenha isto interiorizado. Como esse aumento arrefeceria as expectativas de futuras descidas de taxas de juros, parece razoável pensam que o tom do mercado piore na quinta/sexta-feira, fechando a semana com debilidade.


NY -0,3% US tech +0,1% US semis +1,7% UEM -0,5% España -0,4% VIX 15,2% Bund 2,66% T-Note 4,09% Spread 2A-10A USA=+58pb B10A: ESP 3,25% PT 3,09% FRA 3,45% ITA 3,54% Euribor 12m 2,178% (fut.2,163%) USD 1,172 JPY 173,5 Ouro 3.587$ Brent 66,3$ WTI 62,6$ Bitcoin -0,4% (110.939$) Ether -0,2% (4.291$) 


FIM

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