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Bankinter Portugal Matinal 1604

 Análise Bankinter Portugal


SESSÃO: Depois de termos recebido ONTEM um péssimo índice ZEW de Sentimento Económico alemão (-14,0 vs 10,0 esperado vs 51,6 anterior) e, surpreendentemente, um Empire Manufacturing menos mau do que o esperado (-8,1 vs -13,5 esperado vs -20,0 anterior; embora a componente de expectativas a 6 meses tenha caído para mínimos desde 2001: -7,4 desde +12,7), arrancamos HOJE com ASML e Nvidia em baixa.


A Nvidia estima um impacto negativo de 5.500M$ (5% do Lucro Líquido estimado para 2025) devido às restrições à exportação do seu chip H20 para a China, e caiu -6% no aftermarket (a AMD caiu -7% por contágio).


A ASML apresentou bons resultados, mas a carteira de encomendas do 1º trimestre ficou nos 3.900M$ (+8%) vs 4.890M$ esperados, e está a cair cerca de -12% no pré-mercado europeu.


Como ponto positivo, alguns dados macro… mas algo desactualizados, pois dizem respeito a março: o PIB do 1º trimestre da China manteve-se nos +5,4% vs +5,1% esperado (com fiabilidade questionável) e a inflação do Reino Unido ficou em +2,6% vs +2,7% esperado vs +2,8% em fevereiro.


Como os dados macro ainda não refletem qualquer impacto da guerra comercial (pois cobrem apenas março ou até março), o que realmente pesa hoje são Nvidia e ASML. Assim, os futuros americanos estão a cair cerca de -1,5%/-2% e os europeus caem cerca de -1,2%.


Às 13h30 saem nos EUA as Vendas a Retalho de março, que não se esperam muito fortes: +1,3% vs +0,2%, mas excluindo automóveis deverá repetir os +0,3%, e o Grupo de Controlo deverá subir +0,6% vs +1%. E às 14h15 a Produção Industrial, que deverá ser fraca (-0,2% vs +0,7%) e a Taxa de Utilização da Capacidade ligeiramente abaixo (78,0% vs 78,2%), ambas também referentes a março. Nem são bons números, nem são representativos de nada (são de março), pelo que dificilmente animarão os mercados, que deverão recuar entre -1% e -2%, tanto na Europa como nos EUA. As yields das obrigações mantêm-se praticamente inalteradas, enquanto (e isto é importante) o ouro continua a subir, impulsionado pelo agravamento das expectativas de inflação (recorde: +6,7% a 1 ano — o máximo desde 1981 — segundo o inquérito de Confiança da Univ. de Michigan da passada sexta-feira), sendo utilizado como cobertura.


CONCLUSÃO: A sessão de ontem foi melhor (ou mais ingénua) na Europa, que fechou com um claro sinal positivo, do que em Wall Street, onde foi perdendo força ao longo do dia até fechar praticamente neutra. HOJE o cenário é diferente, após 3/4 sessões aceitáveis ou quase benignas graças às supostas exceções e adiamentos na aplicação de tarifas por parte de Trump, dependendo de quantas Coca-Colas bebia por dia e do estado de espírito que elas lhe provocavam. A instabilidade está de volta... embora, na verdade, nunca tenha desaparecido, apesar de certos miragens temporárias.


S&P500 -0,2% Nq-100 +0,2% SOX +0,5% ES-50 +1,2% IBEX +2,1% VIX 30,1% Bund 2,49% T-Note 4,32% Spread 2A-10A USA=+52pb O10A: ESP 3,22% PT 3,11% FRA 3,26% ITA 3,70% Euribor 12m 2,126% (fut.1,943%) USD 1,137 JPY 161,9 Ouro 3.290$ Brent 64,0$ WTI 60,7$ Bitcoin -2,3% (83.575$) Ether -3,9% (1.575$). 


FIM

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