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Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Resumo de ontem: nada relevante. Movimentos milimétricos nas bolsas, obrigações e divisas à espera do IPC americano de hoje. 


O mercado espera o dado, um dos dois com os quais a Fed contará antes da sua reunião de 17 de setembro, para calibrar as suas expetativas de cortes de taxas de juros, atualmente em -58 p.b. em 2025, e atribuindo uma probabilidade de 88% a uma primeira descida em setembro. Assunto especialmente delicado, porque um inquérito de BofA mostra que 91% dos gestores de fundos inquiridos (169 com AUMs conjuntos de 413.000 M$) consideram que a bolsa americana está supervalorizada. Isto é, novos estímulos devem justificar essas avaliações ou bolsas, e também as obrigações devem sofrer uma correção.


Por isso, o tom da sessão de hoje e das próximas ficará marcado pelo IPC de julho nos EUA (13:30 h). Espera-se que tanto a taxa Geral como a Subjacente aumentem uma décima até +2,8% e +3,0%, respetivamente. Se cumprir ou for melhor, o mercado irá respirar, porque irá entender que a Fed tem o caminho livre para cortar taxas de juros como espera. Mas, se for pior e arrefecer as expetativas de cortes, poderá dar a desculpa para uma correção de bolsas e obrigações. O risco de um dado mau não é irrelevante. Em julho de 2024, Energia e Bens quase não contribuíram com inflação. Um contexto mais normalizado este ano deverá levar a um ligeiro aumento, mas se, além disso, os impostos alfandegários começarem a surtir efeito, a inflação poderá ser pior do que o esperado. O vaivém de anúncios, prorrogas e medidas dificulta fazer uma estimativa fiável. Veremos. 


Previamente teremos conhecido um ZEW na Alemanha (10 h) que se espera que caia desde 52,7 até 39,5 em agosto, refletindo a deceção de uns impostos alfandegários (EUA) (15%) mais elevados do que o esperado e dados económicos fracos recentes (PIB 2T -0,1% t/t, PMI Industrial 49,1, Prod. Industrial -3,6% em junho). 


De madrugada, as bolsas asiáticas celebraram com subidas a prorroga dos EUA à China até 10 de novembro para negociar os atuais impostos alfandegários (55% à China e 10% o oposto), mas na Europa e nos EUA esperamos uma sessão matutina cautelosa, à espera do IPC que será quem marcará o sinal dos fechos. 


S&P500 -0,3% NQ100 -0,3% SOX -0,1% ES-50 -0,3% VIX 16,3% BUND 2,63%. T-NOTE 4,28%. SPREAD 2A-10A USA=+51,5PB B10A: ESP 3,26% ITA 3,48%. EURIBOR 12M 2,12% (FUT. EURIBOR 12M 2,14%). USD 1,161. JPY 172,3. OURO 3.350$. BRENT 66,9$. WTI 64,2$. BITCOIN -0,1% (118.794$). ETHER +1,0% (4.292$).


FIM

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