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BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Feriado nos EUA encurta semana do payroll*

… Semana mais curta com o feriado de 4 de Julho nos EUA, que fecha os mercados em NY mais cedo desde a véspera, tem como destaque o fórum do BCE em Sintra, com a participação de vários banqueiros centrais, além da expectativa com avanço nos acordos comerciais de Trump, quando se aproxima o deadline da trégua das tarifas “recíprocas”, no dia 9. Na agenda dos indicadores, o payroll será divulgado na 5ªF, com potencial para ajustar as expectativas para os juros, enquanto índices PMI da indústria e de serviços medem a atividade global. No Brasil, saem hoje os dados consolidados do setor público e o Caged e, na 4ªF, a produção industrial de maio. A crise institucional entre governo e Congresso segue no radar do investidor, com a possibilidade de o Planalto recorrer ao STF para manter o decreto do IOF.
… No Valor, a jornalista Maria Cristina Fernandes escreveu que Lula ficou “indignado com a usurpação da competência do Executivo pelo Congresso” e que a decisão de judicializar tenta evitar que o precedente criado no caso do IOF vire uma regra.
… O presidente pediu à AGU uma avaliação sobre a constitucionalidade da derrubada do decreto presidencial que elevou o IOF e havendo um parecer favorável, o Supremo será acionado. Segundo Haddad, Lula não pode abrir mão de recorrer.
… Em entrevista à GloboNews na 6ªF, o ministro afirmou que o ambiente político não está colaborando para um alívio no Orçamento. Em 2024, disse ele, o governo encaminhou “seis ou sete medidas ao Congresso que fechariam as contas, mas nem tudo foi bem recebido”.
… Haddad reiterou que não tem a intenção de mudar a meta fiscal, como muita gente no mercado já acredita para 2026, dizendo que vai perseguir aquilo que já foi anunciado. A meta para o ano que vem é de um superávit de 0,25% do PIB (R$ 34,3 bilhões).
… Para 2025, mesmo sem o IOF, com o qual a equipe econômica esperava arrecadar R$ 12 bilhões, o consenso é de que as chances de se atingir a meta de déficit zero são boas, já que o governo congelou R$ 31,3 bilhões e contará com receitas extraordinárias.
… Tanto Lula como Haddad estão marcando posição contra “o andar de cima” nesse embate.
… Em evento na Faculdade de Direito da USP, o ministro disse que os mais ricos querem fazer um ajuste fiscal no Brasil para o “pobre da periferia pagar”. “Quando chama o pessoal da cobertura para pagar o condomínio, o ajuste deixa de ser interessante.”
… Ainda na entrevista, Haddad disse que não consegue entender o que aconteceu depois da reunião com líderes naquele domingo, no dia 9 de junho. “Eu saí de lá com a sensação de que estava 100% resolvido o encaminhamento da MP e o novo decreto do IOF.”
… Ele disse que “não quer crer” que a motivação do rompimento do acordo com Motta e Alcolumbre tenha sido eleitoral, acrescentando que não foi informado da mudança de comportamento dos presidentes da Câmara e do Senado. “Não fui informado, nada.”
… Há informações de que Lula deve chamar Motta e Alcolumbre para conversar, mas a disposição de levar o caso ao STF continua de pé. O Planalto nem precisaria entrar, já que o PSOL se antecipou e já recorreu ao Supremo com uma Ação de Inconstitucionalidade.
… O ministro Gilmar Mendes foi sorteado como relator, mas o decano pediu ao presidente da Corte, Luiz Roberto Barroso, para passar o caso para Alexandre de Moraes, que relatou o processo movido pelo PL, no início do mês, pela derrubada do decreto do IOF.
TARIFAS – Em entrevista à Fox News neste domingo, Trump defendeu sua política tarifária, cuja pausa se encerra na próxima semana, no dia 9 de julho. Ele afirmou que seu governo “está indo bem” nas negociações que envolvem as taxas.
… E voltou a ameaçar: “Quando a pausa nas tarifas acabar, os países que não fecharam acordos receberão uma carta dizendo: Parabéns, você pode comercializar com os Estados Unidos, uma honra para nós. Mas, você terá que pagar uma tarifa de 25%.”
… O presidente também sinalizou que qualquer retaliação escalará a crise. “Daremos a resposta será equivalente.”
… Mas a cada hora, Trump diz uma coisa. Ainda na 6ªF, evitou cravar o deadline, afirmando que “9 de julho não é uma data final para os acordos”. Há especulações de que a data possa ser estendida até o Dia do Trabalho dos Estados Unidos, em 1º de setembro.
… O presidente disse que já foram fechados acordos com China, Reino Unido e “outros quatro países”, repetindo que espera fechar com a Índia em breve. Já com o Canadá, Trump encerrou as negociações, após o país impor tributação retroativa sobre serviços digitais.
… Também o secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que os EUA devem anunciar acordos comerciais com vários países antes do prazo de 9 de julho, mas admitiu em entrevista à CNBC que “outros 20 países podem voltar às tarifas recíprocas de 2 de abril”.
… Bessent disse que o acordo com a China é uma continuação do pacto de Genebra, envolvendo terras raras e os ímãs. Pequim confirmou o avanço nas negociações para a venda de minerais essenciais aos EUA e a retirada dos controles de Washington para seus produtos.
… Ainda no domingo, Trump afirmou que já há um grupo interessado em comprar a operação americana do TikTok; falta a China aprovar.
… Na Bloomberg, faltando poucos dias para a retomada das tarifas recíprocas, espera-se que apenas acordos com cerca de uma dúzia dos maiores parceiros comerciais dos EUA sejam concluídos até o prazo final de 9 de julho.
… Mas, segundo os principais assessores da Casa Branca, “provavelmente não serão acordos abrangentes, e sim um conjunto limitado de tópicos, que deixarão muitos detalhes para serem negociados posteriormente”.
… Entre os parceiros menores, os EUA estão se aproximando de acordos com Taiwan, Indonésia, Vietnã e Coreia do Sul.
… Não há notícias sobre um acordo com a União Europeia. Segundo Trump, negociar com o bloco é “desafiador”.
BIG BEAUTIFUL BILL – Outra questão que está nas preocupações do mercado em NY é o projeto de corte de gastos e impostos, que Trump chama de “grande e lindo projeto”, e pode significar um grande e feio prognóstico para a dívida dos EUA.
… Na mesma entrevista à Fox News, o presidente atacou os democratas, dizendo que eles não querem colaborar com o bem do país, mas a verdade é que os republicanos do Senado também estão divididos e, neste domingo, mexeram em um item essencial da proposta.
… Os principais cortes do Medicaid, o programa de seguro saúde para pobres e deficientes, que compensariam parcialmente as perdas de receita decorrentes dos cortes de impostos no projeto de Trump, foram restaurados, em vitória dos conservadores do partido.
… Pelo menos oito republicanos moderados têm pressionado para reduzir os cortes do Medicaid e podem votar contra Trump, que quer o projeto aprovado até 4 de Julho. A versão original pode levar 11,8 milhões de pessoas a perderem seus benefícios de saúde até 2030.
… Se houver acordo, a votação pode acontecer ainda nesta 2ªF, e se o Senado modificar a proposta, voltará para aprovação da Câmara.
AFTER HOURS – Se depender das ações dos bancos dos EUA, que passaram no teste de estresse do Fed, as bolsas em NY podem renovar hoje os recordes históricos estabelecidos no último pregão pelo S&P 500 e pelo Nasdaq (abaixo).
… O Fed indicou resiliência a um cenário hipotético de recessão severa. No after market da 6ªF, o setor subiu em bloco: Wells Fargo (+1,76%), Bank of America (+1,00%), Goldman Sachs (+2,20%), JPMorgan (+0,52%) e Citi (+0,04%).
MAIS AGENDA – O BC divulgará hoje às 8h30 os dados do setor público consolidado de maio, que devem apontar para um déficit primário de R$ 42,7 bilhões, segundo a mediana de pesquisa Broadcast, após saldo positivo de R$ 14,150 bilhões em abril.
… Para 2025, a mediana indica déficit primário de R$ 66,5 bilhões, com as projeções entre -R$ 90 bilhões e -R$ 41,8 bilhões.
… O saldo negativo do governo central deve sustentar o déficit do setor público consolidado em maio, de acordo com economistas.
… Já no início da tarde (às 14h30), os dados do Caged devem mostrar a criação líquida de 171,8 mil vagas com carteira assinada, abaixo do que foi registrado em abril, quando houve saldo positivo de 257.528 vagas.
… Na 6ªF, a taxa de desemprego da Pnad Contínua caiu de 6,6%, no trimestre móvel terminado em abril, para 6,2% no trimestre encerrado em maio, patamar mais baixo para o período em toda a série histórica da Pesquisa iniciada em 2012 pelo IBGE.
… Ainda hoje, sai o Boletim Focus (8h25), que poderá trazer novas revisões em baixa para as expectativas inflacionárias, após as surpresas positivas com o IPCA-15 abaixo do esperado e a deflação do IGP-M, também acima da mediana das estimativas (abaixo).
… Lula participa nesta 2ªF, às 11h, da cerimônia de lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026, no Palácio do Planalto. Serão anunciados o valor previsto de financiamento e juros para o setor.
BANDEIRA DA ANEEL – O anúncio de bandeira tarifária vermelha 1 às contas de energia em julho, feito pela Aneel no final da tarde de 6ªF, provocou ajuste marginal na projeção da Quantitas para o IPCA de julho, de 0,35% para 0,38%.
PAYROLL – A expectativa para o relatório do emprego nos EUA é de leve desaceleração na geração de emprego, de 139 mil em maio para 129 mil em junho, com a taxa de desemprego mantida em 4,2%, confirmando um mercado de trabalho ainda robusto.
… Só um resultado muito diferente [para pior] poderia mudar a disposição do Fed de esperar mais um tempo antes de reduzir os juros. No mercado, a aposta majoritária ainda aponta para dois cortes de 25pbs cada, nas últimas duas reuniões do Fomc.
… Essa projeção é corroborada pelas mensagens de Powell e de muitos Fed boys, considerando as incertezas com o impacto das tarifas na inflação e no emprego, embora alguns membros mais dovish do Comitê já estejam defendendo uma ação antecipada.
… Na 6ªF, a aceleração de 2,7% do núcleo do PCE em maio esvaziou os argumentos de quem esperava o primeiro corte no fim desse mês. Mas há de tudo, quem ainda acredita em três quedas este ano, a partir de setembro, e os mais pessimistas, em apenas uma.
… O Fed espera para ver o efeito das tarifas, que podem ser elevadas no próximo dia 9, data-limite para que os países apresentem as suas propostas para o governo americano. Existe também a possibilidade de que Trump possa estender esse prazo das negociações.
MAIS EMPREGO – Antes do payroll, que nesta semana sairá excepcionalmente na 5ªF, devido ao feriado de 4 de Julho, serão divulgados o relatório Jolts (amanhã, 3ªF) e a pesquisa ADP (na 4ªF), com o emprego no setor privado dos Estados Unidos.
… Dois Fed boys têm falas marcadas para hoje: Raphael Bostic/Atlanta (11h) e Austan Goolsbee/Chicago (14h).
… Ainda nos Estados Unidos hoje (10h45), o PMI de Chicago pode melhorar para 42,7 em junho, após registrar 40,5 em maio.
NA EUROPA – Estão previstos o PIB/Reino Unido do 1Tri (de madrugada) e a prévia de junho da inflação ao consumidor da Alemanha (9h), com projeções que apontam para o consenso de +0,2% (de +0,1% em maio).
O FÓRUM DE SINTRA – Movimenta o noticiário econômico desta semana, com painéis que devem reunir os presidentes de Fed, Jerome Powell; do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey; e do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, amanhã (3ªF).
… A presidente do BCE, Christine Lagarde, que organiza o evento em Portugal, faz o discurso de abertura hoje às 16h (Brasília).
… O Brasil estará representado na abertura do fórum por Diogo Guillen, diretor de Política Econômica do BC.
CHINA HOJE – O PMI industrial oficial avançou para 49,7 em junho, contra 49,5 em maio. O resultado do indicador veio acima da previsão (49,5), mas foi o terceiro seguido em terreno de contração (abaixo de 50,0).
… O PMI de serviços caiu de 50,2 em maio para 50,1 em junho, em linha com a previsão dos analistas.
… No final da noite (22h45), o consenso para o PMI industrial Caixin é de leve melhora, para 49, da retração de 48,3 em maio.
ARMANDO O RINGUE – Preocupa o mercado que Lula esteja fazendo cálculos políticos e tenha ventilado a chance de judicializar a derrubada do IOF, mesmo sob risco de acentuar a guerra aberta entre o Congresso e governo.
… Está agora tudo nas mãos da AGU, que, se considerar que o decreto aprovado pelos parlamentares usurpou a prerrogativa, colocará o presidente em córner, na posição em que não poderá abrir mão de recorrer.
… Na 6ªF, simultaneamente à entrevista do ministro da Fazenda e ao comentário de Trump sobre rompimento da negociação sobre tarifas com o Canadá, os mercados domésticos assumiram posições mais defensivas à tarde.
… O Ibovespa anulou a leve alta da manhã, a curva do DI começou a zerar as quedas e se aproximar da estabilidade, enquanto o dólar se afastou da mínima de R$ 5,4600 mais cedo e desacelerou a queda de 0,70% para 0,29%.
… Fechou cotado a R$ 5,4829, de olho no clima em Brasília e no jogo duro do protecionismo americano.
… O fato de a moeda americana ainda ter resistido em leve queda aqui, contrariando a alta lá fora, foi atribuído ao diferencial de juro (carry trade), com dois cortes à vista pelo Fed e o Copom que defende os 15% por muito tempo.
… O BC de Galípolo não quer nem ouvir falar de uma flexibilização da Selic. Durante o Barclays Day, na 6ªF, Guillen afirmou que um debate sobre corte da taxa básica de juro ainda está muito distante e não faz parte hoje do Copom.
… Na tentativa de afastar qualquer esperança de um desaperto monetário prematuro, ele reiterou o desconforto do BC com as expectativas de inflação desancoradas e reforçou postura contracionista por tempo prolongado.
… Guillen manteve o discurso conservador, apesar de o IGP-M ter aprofundado a deflação para 1,67% em junho, de 0,49% em maio, um dia depois de o IPCA-15 de junho (+0,26%) ter vindo menor que a mediana das apostas (+0,30%).
… Ouvidos pelo Broadcast, José Faria Júnior (da Wagner Investimentos) disse que, dificilmente, o Copom mexerá no juro antes de seis meses, e Luciano Rostagno calculou que a curva do DI exibe chance de corte de janeiro em diante.
… “O DI para Janeiro de 2026 vai ficar parado, porque não tem nada de alta e nem de corte de juros para este ano mais. O Janeiro 2027 é o que vai indicar a visão do mercado para ciclo de cortes de juros no ano que vem”, resumiu.
… No último pregão, o contrato para Janeiro de 2026 marcou 14,935% (de 14,933% no ajuste anterior); Jan/27, 14,165% (de 14,179%); Jan/29, 13,295% (de 13,318%); Jan/31, 13,440% (de 13,496%); e Jan/33, 13,550% (13,624%).
… Durante a reunião de economistas com diretores do BC, na 6ªF, o risco fiscal e o comportamento do crédito dominaram as atenções, apurou o Broadcast. Analistas relataram receio de populismo econômico-eleitoral.
… A expansão do crédito foi citada como um fator que pode diminuir a potência da transmissão da política monetária. Alguns participantes também advertiram para o perigo de que o governo revise a meta fiscal de 2026.
SÓ LOVE – É curioso que o investidor estrangeiro continue apostando alto na B3, ignorando todos os ruídos fiscais domésticos, que vêm crescendo, e também a perspectiva de que a Selic vai continuar bem alta por bastante tempo.
… A melhor explicação para o interesse do k externo na bolsa brasileira é o Fed. Powell resiste às pressões de corte antecipado do juro, mas a verdade é que já está com a bala na agulha para aliviar a política monetária em setembro.
… Reportagem do Broadcast indica que, até a última 4ªF, o fluxo estrangeiro à B3 no acumulado do ano somava R$ 25,2 bilhões. É o saldo mais positivo para o período em três anos (em 2022, houve ingresso de R$ 70,5 bilhões).
… O apetite gringo pela bolsa doméstica mantém no radar o sonho de que o Ibovespa possa revisitar recordes históricos (perto dos 140 mil), respaldado pelo fluxo. Na última 6ªF, porém, foi dia de alguma cautela nos negócios.
… A chance de o governo judicializar a derrubada do IOF pelo Congresso e o risco no radar de uma eventual revisão da meta fiscal para 2026, caso a elevação do imposto não seja retomada, desencorajou o investidor a assumir risco.
… O Ibov caiu de leve (-0,18%), a 136.865,79 pontos, com giro fraco de R$ 16,5 bi. Teria caído mais, não fosse a Vale ter atuado de estrela do dia (+1,92%; R$ 53,00), impulsionada pelo otimismo do acordo comercial entre EUA/China.
… Nos últimos dois pregões, as ações da mineradora acumulam um rali de 5%.
… De seu lado, Petrobras vem sentindo o tombo de mais de 11% do petróleo desde que Trump anunciou o (frágil) cessar-fogo entre Israel e o Irã. Os papéis da estatal recuaram 5% no acumulado da semana passada.
… Na 6ªF, Petrobras ON perdeu 1,23%, a R$ 33,80, e PN recuou 0,79%, para R$ 31,21, apesar de o barril do tipo Brent para setembro ter feito uma pausa nas quedas e testado leve recuperação de 0,16%, negociado a US$ 66,80.
… A novidade do dia foi a Opep+ ter informado que poderá fazer um outro aumento de produção de petróleo na reunião do próximo domingo. O mercado cogita que seja repetida a dose de 411 mil bpd na alta da oferta.
… Entre as blue chips do setor financeiro, os sinais foram mistos no último pregão: Itaú, -0,11%, a R$ 36,27; Bradesco PN, +0,12%, a R$ 16,57; Bradesco ON, -0,20%, a R$ 14,28, BB, +0,60%, a R$ 21,73; e Santander, -0,51%, a R$ 29,15.
NO SEU TEMPO – O mantra de Powell, de que é cedo para cortar o juro em julho, ganhou respaldo do PCE na 6ªF.
… O núcleo do índice subiu 0,2% em maio contra abril, acima da aposta de 0,1% e, na comparação anual, avançou 2,7%, também superando a projeção de 2,6%. No CME, a chance de o Fed agir na próxima reunião é de só 18%.
… Setembro continua como probabilidade majoritária e ampla (92,4%) para o início do ciclo de alívio monetário, elevando a cólera de Trump contra Powell. “Gostaria que renunciasse, porque não há qualquer inflação”, disse.
… “Vou nomear alguém que queira cortar [os juros]”, enfatizou, defendendo que os EUA adotem uma taxa de juros entre 1% e 2%, contra os 4,25% a 4,50% atuais. Trump afirmou já ter em mente nomes para substituir Powell.
… Mas, durante coletiva de imprensa na Casa Branca, evitou responder diretamente à pergunta sobre relatos de um possível anúncio antecipado do próximo presidente do Fed. Também Scott Bessent (Tesouro) desconversou.
… “Não acho que alguém esteja necessariamente falando sobre isso”, disse. Ao ser questionado na CNBC sobre o rumor de que ele próprio poderia ser indicado sucessor de Powell, Bessent respondeu que fará o que Trump quiser.
… O tarifaço continua impondo resistência para o juro do Fed cair antes do 3Tri. Depois de anunciar o encerramento imediato das conversas com o Canadá na 6ªF, Trump ameaçou com o anúncio de tarifas nos próximos sete dias.
… O rompimento das negociações com o governo canadense pressionou o dólar e os juros dos Treasuries. Momentaneamente, as bolsas em NY perderam fôlego, mas deram a volta por cima e renovaram recordes.
… O acordo firmado entre os EUA e China na questão das terras raras embalou os picos históricos do S&P 500 (+0,52%; 6.173,07 pontos) e do Nasdaq (+0,52%; 20.273,46 pontos). O Dow Jones subiu 1,00% (43.819,27 pontos).
… No câmbio, o índice DXY fechou em alta de 0,26%, a 97,401 pontos. O euro caiu 0,15%, a US$ 1,1708, a libra esterlina recuou 0,10%, a US$ 1,3714, e o iene registrou desvalorização para 144,75/US$.
… O juro da Note de 2 anos subiu a 3,737%, contra 3,711% na véspera, e o de 10 anos foi a 4,273%, de 4,240%.
EM TEMPO… A planta da JBS S.A. de Mozarlândia (Goiás), unidade da Friboi, foi o primeiro frigorífico brasileiro habilitado pelo Vietnã para a exportação de carne bovina resfriada e congelada ao país.
JBS USA concluiu a recompra de US$ 894 milhões, em dinheiro, de todas as suas Notas Sêniores 2,500%, com vencimento em 2027. O lance total estava limitado a US$ 1 bilhão, sem incluir juros acumulados e não pagos.
MARFRIG inaugurou a ampliação de seu parque industrial de Promissão (SP), após investimento de R$ 500 milhões na unidade.
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