Pular para o conteúdo principal

Nubank apagando incêndio

 *PSC - Valor Econômico*


*Nubank enfrenta revolta e demite 12 após discussão no Zoom sobre redução de trabalho remoto*


_Banco fez uma reunião presencial e via Zoom, onde estavam mais de 7 mil do total de 9,5 mil funcionários_


Por Álvaro Campos e Lais Godinho, Valor — São Paulo

07/11/2025 | 17h36  


O anúncio ontem do Nubank de que vai encerrar o modelo de trabalho 100% remoto gerou revolta em uma parcela dos funcionários. Segundo o Valor apurou, o banco fez uma reunião presencial e via Zoom, onde estavam mais de 7 mil do total de 9,5 mil funcionários. Foi no chat do Zoom que alguns empregados se exaltaram, com linguajar agressivo e desrespeitoso, em alguns casos até com palavras de baixo calão.


Após as conversas nesse chat terem sido avaliadas pelo comitê de conduta do banco, 12 funcionários foram demitidos. Em um comunicado distribuído hoje aos funcionários, via Slack, ao qual o Valor teve acesso, o fundador e CEO global do Nubank, David Vélez, diz que os comentários no chat do Zoom foram foram inaceitáveis e que esse é um canal corporativo que demanda comportamento profissional.


“Essas ações prejudicam nosso ambiente e afetam todos os funcionários que estão tentando se envolver de forma respeitosa. Muitos funcionários expressaram frustração, vergonha e decepção com seus colegas [que fizeram os comentários desrespeitosos]. Após uma análise cuidadosa por parte do nosso Comitê de Conduta, decidimos demitir 12 funcionários por suas ações graves. Muitos outros receberão advertências por escrito”, diz Vélez.


O CEO afirma que, apesar das incertezas e ansiedade com a mudança do modelo de trabalho, a maioria dos funcionários demonstrou uma verdadeira “mentalidade de dono”. “Acolhemos a discordância. Prosperamos com desafios. Estamos prontos para receber feedback e críticas. Esta é uma decisão difícil. Mas traçamos uma linha divisória quando se trata de desrespeito e agressão.” Sobre os comentários negativos, ele afirmou se tratar de uma “minoria barulhenta” que não reflete o que o Nubank é e o que está construindo para o futuro.


Segundo o Valor apurou, os funcionários receberam as informações sobre a mudança no modelo de trabalho um hora antes da reunião no Zoom. Na conferência, os administradores falaram por cerca de 45 minutos e depois houve mais 45 minutos de perguntas e respostas.


Vélez, que mora no Uruguai, disse na reunião que vai mudar com a esposa, cinco filhos e o cachorro para uma cidade onde o Nubank tenha escritórios. A decisão está sendo tomada junto com o conselho de administração. Outra fundadora do banco, Cristina Junqueira, mudou recentemente para Miami - onde será criado um escritório.


O Nubank, que tinha um dos modelos de trabalho mais flexíveis do setor financeiro, com apenas uma semana presencial exigida por trimestre, resolveu mudar as regras. A partir de julho de 2026, o banco vai exigir que quase 70% dos colaboradores estejam dois dias presenciais por semana, subindo para três dias em 2027.


Procurado sobre as demissões após a confusão no Zoom, o Nubank disse que trabalha para preservar canais e rituais abertos para o livre debate entre seus funcionários, mas não tolera desrespeito e violações de conduta. “O Nubank não comenta casos individuais de desligamento.”


Fonte: https://valor.globo.com/financas/noticia/2025/11/07/fim-do-trabalho-remoto-no-nubank-gera-revolta-e-aps-discusso-no-zoom-12-so-demitidos.ghtml?utm_source=aplicativoValor&utm_medium=aplicativo&utm_campaign=compartilhar

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Guerra comercial pesada

 

Livros

  " O livro de Marshall B. Reinsdorf e Louise Sheiner oferecem, em The Measure of Economies: Measuring Productivity in an Age of Technological Change, uma análise pertinente e necessária ao panorama económico contemporâneo. Este trabalho, publicado em 2024, desafia os métodos tradicionais de medição do PIB, argumentando que as práticas do século XX são inadequadas para avaliar a produtividade no contexto do século XXI, marcado pela transformação tecnológica. Com capítulos assinados por peritos em economia, a obra não se limita a apresentar os problemas inerentes às práticas actuais, mas propõe alternativas inovadoras que abrangem áreas como a economia digital, os cuidados de saúde e o ambiente. A estrutura é equilibrada, alternando entre a crítica aos métodos estabelecidos e as propostas de solução, o que proporciona uma leitura informativa e dinâmica. Um dos pontos fortes deste livro é a sua capacidade de abordar questões complexas de forma acessível, sem sacrificar a profundidad...

Já deu...

  Fernando Haddad, mais um poste criado pelo Deus Lula, disse que o cidadão é o "maestro da Orquestra". Estamos fufu. Lula não tem mais a mínima condição de ser maestro de nada, nem da sua casa, em quem manda é a Janja. É o ocaso de um projeto de poder, do lulo-petismo, que foi se transformando num culto fajuto à personalidade, nas piores personificações das ditaduras corruptas de esquerda. Lula já não consegue concatenar ideias, está cansado e sim, mto velho. Já deu.