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Paulo Roberto de Almeida

 RESUMO DA ENTREVISTA 

Por Paulo Lyra (via Paulo Roberto de Almeida) : 


Antes de Trump: 


• EUA tinham um sistema bipartidário sólido (Democratas e Republicanos), que oferecia estabilidade mas poucas alternativas ao eleitor descontente.

• O país nunca havia perdido sua democracia nem experimentado regimes autoritários, o que gerou excesso de confiança nas instituições.

• Elites políticas, mídia e sociedade civil não estavam treinadas para resistir a autoritarismo.

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Durante o governo Trump (2016–2020): 


• Surgiu um governo personalista, comandado por um presidente que não respeita normas democráticas, sem visão de longo prazo e com práticas de bullying político.

• Trump prometeu abertamente usar o Estado contra adversários (investigar rivais, perseguir mídia, deportações em massa, repressão a protestos).

• Sociedade civil (universidades, empresas, imprensa) reagiu de forma fragmentada e individual, sem coordenação, tornando-se vulnerável.

• Suprema Corte (de maioria conservadora) fortaleceu o Executivo, subestimando a ameaça de Trump.

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Golpe de 2020 e depois: 


• Trump tentou reverter o resultado eleitoral — uma violação da regra fundamental da democracia: aceitar a derrota.

• As instituições falharam:

. Senado não o condenou no impeachment.

. Justiça foi lenta e depois limitada pela decisão da Suprema Corte de ampliar imunidade presidencial.

. Partido Republicano o renomeou como candidato mesmo após a tentativa de golpe.

• Levitsky avalia que, a partir daí, os EUA entraram em um regime de autoritarismo competitivo: ainda há eleições, mas com uso do Estado para desequilibrar o jogo.

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Situação atual: 


• Levitsky considera que os EUA já perderam a democracia — o sistema está deteriorado.

• Polarização extrema bloqueia reformas (ex.: fim do Colégio Eleitoral, limitar gerrymandering).

• Base eleitoral de Trump é fiel (30–35%), o que torna improvável sua derrota definitiva apenas por má gestão ou crise econômica.

• A sociedade civil e o Partido Democrata não estão liderando a resistência; atuam de modo hesitante, enquanto o trumpismo avança.

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