Diario de um economista de mercado 2
Falemos da minha experiência em Portugal. Teve prós e contras, como tudo na vida.
Cheguei à Évora num dia ameno de outubro, e o primeiro local que me aloquei foi num monastério da Igreja Católica, ao lado da Universidade de Évora, num quartinho minúsculo, mas dentro das minhas posses. Lá fiquei uns 40 dias me acostumando com a cidadela.
Évora está localizada no centro do Alentejo, meio caminho para Lisboa, a 129 km de distância e da fronteira com a Espanha, em Badajóz. Fica próximo também de Monsaráz, outra fortificação muito interessante. Aliás, a maioria das pequenas cidades naquela região, distritos, possuem um castelo num pequeno monte que seja.
Talvez Évora seja a cidadela mais interessante, cercada por muralhas, com uma das universidades mais antigas da Europa. Lá vivi uma boa temporada, alocado na Universidade de Évora, depois, indo para Lisboa, onde meu filho iria cursar a "poli" de lá, no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, no curso mais concorrido, Engenharia Aeroespacial. Para ingressar neste curso, voce precisa de 19,3 pontos, de 20. E não é que o gajo conseguiu?
Interessante o sistema de ensino na terrinha. Por lá, existe o Exame Nacional, e vce ingressa num "ranqueamento". As escolas, públicas e privadas, concorrem entre si. Importante que se diga que o Bruninho ingressou numa escola pública, o Centro Educativo Gabriel Pereira (foto ao fim). Chegaram, o Bruno e a Lu, no dia 10 de dezembro, 40 dias depois da minha chegada. Bruno já havia perdido 3 meses e meio de aula (sistema de ensino por lá é de setembro a julho do ano seguinte, entre férias de verão, em julho a agosto. Meu filho chegou lá, os diretores da escola, como sempre, se mostraram céticos. Quando viram as notas do menino no Brasil, se engalfinharam pelo aluno. Na verdade, ele havia mandado as aplicações para duas escolas, a Gabriel Pereira e a Severim de Farias. A primeira é considerada padrão em Évora, um modelo, mas a segunda, forte em exatas.
Vejam as estruturas, a Gabriel Pereira, mais moderna, a Severim de Faria, mais antiga e tradicional (abaixo).
Bruninho ingressou no segundo ano do ensino médio (secundário), meio pela metade, e teve que correr atrás, para recuperar as notas. Chegou ao terceiro, em turma especial, já se preparando para o exame nacional.
Ao fim, acabou aprovado com 19,15 para engenharia mecânica, em seguida, obtendo vaga para Aeroespacial.
Interessante. Por este desempenho, a escola Gabriel Pereira elevou seu ranking. Por lá, quanto melhor ranqueada é a escola, mais eles recebem recursos do DGE (Departamento Geral de Educação). Tudo pelo mérito. Quanto melhor a escola, mais ela sobe no ranking, melhor é a sua estrutura. Isso explica o q é a Gabriel Pereira. ☺️
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