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Diario de um economista de mercado 3

Observando a minha decisão de passar uns anos em Portugal, vi que eu não decidi sozinho. Vários amigos tomaram a mesma decisão. Uma pesquisa na Internet me mostrou o Brasil entre os que "expulsaram" seus cidadãos, por políticas teimosamente erradas.

Nesta pesquisa, indagou-se, "por que será que os ricos estão deixando o Brasil — e tantos outros países?

Porque cansaram de financiar o populismo disfarçado de justiça social.

O novo “mapa da fuga” mostra algo inquietante: tanto países emergentes como o Brasil quanto potências como França, Alemanha e até mesmo o Reino Unido figuram entre os campeões na perda de milionários. Isso não é coincidência — é consequência.

Quando governos abandonam a responsabilidade fiscal e abraçam a demagogia, a equação se torna insustentável: gastar cada vez mais, arrecadar cada vez menos, e compensar isso punindo justamente quem mais investe, mais emprega e mais paga impostos.

Sem ricos, não há país.

É o capital dos empreendedores, dos inovadores e dos investidores que financia a criação de empregos, que viabiliza o surgimento de novas tecnologias, e que sustenta, com seus impostos, os programas sociais. A verdade incômoda é que os ricos não são o problema — são parte essencial da solução.

Mas em vez de promover eficiência e meritocracia, muitos governos preferem o caminho fácil: culpar os ricos, aumentar impostos, e distribuir benesses para manter votos. Isso não é justiça social. É chantagem institucional.

O resultado?

Os ricos votam com os pés. E levam consigo empregos, inovação, capital e futuro.

Essa fuga deveria servir de alerta: quem tributa a criação de riqueza para sustentar o desperdício estatal cava a própria estagnação. A verdadeira justiça social só é possível com eficiência econômica — e essa exige liberdade, segurança jurídica e respeito a quem investe.

O Brasil está diante de uma escolha histórica: continuar criminalizando o sucesso ou entender que não se combate a pobreza atacando a riqueza, mas sim criando mais oportunidades para todos prosperarem."

Eu, Julio, fui um que "piquei a mula" para educar o meu filho. 

Fui economista-chefe a minha vida toda. Primeiro na Lopes Filho, depois em duas "corretoras" (não gostei do q vi nestes ambientes).

Nestas experiências fui gerando "massa crítica" suficiente para perceber o que deve ser feito, ou não, numa governança de democracia em Economia de mercado. 

Depois de anos me cansei.

Somos condenados a viver nestes desgovernos e, embora, tendo um mercado financeiro moderno não há dúvida q presos ao samba de uma nota só. Somos o país da renda fixa. Assim é, assim será por mais uma geração. 

Para mim, este País se tornou frustrante, porque nós, como nação, temos todos os recursos, os potenciais, os chamados fatores de produção, para nos tornarmos uma grande nação. Somos ricos em recursos, em biomassa, em energia, limpa inclusive, terras aráveis, etc.

Mas uma governança ordinária e vagabunda há 25 anos...em breve interregno no Temer, o resto...

Vivi em Portugal e visto de fora, era um espanto para mim ver um país tão rico, nesta situação...

Portugal importa quase tudo, e vende cortiça, vinho, azeite e uns poucos produtos com valor agregado. A diferença é o q eu chamo de marco civilizatório. Instituições preservadas e respeitadas.

Portanto. Somos uma peça de ficção. 

Um país cercado de esquemas variados, tráfico de influência, amigos dos amigos, sem a mínima chance de dar certo.

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