Pular para o conteúdo principal

Bankinter Portugal Matinal 2101

 Análise Bankinter Portugal


SESSÃO: O mercado arrefeceu substancialmente após esse efeito ilusório em alta posterior à reunião da Fed e intervenção de Powell, na quarta-feira à noite. A Fed reviu em baixa as suas estimativas de PIB e em alta as de inflação, mas Powell afirmou que não há que se preocupar com o ciclo, porque não está em risco. Fracos dados objetivos face a um otimismo tranquilizador objetivo. Entende-se que é regular. E o BCE quantifica o impacto dos impostos alfandegários americanos em +0,5% inflação e -0,5% PIB, a olho nu, presume-se. Qualquer estimativa quantificada é sempre melhor do que nenhuma estimativa. Insistimos que todas as partes perdem numa guerra alfandegária; em que a ideia de que uma guerra comercial é de soma zero está errada.


HOJE o mercado continuará frio. Temos Freaky Friday (concentração de atividade a partir das 11/12 h, Fedex transmite guias fracas (-6% aftermarket), Nike margens questionáveis (-5% aftermarket), embora Micron bem (+1% aftermarket), inflação japonesa superior ao esperado (+3,7% vs. +3,5% esperado vs. +4% anterior), a previsível aprovação no Bundesrat dos 500.000M€ em infraestruturas e flexibilização do “limite de dívida” (já aprovado no Bundestag) e a Confiança do Consumidor UE (15h), que se espera -13,0 (é um índice e não uma taxa de variação) vs. -13,6, o que parece demasiado bom com a deterioração dos indicadores de sentimento que já acontece. São muitas referências pequenas e nenhuma potente, portanto o mercado deixar-se-á levar pela inércia em baixas das últimas horas.


A atenção estará em 3 referências importantes da próxima semana: na segunda-feira, PMIs em todo o mundo (que deverão começar a debilitar-se porque são de março); na terça-feira, Confiança do Consumidor americano (também deverá debilitar-se porque é de março: 94,0 esperado vs. 98,3); na sexta-feira, Deflator do Consumo PCE americano (que é de fevereiro e espera-se que repita em +2,5%, MAS a Subjacente a aumentar 1 décima até +2,7%). Portanto, teremos referências fracas sobre confiança/sentimento/ciclo e um indicador americano tendencial de preços a aumentar um pouco. Isso não agradará.


CONCLUSÃO TELEGRÁFICA: Sessão fraca com volume concentrado a partir das 11/12 h, provavelmente com bolsas a retrocederem um pouco (-0,2%?), mas deixando a sensação de arrefecimento. Talvez a yield das obrigações europeias a reduzirem-se um pouco, mas muito pouco, como efeito contrário inercial. Sem vontade, nem direção realmente definida, embora mais provavelmente em baixa.


S&P500 -0,2% Nq-100 -0,3% SOX -0,7% ES-50 -1% IBEX -0,8% VIX 19,8 Bund 2,78% T-Note 4,25% Spread 2A-10A USA=+28pb B10A: ESP 3,42% PT 3,30% FRA 3,49% ITA 3,85% Euribor 12m 2,348% (fut.2,379%) USD 1,083 JPY 162,0 Ouro 3.030$ Brent 72,1$ WTI 68,2$ Bitcoin -1,9% (84.208$) Ether -1,8% (1.973$).


FIM

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

BDM 181024

 China e Netflix contratam otimismo Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato* [18/10/24] … Após a frustração com os estímulos chineses para o setor imobiliário, Pequim anunciou hoje uma expansão de 4,6% do PIB/3Tri, abaixo do trimestre anterior (4,7%), mas acima da estimativa de 4,5%. Vendas no varejo e produção industrial, divulgados também nesta 6ªF, bombaram, sinalizando para uma melhora do humor. Já nos EUA, os dados confirmam o soft landing, ampliando as incertezas sobre os juros, em meio à eleição presidencial indefinida. Na temporada de balanços, Netflix brilhou no after hours, enquanto a ação de Western Alliance levou um tombo. Antes da abertura, saem Amex e Procter & Gamble. Aqui, o cenário externo mais adverso influencia os ativos domésticos, tendo como pano de fundo os riscos fiscais que não saem do radar. … “O fiscal continua sentado no banco do motorista”, ilustrou o economista-chefe da Porto Asset, Felipe Sichel, à jornalista Denise Abarca (Broadcast) para explicar o pa...

NEWS 0201

 NEWS - 02.01 Agora é com ele: Galípolo assume o BC com desafios amplificados / Novo presidente do Banco Central (BC) agrada em ‘test drive’, mas terá que lidar com orçamento apertado e avanço da agenda de inovação financeira, em meio a disparada no câmbio e questionamentos sobre independência do governo- O Globo 2/1 Thaís Barcellos Ajudar a reverter o pessimismo com a economia, administrar a política de juros, domar o dólar e a inflação — que segundo as estimativas atuais do mercado deverá estourar a meta também este ano —, além de se provar independente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, são os maiores desafios de Gabriel Galípolo à frente do Banco Central (BC). Mas não são os únicos. Com o orçamento do BC cada vez mais apertado, o novo presidente do órgão tem a missão de dar continuidade à grande marca de seu antecessor, Roberto Campos Neto: a agenda de inovação financeira. Também estão pendentes o regramento para as criptomoedas e um aperto na fiscalização de instituições...

Várias contribuições