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Diário de um economista (5)

O projeto de ir para Portugal já estava em amadurecimento.

Sempre gostei de viajar, ter outras experiências por este mundão. Creio que vc conhecer outros países, outras culturas, formas de comportamento, desenhos institucionais e de sociedade, te permite um "olhar além", não limitado ao "pobre provincianismo local" (se é que me entendem).

Acho que ampliar seus horizontes é essencial para o seu crescimento pessoal. Não existem sociedades perfeitas, mas aquelas que são mais organizadas do que outras. Chamo isso de "marco civilizatório".

Em 2017, peguei a família e fui dar um pulo em Portugal. Conhecer de "cabo à rabo". Minha família sempre foi "viajante". Tive a quem puxar. Meu velho, querido e saudoso pai, viveu no Peru como diretor regional da ICAO ONU por 13 anos. Isso me deu algum dimensionamento do que é viver no exterior. 

Só observando que nos países andinos esta cultura migratória é uma constatação. 

Conheci jovens em Lima, linda capital do Peru, em que o objetivo era fazer este processo indo estudar nos EUA, na Flórida. No Brasil, este fenômeno não era tão presente. Se tornou depois dos populistas ciclos de poder, que passamos a viver no pós FHC.

Bem, retornando, fiz uma bela viagem por Portugal e lá estabeleci contatos em Porto, com a FEP, Faculdade de Economia do Porto. Como parti desta linda cidade, à beira do Douro, para viajar pela terrinha, foi esta a primeira universidade "namorada" para fazer um doutorado.

De lá, fui mais ao Norte, para Guimarães e Braga, ao centro, em Coimbra, Aveiro, e ao sul, em Lisboa. Passei em Nazareth. Me apaixonei pela terrinha. 

Retornei ao Brasil, com esta ideia na cabeça, emigrar por uns tempos. A vida é um sopro. Ná porque despediçarmos oportunidades.

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