E AGORA ?

Fim de papo. Definidas as eleições no Congresso, muitos acham que agora começa de fato o governo de Jair Messias Bolsonaro. A pauta de prioridades, a serem votadas nos parece bem extensa (ver ao fim), mas muitos consideram pendências, pois este governo teve dois anos para fazer passar estas decisões e não passou. Muitos vão argumentar que foi o Congresso de Rodrigo Maia a engavetar muitas destas medidas. Será mesmo? Claro que havia uma "guerra suja" no Congresso pela aprovação de muitas das medidas a serem discutidas e aprovadas, mas observando a agenda pesada no Congresso, tanto na Câmara como no Senado, não dá para achar que apenas um personagem foi responsável pelo atraso ou não avanço destas medidas. Mais parece que o governo não construiu uma articulação responsável e competente para fazer com que estas medidas avançassem no legislativo. Surge então a proposição de que muitas destas ficaram pelo caminho, pelo pouco empenho do presidente em fazê-las avançar. As reformas tributária e administrativa não saíram do lugar, o mesmo acontecendo com a decisão por tornar o banco central independente, o marco do gás, da cabotagem, as privatizações, etc, etc. É opinião crescente etnre os formadores de que a renovação das mesas diretoras no Congresso não foi um passo no sentido de avançar na pauta de reformas. Tratou-se, na verdade. de um movimento defensivo para se evitar o risco do "impeachment". Ou seja, a maior dificuldade na aprovação das reformas se encontra no Executivo. Nestas eleições do Congresso, Arthur Lira, do PP, foi eleito para a Câmara, com 302 votos, contra 149 de Baleia Rossi do MDB; no Senado, Rodrigo Pacheco, do DEM, conseguiu fácil a vitória, com 57, de 78, votos, contra 21 de Simone Tebet, do MDB, candidata que mais fez frente. E agora? Como configura o cenário de governabilidade do presidente Bolsonaro. Quais blocos ele deve colocar na rua? Esta é a pergunta que todos se fazem, mas toda cautela é pouca.

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