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Coluna do Estadão

 *COLUNA DO ESTADÃO: CRIME ORGANIZADO TROCOU USO DE DOLEIROS POR FINTECHS, DIZ AUDITOR DA RECEITA*


Por Roseann Kennedy, com Eduardo Barretto e Iander Porcella


 O presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), Dão Real, afirmou que o crime organizado mudou a estratégia para lavar dinheiro e ocultar crimes: trocou doleiros por fintechs. Diante da constatação, confirmada na Operação Carbono Oculto, ele comemorou a publicação da nova instrução normativa da Receita, que iguala o tratamento das startups de serviços financeiros ao dos bancos. A medida foi formalizada ontem, um dia após a investigação mostrar que fintechs lavaram bilhões de reais para o PCC. “Com a nova regra, será mais fácil para o Estado controlar as operações, não só do crime organizado tradicional, mas também das bets”, afirmou o auditor fiscal à Coluna.


*AVENIDA*. As fintechs se beneficiavam de um modelo que permitia uma “total ocultação dos beneficiários” nas contas-bolsão. A flexibilidade abria margem para o cometimento de diversos crimes, inclusive sonegação fiscal, com mais um impacto direto para os cofres públicos.


*SEM BASE*. “A regra anterior contrariava todas as lógicas de acordos internacionais. Gerava também uma perda de arrecadação para o governo, uma vez que parte do lucro das empresas é identificada a partir do monitoramento”, disse Dão Real.


*EMBASAMENTO*. A deputada Julia Zanatta (PL-SC) pediu explicação sobre a recusa do governo à indicação do diplomata Gali Dagan para embaixador de Israel no Brasil. Em ofício ao Itamaraty, a parlamentar questiona quais os fundamentos diplomáticos que justificaram a decisão e solicita cópia do comunicado oficial enviado ao governo israelense.


*CRÍTICA*. A ONG StandWithUs Brasil, por sua vez, afirmou que ofensas do presidente Lula a Israel levaram o governo brasileiro a ter o maior “desprezo” por aquele país em mais de 70 anos. A instituição educacional sem fins lucrativos apontou “hostilidade intencional” do petista.


*SILÊNCIO*. O governo do Maranhão ignorou um pedido do TCU para apresentar documentos sobre duas licitações suspeitas de favorecer a construtora Vigas, ligada à família do governador Carlos Brandão (PSB), e que turbinou contratos na atual gestão. Em uma seleção, só a empresa concorreu. Na outra, 9 concorrentes foram eliminadas. A investigação abrange 2022 e 2023.


*OUTRO LADO*. Procurado, o governo maranhense disse que enviou documentos referentes a “tudo que foi requisitado” pela Corte de Contas. Acrescentou ainda que a Vigas não pertence ao governador ou a sua família.


*BRUTAL*. Cerca de 95% das intimidações virtuais contra mulheres negras na política envolvem “ameaça de morte e de estupro”. Nesse grupo, 64% dos ataques são ameaça de morte, 31%, de estupro, 4%, de agressão física, e 2%, de exposição de informações sensíveis. Os dados são de estudo do Instituto Marielle Franco.


*MONITOR*. Nos últimos 4 anos, a entidade acompanhou 77 casos de violência política na internet com risco às vítimas. Desses, 30 foram monitorados pelo Instituto Marielle e 47 foram analisados pelas organizações Justiça Global e Terra de Direitos.

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