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Lula e os banqueiros

 O clima de Lula com banqueiros


Em reunião com trocas de gentilezas, pontos principais de incômodo do setor financeiro foram abordados evitando tom de acusação ou desconfiança


O presidente Lula se reuniu hoje com os chefões dos maiores bancos privados do país, Itaú, Bradesco, Santander, Safra e BTG Pactual - um encontro que foi solicitado pelos banqueiros há mais de dois meses. O tom foi sereno, com trocas de gentilezas e de recados sutis, mas 'sem excesso de bom humor', definiu uma fonte. Não é que o grupo tenha saído da reunião vendo um Brasil cor-de-rosa, mas reforçar ao presidente a relevância de dissipar ruídos, depois de ele mesmo se antecipar sobre o compromisso com equilíbrio fiscal, deu um soprinho de confiança.


"Haddad está muito próximo do setor financeiro e reforçando seu compromisso fiscal, mas tem hora que é necessário ouvir da boca do chefe", resumiu um dos participantes do encontro ao Pipeline. Ninguém levantou a bola da conta parafiscal, por exemplo, que tem sido tema econômico dominante. "Não era o caso, ninguém foi apontar o dedo, mas construir pontes", disse a fonte.


Como depois lembrou Isaac Sidney, presidente da Febraban, que também estava na reunião, com os presidentes dos bancos públicos Lula tem canal direto - o que explica a ausência de Caixa e BB. Mas o presidente andava mais distante dos privados (com exceção do BTG, cujo controlador foi recebido ao menos duas vezes nos últimos meses em reuniões individuais no Planalto).


Se o presidente acenou ao fiscal, os banqueiros abordaram a pedra no sapato do presidente, os juros altos, com um compromisso de uma frente no Conselhão para debater o tema. Os banqueiros também falaram sobre a expansão das bets e a preocupação com o endividamento das famílias.



https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/lula-e-os-banqueiros.ghtml

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