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PARA QUE LADO VAI O DEBATE?

Parece que vivemos tempos da marmota, lembrando um filme em que o personagem acordava todos os dias e sempre era a mesma cena, mesma situação. Não dava para perceber mudanças na rotina deste personagem, sempre preso a um dia específico. Parece que vivemos isso no Brasil, nestes últimos anos e até décadas. Não saímos do lugar. Dá então para tirar algumas conclusões ou deduzir algo deste ambiente que vivemos. Vamos a elas.

1) Populismo. Temos a leitura de que os governos, nestes últimos 20 anos, sempre se apegaram à soluções fáceis, pouco desgastantes, fugindo sempre dos confrontos, dos embates no Congresso, de medidas impopulares. Foram sim, governos populistas, que pouco avançaram nas agendas essenciais de reformas. Não podemos escorregar pela retória de que tudo de ruim ocorrido foi causado por choques externos, "crises importadas", etc. Não dá!

Quem acompanhou de perto nas "rotinas" destes governos, se mantendo sempre atualizado, numa leitura bem mais clara da realidade, vai perceber que o governos do ciclo petista, Lula e Dilma, estranhamente, não tinham um programa consistente de governo.
Na verdade, o ESTADO pouco entrega o que promete. Temos sim um Estado que muito recolhe e pouco entregou em termos de serviços públicos de qualidade. Estudos recentes da FGV, e outros, publicados, confirmam isso. Um estudo recente indica que o Brasil é o sétimo q mais gasta em número de servidores, https://www.poder360.com.br/.../brasil-e-7o-pais-que.../.
Se isso não significa que precisamos de uma profunda Reforma do Estado. Segundo Marcos Lisboa, temos um Estado Social Democrata que pouco serve aos cidadãos. Um país com uma carga fiscal muito elevada, 36% a 40% do PIB, e retornos, serviços, de país africano, entre os mais miseráveis.
(2) Agenda necessária de reformas estruturais. É preciso uma readequação no papel do Estado Brasileiro. Não existe nada de neoliberal em querer reformar o Estado, tornar seus gastos mais eficientes. Devemos discutir como ajustar, organizar, corrigir o que está cronicamente errado há décadas.

Samuel Pessoa tem um diagnóstico bem preciso sobre isso, ao analisar em detalhes a Constituição Federal de 1988. Para ele, esta é a explicação para os nossos problemas recentes. Considerada por mtos um estorvo de encalhes e burocracias que mais dificultam do que azeitam a vida em sociedade, a CF necessita ser "simplificada" e redimensionada.
(3) Despesas com pessoal. Sobre os servidores públicos, um plano de carreira, uma rearrumação se faz urgente. Isso pouparia as carreiras de Estado, no quesito estabilidade, mas acharia por bem, uma profunda análise das várias carreiras em repartições existentes no País. Todos se acham injustiçados, todos acham q merecem seus benefícios, mas e o resto da sociedade?

O BRASIL se tornou um país totalmente disfuncional. Em PORTUGAL, por exemplo, na otimização de recursos escassos, um professor pode ganhar, em fim de carreira, no máximo, 3 mil euros, no Brasil, são notórios os casos de professores ganhando mais de 40 mil reais.

(4) Educação. Sobre as universidades, são notórios os orçamentos das públicas, quase 100% comprometidos em pessoal, quando sabemos faltarem recursos básicos para pesquisa, instalações físicas, equipamentos variados.

Caímos aqui no abismo dos professores, que se aposentam, mas continuam dando aula, acumulando vencimentos, dos que se aposentam com salário integral, Nas universidades temos servidores ativos e inativos em metade para cada.

Sendo assim, e sabendo que boa parte dos alunos das universidades são de classe média, por que não passar a cobrar taxas e mensalidades, simbólicas q sejam, de 100 a 150 reais, algo que no agregado, proporcionaria às universidades arcar com as despesas de custeio. A necessidade de se criar um mecanismo em que os pobres teriam bolsas de estudo, enquanto que os mais abastardos pagariam. Onde está o problema aqui?

Nossas universidades são totalmente disfuncionais.

Poderíamos reforçar um ranking, com o exame nacional definindo rankings para as escolas, publicas e privadas, com estas melhor ranqueadas, mas as públicas correndo atrás.

Os alunos melhor classificados elevam as notas das escolas de ensino médio que passam a ter aportes adicionais nas escolas.

É também uma questão de prioridades. Por que no interior do Ceará, em Sobral, as escolas estão entre as melhores do ranking nacional? É Nordeste, fora do eixo RJ-SP....e aí??

COMO EXPLICAR ISSO?

Apenas coloco uma cereja no bolo. É óbvio q o Brasil é um país desigual e fora do tempo e do espaço.

Os programas de transferência de renda não tiram a miséria do local, das regiões mais pobres, apenas amenizam o quadro.

Um ambiente de negócios mais "saudável", respeitando o excelente DOING BUSINESS, numa métrica rigorosa, sobre como desenvolver um país no seu ambiente de negócios, bem nos proporciona uma leitura sobre como estamos mal na fita. Por este relatório do BANCO MUNDIAL, https://portugues.doingbusiness.org/.../exploreeco.../brazil somos 124. Estamos bem, estamos mal?

Acho que estamos mto mal.

E sabes por qque a classe média está indo embora??
Por tudo isso reunido...

E para piorar, pela IMPUNIDADE. O MP de Curitiba, em task force, conseguiu decifrar o mairo esquema de corrupção da história moderna, uma corrupção enraizada, cheia de tentáculos....

Chega o STF e anula tudo.

Vces concordam com isso?

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