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Leitura de domingo

 *Leitura de Domingo: Setores ligados à economia doméstica têm bom desempenho, mas juro é alerta* Por Ana Paula Machado, Beth Moreira, Caroline Aragaki, Isabela Mendes e Mateus Fagundes São Paulo, 19/08/2025 - A temporada de balanços do segundo trimestre de 2025 teve como destaque positivo as empresas ligadas à economia doméstica e os bancos. Esses segmentos apresentaram crescimento expressivo nas receitas e boas margens, salvo algumas exceções pontuais - como o Banco do Brasil. No levantamento feito pela reportagem a partir do compilado do Prévias Broadcast, 60% das empresas apresentaram números em linha ou acima do esperado no segundo trimestre. O setor de varejo foi um dos destaques da temporada, na opinião do head de Equity Research para América Latina do Citi, André Mazini. O profissional ressalta que o segmento registrou alta de dois dígitos nas vendas no conceito mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês), impulsionado pelo clima mais frio. Nessa lista de companhias com as melho...

Paulo Baía

 A crosta sígnica da existência humana **       * Paulo Baía  “Compreender, interpretar é traduzir um pensamento em outro pensamento num movimento ininterrupto”, escreve Lucia Santaella, em um de seus trechos mais luminosos sobre a semiótica. E prossegue: “É porque o signo está numa relação a três termos que sua ação pode ser bilateral: de um lado representa o que está fora dele, seu objeto, e de outro lado, dirige-se para alguém em cuja mente se processará sua remessa para um outro signo ou pensamento onde seu sentido se traduz”. Santaella, nesse gesto de precisão conceitual e lirismo poético, revela o que somos: seres aprisionados e libertos por signos, criaturas que respiram significados, que só existem porque habitam símbolos que, ao mesmo tempo, nos aproximam e nos afastam do real. Essa formulação ecoa o núcleo da semiótica de Charles Sanders Peirce. O signo, em sua concepção, é triádico: há sempre um objeto, um signo e um interpretante. E não há fim no pro...

Amilton Aquino

 Hora de superar Lula e Bolsonaro: lições e desafios para 2027 O editorial do Estadão deste domingo, intitulado “Hora de acordar, Brasil”, faz coro a uma demanda cada vez mais urgente: precisamos nos livrar dos populismos que nos dividem. O problema é: como? A teoria dos jogos, infelizmente, nos diz que ainda teremos de conviver por um bom tempo com a odiosa polarização que nos impede de chegar a consensos mínimos sobre o que é melhor para o país. Ao que tudo indica, porém, o eleitor chegará à urna menos empolgado e mais desconfiado do que está por vir, temendo inclusive uma vitória de pirro. E sim, isso já representa um avanço — um primeiro passo rumo à contagem regressiva para a superação de Lula e Bolsonaro, cada dia mais envelhecidos e mais expostos diante das contradições que se acumulam. O certo mesmo é que 2027 será um ano difícil. A dívida pública, que em proporção ao PIB recuou de 88,6 % em 2020 para 76,1% % em 2022, voltou a se expandir rapidamente a partir da nova tempor...

Paulo Roberto de Almeida

 RESUMO DA ENTREVISTA  Por Paulo Lyra (via Paulo Roberto de Almeida) :  Antes de Trump:  • EUA tinham um sistema bipartidário sólido (Democratas e Republicanos), que oferecia estabilidade mas poucas alternativas ao eleitor descontente. • O país nunca havia perdido sua democracia nem experimentado regimes autoritários, o que gerou excesso de confiança nas instituições. • Elites políticas, mídia e sociedade civil não estavam treinadas para resistir a autoritarismo. _____________________________ Durante o governo Trump (2016–2020):  • Surgiu um governo personalista, comandado por um presidente que não respeita normas democráticas, sem visão de longo prazo e com práticas de bullying político. • Trump prometeu abertamente usar o Estado contra adversários (investigar rivais, perseguir mídia, deportações em massa, repressão a protestos). • Sociedade civil (universidades, empresas, imprensa) reagiu de forma fragmentada e individual, sem coordenação, tornando-se vulneráv...

Leitura de sábado

 *Leitura de Sábado: Wall Street vê, em discurso de Powell, porta aberta para corte de juros* Por Aline Bronzati, correspondente Nova York, 22/08/2025 - Desta vez, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, não cravou a retomada do corte de juros nos Estados Unidos, mas seu discurso no simpósio de Jackson Hole foi lido em Wall Street como uma porta aberta para a flexibilização monetária. Bancos como o Santander, Deutsche Bank e Barclays revisaram os seus cenários para uma redução nas taxas em setembro, e não apenas em dezembro, como previam anteriormente. "Com a política em território restritivo, a perspectiva básica e o equilíbrio cambiante dos riscos podem justificar o ajuste de nossa postura de política", disse Powell, em seu último discurso no tradicional simpósio de Jackson Hole, antes de largar o bastão no próximo ano. O chefe do BC dos EUA dedicou parte do discurso à deterioração do mercado de trabalho dos EUA, tema central do even...

Bco Master, um balanço

 🏦 *BRB confirma Vorcaro fora da gestão do Master e diz que novo banco terá valor de R$ 100 bilhões- Estadão* •  Pela proposta, o BRB terá 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais do Master, totalizando 58% do banco. •  O conglomerado BRB/Master poderá atingir R$ 100 bilhões em ativos. •  O BRB comprará ativos do Master avaliados em R$ 24 bilhões, deixando outros R$ 51,2 bilhões de fora. •  Auditoria identificou ajustes de R$ 601,9 milhões no patrimônio líquido e reforço de provisão de crédito de cerca de R$ 2 bilhões. •  A expectativa é que a operação aumente o lucro do BRB em R$ 1,5 bilhão em cinco anos, podendo superar R$ 2,7 bilhões em  2029. •  O valor pago pelo BRB será equivalente a 75% do patrimônio líquido consolidado do Master, com metade à vista e o restante em seis anos. •  Deputados do PT solicitaram investigação da PF sobre irregularidades no Banco Master, após relatório da CVM apontar investimentos de R$ 2,1 bilhões e...

Perímetro de operações

 *BRB: PERÍMETRO DA OPERAÇÃO COM MASTER PASSOU DE R$ 19,8 BILHÕES A R$ 51,2 BILHÕES* Por Ana Paula Machado São Paulo, 22/08/2025 - O BRB informou que, após o processo de diligência para o negócio com o Banco Master, ficou definido que o perímetro da transação, inicialmente, estimado em R$ 19,8 bilhões de ativos e passivos a serem excluídos, passou a ser de R$ 51,2 bilhões, na estruturação da operação. As próximas etapas da transação incluem aprovação pelo Banco Central, a finalização da Reorganização Societária do Banco Master e a realização de auditoria do preço, com a devida avaliação dos ativos e passivos pelo BRB e auditoria independente no momento do fechamento. Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do lado do ativo do Master, foram retirados precatórios no total de R$ 9,43 bilhões, R$ 7,59 bilhões em operações de crédito concentradas ou sem garantias reais, determinados fundos de investimento em direitos creditórios e ações no total de R$ 19,48 b...