quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Varejo XP

 *🛍️ Varejo XP: Pesquisa de Posicionamento: Outubro de 2025*


_XP: "Realizamos uma pesquisa de consenso sobre o posicionamento de investidores institucionais no setor, com mais de 50 respondentes. Os principais pontos foram: (i) um trimestre de tendências mistas, com VIVA / SMFT / RADL como destaques e AZZA / ASAI como pontos negativos; (ii) o posicionamento se deteriorou em relação à nossa última pesquisa, provavelmente devido a um 3T mais fraco; e (iii) SMFT / VIVA novamente como as maiores convicções, enquanto AZZA é o principal alvo dos investidores para um ponto de entrada. Os insights específicos por empresa foram: 1) Não há consenso claro para o EBIT da MELI, mas o GMV do Brasil deve crescer mais de 30%; 2) Receita e capital de giro são os KPIs da VIVA a serem observados; 3) Investidores estão otimistas com o 3T da RD; 4) Visões dispersas sobre a dinâmica da margem EBITDA da AZZA no 3T; 5) Baixas expectativas para o 3T do ASAI; e 6) Na NATU, a maioria não possui modelo, enquanto o momentum dos resultados é o principal gatilho para olhar novamente para a ação, seguido por FCF/dividend yield."_


🔗 *Leia o conteúdo*: https://nomos.to/ogkD0e5fG


#Análises #XPI #TradeNews

Fatiamento da MP

 O fatiamento da MP 1303

XP Política



O governo está debruçado sobre a estratégia legislativa de fatiamento da MP 1303, com o objetivo de recuperar parte do potencial arrecadatório e de revisão de gastos do texto. Como já havíamos sinalizado, os trechos que tratam da limitação às compensações tributárias e da reestruturação de despesas são tidos como prioritários e de maior consenso dentro do Congresso. Um PL que tem permeado as discussões e que deve acoplar parte desse conteúdo é o que aumenta a pena para falsificação de bebidas (PL 2307/2007), cuja relatoria está com o deputado Kiko Celeguim (PT-SP). O texto, que já tramita em regime de urgência, é uma prioridade do presidente da Câmara, Hugo Motta. 


A incorporação das medidas de arrecadação ainda depende do aval das lideranças da Casa, mas a equipe econômica busca celeridade nessa definição. A pressa deve-se não apenas ao impasse envolvendo as leis orçamentárias de 2026 (LDO e LOA), mas também porque o governo gostaria de manter parte das medidas no próximo relatório bimestral de 2025, previsto para novembro. Em relação ao seguro-defeso, por exemplo, o governo previa economizar R$ 1,6 bilhão neste ano com as alterações propostas na MP 1303 – cifra que nos cálculos do time XP Macro seria bem inferior: da ordem de R$ 300 milhões.   


O governo também avalia insistir na retomada de outros pontos da MP 1303, como a majoração da CSLL para fintechs e do Imposto de Renda pago na distribuição de JCP. Já o aumento da tributação de bets é visto como um tema de difícil consenso no Congresso, sobretudo na Câmara, e deve servir, num primeiro momento, mais como retórica no discurso eleitoral dos BBBs (bancos, bets e bilionários) do que como via confiável e efetiva de arrecadação adicional. Se o plano A, da via legislativa, não surtir efeito, o governo não descarta outras alternativas que busquem a recomposição das receitas e evita falar em mudança de meta fiscal. Uma ala do governo não descarta, inclusive, a edição de nova Medida Provisória com temas correlatos ao da antiga 1303, mas prevendo pequenos ajustes, para que não se configure um texto idêntico – a viabilidade jurídica desse caminho, porém, ainda está em análise.


Já a opção de um novo decreto majorando o IOF, por exemplo para LCI e LCA, não encontra grande amparo no Palácio do Planalto e no Congresso, com líderes governistas alertando para a repetição de uma estratégia já desgastada. Com o cenário em aberto, no entanto, nenhuma possibilidade está 100% fora da mesa. Por esse motivo, o governo vem buscando postergar ao máximo a análise da LDO, até que se consiga ter um horizonte mais claro para 2026. Em caso de não recuperação ou de retomada insuficiente das medidas, o Planalto não descarta um corte entre R$ 5 bilhões e R$ 9 bilhões nas emendas parlamentares previstas para o próximo ano – argumento que também vem sendo usado nas negociações com o Congresso.

terça-feira, 21 de outubro de 2025

Q blza! Titoteio na Faria Lima

 ⛔*Tiroteio em Frente ao Bradesco na Faria Lima: Superintendentes Envolvidos em Dívidas com Agiotas do PCC*


_Por Equipe de Reportagem da GY News_  

São Paulo, 20 de outubro de 2025


Um tiroteio chocou o coração financeiro de São Paulo nesta manhã, quando disparos foram efetuados em direção ao prédio do Bradesco na Avenida Brigadeiro Faria Lima, esquina com a Avenida Juscelino Kubitschek. Fontes próximas à investigação afirmam que o incidente está ligado a dívidas contraídas por altos executivos do banco com agiotas associados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores facções criminosas do país.


De acordo com testemunhas oculares, o ataque ocorreu por volta das 9h, quando um homem não identificado, vestindo roupas escuras e capacete de motociclista, parou uma moto em frente ao edifício e disparou cinco tiros contra as janelas de vidro. Os projéteis atingiram os andares 1º, 5º e 6º, aparentemente direcionados à sala de um superintendente. "Foi pânico total. As pessoas no saguão se jogaram no chão, e o vidro estilhaçou como em um filme de ação", relatou um funcionário do prédio vizinho, que preferiu não se identificar por medo de represálias.


A Polícia Militar foi acionada imediatamente, isolando a área e iniciando buscas pelo atirador, que fugiu em direção à Marginal Pinheiros. Até o momento, não há relatos de feridos graves, mas fragmentos de vidro causaram cortes leves em pedestres e funcionários. 


Investigações preliminares, baseadas em fontes anônimas dentro do banco e da polícia, apontam para um acerto de contas relacionado a dívidas de jogos de azar. Dois superintendentes estariam envolvidos: um do setor corporate, responsável por grandes contas empresariais, e outro do Bradesco BBI, o braço de investimento do banco. "Eles acumularam perdas milionárias em cassinos clandestinos e apostas online, recorrendo a agiotas do PCC para cobrir os rombos. O superintendente do corporate seria o principal devedor, com valores que ultrapassam R$ 500 mil", revelou uma fonte ligada ao setor financeiro, sob condição de anonimato.


Especialistas em segurança urbana alertam que incidentes como esse destacam a infiltração do crime organizado em esferas de alto poder econômico. "A Faria Lima é vista como intocável, mas dívidas pessoais podem transformar executivos em alvos vulneráveis", comentou o criminologista Dr. João Silva, professor da USP.


A GY News tentou contato com os superintendentes citados, mas o Bradesco não respondeu a pedidos de esclarecimento sobre seus nomes ou status. A Polícia Civil assumiu o caso, prometendo uma coletiva de imprensa ainda hoje. Enquanto isso, o tráfego na Faria Lima permanece congestionado, e o prédio do Bradesco opera com segurança reforçada.


Fique ligado na GY News para atualizações sobre este caso que abala o mundo corporativo paulistano.

Especial

 *ESPECIAL: PANE NA AWS ESCANCARA DEPENDÊNCIA DA ECONOMIA GLOBAL NOS SERVIÇOS EM NUVEM*


Por Circe Bonatelli e Aramis Merki II


 São Paulo, 20/10/2025 - A pane no serviço de nuvem da Amazon, a AWS (Amazon Web Services), causou problemas em diversas empresas ao redor do mundo nesta segunda-feira, 20, e escancarou o tamanho da dependência que a economia global tem em relação a esse tipo de atividade.


 "Há alguns provedores muito grandes que dominam o mercado de nuvem. E todo mundo está sujeito a incidentes", afirmou Henrique Cecci, diretor sênior de pesquisa da consultoria Gartner. A AWS é a maior empresa de armazenamento e processamento de dados na nuvem no mundo, concentrando em torno de 35% de participação de mercado. Na sequência estão Microsoft (25%), Google (10%), Alibaba (7,5%) e Huawei (4%), de acordo com estimativas da Gartner.


 O representante da consultoria observou que cerca de 35% de todos os serviços digitais realizados ao redor do mundo - de internet banking a streaming de vídeo, de sistemas de vendas a folhas de pagamento, entre outros - dependem de armazenamento e processamento de dados na nuvem que ocorrem em servidores de terceiros, como a AWS.


 O problema da ASW teve raiz no US-East-1, um centro de data centers localizado na Virgínia do Norte, nos Estados Unidos. O complexo é um dos mais importantes do mundo e responde por cerca de um terço da capacidade operacional da AWS. A causa da falha ainda não foi esclarecida. Informações preliminares apontam para os servidores DNS, que, essencialmente, traduzem os dados da internet para endereços de IP.


 "Incidentes globais como esse são um lembrete claro de como nosso mundo se tornou dependente de softwares e sistemas digitais que funcionem conforme o esperado", declarou Rob van Lubek, vice-presidente da Dynatrace, empresa de monitoramento de infraestrutura e serviços digitais. "Os ambientes de TI atuais são muito mais complexos e interconectados do que muitos imaginam, portanto, quando ocorre uma interrupção, os efeitos em cadeia podem se espalhar rapidamente por todos os setores e afetar o dia a dia das pessoas."


 Quando uma dessas grandes provedoras sofre com panes, os principais afetados são as empresas de países onde as economias são mais desenvolvidas e digitalizadas. Entram aí gigantes como Estados Unidos e China, até emergentes como Brasil, Índia e África do Sul, além de países maduros, como França e Inglaterra.


 A plataforma DownDetector, que contabiliza falhas em sites e aplicativos, acumulou 11 milhões de registros, sendo 3 milhões nos Estados Unidos. Globalmente, foram mais de 2,5 mil empresas com alta nas reclamações de instabilidade até o início da tarde. No Brasil, houve falhas e lentidão nas operações do PicPay, do Mercado Pago e do Mercado Livre, entre outros.


 A AWS reconheceu o problema pela primeira vez às 03h11 (de Brasília) em seu blog de atualizações de serviço. No comunicado mais recente, às 17h03 (de Brasília), a informação era que a recuperação em todos os serviços "continua a evoluir". A página indica que 101 serviços da empresa foram afetados pela pane.


Riscos e soluções


 Para o consultor Bruno Diniz, da Spiralem, o armazenamento de dados na indústria financeira é um tema crítico, que precisa estar contemplado em planos de recuperação de desastres. Na visão do especialista, os principais agentes do mercado no Brasil já abordam a questão com a devida importância. Estratégias para resiliência da infraestrutura tecnológica, como o uso de múltiplos serviços de nuvem, são importantes, aponta Diniz.


 O presidente da Associação Brasileira de Fintechs, Diego Perez, afirmou que a blindagem para empresas mitigarem riscos em relação aos servidores está na forma de redundância. Ou seja, ter mais de um fornecedor de armazenamento em nuvem. O problema, sobretudo para startups e empresas de menor porte, é que esta estratégia acarreta em mais custos. Outra dificuldade é que são poucas empresas neste ramo, as conhecidas big techs. Perez aponta que existem prestadores de serviços alternativos, mas que não têm estrutura suficiente para dar suporte eficiente.


 Para Cecci, da Gartner, a tendência é que aumente a cobrança por regulamentação do setor, que hoje é inexistente. Isso, porém, esbarra na resistência das big techs e, principalmente, do governo norte-americano, favoráveis a um mercado desregulamentado. "Sou cético de que a regulamentação seja capaz de evoluir muito", disse. Outra tendência, em sua visão, é que muitas empresas devem pensar em contratar diferentes fornecedores, para garantir a redundância dos sistemas. "Não é rápido, nem barato, mas pode ser uma solução."


 Em um comunicado, a organização de direitos humanos Artigo 19 apontou que o incidente de hoje é sinal de como a concentração no setor de tecnologia pode trazer impactos negativos para a economia. "Precisamos urgentemente de diversificação na computação em nuvem. A infraestrutura que sustenta o discurso democrático, o jornalismo independente e as comunicações seguras não pode depender de um punhado de empresas", diz o texto assinado por Corinne Cath-Speth, responsável pela área de tecnologia na instituição.

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Queda da gasolina não muda aposta para Selic*


Agenda do dia tem relatório de produção e vendas da Vale e o balanço da Netflix em NY, ambos após o fechamento


… Sem indicadores nesta terça-feira, investidores devem continuar surfando na onda do possível acordo entre Estados Unidos e China, enquanto esperam o relatório de produção e vendas da Vale e o balanço da Netflix em NY, ambos após o fechamento. Lagarde (BCE), Bailey (BoE) e Waller (Fed) falam hoje, sem muito status, já que o corte de 25pbs no juro americano na próxima semana rouba a cena. A aposta quase unânime dos mercados impulsiona o real, que tende a ganhar com o maior diferencial das taxas, e o Ibov, que busca os 145 mil. Já a queda da gasolina e a melhora das expectativas de inflação animam o recuo dos juros, mas sem mudar a convicção de que o BC só agirá em 2026.


DURO NA QUEDA – Pouco antes da notícia que o Ibama concedeu à Petrobras a licença de perfuração do poço exploratório na bacia da Foz do Amazonas, a petroleira anunciou a redução do preço da gasolina em 4,9% (R$ 0,14 por litro), para R$ 2,71 em média, a partir de hoje.


… Esta foi a segunda queda de preço do combustível este ano, após quase cinco meses de estabilidade, em uma decisão que já era esperada em meio da baixa das cotações do petróleo, mas que ainda não era precificada, gerando baixa nas projeções da inflação.


… Nos cálculos da Necton Investimentos ao Broadcast, a medida vai resultar em recuo da ordem de 1,5% dos preços da gasolina ao consumidor final, o que deve trazer um impacto negativo de aproximadamente 0,08 ponto no IPCA de 2025.


… A corretora reduziu em 0,1 ponto porcentual a sua estimativa para a inflação deste ano, agora em 4,6%, e outras casas estão revisando.


… O ajuste negativo da gasolina coincidiu com o bom ambiente do cenário externo, que derruba o dólar, e a melhora das expectativas mostradas no Boletim Focus desta semana, com queda da estimativa do IPCA/2027 (de 3,90% para 3,83%) e deste ano (de 3,68% para 3,60%).


… Na curva dos juros futuros, houve devolução de prêmios (inclusive acompanhando o dólar), mas a mensagem conservadora do Banco Central comandado por Galípolo prevalece para que o mercado projete a Selic mantida em 15% por um “longo período”.


… O timing previsto para o primeiro corte de 25pbs segue concentrado em março do próximo ano, que reúne praticamente 100% das apostas, embora uma parcela significativa do mercado (55%) acredite que possa ser antecipado para janeiro.


… O Copom ainda quer ver o mercado de trabalho, nas máximas históricas, esfriar, antes de precipitar um ciclo de quedas.


… Nesta segunda, no lançamento do programa Reforma Casa Brasil, o presidente Lula começou uma leve pressão ao seu “menino de ouro”.


… O Banco Central, disse ele, “vai precisar começar a baixar os juros porque todo mundo sabe o que nós herdamos [do governo passado] e todo mundo sabe que estamos preparando esse País para ter uma política monetária mais certa”.


… Lula exaltou os programas do seu governo e afirmou que quer que os empresários e banqueiros ganhem dinheiro, mas que eles “não precisam extorquir o povo”. “Um dos papéis mais importantes do Estado é olhar para pessoas que o mercado não tem interesse em olhar.”


2026 JÁ CHEGOU – Também presente no lançamento do programa Reforma Casa Brasil, o ministro Haddad queixou-se das reclamações que costumam ser feitas à política fiscal, afirmando que elas ocorrem porque o governo mira o “andar de cima, não os mais pobres”.


… “Vocês ouvem falar muito da questão fiscal, que o governo gasta muito, que o governo só pensa em taxar bets e banqueiro. Eu quero dizer, presidente Lula, o senhor vai terminar o seu mandato com o melhor resultado fiscal desde 2015.”


… Haddad disse que, pela primeira vez, um governo resolveu diminuir o déficit público brasileiro cortando o que chamou de “bolsa-empresário”.


… O ministro repetiu que o terceiro mandato de Lula vai ser marcado pela menor inflação acumulada em quatro anos no Plano Real e a maior alta da renda do salário desde o Plano Real, além da menor taxa de desemprego da série histórica do IBGE e o maior PIB desde 2010.


… Já Lula aproveitou para cartear marra em cima de Trump, às vésperas do encontro que está sendo articulado entre os dois presidentes para o fim do mês, quando o governo espera conseguir a revogação das tarifas de 50%, que estão em vigor desde julho.


… O presidente voltou a dizer que o Brasil não “abaixou a cabeça” quando foi “sobretaxado e ofendido” pelos Estados Unidos.


… “Todo mundo sabe que, quando o Trump sobretaxou o Brasil e ofendeu o Brasil, a gente não abaixou a cabeça. Embora a gente não seja tão grande como eles, a gente tem caráter, tem dignidade, que muitas vezes eles não sabem que a gente tem.”


… O Reforma Casa Brasil é um programa que pretende atingir a classe de menor poder aquisitivo, após o governo ter lançado o novo modelo de financiamento imobiliário para a classe média. Serão disponibilizados R$ 40 bilhões em crédito subsidiado para melhorias nas casas.


ENCONTRO NA MALÁSIA – O Ministério das Relações Exteriores admitiu oficialmente que há uma “janela” de oportunidade para um possível encontro entre o presidente Lula e Donald Trump, no dia 26 de outubro, próximo domingo, em Kuala Lumpur.


… Os dois líderes estarão no mesmo evento, na abertura da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).


… Uma reunião poderia ser incluída nos encontros bilaterais de Lula e Trump, se o presidente dos Estados Unidos demonstrar interesse em conversar, disse o embaixador Everton Frask Lucero, ao ser questionado sobre um encontro na Malásia.


… Na pauta dessa conversa, o Brasil vai levar, além da sobretaxa de 40% aos produtos brasileiros, as sanções às autoridades pela aplicação da Lei Magnitsky, aplicada contra o ministro Alexandre de Moraes e sua esposa, e um pedido para que Trump não ataque a Venezuela.


… No Valor, auxiliares do governo Lula monitoram a escalada de tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela, e avaliam que uma eventual invasão americana pode atrapalhar a negociação que o Brasil vem estreitando no âmbito do tarifaço.


… Esse impacto se daria porque, em caso de ocupação do território venezuelano, o Brasil terá que se manifestar em defesa da América Latina.


… Interlocutores do presidente rechaçam a possibilidade de o Brasil ceder na proteção da região para negociar a tarifa com os Estados Unidos. Segundo eles, a gestão petista não irá barganhar as sanções em troca de se manter imparcial nesse conflito.


… Lula deve aconselhar Trump a não intervir na Venezuela para evitar um problema ainda maior na região, que seria desestabilizada, e se colocar à disposição do governo americano para uma mediação, como um dos líderes principais da AL.


MEU AMIGO XI – Novos comentários de Trump de que espera chegar a um entendimento sobre tarifas com Xi Jinping mantiveram o entusiasmo em Wall Street, com alta das bolsas. “Eu amo minha relação com o presidente Xi e vamos alcançar um bom acordo para ambos os lados.”


… O presidente reiterou que se encontrará com Xi Jinping no fim de outubro, na Coreia do Sul, e ontem disse que pretende viajar à Pequim no início de 2026. “Fui convidado para ir à China e farei isso bem no início do ano que vem. Já estamos com tudo definido.”


… Trump mostrou-se confiante em um acordo, dizendo que “eles [os chineses] nos ameaçaram com terras raras, e eu os ameacei com tarifas”. Voltou a lembrar das taxas de até 155%, aliviando em seguida. “Espero não aplicar essas tarifas no dia 1º de novembro.”


… Em paralelo, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, encontra-se com representantes chineses nesta semana.


GEOPOLÍTICA – Apesar do otimismo em relação às tensões entre os Estados Unidos e a China, os conflitos no Oriente Médio e no Leste Europeu deram sustentação aos ativos de segurança, com ganho do ouro, avanço do dólar e queda dos juros dos Treasuries.


… Trump avaliou que a Ucrânia “ainda pode vencer a guerra contra a Rússia, mas não acho que vá acontecer”.


… Moscou disse que Sergei Lavrov teve uma “conversa construtiva” com Marco Rubio nesta segunda-feira, quando articularam um encontro em breve entre Trump e Putin, em Budapeste. O Kremlin quer que a cúpula também melhore as relações bilaterais com Washington.


… Zelensky, que não se sabe se será convidado, afirmou que Budapeste não é o melhor local para negociações do fim da guerra na Ucrânia devido à postura pró-Rússia do primeiro-ministro Viktor Orbán. Ainda assim, disse que compareceria, se for chamado.


… Já sobre Israel e Hamas, Trump disse que, “se o grupo [Hamas] não for bom, vamos erradicá-los, se necessário”.


SHUTDOWN – Diretor do Conselho Econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, previu em entrevista à CNBC nesta segunda-feira que a paralisação do governo americano, que entra hoje no vigésimo primeiro dia, deve terminar “em algum momento nesta semana”.


MAIS AGENDA – Já no período de silêncio do Fed para a reunião da semana que vem, Christopher Waller fala duas vezes em evento hoje (10h e 16h30), mas não vai dar nenhuma pista sobre os rumos da política monetária.


… Lagarde (BCE) discursa em conferência às 8h e o presidente do BC inglês (BoE), Andrew Bailey, fala às 7h30.


… O parlamento japonês vota a indicação como primeira-ministra de Sanae Takaichi, que promete expansão fiscal.


… Entre os balanços, antes da abertura, saem os resultados da GM e Coca-Cola. Após o fechamento, junto com Netflix, sai Western Alliance.


BOULOS NOMEADO – Após meses de espera, o presidente Lula anunciou ontem à noite o deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) como o novo ministro da Secretaria Geral, no lugar de Márcio Macêdo (PT), numa reacomodação com vistas às eleições de 2026.


… A pasta é a responsável pelo diálogo e articulação do governo com os movimentos sociais, de quem Lula estaria afastado.


JORGE MESSIAS – Ainda hoje, há expectativa de que o presidente faça a indicação do AGU para o STF, antes de viajar à Indonésia e à Malásia.


ADIADA DE NOVO – A Comissão de Orçamento voltou a adiar a sessão que analisaria hoje o relatório final da LDO 2026, a pedido do governo.


CANTOU VITÓRIA – O corte de quase 5% no preço da gasolina anunciado pela Petrobras, que veio finalmente, depois de toda a especulação da semana passada, despertou a esperança de o BC não estourar o teto da meta de inflação.


… Reportagem do Valor aponta que a queda no valor do litro do combustível aumenta de modo significativo a probabilidade de a inflação chegar ao fim do ano dentro do intervalo de tolerância da meta definido pelo CMN.


… Como se viu pelos cálculos do mercado, a gasolina mais barata retira aproximadamente 0,1 ponto do IPCA de 2025. Além da Necton, pelo menos outras três instituições revisaram ontem em baixa as estimativas para a inflação.


… Depois do anúncio da Petrobras, a Warren passou a prever um IPCA em 4,4% em 2025, contra 4,5% antes, enquanto a XP Investimentos avisou que deve revisar sua estimativa de 4,7% para um número entre 4,5% e 4,6%.


… O ASA estima alívio de 0,12 ponto da gasolina na inflação e baixou sua projeção para o IPCA de 4,7% para 4,5%.


… O estouro do teto da meta pelo BC era dado como praticamente certo até abril, quando as projeções para os preços rondavam 5,7%. Mas de lá para cá, o dólar caiu bem, a atividade perdeu ritmo e o Copom não amoleceu.


… Galípolo ganha com o reajuste da Petrobras um trunfo que pode fazer toda a diferença para o alcance da meta.


… Antecipando os efeitos desinflacionários da gasolina e o ambiente mais positivo no relatório Focus para o IPCA no horizonte relevante da política monetária, a curva do DI finalmente deixou ontem os riscos fiscais em segundo plano.


… O contrato de juro para Jan/27 fechou na mínima intraday, abaixo de 14%, a 13,955% (contra 14,013% no pregão anterior); Jan/29 caiu a 13,225% (de 13,336%); Jan/31, a 13,510% (de 13,612%); e Jan/33, 13,670% (de 13,745%).


… O dólar também entrou como aliado extra para os juros futuros queimarem os prêmios de risco.


… A moeda operou relaxada pelo corte de juro do Fed semana que vem, enquanto o Copom não pega leve, tornando o carry trade ainda mais atraente. Além disso, alivia a percepção de que Trump vai se entender com a China.


… Completando uma sequência de quatro quedas, o dólar caiu 2,49% e furou a marca de R$ 5,40, a R$ 5,3708. Como anotou o Broadcast, a moeda volta a níveis anteriores ao susto da ameaça de Trump de tarifar a China em 100%.


SONHANDO ALTO – Depois de um período de acomodação aos recordes históricos, o Ibovespa dá sinais de que quer voltar para o jogo. Retomou ontem os 144 mil pontos, tendo superado os 145 mil pontos no pico intraday (145.216).


… O índice à vista encerrou em alta de 0,77%, aos 144.509 pontos, ou seja, a dois mil pontos de sua máxima de fechamento de todos os tempos. A bolsa pode chegar lá de novo, se Trump deixar rolar a química com a China.


… O Fed já vem embalando NY, com efeitos positivos por aqui. Falta agora Washington parar de brincar de gato e rato com Pequim e resolver as suas diferenças comerciais, para o mercado poder operar com previsibilidade.


… No ambiente ontem de apetite por risco, os bancos emplacaram ganhos firmes: Itaú, +1,79% (R$ 38,16); Bradesco PN +1,87% (R$ 18,01); e Santander, +2,48% (R$ 28,90). Só BB ON foi na direção oposta e perdeu 0,62% (R$ 20,77).


… Vale parou de cair depois de dois pregões, desafiou a queda de 0,58% do minério e avançou 1,28%, para R$ 60,90, na véspera de seu relatório trimestral de produção e vendas, que ajudará a projetar o balanço do próximo dia 30.


… Apesar da conquista da autorização do Ibama para realizar perfurações na Foz do Amazonas, Petrobras teve um dia morno, porque a repercussão positiva à Margem Equatorial foi ofuscada pelo queda do preço da gasolina.


… Além disso, o petróleo Brent voltou a refletir os temores sobre excesso de oferta e caiu 0,45%, cotado a US$ 61,01, ajudando a roubar o fôlego da Petrobras: ON recuou 0,25%, a R$ 31,56, e PN terminou estável (+0,07%; R$ 29,75).


… Com os mercados globais resolvendo apostar ontem que Trump pode não estar falando sério quando lança as ameaças protecionistas contra os chineses, as bolsas em NY encontraram espaço para altas consistentes.


… O índice Dow Jones subiu 1,12%, aos 46.706,58 pontos; o S&P 500 ganhou 1,07%, aos 6.735,13 pontos; e o Nasdaq avançou 1,37%, aos 22.990,54 pontos. Por trás dos ganhos, além da China, está a aposta certa no Fed dovish.


… Mais do que precificada para um corte do juro semana que vem, a taxa da Note-2 anos praticamente não se mexeu, fechando a 3,457% (de 3,456% no pregão anterior). O CPI na sexta-feira não tem potencial para mudar o Fed.


… Mas, segundo o Brown Brothers Harriman (BBH), uma surpresa [para cima] nos números da inflação ao consumidor pode reverter a tendência de queda do dólar, que ontem subiu com os conflitos geopolíticos.


… O DXY avançou 0,15%, a 98,586 pontos. O euro (-0,08%; US$ 1,1645) fechou estável e a libra perdeu 0,12%, a US$ 1,3407. No Japão, a provável vitória de Takaichi desperta temor de iene fraco (-0,08%), que fechou a 150,73/US$.


COMPANHIAS ABERTAS – PETROBRAS assinou com a PPSA um acordo de equalização de gastos e volumes (AEGV) decorrente do acordo de individualização da produção (AIP) da jazida compartilhada do Pré-Sal de Jubarte…


… Valor devido pela Petrobras à PPSA é de R$ 1,54 bilhão, a ser pago em parcela única até o fim de outubro; segundo a estatal, R$ 1,47 bilhão já estava provisionado nas suas demonstrações contábeis do segundo trimestre de 2025.


JHSF informou que o São Paulo Catarina Aeroporto Executivo Internacional acaba de concluir sua quinta expansão de capacidade, com a adição de novos hangares, pátios e uma nova taxiway…


… Com conclusão desta etapa, aeroporto passa a contar com 16 hangares distribuídos em aproximadamente 50 mil metros quadrados, além de 80 mil metros quadrados adicionais de pátios, já com ocupação integral.

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Nova semana e nova sessão de recuperação nas bolsas (EUA +1,0%; Europa +1,3%; tech +1,2%; semis +1,6%) graças ao enfraquecimento em 2 dos 4 nós presentes atualmente no mercado. Por um lado, melhoria na frente comercial após as mensagens tranquilizadoras de Trump sobre as negociações com a China, especialmente na sua reunião com Xi Jinping (29 de outubro/1 de novembro). E na frente micro, assimila-se, pouco a pouco, que os problemas dos bancos regionais americanos Zions e Western Alliance não deverão afetar o setor em geral, dissipando alguns fantasmas associados aos acontecimentos em 2023. Isto eclipsou a nova descida de rating de França (S&P na sexta-feira, Fitch há um mês) que quase não teve impacto nas obrigações: Bund 2,58% (sem alterações); T-Note 3,98% (-3 p.b.).


Hoje continuamos com notícias positivas para o mercado: (i) EUA anuncia um acordo de terras raras com a Austrália, que inclui um investimento superior a 2.000 M$ para o desenvolvimento de minas e processamentos nos próximos 6 meses e acesso preferente às reservas da Austrália (~4.ª mundial). Cabe destacar que a China é a principal produtora a nível mundial, com 60% do total e 80% do processo de refinação. (ii) Confirma-se a nomeação de Takaichi como Primeira-Ministra no Japão, obtendo maioria simples em ambas as Câmaras (Congresso 237 vs. 233 maioria e Senado 125 vs. 124 maioria). Positivo para bolsas, mas negativo para obrigações e yen perante a expetativa de uma política fiscal mais expansiva.


O resto da sessão estará marcado pelos resultados empresariais. O saldo atual de EPSs é muito positivo nos EUA, com um crescimento de +17,9% vs. +8,5% esperado, e hoje ganhará inércia com a publicação de empresas de defesa como Northrop Grumman (pré-abertura Nova Iorque; 6,49 $; -7%), Lockheed Martin (pré-abertura Nova Iorque; 6,35 $; -7%) e a nossa preferida RTX (pré-abertura Nova Iorque; 1,41 $; -3%), Coca-Cola (pré-abertura Nova Iorque; 0,78 $; +2%), General Motors (11:30 h; 2,24 $; -24%) e Intuitive Surgical (21:00 h; 1,99 $; +8%), embora a mais relevante será o fecho americano: Netflix (21:00 h; 6,93 $; +24%). 


Em qualquer caso, teremos de esperar pela próxima semana para as “Magníficas” (exceto Tesla, que publica amanhã), que permitirão uma interpretação sobre as avaliações de IA. Na Europa, destaca L’Oreal, também no fecho do mercado europeu, e Enagás, melhores do que o esperado, esta manhã.


NY +1,0% US tech +1,2% US semis +1,6% UEM +1,3% España +1,4% VIX 18,2% Bund 2,58% T-Note 3,98% Spread 2A-10A USA=+52pb B10A: ESP 3,11% PT 2,95% FRA 3,37% ITA 3,37% Euribor 12m 2,14% (fut.2,11%) USD 1,163 JPY 175,9 Ouro 4.337$ Brent 61,1$ WTI 57,6$ Bitcoin -2,8% (107.977$) Ether -2,8% (3.885$)


CONCLUSÃO: Esperamos uma sessão ligeiramente em alta graças a uma temporada de resultados que vai ganhando intensidade, sendo o principal ponto de interesse esta semana até à publicação da primeira macro relevante, esta sexta-feira (inflação americana e PMIs).


FIM

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Mau aspeto para encerrar a semana. Repentino refúgio para a qualidade: ouro quase 4.400 $/onça e yield T-Note < 4%, por exemplo. Causas: possibilidade de uma intensificação mais complexa e agressiva do que o esperado nas negociações comerciais EUA/CH (reunião Trump/Putin a 29 de outubro) e, principalmente, quedas significativas por parte de um par de bancos regionais americanos (-13% Zions Bancorp. e -11% Western Alliance) perante incumprimentos de certa dimensão. Ontem, a minúscula subida de tecnologia (+0,1%) contra o mercado (todos os restantes setores caíram; bancos -2,8%) salvou o fecho de Nova Iorque (-0,6%), que poderia ter sido muito pior devido aos problemas dos bancos regionais… que faz lembrar o que lhes aconteceu em 2023. Isto acontece mesmo após a publicação de bons resultados e guidances por parte dos bancos grandes americanos, portanto a correção parte desde níveis superiores e tem a sua origem nas dúvidas sobre a qualidade de crédito dos bancos americanos de tamanho mais modesto e alcance regional. Lembrete na frente comercial: Trump ameaçou, na sexta-feira (10) com impostos alfandegários de 100% à China a partir de 1 de novembro, após as novas restrições da China às exportações de terras raras.


BBVA só consegue 25,5% de Sabadell, portanto a OPA fracassa. Esta foi a nossa estimativa sobre o desenvolvimento desde o primeiro momento, em maio de 2024. Estimamos que a partir de agora BBVA será extremamente generoso com os seus dividendos para reter acionistas e que poderá subir um pouco ao retirar este peso de cima, que foi um erro estratégico e de planeamento desde o início. Sabadell também irá subir por motivos semelhantes.


NY +0,4% US tech +0,7% US semis +3% UEM +1% España -0,1% VIX 20,6% Bund 2,57% T-Note 4,03% Spread 2A-10A USA=+53pb B10A: ESP 3,10% PT 2,95% FRA 3,34% ITA 3,38% Euribor 12m 2,163% (fut.2,192%) USD 1,166 JPY 176,1 Ouro 4.207$ Brent 62,4$ WTI 58,8$ Bitcoin -1,7% (111.093$) Ether -2,9% (4.002$)


CONCLUSÃO: Tom repentinamente mau porque aos incumprimentos em 2 bancos regionais americanos acrescenta-se o endurecimento das negociações EUA/CH, a cautela crescente perante uma hipotética sobrevalorização da IA e o encerramento parcial do governo americano, que parece que continuará durante algum tempo, porque ambas as partes carecem de estímulos para chegar a um acordo. Como este último obriga a ir às cegas em relação à macro americana, porque não são publicados indicadores federais e, também, não sai um grande fluxo resultados (apenas Amex, entre as grandes: EPS +14%), hoje não há solução: sessão tocada com certa vontade, de modo que poderíamos pensar em retrocessos superiores a -1% na Europa e ca.-0,5% em Wall St., como aproximação. É grave? Não. Até parece são que o mercado corrija e se limpe um pouco. A não ser que a situação dos bancos regionais americanos se complique seriamente, os problemas para o mercado não deverão escalar. Há umas semanas caíram First Brands (peças sobressalentes para automóveis) e Tricolor (venda de carros usados), mas são considerados casos isolados por sobrealavancagem e gestão imprudente. Veremos se o desenvolvimento é semelhante com os bancos regionais americanos, que deverá ser o mais provável. Hoje, ouro e T-Note impagáveis, portanto, a não ser que aconteça algo estranho e novo este fim de semana, deverão corrigir na segunda-feira e as bolsas deverão subir, embora com pouca alegria, de momento.


FIM

Fabio Alves