Pular para o conteúdo principal

Postagens

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: O abraço na ONU* Há cautela da diplomacia brasileira, todo mundo lembra que o presidente americano é imprevisível, mas a aproximação de Trump e Lula e animou os investidores … Com a agenda mais esvaziada nesta quarta-feira, tanto aqui como lá fora, os mercados domésticos ainda devem repercutir a surpresa com a reaproximação entre Estados Unidos e Brasil, após Trump elogiar Lula e convidá-lo para uma conversa na próxima semana, em uma reviravolta inesperada na ONU. Há cautela da diplomacia brasileira, todo mundo lembra que o presidente americano é imprevisível, mas a sinalização foi muito positiva e animou os investidores, com o Ibovespa buscando os 147 mil pontos no intraday e o dólar abaixo de R$ 5,30 no fechamento. NICE GUY – Improvisando, Trump contou que se encontrou Lula nos bastidores, que se abraçaram, que “gostou dele e ele gostou de mim”, que ele parece ser um “cara legal”, que houve “excelente química”, “o que é um bom sinal porque só faço negócios com que...

BDM Matinal Riscala

 Bom Dia Mercado. Terça Feira, 23 de Setembro de 2.025. *Rosa Riscala: Lula fala na ONU em meio a tensões com EUA* Dia cheio tem ainda ata do Copom, entrevista de Haddad, arrecadação e uma fala de Powell … Manhã corrida para os investidores começa com a ata do Copom e uma entrevista de Haddad ao ICL (8h), e segue com o discurso de Lula na abertura da Assembleia da ONU (10h), em meio à escalada das tensões políticas entre o Brasil e os Estados Unidos. As novas sanções contra a esposa de Alexandre de Moraes e mais sete pessoas, a maioria ligada ao ministro do STF, pesam nos mercados e já levam bancos brasileiros a reforçarem a cautela diante dos riscos de punições via Lei Magnitsky. A agenda prevê ainda a arrecadação da Receita (10h30) e uma fala de Powell (13h35), que tem o desafio de orientar as expectativas com um Fed dividido sobre a condução dos juros. LULA E AS SANÇÕES – Das agendas de hoje, a que pode causar mais ruídos é o pronunciamento do presidente Lula nas Nações Unidas, ...

Bankinter Portugal Matinal

Análise Bankinter Portugal  SESSÃO: As bolsas aguentam. Nova Iorque marca novos máximos históricos. As obrigações evitam excessos perigosos, portanto as suas yields elevam-se um pouco desde há 2/3 dias. O T-Note separa-se da fronteira de 4% (4,14%), FRA e ITA continuam igualadas ca. 3,55% (já não em 3,50%) e ESP e PT afastam-se um pouco de 3% (3,30% e 3,15%), que parece e um nível um pouco excessivo por complacência. Embora… o conjunto do mercado esteja a ser complacente, talvez a subestimar os riscos abertos (principalmente o geoestratégico), mas pode transmiti-lo, porque os seus pilares-chave voltam a ser firmes: lucros, inflação controlada ou semicontroladas, taxas de juros americanas em baixa, liquidez, balanços gigantes dos bancos centrais, etc.  Esta semana temos mais tecnologia (Micron) e abundante macro bastante pró-mercado. Tudo indica que continuaremos quase tão bem quanto as 2 semanas anteriores, a não ser por ruído de fundo devido às restrições à imigração qualific...

BDM Matinal Riscala

 BDM - Bom Dia Mercado ​ ​ 21 de setembro de 2025 … Semana tem agenda cheia, com PIB, PCE e PMIs nos Estados Unidos e Zona do Euro, e, aqui, ata do Copom e Relatório de Política Monetária, além do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas e IPCA-15. Também a política é movimentada, a começar pelo discurso de Lula na abertura da Assembleia Geral da ONU, amanhã, e a expectativa em relação à ameaça da Casa Branca de anunciar medidas adicionais contra o Brasil. Já o Congresso pode avançar em pautas econômicas importantes, como a isenção do IR, a MP do tarifaço e a segunda parte da regulamentação da reforma tributária. Em paralelo, a Oposição ainda agita com a PEC da Blindagem e a Lei da Anistia. EUA ATENTOS A DADOS – Após Powell dar alertas de preocupação sobre a inflação, dizendo que as decisões dos juros serão tomadas reunião a reunião, os mercados em NY esperam pela leitura final do PIB/3Tri (quinta-feira) e, principalmente, pelo PCE (sexta-feira). … O tom de cautela do presidente ...

Fernando Schuler

 Com a categoria de sempre, Fernando Schüler prova que o ministro Barroso mente ao dizer que não há censura no Brasil. 🤥  “No Brasil não existe censura”, disse o ministro Barroso, esta semana, na abertura de uma sessão do STF. A declaração me surpreendeu. Tenho apreço pelo ministro, de modo que dou uma resposta popperiana: listo dez casos de censura, no Brasil dos últimos anos. Se eles não existirem, está tudo bem. Mas se eles forem reais, quem sabe vale refletir sobre o que vem se passando, afinal, em nossa democracia.  O primeiro é o ato inaugural. Muita gente acha que os inquéritos surgiram para salvar a democracia, mas não. Foi para censurar uma revista, em 2019. Depois vem o caso do PCO. Um tuíte que quase ninguém leu, um “ataque” ao STF, quem sabe em nome da justiça soviética, e o minúsculo partido comunista foi apagado. O terceiro é o professor Marcos Cintra. Tuíte elegante sobre o resultado de algumas urnas. Nenhum “ódio”. Apenas o direito de questionar alguma co...

Amilton Aquino

 Apatia geral e irrestrita Já escrevi algumas vezes sobre a estarrecedora guinada do Reinaldo Azevedo à esquerda. No lugar dele, confesso, preferiria mudar de profissão a ter que defender com unhas e dentes tudo aquilo que passei anos criticando. Mas é preciso admitir: ele foi o primeiro a perceber o perigo da radicalização bolsonarista. Embora a data oficial da virada de chave seja a operação que o flagrou numa conversa muito “descolada” com a irmã do Aécio Neves, lembro bem do dia em que ele traçou, no antigo Pingos nos Is, a linha divisória entre ele e o bolsolavismo nascente. Com a arrogância peculiar dos muito inteligentes, dispensou a audiência que passou a chamar de “direita xucra”. Daí a se tornar um dos articuladores do conchavo que resultou na guinada do STF para soltar Lula foi apenas questão de meses. Por que essa digressão? Porque, nesta semana, mais uma vez me surpreendi com a capacidade bolsonarista de atirar no próprio pé e, claro, ressuscitar o PT. Refiro-me à PEC ...

Eduardo Affonso

 Distinção entre esquerda e direita é roupa que não serve mais Eduardo Affonso, O Globo (20/09/2025) São farinha do mesmo saco quem comemorou o assassinato de Marielle e quem acha que o tiro letal em Charlie Kirk melhorou o mundo Aprendemos nos livros de História que os termos “esquerda” e “direita” nasceram na França, no fim do século XVIII: na Assembleia Nacional, os partidários da monarquia se sentavam do lado direito, e os simpatizantes da Revolução, do lado oposto. Desde então (grosso modo), esquerdistas são associados a democracia, coletivismo, internacionalismo, intervencionismo estatal e desejo de mudança; a direita, a elitismo, individualismo, nacionalismo, livre mercado e apego a que as coisas continuem do jeito em que estão. Hoje, isso virou um balaio de gatos. A mesma esquerda que investiu contra o dicionário, considerando que o verbo “judiar” perpetuava o preconceito contra os judeus, embarcou de mala e cuia no antissemitismo. A pretexto de defender os palestinos, fez ...