sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Tom misto numas bolsas que, de momento, não perdem nem intensidade nem energia. Wall St. fecha plana, com a exceção de tecnologia, após um leilão fraco de obrigações a 30 anos. Mas, em geral, os índices mantêm as subidas, impulsionadas pela força da tecnologia americana (avaliação de OpenIA alcança recorde de 500kM$ vs. 300kM$ na sua última ronda de financiamento), bons resultados empresariais e expetativa de cortes de taxas de juros nos EUA. A entrada em vigor dos recentes impostos alfandegários (25% adicional à Índia até 50%, 39% à Suíça, etc.) não faz danos. As negociações continuam e, em alguns casos, como o Japão, esperava-se uma descida dos níveis atuais. Os semis avaliam com alívio (SOX +1,5%) a isenção de 100% se investirem nos EUA, como já anunciou Apple (+8,5% em 2 sessões). O anunciado encontro Trump/Putin gera esperanças de uma desescalada das tensões. O patinho feio é o Reino Unido, que reflete com quedas a descida esperada de -25 p.b. por parte do BoE, até 4,0%, mas muito renhida e com tom duro que arrefece a expetativa de novos cortes.


A Produtividade não Agrícola nos EUA melhora mais do que o esperado no 2T25, confirmando as recentes afirmações de Powell de que os aumentos salariais já não são fonte de pressões inflacionistas, porque são superadas pela produção/funcionário e hora. E as Petições Semanais de Desemprego continuam a apontar para um arrefecimento gradual do mercado laboral. Reafirmam a perspetiva de um próximo corte da Fed na sua reunião de 17 de setembro, apesar da Fed de Nova Iorque apontar, no seu relatório mensal, que as expetativas de inflação a curto prazo aumentam. Bostic (Fed de Atlanta) mantém a sua opinião de apenas um corte este ano, porque vê com ceticismo que o impacto dos impostos alfandegários seja apenas temporário. 


Continuando com a Fed, Waller (dovish) emerge como favorito para subsituir Powell no término do seu mandato, em maio de 2026, e Stephen Miran, atual Chefe do Conselho de Assessores Económicos da Casa Branca, substituirá a recém-demitida Adriana Kugler até janeiro, o final do seu mandato.


E hoje deveremos ver alguma consolidação de níveis numa sessão sem incentivos macro e/ou micro. Japão avalia em alta (+1,8%) e os futuros vêm com ligeiras subidas (+0,2% nos EUA e Europa), mas não temos macro nem resultados de empresas importantes. A única referência de interesse é a conferência de Musalem (Fed de San Luis, às 15:20 h), caso diga algo sobre a política monetária após os fracos dados de emprego de julho. Até agora, manteve um tom hawkish/duro: considera que ainda é cedo para avaliar o impacto dos impostos alfandegários na inflação e teme um aumento de preços em junho/setembro. Provavelmente, não teremos pistas até à reunião de banqueiros centrais em Jackson Hole (21/23 de agosto). 


Em suma, esperamos uma sessão de transição, -0,1%/+0,3%? À espera de referências macro importantes nos EUA na próxima semana: IPC (terça-feira), Produção Industrial (quinta-feira) e Confiança do Consumidor da U. de Michigan (sexta-feira).


S&P500 -0,1% NQ100 +0,3% SOX +1,5% ES-50 +1,3% VIX 16,6% BUND 2,63%. T-NOTE 4,24%. SPREAD 2A-10A USA=+51PB B10A: ESP 3,20% ITA 3,42%. EURIBOR 12M 2,12% (FUT. EURIBOR 12M 2,1%). USD 1,164. JPY 171,6. OURO 3.392$. BRENT 66,2$. WTI 63,6$. BITCOIN -0,6% (116.595$). ETHER +0,8% (3.905$).


FIM

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Stephen Kanitz

 A NEGOCIAÇÃO TARIFÁRIA LULA/TRUMP

Por Stephen Kanitz

O consenso é que Trump é um idiota metido a sabichão, enquanto Lula, o “sábio ponderado”, vai conduzir uma negociação onde o Brasil sairá vencedor e ele, claro, reeleito.

Até quando vamos continuar com essa ingenuidade suicida?
Vamos aos fatos.

Lula é um ex-torneiro mecânico que passou a vida negociando greves sindicais, não tratados comerciais.

Nunca se profissionalizou, não fala inglês, depende de intérprete nomeado por político de estimação e achamos mesmo que ele vai “enfrentar” Trump numa mesa de negociação?

Trump, goste-se ou não, é um estrategista, escreveu The Art of the Deal, cercado de profissionais com décadas de experiência. Lula tem… Janja.

E um PowerPoint mal feito do Haddad.

Negociação é técnica, é estratégia, é timing.

Existe BATNA, ZOPA, escuta ativa, preparação. Lula acha que BATNA é marca de cigarro, e ZOPA, nome de cachorro.

Ele sabe mentir, mas não sabe blefar.

Sabe discursar, mas não sabe escutar. E principalmente: nunca defende o Brasil só seu partido, sua base e sua biografia.

Acham que Lula e Trump será uma luta equilibrada, com Lula esperto que é levará vantagem.

Quando participei da renegociação da dívida externa brasileira , sugeri contratar William Ury, meu colega de Harvard e coautor de Getting to Yes, para nos ajudar a entender a lógica dos banqueiros.
Um especialista. Um aliado. “Mas ele é americano!”, berraram os nacionalistas de jaleco acadêmico. Resultado: fomos engolidos.
Pois bem. Ury é amigo de Trump. E Lula sequer leu The Art of the Deal. Nem ele, nem o anestesista que virou vice, nem o filósofo que virou ministro da Fazenda.

Estamos mandando uma equipe de amadores para enfrentar profissionais. Gente que nunca negociou nada relevante na vida nem aluguel. E acreditamos que vão trazer bons acordos?

Isso não é política externa. É roteiro de comédia.

Mas a conta, como sempre, quem paga somos nós.
______________________
Stephen Charles Kanitz, 79 anos, é consultor de empresas, conferencista e mestre em Administração de Empresas da Harvard Business School e bacharel em Contabilidade pela Universidade de São Paulo. Foi o criador em 1974 de "Melhores e Maiores" da revista Exame.

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Balanço da Petrobras sai hoje*


Em Brasília, Bolsonaro recorre contra prisão e Hugo Motta retoma controle da Câmara após motim


… Às vésperas do prazo final da trégua tarifária com os Estados Unidos, no dia 12, a China registrou em julho um aumento inesperado das importações e a aceleração das exportações. Trump volta agora a mira contra os países que compram petróleo russo e, em outra frente de batalha protecionista, promete tarifa de 100% sobre as empresas de chips que não produzirem dentro do território americano. Na agenda do dia, o BC inglês deve cortar o juro em 25 pontos-base, para 4%, enquanto o Fed prepara o espírito para flexibilizar a política monetária em setembro e reforça a onda global de queda do dólar. Aqui, ignorando os ruídos políticos das tarifas e do motim no Congresso, a moeda americana já furou R$ 5,50, enquanto a bolsa opera embalada pelos balanços. Hoje, após o fechamento, a Petrobras deve registrar balanço trimestral positivo. A grande expectativa do investidor é pela distribuição de dividendos.


RICO DINHEIRINHO – Para o segundo trimestre, o Citi espera pelo menos US$ 2 bi em proventos; a XP e o Safra, US$ 2,2 bi; e o UBS, US$ 1,9 bi. A empresa deve manter performance sólida, apesar do petróleo mais baixo no período.


… Em reais, o consenso na Bloomberg aponta para lucro líquido de R$ 22,4 bilhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões registrado um ano antes. A estatal deve registrar receita líquida de R$ 114,6 bi e Ebitda de R$ 56,9 bi.


… A expectativa é de que o recuo do petróleo Brent no segundo trimestre tenha o impacto parcialmente compensado por melhores números de produção, já antecipados no relatório da companhia no final de julho.


… Abaixo de US$ 70, o petróleo teve ontem o noticiário movimentado pelas ameaças de Trump de que haverá “muito mais” sanções secundárias ligadas ao petróleo russo, depois de ter anunciado tarifa extra de 25% à Índia.


… A taxação sobre o governo indiano totaliza 50%, como uma forma de retaliação de Washington à compra de petróleo russo pelo país, que, segundo a Casa Branca, estaria ajudando a financiar a guerra na Ucrânia.


… O secretário de Estado americano, Marco Rubio, disse que Trump tomará uma decisão sobre as sanções à Rússia nas próximas 24 a 36 horas e que, se as negociações progredirem, Putin e Trump podem se encontrar em breve.


… Amanhã, termina o ultimato dado pelos Estados Unidos para a Rússia chegar a um cessar-fogo com a Ucrânia.


… Após Trump ter ampliado a tarifa sobre a Índia, Lula conversará hoje com primeiro-ministro Narendra Modi e, em entrevista à agência Reuters, disse que convocará os Brics para uma resposta tarifária conjunta ao tarifaço.


… Informou também que vai telefonar para o presidente da China, Xi Jinping, depois de o governo de Pequim ter manifestado “apoio firme” ao Brasil contra a “interferência injustificada” de Trump e a tarifa “intimidatória”.


… Os EUA têm tentado emparedar as pretensões do Brics de criar um rival ao dólar para transações internacionais.


… Por enquanto, Lula disse que não pretende retaliar o tarifaço dos EUA, mas não vê espaço para ligar para Trump, porque nas cartas ele não fala em negociação e porque “um presidente não pode ficar se humilhando para outro”.


… Haddad, que há dias vinha tentando uma reunião com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, confirmou ter conseguido marcar o encontro para a próxima quarta e disse que a Lei Magnitsky pode ser tema.


DECLINO? – Bolsonaro entrou com recurso contra a prisão domiciliar decretada pelo ministro Alexandre de Moraes.


… Na petição, os advogados do ex-presidente questionam a decisão monocrática e pedem a sua reconsideração. Caso contrário, solicitam que a Primeira Turma do STF analise o pedido para revogar a prisão domiciliar.


… Ministros do Supremo consultados pelo Valor, Veja e O Globo avaliam ser improvável que Alexandre de Moraes recue. Eles negaram a informação de bastidor apurada pela Folha de que Moraes esteja isolado dentro do STF.  


… Em evento ontem em Brasília, Gilmar Mendes defendeu o colega, disse que, não fosse Moraes, o Brasil estaria em um “pântano institucional” e garantiu não haver desconforto dentro do STF com a ordem de prisão de Bolsonaro.


MOTIM EM BRASÍLIA – Após dois dias de obstrução pela oposição no Congresso, o presidente da Câmara, Hugo Motta retomou, com muita dificuldade na noite de ontem, a cadeira na Mesa que comanda as sessões da Casa.


… Longas negociações mediadas por Lira conseguiram vencer a ocupação que inviabilizou a Câmara.  


… Marcada por bate-boca e muita confusão, a sessão foi aberta só duas horas depois do previsto e durou apenas 20 minutos. Em discurso, Motta mandou recado. “O País deve estar em primeiro lugar; não projetos pessoais”.


… O bloqueio oposicionista pressiona pela votação da anistia e impeachment do ministro Alexandre de Moraes.


… No Senado, Alcolumbre chamou sessão remota hoje para salvar a votação do projeto de lei que atualiza a tabela mensal do Imposto de Renda e garante a continuidade da isenção para quem recebe até dois salários mínimos.


… O texto precisa ser aprovado ainda esta semana, já que a MP em vigor perde seus efeitos na segunda-feira.


… “Não aceitarei intimidações nem tentativas de constrangimento à presidência do Senado. O Parlamento não será refém de ações que visem a desestabilizar seu funcionamento”, reagiu Alcolumbre, em nota enviada pela assessoria.


“PL DA DEVASTAÇÃO” – Lula deve vetar parcialmente a nova lei de licenciamento ambiental para não se indispor ainda mais com o Legislativo. O presidente deixou a decisão para a última hora – a data limite é amanhã.


… O maior suspense é se ele vetará o ponto polêmico da criação da Licença por Adesão e Compromisso (LAC), instrumento auto declaratório, que não depende de análise e aprovação de órgão ambiental para obra ou projeto.


MAIS AGENDA – O IGP-DI de julho abre o dia, às 8h, e deve recuar 0,15%, após queda de 1,80% em junho. O avanço esperado nos preços industriais ao produtor deve levar à queda menos intensa, segundo pesquisa do Broadcast.


… Do lado da atividade econômica, às 11h, a Anfavea divulga a produção de veículos em julho.


… O diretor de Política Monetária do BC, Nilton David, participa às 14h do evento Porto Asset Day, em São Paulo.  


BALANÇOS – Além de Petrobras, a lista é longa: Alpargatas, Assaí, Azzas, B3, Energisa, Engie, Eztec, Fleury, Kepler Weber, Renner, Magalu, Movida, Petroreconcavo, Petz, Rumo, Stone, Tenda e Vivara. Todos após o fechamento.


LÁ FORA – Diante dos sinais de desaceleração do ritmo do mercado de trabalho norte-americano no foco do Fed, o mercado monitora hoje o auxílio-desemprego, às 9h30, com previsão de alta de mil pedidos, para 219 mil.


… Raphael Bostic discute política monetária em evento hoje, às 11h, na Flórida. Na semana passada, mesmo depois do payroll fraco, o presidente do Fed de Atlanta continuou defendendo apenas um corte de juros este ano.


… Ainda nos Estados Unidos, saem os estoques no atacado em junho, às 11h, e o crédito ao consumidor, às 16h.


… No Reino Unido, que também vem observando um esfriamento do emprego, o BoE deve cortar o juro em 25 pontos-base, depois da pausa em junho. Hoje ainda tem decisão de política monetária no México, às 16h.


AFTER MARKET – As ações da Apple (+2,82%) e Intel (+0,69%) subiram, depois de Trump ter ameaçado impor tarifa de 100% sobre chips e semicondutores, a não ser que as empresas produtoras decidam fabricar nos Estados Unidos.


… O anúncio de Trump foi feito ao lado de Tim Cook, no Salão Oval, depois de a Apple ter revelado nesta quarta que investirá mais US$ 100 bilhões nos Estados Unidos, sinalizando que o iPhone será amplamente poupado das tarifas.


… A Intel, com considerável produção no território americano, também relativizou a ameaça de Trump.


CHINA HOJE – No Investing.com, em meio a sinais de redução das tensões comerciais entre Pequim e Washington, as importações saltaram inesperadamente (+1,1%), muito acima da previsão do mercado financeiro, de 0,3%.


… A demanda doméstica parece ter se recuperado, diante da avaliação de que o governo Trump pode pegar mais leve com os chineses. Além disso, as exportações (+5,8%) superaram o resultado previsto (4,6%) pelos analistas.


… Diante da surpresa com a força das importações, o superávit da balança comercial chinês encolheu para US$ 98,24 bilhões, inferior ao saldo registrado em junho (US$ 114,77 bilhões) e abaixo da estimativa de US$ 100,7 bilhões.


JAPÃO HOJE – O iene perdia fôlego durante a madrugada, diante de relatos na imprensa de que o governo dos Estados Unidos pretende impor uma tarifa adicional de 15% sobre as importações japonesas.


INDOLOR – No primeiro dia do tarifaço dos EUA contra o Brasil, a bolsa subiu 1% e o dólar ficou abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez desde 8 de julho, dia anterior ao anúncio das tarifas de 50%.


… Muito do estresse já tinha sido absorvido nas semanas anteriores e o mercado ficou livre para repercutir o fato de que cada vez mais dirigentes do Fed defendem corte de juros, o que aumentou a demanda por risco aqui e em NY.


… As relações político-comerciais Brasil-EUA ainda podem se complicar por causa das importações brasileiras de diesel e fertilizantes da Rússia.


… Mas o balanço do Itaú e outras companhias, como a RD Saúde (+18,67%; R$ 17,80) ajudaram a salvar o dia.


… O Ibovespa recuperou os 134 mil pontos, com alta de 1,04%, em 134.538 pontos, depois de ter tocado os 135 mil pontos na máxima do dia. Foi a terceira sessão consecutiva de ganhos.


… Itaú chegou a subir 4% em reação os números sólidos do 2Tri. Desacelerou para 1,26% (R$ 36,14) no fim do dia.


… Também agradou a perspectiva de proventos extras do banco. Em coletiva, o CEO, Milton Maluhy Filho, disse que, dando tudo certo, o banco deve fazer “distribuição importante” de dividendo adicional no começo de 2026.


… BB teve alta de 0,42% (R$ 18,70) e Santander unit subiu 0,72% (R$ 26,28). Bradesco PN caiu 0,12% (R$ 15,67).


… Vale cedeu 0,63% (R$ 53,77) em dia de minério estável (-0,06%), depois de três altas consecutivas em Dalian. No setor, Usiminas PNA (+2,34%) puxou o lado positivo, enquanto CSN perdeu 0,28%.


… Segundo o Broadcast, com a venda de ações da Usiminas, a CSN pode receber mais rapidamente uma indenização de cerca de R$ 5 bilhões da Ternium, do bloco de controle da siderúrgica.


… Petrobras PN subiu 0,12% (R$ 32,35) e ON caiu 0,23% (R$ 35,36). O Brent desvalorizou pelo 5º pregão seguido (1,10%, a US$ 66,89 por barril), desta vez sob pressão dos EUA sobre a Índia por causa da compra de petróleo russo.


… A forte queda dos estoques americanos na semana passada (-3,3 milhões de barris) não fez preço.


…  Ainda no Ibov, MRV teve a segunda maior alta, com +7,24% (R$ 6,37), seguida de Minerva (+6,28%; R$ 5,25).


… Na outra ponta, Pão de Açúcar liderou as perdas, com -10,36% (R$ 3,03), após o balanço mostrar piora no índice de endividamento e outros pontos negativos. Raízen cedeu 2,90% (R$ 1,34) e SLC Agrícola perdeu 2,43%; R$ 17,65.


POMBOS – Em NY, onde as techs brilharam ontem, os mercados foram muito marcados pela fala do chefe do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, que se juntou ao coro de defensores do corte de juros.


… O Fed, disse ele, “precisa responder à desaceleração da economia americana”.


… O dirigente comentou que o impacto das tarifas não é evidente, mas os dados que mostram desaceleração são “claros” e que o “mercado de trabalho está esfriando”.


… Por fim, afirmou que, “no curto prazo, pode ser apropriado começar a ajustar a taxa dos Fed funds”. Para Kashkari, a projeção de duas reduções neste ano ainda parece razoável.


… Depois, tanto a diretora Lisa Cook quanto a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, declararam que os últimos dados do payroll foram “preocupantes”.


… De acordo com Cook, as fortes revisões de dados do mercado de trabalho – como as divulgadas na 6ªF – comumente antecedem “pontos de virada” da economia.


… Na 2ªF, Mary Daly já tinha aberto a possibilidade de que os juros caiam já na reunião de setembro e ontem voltou à carga, ao afirmar que “o Fed provavelmente precisará ajustar a política monetária nos próximos meses”.


… Enquanto isso, seguem as especulações em torno do novo presidente do Federal Reserve. Continuam cotados o diretor do Conselho Econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, e o ex-diretor do Fed Kevin Warsh.


… Hasset disse nesta 4ªF que a “maior prioridade” de Trump é a independência do Fed. “Mas os integrantes do comitê parecem estar votando de forma partidária, o que não deveria acontecer”.


… Com o melhor desempenho do dia em Wall Street, o Nasdaq avançou 1,21%, aos 21.169,42 pontos. Apple subiu 5,1% depois de anunciar o investimento de US$ 100 bilhões nos EUA.


… Amazon (+4%), Tesla (+3,6%), Meta (1,12%), Alphabet (+0,82%) e Nvidia (0,65%) foram bem.


… O Dow Jones ganhou 0,19%, aos 44.193,43 pontos, puxado por McDonald’s (+2,98%), após balanço que superou estimativas dos analistas. O S&P 500 ganhou 0,73%, aos 6.345,07 pontos.


… A preocupação dos dirigentes do Fed com o mercado de trabalho mais fraco empurrou o dólar para baixo, diante da maior parte das moedas mais relevantes. O índice DXY caiu 0,61%, a 98,177 pontos.


… O euro subiu a US$ 1,1659, a libra avançou a US$ 1,3360 e o dólar recuou a 147,19 ienes.


… Por aqui, não foi diferente e o dólar recuou 0,78%, a R$ 5,4632. Na mínima, chegou a R$ 5,4591.


… Apesar de o câmbio estar sendo bem influenciado pelo exterior, Cristiano Oliveira, do Banco Pine, afirmou que há espaço para a valorização do real nos próximos meses.


… “O Brasil ainda tem uma posição externa confortável e o carry trade segue atrativo”, disse,


… A nova descompressão no dólar e as apostas de corte de juros nos EUA não pegaram muito nos juros, depois da queima de prêmios da véspera e, assim, os DIs ficaram perto dos ajustes anteriores.


… No meio da tarde, os vencimentos médios e longos chegaram a bater mínimas depois de Lula dizer que não pretende retaliar o tarifaço dos EUA, mas no fim da sessão, os contratos ficaram quase no zero a zero.


… A taxa do DI Jan/26 oscilou de 14,906% na sessão anterior para 14,905%. O Jan/27 foi para 14,160% (de 14,156%). O Jan/28, a 13,471% (de 13,485%), e o Jan/29, para 13,395% (de 13,404%).


… Os retornos dos Treasuries fecharam mistos. O juro da T-Note de 2 anos caiu a 3,708%, de 3,739% na sessão anterior, e o da T-Note de 10 anos subiu a 4,222%, de 4,218%.


CIAS ABERTAS… ELETROBRAS frustrou a expectativa de lucro, com prejuízo líquido de R$ 1,325 bilhão no segundo trimestre. Já o resultado financeiro ajustado apontou de lucro de R$ 1,47 bi, alta anualizada de 43,3%…


… Ebitda somou R$ 1,26 bi, queda de 71,6% contra igual período do ano passado. A receita líquida ficou em R$ 10,2 bilhões, avanço de 21,15%…


… Conselho de administração aprovou pagamento de R$ 4 bilhões a acionistas em dividendos intermediários; ex em 15/8. Serão pagos R$ 2,4303 por ação PNA, R$ 1,9334 por PNB e R$ 1,7577 por ON.


SUZANO registrou lucro líquido de R$ 5 bilhões no segundo trimestre, revertendo prejuízo de R$ 3,77 bilhões apresentado no mesmo período de 2024; Ebitda ajustado somou R$ 6,09 bilhões, queda anual de 3%.


MINERVA registrou lucro líquido de R$ 458,3 milhões no segundo trimestre, resultado 380,2% acima do apurado um ano antes; Ebitda somou R$ 1,3 bilhão, alta de 74,9% em relação ao mesmo período de 2024.


REDE D’OR registra lucro líquido consolidado de R$ 1,1 bilhão no segundo trimestre, crescimento anual de 12,9%; Ebitda somou R$ 2,4 bilhões, alta de 18,4% em relação ao mesmo período de 2024.


C&A registrou lucro líquido de R$ 200,3 milhões no segundo trimestre, salto de 138,9% na comparação anual; Ebitda ajustado somou R$ 438,4 milhões, avanço de 22% em relação ao mesmo período de 2024.


COGNA registrou lucro líquido de R$ 118,8 milhões no segundo trimestre, revertendo prejuízo de R$ 8,3 milhões apurado um ano antes; Ebitda recorrente somou R$ 551,6 milhões, alta de 14,5% na comparação anual.


BRAVA ENERGIA registrou lucro líquido de R$ 1,04 bilhão no segundo trimestre, revertendo prejuízo de R$ 582,1 milhões de um ano antes; Ebitda ajustado somou R$ 1,3 bilhão, aumento anual de 28%.


COPEL registrou lucro líquido de R$ 573,6 milhões no segundo trimestre, crescimento anual de 21,1%; Ebitda recorrente somou R$ 1,3 bilhão, avanço de 4,2% em relação ao mesmo período de 2024.


HYPERA registrou lucro atribuído aos controladores de R$ 425,4 milhões no segundo trimestre, queda de 13,6% na comparação anual; Ebitda somou R$ 724,4 milhões, baixa de 4,2% em relação ao mesmo período de 2024.


SANTOS BRASIL registrou lucro líquido de R$ 193,4 milhões no segundo trimestre, alta de 12,6% na comparação anual; Ebitda somou R$ 456,7 milhões, avanço de 35,2% em relação ao mesmo período de 2024.


TOTVS registrou lucro líquido de R$ 188,7 milhões no segundo trimestre, crescimento anual de 64,2%; Ebitda ajustado somou R$ 362,8 milhões, alta de 23% em relação ao mesmo período de 2024.


IOCHPE-MAXION registrou lucro líquido de R$ 86,8 milhões no segundo trimestre, alta de 135,1% na comparação anual; Ebitda somou R$ 450,47 milhões, avanço de 15,8% em relação ao mesmo período de 2024.


FRAS-LE registrou lucro líquido de R$ 49,7 milhões no segundo trimestre, alta de 20,1% na comparação anual; Ebitda somou R$ 238,4 milhões, avanço de 112,4% em relação ao mesmo período de 2024.


DEXCO registrou lucro líquido de R$ 31,7 milhões no segundo trimestre, queda de 67,3% na comparação anual; Ebitda ajustado e recorrente somou R$ 442,6 milhões, alta de 17,6% em relação ao mesmo período de 2024.


JSL registrou lucro líquido de R$ 21,4 milhões no segundo trimestre, queda de 80% na comparação anual; Ebitda ajustado somou R$ 491,7 milhões, avanço de 23,5% em relação ao mesmo período de 2024.


ESTAPAR registrou lucro atribuído aos sócios da empresa controladora de R$ 4,81 milhões no segundo trimestre, alta de 30% na comparação anual; Ebitda ajustado somou R$ 88 milhões, avanço de 14,2% contra igual período de 2024.


CBA registrou prejuízo de R$ 73 milhões no segundo trimestre, praticamente estável comparado ao mesmo período de 2024, quando a empresa registrou perdas de R$ 74 milhões; Ebitda ajustado somou R$ 189 milhões (-44%).


BTG confirmou interesse em ações da Metalfrio, mas informou que operação ainda não foi concluída.

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal


SESSÃO: Regressamos à montanha-russa com bolsas em alta. A temporada de resultados empresariais continua a avançar a bom ritmo com 80% das empresas já com resultados publicados e um crescimento de EPSs nos EUA de +12,1% vs. +5,8% esperado. 


A Apple anunciou novos investimentos de 100.000 M$ nos EUA (e 600.000 M$ no total) para dividir parte da sua cadeia de fornecimento e evitar impostos alfandegários. Neste sentido, ontem, Trump anunciou a imposição de impostos alfandegários de 100% à importação de chips, embora tenha prometido isenções para as empresas que se comprometam a investir nos EUA. TSMC não deverá ver-se afetada por ter fábrica no país, portanto China e outros países asiáticos como Filipinas ou Malásia partem como as principais vítimas deste possível imposto. Trump também impôs um imposto alfandegário adicional de 25% às importações da Índia (50% total), que já comentou e ameaçou com impostos alfandegários elevados ao setor farmacêutico se não reduzisse preços, motivando quedas no setor (Bayer -10%, Novo Nordisk -5%…).


E, por último, Kashkari (Fed de Minneapolis) declarou que a desaceleração da economia americana torna apropriado um corte de taxas de juros a curto prazo.


A partir de hoje, a semana perde intensidade. O Banco de Inglaterra irá baixar a Taxa Diretora em -25 p.b. até 4,00% devido à desaceleração em salários, a moderação em inflação (embora ainda se situe em níveis elevados, superiores a +3%) e debilidade económica no Reino Unido. E nos EUA, os dados macro irão mostrar melhorias na Produtividade (+2,0% vs. -1,5%) e nos Custos Laborais Unitários (+1,% vs. -6,6%) no 2T. Estas melhorias estão distorcidas pelo fraco PIB do 1T (-0,5%) com uma contribuição negativa do setor exterior pelo adiantamento de importações para evitar impostos alfandegários.


No plano micro, reduz-se o ritmo de publicação com empresas como Rheinmetall, Maersk, Siemens, D. Telekom na Europa; e Eli Lilly, Datadog, Constellation Energy, Block e Gen Digital nos EUA.


CONCLUSÃO: Hoje poderíamos ver ligeiros avanços nas bolsas, apoiados em bons resultados, isenções de impostos alfandegários a semicondutores para as empresas que se comprometam a investir nos EUA e corte de taxas de juros no Reino Unido. 


S&P500 +0,7% NQ100 +1,3% SOX -0,2% ES-50 +0,3% VIX 16,8% BUND 2,65%. T-NOTE 4,24%. SPREAD 2A-10A USA=+52PB B10A: ESP 3,23% ITA 3,47%. EURIBOR 12M 2,13% (FUT. EURIBOR 12M 2,08%). USD 1,168. JPY 171,6. OURO 3.385$. BRENT 67,3$. WTI 64,8$. BITCOIN -0,4% (114.699$). ETHER +0,8% (3.708$).


FIM

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

O peso do assistencialismo contínuo

 Eduardo Anelli, no Valor de hoje…

“O custo invisível do assistencialismo contínuo"

“Toda política pública precisa ser instrumento de transformação — e não de acomodação”. 

Amartya Sen, Prêmio Nobel de Economia

Nas últimas duas décadas, o Brasil construiu um dos maiores sistemas de transferência de renda da América Latina. Programas como o Bolsa Família, Auxílio Gás e Vale Energia integram o orçamento de milhões de famílias. Contudo, quando esses mecanismos emergenciais se tornam permanentes, sem metas de emancipação, surge uma dependência sutil, de longo prazo. 

A dúvida é: estamos enfrentando a pobreza ou perpetuando um ciclo de estagnação?

O Bolsa Família, criado oficialmente em 2003, atendia cerca de 3,6 milhões de famílias em seu primeiro ano. Hoje, ultrapassa a  marca de 20 milhões de famílias, com um custo mensal de mais de R$ 13 bilhões. Em 2024, os gastos ultrapassaram R$ 142 bilhões —  valor comparável ao total investido na educação básica nacional.

Essa inversão revela uma escolha: estamos financiando a permanência da pobreza, em vez de investir na superação dela. O investimento na renda mínima não pode substituir o esforço estruturante na formação de capital humano, base essencial para o desenvolvimento sustentável de qualquer nação.

O paradoxo é evidente nas regiões Norte e Nordeste. Em muitos municípios, há mais famílias beneficiárias do que trabalhadores formais. No Maranhão, por exemplo, apenas 24% da população economicamente ativa está registrada com carteira assinada.

Em Marajá do Sena (MA), para cada trabalhador formal existe quase três famílias no programa.

Isso sinaliza uma realidade preocupante: a assistência passou a ocupar o lugar do emprego como motor da economia local.

A Previdência Social brasileira enfrenta um déficit superior a R$ 320 bilhões ao ano. Com 53% da população fora do regime de contribuição, a base arrecadatórias e esvazia.

Além disso, o trabalhador brasileiro tem produtividade muito baixa: produz apenas 23% do que produz um trabalhador norte-americano. Esse índice também é inferior ao de países como Chile e Coreia do Sul, que investiram massivamente em educação e capacitação técnica ao longo das últimas décadas.

O resultado é um cenário de dependência e a baixa produtividade q mina o crescimento sustentável e agrava as desigualdades.

O impacto econômico do "assistencialismo contínuo" é pro-fundo. Ele pressiona o equilíbrio fiscal, desestimula a formalização, alimenta a informalidade e reforça desigualdades regionais.

Para sustentar os programas, o governo recorre a aumento de impostos indiretos, que pesam mais sobre os pobres, além de ampliar o endividamento público. As regiões mais dependentes da assistência, como o semiárido nordestino, sofrem retração no investimento privado e menor oferta de empregos qualificados, agravando a estimativa de crescimento e desenvolvimento sustentável na região.

Outros países seguiram caminhos diferentes. O Canadá destina mais de 11% do PIB à educação e tem 89% da população adulta com ensino médio completo. A Noruega investe mais de 9% do PIB no setor, oferecendo ensino público gratuito e de qualidade. A Finlândia, com 6,9%, tem uma das melhores notas do mundo em avaliações internacionais como o Pisa. A Coreia do Sul, que nos anos 1960 era mais pobre que o Brasil, ultrapassou os US$ 40 mil de Produto Interno Bruto per capita com foco intenso em educação técnica. O Chile, desde os anos 1990, reformulou sua política social, priorizando educação de base, crédito estudantil sustentável e mecanismos de transição entre assistência e trabalho.

O Brasil, ao contrário, manteve uma política de transferência sem metas claras de transição. A ausência de mecanismos que liguem a assistência à capacitação profissional tem efeitos colaterais evidentes: a substituição do salário pelo benefício, a perda de dinamismo no mercado de trabalho e o uso político de programas sociais como ferramenta de controle eleitoral. Tudo isso en-fraquece o vínculo entre esforço individual e progresso social.

A assistência social é necessária, mas não pode ser fim em si mesma. É preciso desenhar políticas com condicionalidades reais — como presença escolar, desempenho acadêmico e qualificação profissional —, estabelecer limites de permanência, incentivar a formalização via bônus fiscal a empresas que contratem ex-beneficiários e ampliar  microcrédito voltado a regiões mais vulneráveis. Investir no mínimo 6% do PIB em educação é essencial, com foco especial em ensino técnico regional.

A Coreia do Sul é um exemplo bem-sucedido de assistência social vinculada ao aumento da riqueza nacional. Após a guerra, o país estava entre os mais pobres do mundo, mas adotou políticas sociais focadas em educação, capacitação técnica e empregabilidade. O governo investiu em qualificação profissional e bolsas educacionais, exigindo contrapartidas de desempenho e inserção no mercado.

Esse modelo elevou a produtividade e impulsionou a mobilidade social, transformando a Coreia em uma potência econômica. Em menos de 50 anos, o Produto Interno Bruto per capita ultrapassou US$ 40 mil, provando que a assistência, quando voltada à emancipação, pode ser motor de crescimento.

Já a Venezuela ilustra um fracasso. Desde os anos 2000, o país ampliou subsídios diretos — como alimentos, gasolina e bônus — sem exigir contrapartidas ou promover inclusão produtiva. Financiados pela renda do petróleo, os programas alimentaram a dependência estatal e desestimularam o trabalho. Com o colapso econômico, o país enfrentou hiperinflação, escassez e êxodo em massa. A assistência, sem base estrutural e usada politicamente, aprofundou a crisee empobreceu ainda mais a população.

O papel do Estado deve ser o de construir pontes, não muros. Países que investiram em capital humano e educação transformaram suas populações vulneráveis em motores de crescimento e inovação. O Brasil precisa aprender com esses exemplos. A justiça social genuína está na emancipação econômica do cidadão. Um país forte não é o que sustenta milhões, mas o que prepara milhões para se sustentarem com dignidade e independência.

Eduardo Bach Anelli é economista, CFO da PX Energy e diretor financeiro da Forbes Resources Brasil Holding (julho 2025)

Fabio Alves

 


XP Bom dia

 06‑08 | XP Furla News


Bom dia,


🟢 Futuros em alta às 05h59 de Brasília: S&P 500 +0,32%, Dow Jones +0,38%, Nasdaq 100 +0,15%, FTSE 100 +0,22%, STOXX 600 +0,06%.

Petróleo Brent sobe 1,37%, aos US$ 68,57.


*🔴 Metrópoles - Tarifaço: Lula pede tempo a governadores e promete comprar excedentes* 

O presidente, contudo, se comprometeu a apresentar compensações aos setores atingidos. *Entre elas, medidas fiscais e compra governamental de excedentes dos produtos afetados pelo tarifaço.*


🔴 *UOL – Haddad sugere comprar parte das exportações que deixarem de ir para os EUA* 

Segundo o ministro, sua equipe trabalha em um texto legislativo. Compras seriam focadas em setores que não conseguirem novos compradores.


*🔴 Valor – Tarifaço dos EUA sobre produtos do Brasil entra em vigor hoje, com cerca de 700 exceções.*


*O Globo – Dia D do tarifaço: pacote de socorro mira crédito ao agro e compra governamental de pescado, fruta e mel.*

Deve prever linha do BNDES para pecuaristas e agroindústrias, com juros subsidiados pelo Tesouro.


*🔴 Poder360 – “Trump não quer falar, mas eu vou convidá-lo para a COP30”, diz Lula*

“Eu não vou ligar para o Trump porque ele não quer falar. Mas pode ficar certa, Marina, eu vou ligar para convidá-lo para a COP, porque quero saber o que ele pensa da questão climática.”


*🔴 Folha – Agro teme sanções de Trump ao Brasil por compra de fertilizantes russos e faz alerta ao Itamaraty*

Em julho, Trump ameaçou tarifar em 100% países que comprarem produtos russos. Ontem, disse que decide hoje sobre sanções envolvendo petróleo.


*G1 – Tebet avalia que café e carne devem ficar de fora do tarifaço dos EUA*

Segundo a ministra, produtos são sensíveis para o consumidor americano. Plano de contingência não deve afetar o teto de gastos.


*Valor – Bolsonaristas ameaçam parar votações e ocupam Câmara e Senado*

Protesto contra prisão de Bolsonaro impediu abertura dos trabalhos. Pressão por anistia, fim do foro e impeachment de Moraes.


*Folha – Cúpula do Congresso resiste à pressão após prisão de Bolsonaro, que deixa ala do STF indignada*

Planalto orienta reação discreta. No STF, parte dos ministros se irritou com a operação.


*Estadão – Alcolumbre diz que oposição faz “ação arbitrária” e Motta afirma que decisão do STF se cumpre*

Presidência do Congresso cancelou sessões e deve reunir líderes hoje.


*Folha – Paralisação da oposição deve atrasar sabatina de oito agências reguladoras*

Maior parte dos 17 indicados depende da Comissão de Infraestrutura, presidida por Marcos Rogério (PL-RO).


*Valor – Ata reforça tom conservador do Copom*

Juros devem seguir altos por “período bastante prolongado”. Destaque para inflação, cenário externo e mercado de trabalho.


*Valor – Inflação precificada pelo mercado já se aproxima de 4%*

BC conservador, surpresas baixistas e câmbio explicam queda da taxa implícita nas NTN-Bs.


*🇧🇷 MACRO BRASIL: Real ficou estável em R$ 5,51. Taxa local de 10 anos subiu 8 bps, para 13,77%, e a NTN-B longa avançou 3 bps, pagando IPCA + 7,19%.*


🇺🇸 TAXA REFERÊNCIA: Juros de 10 anos a 4,20%. Título de 2 anos sobe para 3,716%. O de 30 anos recua a 4,771%.

Fabio Alves