domingo, 15 de junho de 2025

Resumo Semanal

 *O átimo de inflexão do dólar*


A semana terminou bastante agitada nos mercados globais após os ataques israelenses a instalações iranianas, o que ofuscou os dados econômicos divulgados. Foram publicados indicadores de inflação nos Estados Unidos levemente abaixo do esperado, especialmente no núcleo do índice de preços ao consumidor, acompanhados de uma surpresa negativa nos pedidos de seguro-desemprego. Adicionalmente, o resultado orçamentário do governo americano apresentou déficit superior ao previsto.


O conjunto recente de dados tem apontado para uma desaceleração marginal da economia americana, ainda que com uma inflação persistentemente acima da meta e com maior resistência para convergir aos níveis desejados pelo Federal Reserve. Nesse contexto, Donald Trump tem mantido um tom crítico ao presidente do FED, Jerome Powell, por não ter retomado o ciclo de cortes de juros, mesmo com sinais de perda de tração na atividade. Esse debate ganha ainda mais importância ao considerarmos o atual déficit nominal dos EUA, de 7,3% do PIB — sendo 3,6% de déficit primário (diferença entre receitas e despesas do governo) e 3,7% referentes aos juros da dívida. Dessa forma, a manutenção da política monetária restritiva torna-se especialmente sensível diante da necessidade de refinanciamento de cerca de US$ 10 trilhões nos próximos 12 meses.


Nesse ambiente, o ataque de Israel ao Irã pode gerar desdobramentos de segunda ordem bastante relevantes, sobretudo por se tratar da principal região exportadora de petróleo do mundo. Vale destacar que, nas últimas semanas, os EUA davam sinais de avanço nas negociações com o Irã para retirada de algumas sanções, o que permitiria ao país ampliar suas exportações da commodity. Com isso, a expectativa de aumento de oferta vinha pressionando os preços do petróleo para baixo.


Após os ataques, no entanto, os contratos da commodity encerraram a semana com alta de 10,7%. Caso o conflito se prolongue ou afete a infraestrutura logística da região, há potencial para um repique inflacionário global, o que poderia comprometer a capacidade do FED de retomar cortes de juros no curto prazo.


Esse cenário levou à retirada de risco por parte de investidores globais, resultando em quedas de 0,4% no S&P 500 e de 1,4% no Russell 2000, além de retrações no Dow Jones (-1,3%) e no Nasdaq (-0,6%).


As taxas de juros americanas recuaram ao longo de toda a curva, influenciadas tanto pelos sinais de desaceleração da atividade quanto pela busca por ativos mais seguros. Os yields dos títulos de 2 e 10 anos fecharam a semana cotados a 3,9% e 4,4%, respectivamente, após recuarem 2,2%. Esse movimento impulsionou a valorização dos títulos públicos de longo prazo, que subiram 1,2%.


O aumento da percepção de risco também elevou a demanda por ativos tradicionais de proteção, como o ouro, que avançou 3,6%. Caso o conflito no Oriente Médio se intensifique, será possível avaliar se o dólar perderá sua função histórica de porto seguro — hipótese levantada por alguns agentes do mercado, dada a deterioração institucional dos EUA e o elevado nível de endividamento público. Nesta semana, a moeda americana recuou 1,1%, apesar da recuperação parcial após os ataques.


A retirada de risco foi generalizada e afetou a maioria dos ativos globais. O índice DAX caiu 3,2%, e o Nikkei recuou 0,2%. Já os mercados emergentes apresentaram leve alta de 0,4%, sustentados pelo avanço nos preços do petróleo, mesmo com quedas nas bolsas chinesas: -0,7% na de tecnologia e -0,3% na tradicional.


Não realizamos grandes alterações na alocação global dos fundos. Mantemos uma postura conservadora em relação à bolsa americana, com viés vendido, e seguimos alocados em títulos prefixados, aproveitando o cenário de desaceleração econômica. Adicionalmente, apesar de vermos um quadro estrutural desafiador para o dólar, entendemos que a conjuntura atual permite a manutenção de uma posição tática comprada, como já destacado anteriormente.


*Entre moinhos e tributos*


Os ativos locais se beneficiaram da alta do petróleo e do resultado de inflação abaixo das expectativas, superando os efeitos negativos da proposta de aumento de impostos via Medida Provisória enviada pelo governo. O principal destaque entre os dados econômicos recentes foi o desempenho da inflação, que surpreendeu amplamente os agentes financeiros com um resultado significativamente abaixo do esperado. Esse dado reforça a visão de desaceleração econômica e aumenta a incerteza quanto à necessidade de nova alta da taxa Selic na próxima reunião do Copom.


No início da semana, o governo enviou ao Congresso a Medida Provisória com as alternativas ao aumento do IOF. A proposta, no entanto, enfrentou forte resistência, especialmente após as críticas públicas do deputado Hugo Motta, mesmo após reuniões divulgadas no final de semana anterior. Isso evidencia uma crescente deterioração da articulação política do governo, que tem encontrado dificuldades para obter apoio legislativo para novas medidas arrecadatórias, diante de um Congresso reticente à criação de novos impostos e que pressiona por cortes de gastos do Executivo.


Nesse contexto, o Ibovespa subiu 0,8% na semana, desempenho que foi exclusivamente sustentado pela valorização de 9,8% das ações da Petrobras, impulsionadas pela alta do petróleo. Excluindo esse efeito, o índice teria registrado queda de 0,7%. O recuo nos demais setores refletiu tanto o impacto da proposta de aumento da tributação — sobretudo sobre os Juros sobre Capital Próprio (JCP) — quanto a retirada de risco por parte dos investidores globais. Ainda assim, o dólar acompanhou a tendência internacional e recuou 0,3%.


As taxas dos títulos públicos com vencimento em 2030 apresentaram comportamento atípico. A taxa do título prefixado caiu 1,5%, encerrando a semana em 13,6%, beneficiada pelo alívio nos juros globais e pelo resultado benigno da inflação. Em contrapartida, a taxa do título indexado à inflação subiu 0,3%, para IPCA + 7,5%, refletindo abertura da taxa de juro real, mesmo diante da perspectiva de menor inflação.


Mantemos posicionamento conservador nos ativos locais, especialmente na bolsa, por acreditarmos que a sensibilidade a uma possível desaceleração global pode comprometer o atual patamar de preços. Adicionalmente, a aproximação do calendário eleitoral, em um ambiente de queda de popularidade do governo, pode levar à intensificação do uso de políticas fiscais expansionistas. Ainda assim, avaliamos que o ciclo de alta de juros esteja em sua fase final, o que motiva o aumento do nosso posicionamento em títulos prefixados e indexados à inflação — movimento que implementamos ao longo desta semana.


Qualquer necessidade estou à disposição.

Um abraço, Breno - Rubik Capital

Bancos e a IA

 ESTADÃO: INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS SE ABREM À INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL


19:03 14/06/2025 

Por Matheus Piovesana


São Paulo, 14/06/2025 - A inteligência artificial (IA) já começa a entrar de forma mais efetiva nas operações dos bancos brasileiros. Ainda são operações não tão significativas, mas poucos têm dúvida de como isso deve avançar nos próximos anos.

No evento Febraban Tech, realizado em São Paulo na semana passada, o diretor da Caixa Pedro Pedrosa disse, por exemplo, que o banco tem adotado a lA generativa (que usa uma base de dados já existente para criar algo novo) para uma série de processos.Ao mesmo tempo, afirmou que é preciso ter cuidado e encarar os projetos como experimentação, para evitar perdas ou erros.Um dos casos de uso, segundo ele, é o da novação de dívidas (a transformação de uma dívida em outra, com extinção da antiga) contidas no Fundo de Compensação por Variações Salariais (FCVS), um legado do antigo Banco Nacional da Habitação absorvido pela Caixa. Com o auxílio de lA, nos testes iniciais, os analistas responsáveis por avaliar os processos aumentaram de um para até 20 o número de processos avaliados ao dia.Por outro lado, segundo Pedrosa, com a forte demanda do mercado por soluções de lA generativa, é preciso ser cuidadoso com a adoção das ferramentas. "Primeiro, como esse termo está muito no hype, tem uma corrida para usar, e eu acho que a gente precisa encarar como uma experimentação antes de ganhar escala. Temos tomado um pouco de cuidado e tentado tocar na experimentação", disse Pedrosa. Mas ressaltou que já está muito claro que a lA generativa fará parte das estratégias de negócio das empresas, incluindo as não financeiras.

MODELOS DE IA. A vice-presidente de Negócios Digitais e Tecnologia do Banco do Brasil, Marisa Reghini, por sua vez, afirmou que o banco está integrando dois modelos de inteligência artificial generativa aos canais internos para ganhar eficiência no atendimento aos clientes e também aos funcionários.

Duas soluções fazem parte deste esforço: uma que tira dúvidas dos funcionários sobre normativos do Banco Central durante atendimentos aos clientes, e outra que tira dúvidas sobre transações. "No próximo passo, estamos integrando essas duas soluções com os canais internos do banco", disse a executiva.


O CIO e diretor das áreas de Inovação e Sistemas do Bradesco, Edilson Reis, disse que as ferramentas de lA generativa têm conseguido resolver dúvidas e demandas dos clientes em um grau alto, o que reduz a demanda pelo atendimento humano:"Temos 3 milhões de clientes digitais que têm o chat com a BIA (a assistente virtual do Bradesco, um chatbot de lA generativa). Temos um grau de resolutividade da ordem de 85% a 90%. Para todo atendimento que esse cliente faz no chat pessoa física, apenas de 10% a 15% derivam para um atendimento humano."A BIA, criada em 2016, tem ganhado novos papéis dentro do banco. Além do atendimento aos clientes, foram criadas frentes destinadas aos funcionários e às equipes de tecnologia, por exemplo.AGENTES DE IA. Os maiores bancos do País acreditam que os chamados agentes de inteligência artificial, que usam dados de outros sistemas para realizar tarefas e comandos, passarão a ter um uso amplo em breve, talvez no próximo ano. Na visão de executivos de tecnologia das instituições, é possível que haja estruturas para o uso dessa tecnologia ainda em 2025.

"Eu acredito que vamos ter uma infraestrutura adequada para o uso de agentes até o final do ano. Tem protocolos indo nessa direção para ajudar", disse o CIO do Santander

Brasil, Richard da Silva. “Para mim, será a nova transformação digital que vamos viver, porque não é só tecnologia pela tecnologia, vamos ter de revisitar a arquitetura dos nossos sistemas, e os modelos internos do banco", disse Marisa Reghini, do BB. Reis, do Bradesco, afirmou que a evolução de fato tem sido rápida, mas que a tecnologia ainda precisa caminhar. "Para casos específicos a gente já começa fazer, mas eu concordo que a tecnologia ainda não está pronta."

sábado, 14 de junho de 2025

PT nao sabe o q fazer sem Lula

 PT NÃO SABE O QUE FAZER SEM LULA


Editorial Estadao, 14/06/2025


A esquerda brasileira está encurralada entre o passado e o risco de se tornar irrelevante, dada sua profunda dependência da reeleição do presidente Lula da Silva para continuar no poder. Em recente entrevista ao programa _Conversa com Bial_, a ministra de Relações Institucionais e ex-presidente do PT, Gleisi Hoffmann, reconheceu, sem disfarçar um certo tom de lamento, que, “infelizmente, Lula terá de ser candidato” em 2026. Segundo ela, seu partido e a esquerda até “têm quadros políticos”, mas nenhum com “pegada popular” nem tampouco força eleitoral para “fazer disputa e ganhar da extrema direita” na próxima eleição presidencial.


É de reconhecer que a ministra está certa em um ponto. De fato, sem o nome de Lula nas urnas, um candidato que sempre será competitivo – e ainda mais com a força de incumbente movendo a máquina pública federal a seu favor –, não apenas o PT como a esquerda em geral amargarão anos a fio, é possível inferir, sem ter uma perspectiva de poder em âmbito nacional. Basta lembrar quão difícil foi até para Lula derrotar Jair Bolsonaro, um dos piores presidentes da Nova República, na eleição passada. Gleisi, no entanto, omitiu um fato e distorceu outro em sua análise da conjuntura política de seu campo ideológico.


Se o destino da esquerda, para o bem ou para o mal, é profundamente atrelado ao destino de Lula, e não de hoje, a responsabilidade por essa dependência é exclusivamente do presidente. Lula sempre sabotou qualquer movimento de renovação tanto no PT quanto no chamado “campo progressista” – seja o arejamento de lideranças, seja de ideias. Todos os que ousaram, ainda que timidamente, projetar sombra sobre Lula foram logo abatidos no nascedouro, restando ao incauto o culto à personalidade do demiurgo e/ou a posição de “poste” acaso desejasse ter alguma projeção política. Aí estão os exemplos de Dilma Rousseff e Fernando Haddad para desencorajar qualquer um que queira pôr à prova a lulodependência da esquerda.


Outra malandragem de Gleisi foi omitir que a razão para a esquerda “até ter quadros políticos”, mas nenhum deles ser eleitoralmente competitivo, é o fato de a esquerda não ter um projeto para o País, e sim, se tanto, um projeto para aferrar Lula ao poder sabe-se lá até quando. A esquerda brasileira é atrasada. Não enxerga nem o Brasil nem o mundo pelas lentes do século 21. Há uma profusão de análises e pesquisas, na imprensa profissiona  e na academia, demonstrando a desconexão que se estabeleceu entre a esquerda, em suas múltiplas derivações, e o eleitorado que, historicamente, sempre apoiou seus candidatos. O exemplo mais notório dessa desconexão, claro, é o próprio Lula, que, malgrado estar em seu terceiro mandato presidencial, é recalcitrante em reconhecer erros e se mostra incapaz de oferecer à sociedade um mero esboço de plano coerente, exequível e sustentável para o desenvolvimento do País.


Diante desse deserto propositivo, não resta alternativa a Lula, em particular, e à esquerda, em geral, a não ser apelar para essa suposta ameaça de retorno do que chamam de “extrema direita” à Presidência da República. Foi exatamente o que Gleisi vocalizou na entrevista, antecipando o tom da campanha eleitoral de Lula ou de quem ele ungir em 2026. Qualquer adversário do PT no ano que vem será invariavelmente tratado como o representante das forças do atraso, do golpismo e “das elites” – tudo isso empacotado como “extrema direita”.


Ocorre que o verdadeiro representante da extrema direita, Bolsonaro, está inelegível. Logo, não representa mais ameaça alguma à ordem democrática. A rigor, não é improvável que ao tempo da eleição o ex-presidente esteja preso por ordem do Supremo Tribunal Federal. Assim, será muito difícil formar uma nova “frente ampla” em torno da candidatura petista sob a bandeira da “defesa da democracia”, que, como é notório, prevaleceu sobre seus inimigos. Sem a retórica do medo, quase nada sobra para uma esquerda anacrônica e incapaz de inspirar esperança para a maioria dos brasileiros. E sem propostas concretas para lidar com os reais problemas do País, resta-lhe o risco de desaparecer como força de transformação social, reduzida a um grupo fechado em torno de Lula e de um discurso vazio de sentido.

Mario Ssbino

 *Não critiquem Israel pelo ataque fulminante ao Irã. Agradeçam a Israel*


_Ao contrário do que você pode ser levado a pensar, o mundo está mais seguro desde que Israel lançou o seu ataque contra o Irã_


Pouco antes do ataque, a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) divulgou que o regime iraniano havia violado o acordo assinado em 2015, com Estados Unidos, China, Rússia, França, Alemanha e Reino Unido, e que o país já contava com urânio enriquecido suficiente para fabricar nove bombas nucleares. “A Aiea declara que não pode garantir que o programa atômico iraniano seja exclusivamente pacífico”, disse a agência


Junte-se a isso a recusa do Irã em ceder a Donald Trump nas exigências pelo cumprimento do acordo, não restava outro caminho a Israel, se não o de atacar instalações nucleares e militares do país. O regime iraniano é uma ameaça existencial ao país. É objetivo declarado da ditadura dos aiatolás eliminar o Estado judaico.


Até que Israel reagisse ao massacre de 7 de outubro de 2023, o Irã vinha promovendo uma guerra por procuração contra o seu grande inimigo, via Hamas e Hezbollah, principalmente. Mas a invasão bárbara do território israelense mostrou a Tel Aviv que o confronto direto com Teerã era questão de pouco tempo, a necessária etapa seguinte à dizimação dos grupos de sicários palestino e libanês.


Em abril do ano passado, Israel bombardeou a embaixada iraniana em Damasco para matar oficiais graduados da Força Quds, unidade do exército do Irã responsável por treinar, equipar e financiar os terroristas aliados do regime dos aiatolás.


Em retaliação, o Irã lançou centenas de drones e mísseis contra o território de Israel. O que era para ser uma demonstração de força virou o seu contrário: o ataque inédito e aparentemente grandioso causou mais ansiedade do que vítimas entre os israelenses.


Ficou evidente que o Irã era um tigre de papel, mas um tigre de papel com ambições atômicas que não poderiam prosperar.


Com ou sem Benjamin Netanyahu, Israel empreenderia uma guerra contra o Irã para destruir as suas instalações nucleares. Os israelenses nunca acreditaram na conversa fiada de que o programa atômico iraniano tinha fins pacíficos.


Só não atacaram antes porque o acordo firmado em 2015 criou obstáculos políticos no plano internacional, que foram removidos pelo 7 de outubro e, agora, pelo reconhecimento da AIEA que, durante todo esse tempo, os iranianos levaram no bico os países que acreditaram que a assinatura de aiatolás e de seus prepostos valia alguma coisa.


Ontem, Israel apenas começou o serviço no qual as suas forças armadas operam em conjunto com agentes do serviço secreto, o Mossad, infiltrados em território iraniano. Outros ataques virão nas próximas duas semanas, como anunciado


Além de destruir parte das instalações nucleares e militares do Irã, os israelenses mataram os cientistas que conduziam o programa nuclear e os comandantes das Forças Armadas do Irã. Outros oficiais graduados também foram eliminados.


A cadeia do comando militar iraniano foi quebrada por mais uma ação prodigiosa de Israel, e isso explica também a falta de reação à altura dos iranianos. Até o momento, o Irã conseguiu lançar apenas pífios cem drones contra o inimigo.


Os israelenses prestam um grande serviço a si mesmos, ao Oriente Médio e, portanto, ao mundo ao atacar as instalações onde o regime medieval dos aiatolás, opressor do próprio povo e patrocinador de grupos terroristas que desestabilizam perigosamente a região, vinham preparando bombas atômicas e fabricando mísseis que as pudessem carregar, ao mesmo tempo que mentiam sobre as suas reais intenções.


Os protestos ouvidos contra Israel dos governos de países muçulmanos e ocidentais são a expressão da hipocrisia habitual da qual o país é alvo.


Enfraquecer e derrubar o regime iraniano, tanto pela mão militar como pela política, é passo fundamental a ser dado para a paz no Oriente Médio, o que inclui, finalmente, a constituição de um Estado palestino que conviva em harmonia com o Estado israelense, objetivo impossível de ser alcançado enquanto houver aiatolás e cúmplices para ressuscitar continuamente Hamas e Hezbollah.


Não critiquem Israel pelo ataque ao Irã. Agradeçam a Israel.


PS: a nota do Itamaraty é mais do mesmo. O Brasil se compraz na sua irrelevância.


https://www.metropoles.com/colunas/mario-sabino/nao-critiquem-israel-pelo-ataque-fulminante-ao-ira-agradecam-a-israel


*BK*

sexta-feira, 13 de junho de 2025

BDM Matinal Riscala

 Risco geopolítico domina negócios globais

www.bomdiamercado.com.br

Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*


[13/06/25]


… O petróleo saltava quasse 10% e os futuros de NY registravam fortes perdas, ontem à noite, após Israel ter lançado ataques em grande escala a instalações nucleares do Irã. Netanyahu disse que as operações continuarão por quantos dias forem necessários. Fontes do governo israelense dizem que esse não é um ataque de um dia só. Investidores corriam para o dólar, iene, Treasuries americanos e títulos do Japão. Comunicado da Casa Branca informou que os EUA não estão envolvidos. Os riscos geopolíticos devem dominar o ambiente dos negócios globais. Na agenda dos indicadores, sai a preliminar de junho do sentimento do consumidor americano de Michigan e, aqui, o volume de serviços, em meio à crise entre governo e Congresso, no confronto aberto.


… Em mais um susto para o Planalto, Hugo Motta foi ao X no final da manhã, após a reunião de líderes, para anunciar a decisão de pautar na 2ªF a urgência de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para derrubar o novo pacote do IOF da Fazenda.


… “Conforme tenho dito nos últimos dias, o clima na Câmara não é favorável para o aumento de imposto com objetivo arrecadatório para resolver nossos problemas fiscais.” A notícia causou espanto, já que as novas medidas haviam sido combinadas com Haddad.


… Causou espanto e causou confusão também, porque se o Congresso derruba o novo decreto do IOF, publicado na noite de 4ªF, passaria a valer o primeiro decreto, que começou essa briga. Agora, estão vendo um jeito de derrubar os dois decretos de uma vez só.


… O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, está cuidando da logística, afirmando que “pagadores de impostos não podem continuar sendo surrupiados por esse governo irresponsável que não quer conter gastos.” Motta voltou a ceder às pressões.


… Horas antes, Haddad reforçava aos jornalistas que está disponível para discutir com o Congresso as medidas alternativas ao IOF. “Estou 100% disponível para visitar os presidentes [das Casas], os líderes, as bancadas. Quantas horas precisar.”


… O ministro defendeu as medidas do IOF por terem a vantagem de entrar em vigor imediatamente, o que representaria uma salvaguarda das contas públicas. “Óbvio que o IOF tem dimensão regulatória, mas ela tem uma arrecadação importante.”


… Ele considera natural algum tipo de reação negativa, seja de setores, de parlamentares da oposição, afirmando que os lobbies são mais rápidos e atuam com muita força, mas ainda acreditava que, com diálogo, ganharia apoio. Até do agro e da construção civil.


… Rebatendo as críticas à tributação de 5% para LCAs e LCIs, disse que “o agro nunca cresceu tanto como agora, nós vamos para o terceiro plano safra de crescimento”, e que “metade da construção civil é Minha Casa, Minha Vida, que tinha acabado no governo anterior”.


… O ministro citou novas fontes para complementar as receitas com as medidas do atual decreto do IOF e MP, que devem ficar em torno de R$ 10 bilhões este ano, como dividendos extraordinários das estatais, e a venda de petróleo de áreas do pré-sal não contratadas.


… E ainda manifestou a esperança de que as isenções tributárias, estimadas em R$ 800 bilhões, possam ser reduzidas em até 10%.


… Haddad insiste que as medidas da MP não representam aumento de impostos, mas “correção de distorções”, e que, em relação ao setor financeiro, o que está sendo feito é uma equalização da tributação. Mas já era tarde demais para bater na mesma tecla.


… Brasília pegava fogo e, em Mariana (MG), o presidente Lula reconheceu em discurso um “clima muito ruim” na Câmara.


… Respondendo às críticas de que seu governo não faz cortes de gastos, Lula disse que não foi eleito para “fazer benefícios para os ricos”, que “recebem R$ 860 bilhões em isenções fiscais e o Brasil vive uma sina desgraçada de que pobre tem que nascer e morrer pobre”.


… Em Fórum da Fiesp, o presidente Josué Gomes da Silva resumiu o quadro que parece sem saída…


… “Todos entendemos que as contas públicas não podem permanecer como estão, há o consenso do que fazer, mas não há consenso do como fazer. Cada um de nós quer que o ajuste das contas públicas seja feito no vizinho. Ninguém abre mão de nada.”


… O pior desfecho nesse cenário seria uma mudança da meta fiscal, que já começa a ser considerada no mercado.


MUITO POUQUINHO – Estudo da XP aponta que os cortes de gastos propostos na MP, como perícia médica online no INSS, a inclusão do Pé-de-Meia no piso da Educação e o controle no acesso ao Seguro Defeso devem render apenas R$ 2 bilhões em 2025.


… Para 2026, a economia com esses primeiros itens indicados pela Fazenda poderiam ser de R$ 4,8 bilhões.


SACO SEM FUNDO – Ninguém abre mão de nada e, sempre que dá, querem um pouco mais, como a mais nova pressão de parlamentares que decidiram atrelar a isenção do IR ao maior número de deputados na Câmara e à recuperação de verbas do orçamento secreto.


… A Comissão Mista de Orçamento aprovou, nesta 5ªF, um projeto que abre caminho para a aprovação da isenção do IR até R$ 5 mil, mas sem a compensação que deve taxar os mais ricos – conforme proposta do governo – e com os dois “jabutis” incluídos.


… A ideia é que o governo estime no Orçamento de 2025 e nos Orçamentos dos anos seguintes o impacto da criação das novas vagas dos deputados, elevadas de 513 para 531, com um custo de receita de R$ 64,8 milhões ao ano.


… A CMO também alterou o projeto para recuperar R$ 2 bilhões em verbas do orçamento secreto, autorizando que obras com problemas técnicos, como falta de licitação e licenciamento ambiental, e municípios inadimplentes com a União, recebam esse dinheiro.


… Além disso, serão contempladas outras emendas direcionadas por deputados e senadores para seus redutos eleitorais.


LESADOS DO INSS – Governo pediu ao STF autorização para abrir crédito extraordinário para pagar indenizações às vítimas de descontos indevidos do INSS, solicitando que o valor não seja incluído nos limites de gastos nos anos de 2025 e 2026.


MAIS AGENDA – Pesquisa Broadcast aponta alta de 0,2% para o volume de serviços prestados em abril, na mediana das estimativas, após crescimento de 0,3% em março. As estimativas variam de recuo de 1,0% a expansão de 0,8%. O dado será divulgado às 9h.


… Confirmadas as expectativas, este será o terceiro mês consecutivo de expansão, na esteira da recuperação da confiança do consumidor, do mercado de trabalho aquecido e de medidas pontuais de estímulo, como a liberação do FGTS e do crédito consignado privado.


… Nesta 5ªF, a Pesquisa Mensal de Comércio trouxe uma queda nas vendas do varejo ampliado (-1,9%) em abril maior do que a mediana das estimativas (-1,4%). Mas o indicador não foi suficiente para reforçar as apostas em manutenção da Selic.


… Pesquisa da Agência Estado apurou que o mercado está dividido para o Copom da próxima semana, com 27 Casas esperando que o BC mantenha o juro estável em 14,75%, enquanto 21 instituições acreditam em um último ajuste de 25pbs, para 15% (abaixo).


… Nos EUA, a preliminar de junho do sentimento do consumidor medido pela Universidade de Michigan sai às 11h, com previsão de que tenha melhorado para 53,5 (de 52,2 em maio). Junto saem também as expectativas inflacionárias para um ano e cinco anos.


… Às 14h, a Baker Hughes informa o número de poços e plataformas de petróleo em operação nos Estados Unidos.


… Na Zona do Euro, dados da balança comercial e da produção industrial abrem o dia (6h), ambas referentes a abril.


GOLPE PELAS COSTAS – A sabotagem de Motta, com a promessa de colocar o decreto do IOF em pauta, quando tudo o que Haddad precisava era de um tempo para negociar alternativas, levou o câmbio para a defensiva.


… Diante do clima pesado em Brasília, o dólar aqui desperdiçou a chance de embarcar na queda firme da moeda americana lá fora, desencadeada pela inflação fraca nos EUA, que projeta até três cortes de juro pelo Fed.


… A virada do dólar no mercado doméstico para alta coincidiu com o momento da postagem do presidente da Câmara, avisando que vai jogar para votação o projeto de decreto legislativo que derruba o aumento do IOF.


… Depois de ter tocado mínima de R$ 5,525 mais cedo, a divisa americana zerou a queda e passou raspando em R$ 5,56 na máxima do dia (R$ 5,5591), antes de fechar perto da estabilidade (+0,07%), cotada a R$ 5,5421.


… Há dificuldade do dólar para furar o piso informal de R$ 5,50, mesmo com o carry trade favorável ao Brasil, por conta da confusão gerada pelas mudanças no IOF, resumiu Eduardo Velho (da Equador) ao Broadcast.


… Em meio aos ruídos domésticos, só restou ao real passar o dia olhando de longe o índice DXY afundar 0,71% em NY e furar a linha dos 98 pontos (97,927), no menor patamar em três anos, de olho na pressão dovish sobre Powell.

… Um dia depois de os preços ao consumidor americano (CPI) terem vindo comportados, o PPI confirmou que está tudo sob controle. A alta de 0,1% da inflação ao produtor em maio contra abril veio abaixo do esperado (0,2%).


… O indicador reforçou a percepção de que a política protecionista dos EUA ainda não atingiu em cheio os custos.


… Mas Trump, que nunca se cansa de aprontar, já veio ontem com o papo de que as tarifas sobre automóveis importados, hoje em 25%, podem subir em breve, em mais uma das ameaças para embolar a guerra comercial.

… O republicano informou ainda que pretende mandar cartas nas próximas duas semanas para os parceiros comerciais dos EUA definindo tarifas unilaterais antes do prazo final de 9 de julho e que é “pegar ou largar”.


… Em entrevista à CNBC, aproveitou também para xingar Powell de “idiota” e insinuar que “talvez eu seja obrigado a tentar alguma coisa” para forçar o Fed a reduzir as taxas de juros, embora tenha descartado demitir Powell.


… O mercado anda tão convencido que a inflação não é obstáculo do Fed, que já se animou a projetar ontem não apenas dois, mas três desapertos monetários, incluindo outubro no cronograma que já previa setembro e dezembro.


… Beneficiado em duas frentes, pela fraqueza do dólar com o Fed mobilizado para cortar o juro no 3Tri e pela sinalização do BCE de que está chegando ao fim de seu ciclo de cortes, o euro subiu 0,79%, para US$ 1,1578.


… Nas máximas, escalou ao pico em quatro anos. A libra ganhou 0,43%, a US$ 1,3602. O iene foi a 143,56/US$.


ONDE HÁ FUMAÇA, HÁ FOGO – Em um rali impressionante, Petrobras vem exibindo altas expressivas há três pregões e hoje pode completar o seu quarto dia de ganhos, se depender da explosão do petróleo com Israel-Irã.


… Desde 3ªF, vinham rolando rumores no mercado, confirmados ontem por Haddad, sobre uma possível pressão do governo Lula para a distribuição de dividendos extraordinários pelas estatais, nos esforços para mirar a meta fiscal.

… Ao chegar ontem à Fazenda, Haddad mencionou as medidas em estudo para cobrir o rombo das contas públicas.


… Além dos dividendos extraordinários, citou o projeto de lei que autoriza a venda de petróleo de áreas do pré-sal não contratadas adjacentes aos campos de Mero, Atapu e Tupi, enviado no final do mês passado para o Congresso.

… As ações ON da Petrobras subiram 2,76% (R$ 34,25), entre os maiores ganhos do dia, assim como as PN (+2,25%; R$ 31,75), ajudando a embalar o Ibovespa e ofuscar o impacto da investida da Câmara ao decreto do IOF.


… Perto dos 138 mil pontos, o índice à vista da bolsa doméstica subiu 0,49% e fechou aos 137.799,74 pontos, com giro de R$ 28,6 bilhões, acima das médias recentes. Além da Petrobras, os bancos também colaboraram ontem.


… Bradesco liderou o setor, com +1,42% (ON, a R$ 14,28) e +0,98% (PN, a R$ 16,48). Itaú PN subiu 0,77%, para R$ 36,61, e BB ON ficou praticamente estável (+0,09%), a R$ 21,42. Na mão contrária, Santander caiu 0,86% (R$ 29,91).

… Vale perdeu 0,66% (R$ 52,83), seguindo o minério de ferro na China, em leve queda de 0,21%. De seu lado, o petróleo Brent acionou realização de lucro, depois do salto de 4% na véspera, e caiu 0,59%, a US$ 69,36 por barril.


… Mas hoje já é outro dia, com o bombardeio em larga escala lançado por Netanyahu às bases nucleares do Irã.


O RACHA DO COPOM – O duelo das apostas, entre pausa e nova alta de 0,25pp da Selic na semana que vem, continua rolando solto, projetando um resultado imprevisível para a reunião de política monetária da próxima 4ªF.


… De última hora, o Santander mudou ontem o seu call, de manutenção para um aperto adicional. Segundo o banco, embora a inflação venha surpreendendo para baixo, a atividade segue forte, particularmente o mercado de trabalho.


… “Nesse contexto, o BC pareceu desconfortável com o mercado precificando uma certeza de não aumento [do juro] e ativamente direcionou as expectativas para um aperto”, escreveu o economista Marco Antonio Caruso.


… O profissional faz parte da corrente do mercado que leu os últimos comentários de Galípolo pelo viés hawkish.


… A curva do DI operou sob volatilidade ontem, diante da proximidade do Copom e do barulho do IOF, mas os contratos futuros dos juros acabaram fechando perto dos ajustes, devolvendo a pressão observada pela manhã.


… No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,845% (contra 14,890% no pregão anterior); Jan/27, 14,185% (de 14,235%); Jan/29, 13,535% (de 13,570%); Jan/31, 13,690% (de 13,700%); e Jan/33, 13,740% (13,760%).


… Lá fora, as taxas dos Treasuries caíram com a inflação sem sustos do PPI e as novas ameaças tarifárias de Trump, que mantiveram posições defensivas nos títulos do Tesouro, como deve acontecer hoje com o ataque de Israel/Irã.

… O retorno da Note de 2 anos recuou a 3,903%, de 3,942% na véspera, e o de 10 anos, a 4,354%, contra 4,415%.


… Com Trump botando as garras de fora novamente, as bolsas em NY subirem pouco, mas não deixaram de expressar o alívio com o esvaziamento das pressões inflacionárias, que pode contratar ciclo maior de queda do juro.


… O Dow Jones subiu 0,24%, a 42.967,62 pontos; o S&P 500 ganhou 0,38%, a 6.045,25 pontos; e o Nasdaq, +0,24%, para 19.662,48 pontos. Boeing despencou 4,79% com o acidente na Índia que deixou um único sobrevivente.

EM TEMPO… Na Folha, a JBS e seu braço portuário, a JBS Terminais, avaliam colocar de pé o plano para leilão de concessão do novo megaterminal no porto de Santos, o Tecon 10, que deve ocorrer até o final de 2025.


TELEFÔNICA aprovou a distribuição do valor líquido de R$ 170 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,0524 por ação, com pagamento até 30/4/26; ex em 24/6.


BANCO MASTER. O BRB entregou ao BC essa semana a documentação completa sobre o escopo da compra da instituição, apurou a Broadcast. Com isso, o prazo de 360 dias para análise da operação começou a correr.

MRV informou que fará a 29ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, no valor de até R$ 750 milhões…


… Ainda segundo a empresa, o Conselho de Administração autorizou a recompra de até 6.082.426 de ações ON da companhia; plano de recompra terá vigência até 12/12/26.


NEOENERGIA aprovou a distribuição de R$ 264 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,2174 por ação ON, com pagamento em dezembro; ex em 18/6.


AOS ASSINANTES DO BDM, BOM DIA E BONS NEGÓCIOS!


*com a colaboração da equipe do BDM Online


AVISO – Bom Dia Mercado, produzido pela Mídia Briefing, não pode ser copiado e/ou redistribuído.

JR Guzzo

 ## **O Tirano que Sorri**


Por muito tempo, imaginamos que a tirania viria vestida de farda, montada num tanque, com botas sujas de sangue.

E, de fato, ela veio assim: Hitler na Alemanha, Stalin na Rússia, Mao na China, Pol Pot no Camboja.

Todos deixaram suas marcas com tinta vermelha — milhões de mortos, povos destruídos, economias arrasadas, civilizações traumatizadas.

Foram monstros clássicos. Visíveis. Nomeáveis.


Mas a história, como um organismo vivo, muda de forma.

Hoje, a tirania veste terno, distribui sorrisos e se esconde atrás de urnas e de discursos democráticos.

Ela não fuzila, mas endivida.

Não censura com fogo, mas com algoritmos.

Não prende por opinião, mas por interpretação.


No Brasil, essa nova face da tirania tem nome: **Luiz Inácio Lula da Silva**.

Não é exagero, tampouco metáfora solta. É uma constatação estrutural: o país é hoje **governado por um homem condenado por corrupção em todas as instâncias do Judiciário, libertado não por inocência, mas por manobras jurídicas promovidas por juízes escolhidos por ele próprio.**


E não bastasse isso, foi reintegrado ao poder como salvador da pátria.

Recebeu honrarias de academias literárias, apesar de sua limitação de leitura e escrita.

É tratado como exemplo de estadista, mesmo tendo chefiado o maior esquema de corrupção da história do país.

Condenado, absolvido por burocratas da toga, aplaudido por quem deveria denunciar.

É a consagração do absurdo.


Mas o estrago não é apenas moral.

É econômico, social, ético e cultural.


O brasileiro que trabalha vê seu salário ser corroído pela inflação, pela carga tributária, pelos juros descontrolados.

Os que empreendem vivem cercados de regulações que favorecem apenas os grandes conglomerados amigos do poder.

A máquina estatal cresce, devora, impõe — e o povo, sem saber para onde correr, afoga-se em parcelas, dívidas e narrativas.


Tudo isso com **a bênção de um Supremo Tribunal Federal transformado em quartel ideológico**.

Nove ministros nomeados por Lula ou seu partido.

Um Senado cúmplice, que não fiscaliza, pois muitos de seus membros têm medo de serem julgados.

Uma Câmara de Deputados domesticada a golpes de emendas bilionárias.


E assim, **a democracia se converte em fachada**.

As instituições continuam de pé — mas são cascas ocas.

As leis existem — mas não se aplicam a todos.

As eleições acontecem — mas com uma imprensa subjugada e uma Justiça Eleitoral que julga e executa conforme o cheiro do vento.


O resultado é uma sociedade entorpecida.

Uma população explorada sem perceber.

Um país saqueado com assinatura, carimbo e cobertura jornalística favorável.


**Não há paredões, mas há fome.**

**Não há campos de concentração, mas há milhões de presos econômicos.**

**Não há guerra civil, mas há destruição moral diária.**


É o mesmo resultado dos velhos tiranos — mas com um método novo: **a anestesia democrática.**


Lula não superou Stalin, Hitler ou Mao em número de cadáveres — ainda.

Mas em termos de método, **superou todos com uma genialidade perversa:**


* Convenceu o povo de que ele é o libertador, quando é o carcereiro.

* Se fez mártir com dinheiro roubado.

* E governa em nome do pobre que ele mantém escravo.


A história não é cega. Apenas paciente.

E chegará o dia em que os livros a registrarão com clareza:

**não é preciso matar para destruir uma nação — basta desmoralizá-la.**


E nisso, **Lula é mestre.**


---J R Guzzo

Guerra aberta Israel x Irã

 Porta-voz das IDF, Chefe do Estado-Maior de Israel:


 "Partimos para a ofensiva porque chegou a hora, chegamos a um ponto sem retorno. Não devemos esperar por outra hora para agir, não temos escolha. A história, tanto distante quanto recente, nos ensinou que, diante das ambições de nos destruir, não devemos abaixar a cabeça, e é por isso que lutamos para preservar nossa existência. A liberdade foi dada àqueles que estão dispostos a lutar por ela." "Advirto: qualquer um que tentar nos desafiar pagará um preço alto. Entramos em batalha juntos com um objetivo em mente: trazer um futuro mais seguro para o Estado de Israel e seus cidadãos. Com fé, união e esforço conjunto, venceremos."

Fabio Alves