OESP, 0601
Coluna do Estadão: PSDB negocia fusão com PSD de olho em aliança para disputar cadeira de Lula
Mergulhado em profunda crise, o PSDB iniciou negociações para uma possível fusão com o PSD, partido presidido por Gilberto Kassab. Desde o ano passado, quando perdeu os oito vereadores da capital paulista e protagonizou um fiasco com a campanha de José Luiz Datena - que teve 1,84% dos votos na disputa pela Prefeitura -, o tucanato concluiu que a definição de um novo rumo será inevitável para sua sobrevivência. No último dia 2, o presidente do PSDB paulista, Paulo Serra, se reuniu com Kassab para tratar do assunto. “Tivemos uma boa conversa e essa questão da fusão do PSDB com o PSD está avançando bastante”, afirmou Serra à Coluna. “Nós precisamos crescer e a fusão, a incorporação ou a federação podem ser alternativas”, completou o dirigente, que é ex-prefeito de Santo André.
COMEÇAR DE NOVO. A intenção da cúpula do PSDB é lançar o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, como candidato à sucessão do presidente Lula, em 2026. Para isso, porém, o partido precisa se reinventar. É nesse cenário que entra o PSD de Kassab, hoje secretário de Governo na gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
DIPLOMACIA. “Diante de quadros tão valorosos como os do PSDB, é evidente que o PSD tem interesse nessa aproximação, qualquer que seja o modelo”, afirmou Kassab à Coluna. O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, disse que o assunto será discutido em fevereiro.
INCERTEZA. Se a fusão partidária for adiante, Eduardo Leite é uma opção. Mas tudo muda se Tarcísio de Freitas decidir se candidatar ao Palácio do Planalto em 2026. O PSDB já integra uma federação com o Cidadania.
MAPA. O PT de Lula, por sua vez, está preocupado em eleger bancadas fortes no Congresso em 2026, principalmente no Senado, onde a legenda já prevê o avanço da direita. Petistas já começaram a levantar possíveis candidatos e alianças eleitorais.
VEJA BEM. Embora uma ala petista queira tirar Geraldo Alckmin (PSB) da chapa, se Lula concorrer à reeleição, outra prega mais diálogo com o partido do vice. Tanto é que um grupo do PT defende agora o apoio a Márcio França (PSB), ministro do Empreendedorismo, caso ele seja candidato ao governo paulista.
NESSA QUESTÃO. Já o PL de Jair Bolsonaro tem um racha: bolsonaristas trabalham para obter maioria no Senado com vistas a abrir impeachment de ministros do STF. A ala da sigla mais próxima ao Centrão, por outro lado, quer focar no aumento da bancada de deputados e faturar com os fundos partidário e eleitoral.
MAIS. O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Pedro Lupion (PP), estima que seriam necessários ao menos R$ 5 bilhões para financiar neste ano o seguro rural, programa de proteção dos produtores contra perdas financeiras geradas por eventos imprevisíveis.
PIRES. Lupion diz, porém, que o governo não tem espaço fiscal e defende um fundo privado para levantar verbas. O orçamento de 2025, enviado ao Congresso, prevê R$ 1,06 bilhão para subvenção do seguro rural. “Não serve nem para começo de conversa”,disse o deputado ruralista.
PRONTO, FALEI!
Carlos Marcelo Gouveia advogado tributarista
“A reforma tributária acerta ao manter benefícios para a Zona Franca de Manaus. Assim, ajuda a equalizar desigualdades e preservar o meio ambiente."
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Carlos Brandão
Governador do Maranhão
Tomou cachaça com limão e declamou versos ao lado de aliados em Pinheiro (MA), após entregar obras de infraestrutura e educação no sábado, 4.
(Roseann Kennedy, com Eduardo Barretto e Vera Rosa)
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