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Puericultura - Vale tudo

 Eu não assisto novelas.  A última que vi foi Dancin’ Days — e confesso, não pela trama, que era uma discoteca de clichês sentimentais, e sim pela trilha sonora internacional, que ainda ouço em segredo, com fones de ouvido e culpa ideológica, para não ser linchado pela esquerda cirandeira-hipster que acha que Bee Gees é expressão do patriarcado misógino. Que preguiça!!!! Ainda assim, acompanho os comentários, os memes, as frases fora de contexto que se tornam aforismos nacionais.  Aprendi com Jesús Martín-Barbero que as novelas são espelhos da sociedade — e que, ao olhar para elas, o brasileiro não busca apenas distração, busca o próprio reflexo polido, dramatizado e com trilha sonora. É curioso como o país parece mais disposto a discutir ética, poder e moralidade depois do último capítulo de uma trama de Vale Tudo do que após um debate eleitoral.  A novela nos devolve a nós mesmos — caricatos, contraditórios, vaidosos, espirituosos — com aquele tom de tragicomédia q...
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Gestores de fundos de mercados emergentes

 🌎 *Gestores de fundos de mercados emergentes estão mais otimistas desde o início de 2021, segundo pesquisa do HSBC* Bloomberg- Os ativos dos mercados emergentes parecem prestes a encerrar um ano excepcional, com os investidores esperando que os influxos em ações e títulos ganhem impulso no último trimestre. O otimismo raramente esteve tão alto, com uma pesquisa do HSBC Holdings Plc mostrando que os gestores de fundos de mercados emergentes estão mais otimistas desde o início de 2021 — quando uma recuperação generalizada estava em pleno andamento durante a pandemia. Os estrategistas do Goldman Sachs Group Inc. afirmaram que os mercados emergentes estão “prosperando, não apenas sobrevivendo”, já que o crescimento econômico deste ano superou as expectativas, apesar das tarifas mais altas. Em um provável prelúdio do que pode vir, os influxos para fundos negociados em bolsa de mercados emergentes começaram a aumentar no final do terceiro trimestre. Os ativos de mercados emergentes est...

BDM Matinal Riscala

 *Rosa Riscala: Fed boys e IPCA são destaques da semana* Mercado também segue na expectativa por um acordo da Casa Branca com os senadores democratas que possa pôr fim ao shutdown … Os mercados na China continuam fechados na Golden Week, que vai até quarta-feira, enquanto nos Estados Unidos a expectativa é por um acordo da Casa Branca com os senadores democratas que possa pôr fim ao shutdown. Em Nova York, uma série de falas de dirigentes do Fed, inclusive de Powell, movimenta os mercados, que terão a chance de confirmar ou corrigir as apostas quase unânimes em corte do juro. Aqui, o destaque é para o IPCA de setembro, que deve acelerar com a retirada do bônus de Itaipu nas contas de energia elétrica. No fim de semana, a Opep+ confirmou mais um aumento na produção do petróleo e o Hamas pediu urgência para a troca de reféns com Israel. OPEP+ – Reunião do cartel, neste domingo, decidiu aumentar sua produção em 137 mil barris por dia a partir de novembro, na mesma proporção anunciada ...

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal  SESSÃO: O evento do dia é o Japão, com a vitória de Takaichi, primeira mulher a ser PM: depreciação do yen, porque é improvável que o BoJ suba taxas de juros, subida de Defesa (Mitsubishi +12%) e Nuclear (Japan Steel, fornecedor), subida da bolsa, queda das obrigações a longo prazo… O impacto induzido sobre as bolsas é positivo, em termos gerais.  JAPÃO. O PLD no poder, no Japão, elegeu Takaichi, uma mulher pela primeira vez na história, para substituir Ishiba. Na prática, significa que dará prioridade à Procura Interna e atividade, sem dar por garantido que a inflação esteja vencida, portanto é menos provável, a partir de agora, que o BoJ volte a subir taxas de juros (0,50% agora); e o yen depreciou-se até 176,1/€ vs. 172,3/€ na sexta-feira, à primeira hora (150,3/$ vs. 147,8/$), enquanto Tóquio sobe nada menos que +5% e a sua yield aumenta (queda de preço) até 3,28%, que é recorde histórico e mais ou menos igual à ALE.  Arrancamos esta ...

Luiz Fernando Rudge

 GENERAIS NÃO GOSTAM NEM APLAUDEM Luiz Fernando Rudge OITOCENTOS GENERAIS, QUARENTA MIL ANOS DE VIDA, dos quais mais da metade dedicada à sua pátria e à Constituição, ouviram esta semana os dois mais insultuosos discursos, arengados por dois funcionários públicos que, ocasionalmente, têm um mandato presidencial e a nomeação para um ministério. O silêncio com que ouviram, disciplinadamente, mostrou ao mundo que são obedientes a esses funcionários, porque eles representam, naquele momento, o Poder Executivo outorgado pela Constituição que os oitocentos juraram proteger. As mãos deles não aplaudiram estes dois funcionários, que conseguiram atrair para si os piores comentários que um chefe de governo pode conseguir. Trump, um dos arengadores, não serviu nas forças armadas. É o primeiro presidente a não ter experiência militar ou governamental, antes de ser eleito. Durante a guerra do Vietnã, Trump conseguiu ter cinco adiamentos estudantis e um médico, e nunca vestiu uma farda. Essas de...

Amilton Aquino

 Do rio ao Nobel? Confesso que fiquei duplamente surpreso com a boa acolhida do plano de Trump para Gaza. Primeiro, entre as nações árabes — principalmente neste contexto de máxima tensão no Oriente Médio, em que o mundo muçulmano cogita criar uma espécie de “OTAN” anti-Israel. Segundo, com a concordância do Hamas, ainda que com algumas condições a serem negociadas. Mais surpresos ainda devem ter ficado a turma da flotilha da selfie e, claro, os governos do Brasil e da África do Sul — dois novos atores no conflito que, para surpresa de ninguém, só se pronunciaram tardiamente (e com ressalvas), depois que o Hamas fez o primeiro aceno positivo à proposta. Finalmente temos um plano. Se for realmente efetivado e provado seu sucesso nos próximos anos, o Nobel de Trump deverá ser o mais importante e justo de todos. Ainda é cedo para comemorar, mas é óbvio que as forças israelenses, prestes a demolir o último bastião do Hamas, foram o “argumento” mais convincente para o grupo terrorista m...

The Economist

 O Brasil sempre na vanguarda do atraso! Bo Franklin Editor digital sênior do  The Economist                  Em 1990, uma dúzia de países da OCDE tinha impostos sobre a riqueza; hoje, apenas três países ricos — Noruega, Espanha e Suíça — ainda o fazem. Um imposto sobre as fortunas dos super-ricos parece uma maneira fácil de encher os cofres do Estado. O problema é que eles nunca parecem arrecadar muito dinheiro.