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Eduardo Affonso

 Eduardo Affonso É obrigatório chorar os mortos na internet Morreu alguém relevante, torna-se quase mandatório exibir algum vínculo com o famoso que nunca soube da nossa existência 04/10/2025 00h05   Claudia Cardinale, em 1961: atriz morreu recentemente — Foto: Pierre GUILLAUD / AF Uma das melhores coisas de usar apenas socialmente as redes sociais — além de dar uma folga aos haters, claro — é não ter de fazer o obituário de cada celebridade que “nos deixa”. Essa é uma das leis não escritas da internet: morreu alguém relevante, torna-se quase mandatório exibir algum vínculo com o famoso que nunca soube da nossa existência — mas, depois do último suspiro, é como se fosse o padrinho que nos pegou no colo, a tia de consideração que todo Natal mandava meias de presente. Em cada um que morre, morremos um pouco. Vai com o morto parte da nossa história, da nossa memória afetiva. Estivemos vivos juntos — nós aqui, em Coxiporé do Norte, ele lá em Los Angeles ou no Leblon. Sob o me...

Bolivar Lamounier

 Nosso amargo legado. Por Bolívar Lamounier O Estado de S. Paulo -11 de outubro de 2025 De onde menos se espera – assim reza o ditado popular – é que não vem mesmo nada. Essa é uma das conclusões que poderíamos extrair do excelente texto intitulado Sistema disfuncional, publicado neste espaço pelo jurista Miguel Reale Júnior (4/10, A6). Eis como ele sintetiza sua reflexão sobre nossa trajetória política desde o começo da República: “O presidencialismo sem freios e contrapesos redundou num sistema de irresponsabilidade, gerador de conflitos entre (os) Poderes”. Contrapesos no estrito sentido institucional nós tivemos, claro, desde o Poder Moderador estatuído pela Constituição de 1824, e nas posteriormente elaboradas em regimes democráticos, que sempre consagraram o modelo tripartite de Montesquieu. O problema, como bem assinala o professor Reale Júnior, é que nem o Poder Moderador do período monárquico nem o Supremo Tribunal Federal (STF), no republicano, atingiram o objetivo de con...

Gay Talese

 Gay Talese conta como fez suas grandes reportagens no livro 'Bartleby e Eu' IVAN FINOTTI Um dos criadores do "novo jornalismo" e um dos repórteres mais admirados do mundo, o americano Gay Talese, 93, lança um olhar autobiográfico aos primeiros anos de sua carreira em um livro recém-lançado no Brasil. Trata-se de "Bartleby e Eu", que saiu há dois anos nos EUA e agora chega ao país pela coleção Jornalismo Literário, da Companhia das Letras. O nome da coleção já explica o que significa o "novo jornalismo", estilo de escrita que utiliza técnicas da literatura em reportagens, transformando textos de jornais e revistas em contos, ou mesmo em romances. Talese é um de seus expoentes, ao lado de Joan Didion, Tom Wolfe, Hunter Thompson, Norman Mailer e Truman Capote, entre outros. E, em "Bartleby e Eu", ele conta um pouco desse início. O subtítulo original (reflexões de um velho escrivão) foi mudado na versão brasileira para o longo "pelas ru...

Carta aberta ao ministro Barroso

 A carta aberta do pessoal da Lexum ao ministro Barroso permanece atual, e por isso merece ser reproduzida. 👊 Carta Pública ao Ministro Luís Roberto Barroso - Agosto/2025 Fique, Barroso. Tenha a coragem de assistir ao fim do que você começou. De todas as estratégias possíveis, a mais covarde é a fuga disfarçada de cansaço. A história está repleta de engenheiros de ruínas que, ao verem o castelo desmoronar, saem pela porta dos fundos, de fininho, como se nada tivessem a ver com os escombros. Mas não, ministro Barroso — o senhor não vai sair assim. Sabe por quê? Porque cada rachadura no prestígio da Suprema Corte brasileira carrega sua digital. Cada voto em que o juiz se fez legislador, cada frase em que a moral pessoal se travestiu de princípio constitucional, cada vez que a toga pesou mais do que o texto — tudo isso tem sua assinatura intelectual, moldada lá nos tempos de UERJ, quando o senhor, encantado com a living constitution, decidiu ensinar ao país que a Constituição era um ...

Gil Franco

 MINHA HUMILDE OPINIÃO: (epidérmica) Não me importo com a vitória ou não do ego de Trump, sou um cara da Realpolitik.  Mas tenha sido por acaso ou por um excelente planejamento estratégico, a invasão aérea do Catar criou uma janela de oportunidade (e que está sendo aproveitada por todos) para: 1) Permitir que Trump atingisse seus objetivos de se tornar politicamente relevante dentro e fora de seu país. Independentemente do mérito disso, sob apenas essa ótica ele sai vitorioso (mas há outros ganhos muito mais importantes).  Sorte do politico que consegue contribuir com a Humanidade, ainda que através de seus feitos egocêntricos; 2) Arrefecer a Guerra, no momento exato em que as forças de Israel perdiam apoio interno e externo, dando um excelente pretexto para recuarem, sem que ficasse parecendo um recuo. Pessoalmente, acho isso um grande feito; não consigo achar melhor oportunidade para isso, qualquer outra opção teria custado muito mais a Israel moralmente (aqui independe...

Luciano Huck e o Will Bank

 Luciano Huck avalia compra do Will Bank, do Banco Master   O apresentador de televisão da TV Globo Luciano Huck está avaliando a compra do Will Bank, instituição financeira digital controlada pelo Banco Master, em conjunto com um grupo de investidores, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. A Folha reportou nesta quinta-feira (9) que quatro investidores, incluindo fundos de private equity e o estatal Banco de Brasília avaliavam a instituição, que tinha cerca de 9 milhões de clientes em abril. Huck é um desses interessados. O "Domingão com Huck", programa apresentado por Huck na Rede Globo, tem um de seus quadros patrocinados pelo Will Bank, as Willimpíadas. Com estreia prevista para o dia 12 de outubro, o quadro premiará o vencedor com R$ 1 milhão em barras de ouro. As provas, de acordo com material divulgado pelo Will Bank, envolvem testes inspirados em finanças pessoais, com 200 participantes. As conversas entre o Master e o grupo de Huck ainda são em estágio inicia...

Master e o BRB

 Banco Master e BRB: diretoria do BC foi unânime ao negar compra por 'falta de viabilidade econômica'   A compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB) foi negada pelo Banco Central por ausência de documentos que comprovassem a "viabilidade econômico-financeira", aponta documento obtido pelo g1 nesta quinta-feira (9). O BRB e o Master anunciaram a operação em março. Em setembro, mais de cinco meses depois, o processo foi barrado pela diretoria colegiada do Banco Central. O resultado foi anunciado naquele momento, mas os motivos e o detalhamento da decisão nunca foram divulgados. O registro obtido pelo g1 revela que a decisão foi tomada de forma unânime, sem divergências entre os membros do órgão máximo do Banco Central. 🏦A diretoria colegiada é a instância máxima do Banco Central. É composta pelo presidente Gabriel Galípolo e por mais oito diretores. Segundo a decisão, os dirigentes do BC negaram a operação por entenderem que o pedido não contemplava todos os r...