sexta-feira, 13 de junho de 2025

JR Guzzo

 ## **O Tirano que Sorri**


Por muito tempo, imaginamos que a tirania viria vestida de farda, montada num tanque, com botas sujas de sangue.

E, de fato, ela veio assim: Hitler na Alemanha, Stalin na Rússia, Mao na China, Pol Pot no Camboja.

Todos deixaram suas marcas com tinta vermelha — milhões de mortos, povos destruídos, economias arrasadas, civilizações traumatizadas.

Foram monstros clássicos. Visíveis. Nomeáveis.


Mas a história, como um organismo vivo, muda de forma.

Hoje, a tirania veste terno, distribui sorrisos e se esconde atrás de urnas e de discursos democráticos.

Ela não fuzila, mas endivida.

Não censura com fogo, mas com algoritmos.

Não prende por opinião, mas por interpretação.


No Brasil, essa nova face da tirania tem nome: **Luiz Inácio Lula da Silva**.

Não é exagero, tampouco metáfora solta. É uma constatação estrutural: o país é hoje **governado por um homem condenado por corrupção em todas as instâncias do Judiciário, libertado não por inocência, mas por manobras jurídicas promovidas por juízes escolhidos por ele próprio.**


E não bastasse isso, foi reintegrado ao poder como salvador da pátria.

Recebeu honrarias de academias literárias, apesar de sua limitação de leitura e escrita.

É tratado como exemplo de estadista, mesmo tendo chefiado o maior esquema de corrupção da história do país.

Condenado, absolvido por burocratas da toga, aplaudido por quem deveria denunciar.

É a consagração do absurdo.


Mas o estrago não é apenas moral.

É econômico, social, ético e cultural.


O brasileiro que trabalha vê seu salário ser corroído pela inflação, pela carga tributária, pelos juros descontrolados.

Os que empreendem vivem cercados de regulações que favorecem apenas os grandes conglomerados amigos do poder.

A máquina estatal cresce, devora, impõe — e o povo, sem saber para onde correr, afoga-se em parcelas, dívidas e narrativas.


Tudo isso com **a bênção de um Supremo Tribunal Federal transformado em quartel ideológico**.

Nove ministros nomeados por Lula ou seu partido.

Um Senado cúmplice, que não fiscaliza, pois muitos de seus membros têm medo de serem julgados.

Uma Câmara de Deputados domesticada a golpes de emendas bilionárias.


E assim, **a democracia se converte em fachada**.

As instituições continuam de pé — mas são cascas ocas.

As leis existem — mas não se aplicam a todos.

As eleições acontecem — mas com uma imprensa subjugada e uma Justiça Eleitoral que julga e executa conforme o cheiro do vento.


O resultado é uma sociedade entorpecida.

Uma população explorada sem perceber.

Um país saqueado com assinatura, carimbo e cobertura jornalística favorável.


**Não há paredões, mas há fome.**

**Não há campos de concentração, mas há milhões de presos econômicos.**

**Não há guerra civil, mas há destruição moral diária.**


É o mesmo resultado dos velhos tiranos — mas com um método novo: **a anestesia democrática.**


Lula não superou Stalin, Hitler ou Mao em número de cadáveres — ainda.

Mas em termos de método, **superou todos com uma genialidade perversa:**


* Convenceu o povo de que ele é o libertador, quando é o carcereiro.

* Se fez mártir com dinheiro roubado.

* E governa em nome do pobre que ele mantém escravo.


A história não é cega. Apenas paciente.

E chegará o dia em que os livros a registrarão com clareza:

**não é preciso matar para destruir uma nação — basta desmoralizá-la.**


E nisso, **Lula é mestre.**


---J R Guzzo

Guerra aberta Israel x Irã

 Porta-voz das IDF, Chefe do Estado-Maior de Israel:


 "Partimos para a ofensiva porque chegou a hora, chegamos a um ponto sem retorno. Não devemos esperar por outra hora para agir, não temos escolha. A história, tanto distante quanto recente, nos ensinou que, diante das ambições de nos destruir, não devemos abaixar a cabeça, e é por isso que lutamos para preservar nossa existência. A liberdade foi dada àqueles que estão dispostos a lutar por ela." "Advirto: qualquer um que tentar nos desafiar pagará um preço alto. Entramos em batalha juntos com um objetivo em mente: trazer um futuro mais seguro para o Estado de Israel e seus cidadãos. Com fé, união e esforço conjunto, venceremos."

quinta-feira, 12 de junho de 2025

BDM Matinal Riscala

 MP alternativa ao IOF já nasce condenada

www.bomdiamercado.com.br

Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*


[12/06/25]


… Depois do CPI abaixo do esperado nos EUA, que resgatou a expectativa de dois cortes do juro neste ano, hoje será divulgado o índice de preços do produtor (PPI), que pode confirmar a inflação comportada. O cenário lá fora ainda é influenciado pelo progresso nas negociações de Washington com Pequim, enquanto dificuldades para um acordo com o Irã pressionam o petróleo e os protestos crescentes de imigrantes reforçam os ruídos políticos para o governo Trump. Aqui, saem as vendas no varejo, que devem recuar em abril. Mas as atenções do mercado estão todas voltadas para a MP da Fazenda, publicada ontem à noite, com as medidas alternativas para substituir o decreto do IOF, que já sofrem forte resistência do Congresso, adicionando incertezas à política fiscal do governo Lula.


… O novo pacote não trouxe novidades, confirmando as propostas que foram antecipadas pelo ministro Fernando Haddad.


… Entre os pontos centrais, a alíquota fixa do IOF aplicável ao crédito à pessoa jurídica cai de 0,95% para 0,38%. O IOF sobre a operação de crédito conhecida como risco sacado não tem mais alíquota fixa, apenas a diária, de 0,0082%.

… Isso significa redução de 80% na tributação do risco sacado, a medida do decreto do IOF que mais havia recebido críticas.


… O governo também reduziu a tributação sobre seguros do tipo VGBL (previdência), criando uma regra de transição.


… A partir de 2026, os aportes de até R$ 600 mil por ano feitos por PF estarão isentos de IOF. Acima desse valor, incidirá uma alíquota de 5% sobre o excedente, considerando a soma de todos os planos do titular, mesmo que em seguradoras diferentes.


… Para este ano, o limite de isenção será de R$ 300 mil, mas apenas para aportes realizados em uma mesma seguradora, no período entre 11 de junho e 31 de dezembro. Acima disso, aplica-se a mesma alíquota de 5% sobre o valor excedente.


… No caso dos FIDCs, haverá cobrança do IOF de 0,38% para aquisição primária de cotas, toda vez que for feito um aporte. Para o câmbio, fica zerada a alíquota para operações de retorno de recursos aplicados por estrangeiro em participações societárias no País.


… Já as medidas para compensar a arrecadação incluem maior tributação sobre apostas esportivas (bets), de 12% para 18%.


… Ganhos e rendimentos com ativos virtuais, como criptomoedas, serão tributados no Brasil. Pessoas físicas e pessoas jurídicas isentas ou optantes pelo Simples Nacional pagarão 17,5% de IR, podendo deduzir custos e compensar perdas dentro de certos limites.


… Para empresas do lucro real, presumido ou arbitrado, os ganhos líquidos nas operações com ativos virtuais integram a base de cálculo do IRPJ e da CSLL, vedada a dedução de perdas. A retenção de imposto na fonte e compensação de perdas terão restrições a partir de 2026.


… A MP confirma a taxação de 5% das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito Agropecuário (LCA), antes isentas, mas essas alíquotas passarão a valer apenas a partir de janeiro de 2026. Já o aumento de tributação para as bets entra em vigor imediatamente.


… Além das LCIs e das LCAs, serão afetadas as Letras Hipotecárias, CRI, CDA, WA, CDCA, CRA, CPR, FII, FIAGRO, LIG e LCD.


… A alíquota de 9% de CSLL das instituições financeiras, restritas às Fintechs, foi eliminada, permanecendo apenas as faixas de 15% e 20%, válida hoje para os bancos. Também foi elevada a alíquota do Juros sobre Capital Próprio (JCP), de 15% para 20%.


… O pacote também traz uniformização da alíquota do IR em 17,5% sobre todas as aplicações financeiras de pessoas físicas residentes no País, a partir de 2026, e confirma a Isenção de IOF para o retorno de investimentos estrangeiros diretos.


… A medida define ainda que os lucros obtidos em operações na bolsa e no mercado de balcão organizado no Brasil são tributados pelo IR de 17,5% para PF e algumas PJ. Ganhos no mercado à vista ficam isentos se as vendas no trimestre não passarem de R$ 60 mil.


… A MP amplia a possibilidade de compensação de ganhos e perdas em operações no mercado financeiro. Hoje, essa possibilidade existe apenas para renda variável. A mudança vai permitir que o rendimento de renda fixa possa compensar perdas da renda variável.


… Outra proposta confirmada é a intenção de reduzir o gasto tributário (isenções fiscais) em “pelo menos 10%”, além da discussão de uma agenda para redução dos gastos primários que a Fazenda pretende tocar em conjunto com o Congresso.


… A MP traz uma ação regulatória para coibir compensações consideradas abusivas de crédito tributário, considerando indevidas aquelas feitas com documento de arrecadação inexistente e crédito de PIS/Cofins que não tenha relação com a atividade do contribuinte.


DESPESAS PÚBLICAS – A MP também incluiu o programa Pé-de-Meia no piso constitucional da Educação, mudanças nas regras do serviço digital do INSS para solicitar benefícios por incapacidade temporária e novos critérios de acesso ao Seguro Defeso.


… Além disso, estabelece que o dinheiro usado para equilibrar as contas entre o Regime Geral da Previdência Social (RGPS) e os regimes de previdência dos servidores públicos só poderá ser pago se houver recursos previstos no Orçamento.


… Sobre o Pé-de-Meia, os recursos destinados ao programa passam a ser contabilizados como parcela mínima obrigatória que o governo deve investir no setor. Hoje, a Constituição exige que a União aplique 18% da receita líquida de impostos em Educação.


… Já os gastos com benefícios por incapacidade temporária no INSS podem ser controlados com a permissão para que as perícias médicas sejam feitas por telemedicina ou apenas por análise documental, limitando a concessão nesses casos a até 30 dias.


… Por fim, a concessão do Seguro Defeso passa a estar sujeita à disponibilidade de recursos orçamentários específicos.


NÃO VAI VINGAR – Entre as medidas do novo pacote de Haddad, a taxação de 5% das LCIs e LCAs – que afeta diretamente o crédito para os setores do agronegócio e imobiliário – não parece ter nenhuma chance de passar. Ou chance de valer um dia.


… Essa medida não tem validade imediata na MP e nem deve entrar em vigor em janeiro de 2026, para quando está programada.


… O pacote todo sofre forte resistência do Congresso, embora tenha sido negociado por Haddad com os presidentes da Casa, Hugo Motta e David Alcolumbre, naquela reunião de cinco horas no domingo passado, quando todos eles saíram falando em acordo.


… Não levou 24 horas para Motta tirar o corpo fora e dizer que não se comprometia com as novas medidas alternativas da Fazenda, e o que se pode inferir disso tudo é que a retórica apenas servirá para o governo ganhar o tempo de validade da MP.


… É só segurar a votação que as medidas mais polêmicas ficarão postergadas para daqui a quatro meses, quando uma nova crise já está contratada. O mercado deve esperar os impactos das novas medidas que não foram ainda calculados, ou divulgados.


… Segundo fontes da equipe econômica ouvidas pelo Estadão, a MP alternativa ao IOF prevê arrecadação de R$ 10 bilhões este ano e de R$ 20 bilhões em 2026, sendo que não incluem as receitas com o pretendido corte de 10% dos gastos tributários.


… Mas, mesmo após as estimativas oficiais, a MP não deve trazer tranquilidade às contas públicas, porque já nasceu condenada.


AGENDA – Em mais um indicador importante da atividade para as expectativas da política monetária, a mediana do mercado indica recuo de 0,7% para as vendas do varejo restrito em abril, na margem, após alta de 0,8% em março. O dado será divulgado às 9h.


… Segundo pesquisa do Broadcast, após três crescimentos mensais consecutivos, o varejo restrito deve recuar, como reflexo das pressões inflacionárias sobre supermercado e farmácia e em linha com a perda de tração da atividade aguardada para o segundo trimestre.


LULA – Em Minas hoje, o presidente participa (10h) da Cerimônia de Apresentação dos Avanços do Acordo Rio Doce, em Mariana, e, às 13h, da entrega de equipamentos agrícolas a municípios mineiros no Ceasa, em Contagem.


GALÍPOLO – Às 19 horas, o presidente do Banco Central participa da Cerimônia alusiva ao Dia da Marinha e de Imposição das Condecorações da Ordem do Mérito Naval e da Medalha Mérito Tamandaré.


LÁ FORA – O núcleo da inflação ao produtor (PPI) dos EUA em maio deve desacelerar na comparação anual de 3,1% para 1,7%, embora a estimativa seja de alta na margem, para 0,3%, contra queda de 0,4% em abril.


… O índice cheio tem previsão de +0,2%, contra -0,5% no mês anterior, e +2,6% na base anualizada, de 2,4%.


… O indicador sai às 9h30, mesmo horário dos pedidos de auxílio-desemprego, que devem vir estáveis.


… À noite (20h), o BC do Peru anuncia decisão de política monetária.


METAMORFOSE AMBULANTE – Não está dado o Copom da semana que vem, na agitação das apostas ao sabor das novidades de cada dia: ontem foi o IOF, hoje são as vendas no varejo e amanhã pode ser o dado de serviços.  


… Antes de entrar em período de silêncio, Galípolo recorreu à estratégia clássica de todo presidente do BC de não se comprometer com guidance e sinalizar que as opções para a Selic estão em aberto. Faz parte do hedge.


… Seus comentários recentes, porém, foram lidos como hawkish. A última vez em que ele falou foi sábado, no Guarujá. No curto espaço de tempo de lá para cá, o mercado já foi e já voltou na reprecificação da Selic.


… Para dar a medida de como tudo está dinâmico, ontem, as apostas estavam bem diferentes da véspera.


… Apenas um dia depois de o IPCA no piso em maio ter recuperado as chances de juro estável na próxima 4ªF, o mercado voltou a mudar de ideia, de olho nas resistências políticas às soluções alternativas ao aumento do IOF.


… No momento, a chance de alta de 0,25pp da Selic está vencendo no placar na curva a termo. Subiu de 56% para 68% nas últimas 24h, enquanto a probabilidade de manutenção da taxa básica diminuiu de 44% para 32%.


… Mas hoje já é outro dia e uma nova reversão nas apostas não surpreenderia, sob a volatilidade máxima.


… Na véspera do resultado das vendas no varejo, a consultoria MCM revisou ontem em alta a previsão para o PIB do ano, de 1,7% para 2,2%, diante do mercado de trabalho robusto, que deve manter a demanda aquecida.


… Existe um duelo de forças hoje para o Copom avaliar: de um lado, o crescimento econômico ainda a todo vapor, enquanto a inflação corrente começa a dar sinais de acomodação e suaviza as expectativas para o ano.  


… Depois do IPCA comportado de maio, o Citi acredita em pausa da Selic em 14,75%, sem que necessariamente isso signifique o fim do ciclo, segundo o banco, porque o BC tem que continuar perseguindo a meta da inflação.


… Ontem, a recalibragem das apostas para o Copom, para alta do juro, puxou a ponta curta e média do DI, enquanto o trecho longo terminou perto da estabilidade, de olho na inflação abaixo do esperado nos EUA.

… O contrato de juro para Jan/26 subiu a 14,890% (de 14,850% no pregão anterior); Jan/27 avançou a 14,235% (de 14,155%); e Jan/29, a 13,570% (13,515%). Jan/31 fechou a 13,700% (13,690%); e Jan/33, estável, a 13,760%.


DESCONTOU O RISCO – A bolsa não costuma ser amiga de juros altos, mas driblou ontem a retomada da aposta de que a Selic pode ir a 15%, preferindo se concentrar em outros gatilhos para recuperar os 137 mil pontos.  


… Os motores de alta vieram da Petrobras e dos bancos. A estatal colou no rali do petróleo, e o setor financeiro foi embalado pelo jogo duro do Congresso contra as mudanças de tributação pretendidas pelo governo.


… Os papéis operaram na esperança de que a equipe econômica não consiga aprovar o aumento do imposto do JCP e as mudanças nas alíquotas de investimentos no agronegócio e no setor imobiliário, que hoje são isentos.

… Bradesco PN (+3,10%, a R$ 16,32), Bradesco ON (+2,70%, a R$ 14,08) e Itaú (+1,17%, a R$ 36,42) engataram altas firmes. Santander unit (+4,65%, a R$ 30,17) liderou o ranking de valorizações do Ibovespa nesta 4ªF.


… A instituição repercutiu a melhora da recomendação de suas ações pelo UBS BB, para compra, assim como do preço-alvo, de R$ 30 para R$ 38. Exceção entre os bancos ontem, BB virou na reta final (-0,65%, a R$ 21,40).


… Parte do fôlego do Ibov foi limitado pela decisão do BofA de rebaixar as ações brasileiras (neutro, de compra) pela primeira vez em três anos, citando visão cautelosa para as commodities, ruído político e deterioração fiscal.


… Ainda assim, o índice à vista segurou uma alta de 0,51%, aos 137.128 pontos, com giro de R$ 21,6 bilhões.


… Além dos bancos, a bolsa contou na retaguarda com a força da Petrobras, que emplacou altas próximas de 3% pelo segundo pregão consecutivo: os papéis PN subiram 3,33% (R$ 31,05) e os ON avançaram 2,93%, a R$ 33,33.

… Pegaram carona na tensão do petróleo com a ameaça do Irã de atacar bases americanas no Oriente Médio, caso os EUA não cheguem a um acordo sobre o programa nuclear esta semana, na sexta rodada de negociações.


… A reação veio horas depois de Trump ter dito que estava “perdendo a confiança” em um consenso.

… As agências internacionais noticiaram que os EUA estariam evacuando a embaixada americana no Iraque por riscos à segurança. No salto de nervosismo, o barril do Brent para agosto escalou 4,33%, cotado a US$ 69,77.


… Ainda no Ibov, Vale ON caiu 0,88% (R$ 53,18), na direção oposta ao minério (+1%). Braskem PNA (-3,07%) devolveu ganho da véspera com o interesse declarado da Petrobras em elevar poder de gestão na petroquímica.

SO FAR, SO GOOD – As tarifas de Trump ainda não abalaram a inflação americana e, embora persista a incerteza da política protecionista, o mercado pede cortes de juro pelo Fed em setembro e dezembro (25pb cada um).


… Trump cobrou mais (1pb) ontem, depois de o índice de preços ao consumidor (CPI) subir 0,1% em maio contra abril e 2,4% na comparação anual, ambos abaixo das previsões de altas de 0,2% e 2,5%, respectivamente.


… Para a Pantheon, o indicador mostra que o impacto tarifário “permanece microscópico por enquanto”. O ING acredita que o efeito sobre os custos só deve ser sentido em julho, três meses depois da sua imposição.


… Também a Oxford Economics alerta que o impulso ainda aparecerá mais para frente. Mas os juros dos Treasuries caíram nesta 4ªF, porque pelo menos até aqui a onda protecionista ainda não bateu forte nos preços.

… A taxa da Note-2 anos furou 4%, a 3,942%, de 4,011% na véspera, e a de 10 anos foi a 4,415%, de 4,467%.


… Aliviado pelo CPI, o índice DXY do dólar caiu 0,47%, a 98,631 pontos, dando espaço adicional ao euro (+0,49%, a US$ 1,1485), apesar de o BCE vir antecipando novos cortes do juro. A libra esterlina subiu 0,33%, a US$ 1,3541.


… O iene avançou 144,61/US$ e o real também foi bem contra a moeda americana, que caiu 0,59%, a R$ 5,5376, com a inflação mais fraca nos EUA e o acordo preliminar com a China sobre tarifas comerciais e terras raras.


… No WSJ, Pequim está impondo limite de seis meses às licenças de exportação de terras raras às montadoras e fabricantes dos EUA, levantando suspeitas de que os chineses estejam levando vantagem na negociação.


… A cautela com os detalhes do acordo, combinada à escalada da tensão geopolítica com o Irã, em meio à evacuação dos embaixadores no Iraque, anulou o otimismo das bolsas em NY com a inflação sob controle.


… No fechamento, o índice Dow Jones operava estável, aos 42.865,77 pontos, o S&P 500 registrava leve queda de 0,27%, aos 6.022,30 pontos, enquanto o Nasdaq exibia desvalorização de 0,50%, aos 19.615,88 pontos.


EM TEMPO… JBS comunicou que início de negociação das ações Class A na Nyse, previsto para ocorrer hoje, foi adiado em um dia, para amanhã…


… Alteração, segundo a companhia, foi em razão da impossibilidade de conclusão de procedimentos operacionais, que envolvem uma série de diferentes prestadores de serviços no Brasil e no exterior…


… Adicionalmente, data prevista para pagamento de dividendos, que era 16 de junho, será postergada para 17 de junho, quando também tem início leilão de frações de ações.

PETRORECONCAVO informou que, por determinação da ANP, será paralisadas, de forma imediata, duas estações de produção da companhia no campo de Cassarongongo (Ativo Bahia)…


… A decisão foi tomada após a Superintendência de Segurança Operacional (SSO) identificar problemas “no sistema de combate a incêndio por espuma” e “em tubulações e vasos de pressão”.


LOJAS MARISA. B3 aprovou a extensão de prazo para enquadramento do percentual mínimo de ações em circulação (free float) da empresa de 31/01/26 para 31/12/26.


FLEURY comprou a rede de laboratórios mineira Hemolab por R$ 39,5 milhões.


REDE D’OR aprovou a distribuição de R$ 450 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,2039 por ação ON, com pagamento em 1º/7; ex em 17/6.


CEMIG vai realizar no dia 30/6 pagamento da 1ª parcela de proventos referentes ao exercício de 2024, no valor bruto de R$ 1,86 bilhão (R$ 0,6727 por ação).


ALLOS aprovou a distribuição de R$ 153 milhões em dividendos intermediários e intercalares…


… Dividendos intermediários serão pagos em duas parcelas iguais de R$ 51 milhões, equivalentes a R$ 0,1019 por ação ON, em 2/7 e 4/8…


… Dividendos intercalares serão pagos em parcela única de R$ 51 milhões, também equivalente a R$ 0,1019 por ação, em 2/9.

AOS ASSINANTES DO BDM, BOM DIA E BONS NEGÓCIOS!


*com a colaboração da equipe do BDM Online


AVISO – Bom Dia Mercado, produzido pela Mídia Briefing, não pode ser copiado e/ou redistribuído.

MP alternativa

 MP alternativa ao IOF já nasce condenada

www.bomdiamercado.com.br

Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*


[12/06/25]


… Depois do CPI abaixo do esperado nos EUA, que resgatou a expectativa de dois cortes do juro neste ano, hoje será divulgado o índice de preços do produtor (PPI), que pode confirmar a inflação comportada. O cenário lá fora ainda é influenciado pelo progresso nas negociações de Washington com Pequim, enquanto dificuldades para um acordo com o Irã pressionam o petróleo e os protestos crescentes de imigrantes reforçam os ruídos políticos para o governo Trump. Aqui, saem as vendas no varejo, que devem recuar em abril. Mas as atenções do mercado estão todas voltadas para a MP da Fazenda, publicada ontem à noite, com as medidas alternativas para substituir o decreto do IOF, que já sofrem forte resistência do Congresso, adicionando incertezas à política fiscal do governo Lula.


… O novo pacote não trouxe novidades, confirmando as propostas que foram antecipadas pelo ministro Fernando Haddad.


… Entre os pontos centrais, a alíquota fixa do IOF aplicável ao crédito à pessoa jurídica cai de 0,95% para 0,38%. O IOF sobre a operação de crédito conhecida como risco sacado não tem mais alíquota fixa, apenas a diária, de 0,0082%.

… Isso significa redução de 80% na tributação do risco sacado, a medida do decreto do IOF que mais havia recebido críticas.


… O governo também reduziu a tributação sobre seguros do tipo VGBL (previdência), criando uma regra de transição.


… A partir de 2026, os aportes de até R$ 600 mil por ano feitos por PF estarão isentos de IOF. Acima desse valor, incidirá uma alíquota de 5% sobre o excedente, considerando a soma de todos os planos do titular, mesmo que em seguradoras diferentes.


… Para este ano, o limite de isenção será de R$ 300 mil, mas apenas para aportes realizados em uma mesma seguradora, no período entre 11 de junho e 31 de dezembro. Acima disso, aplica-se a mesma alíquota de 5% sobre o valor excedente.


… No caso dos FIDCs, haverá cobrança do IOF de 0,38% para aquisição primária de cotas, toda vez que for feito um aporte. Para o câmbio, fica zerada a alíquota para operações de retorno de recursos aplicados por estrangeiro em participações societárias no País.


… Já as medidas para compensar a arrecadação incluem maior tributação sobre apostas esportivas (bets), de 12% para 18%.


… Ganhos e rendimentos com ativos virtuais, como criptomoedas, serão tributados no Brasil. Pessoas físicas e pessoas jurídicas isentas ou optantes pelo Simples Nacional pagarão 17,5% de IR, podendo deduzir custos e compensar perdas dentro de certos limites.


… Para empresas do lucro real, presumido ou arbitrado, os ganhos líquidos nas operações com ativos virtuais integram a base de cálculo do IRPJ e da CSLL, vedada a dedução de perdas. A retenção de imposto na fonte e compensação de perdas terão restrições a partir de 2026.


… A MP confirma a taxação de 5% das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito Agropecuário (LCA), antes isentas, mas essas alíquotas passarão a valer apenas a partir de janeiro de 2026. Já o aumento de tributação para as bets entra em vigor imediatamente.


… Além das LCIs e das LCAs, serão afetadas as Letras Hipotecárias, CRI, CDA, WA, CDCA, CRA, CPR, FII, FIAGRO, LIG e LCD.


… A alíquota de 9% de CSLL das instituições financeiras, restritas às Fintechs, foi eliminada, permanecendo apenas as faixas de 15% e 20%, válida hoje para os bancos. Também foi elevada a alíquota do Juros sobre Capital Próprio (JCP), de 15% para 20%.


… O pacote também traz uniformização da alíquota do IR em 17,5% sobre todas as aplicações financeiras de pessoas físicas residentes no País, a partir de 2026, e confirma a Isenção de IOF para o retorno de investimentos estrangeiros diretos.


… A medida define ainda que os lucros obtidos em operações na bolsa e no mercado de balcão organizado no Brasil são tributados pelo IR de 17,5% para PF e algumas PJ. Ganhos no mercado à vista ficam isentos se as vendas no trimestre não passarem de R$ 60 mil.


… A MP amplia a possibilidade de compensação de ganhos e perdas em operações no mercado financeiro. Hoje, essa possibilidade existe apenas para renda variável. A mudança vai permitir que o rendimento de renda fixa possa compensar perdas da renda variável.


… Outra proposta confirmada é a intenção de reduzir o gasto tributário (isenções fiscais) em “pelo menos 10%”, além da discussão de uma agenda para redução dos gastos primários que a Fazenda pretende tocar em conjunto com o Congresso.


… A MP traz uma ação regulatória para coibir compensações consideradas abusivas de crédito tributário, considerando indevidas aquelas feitas com documento de arrecadação inexistente e crédito de PIS/Cofins que não tenha relação com a atividade do contribuinte.


DESPESAS PÚBLICAS – A MP também incluiu o programa Pé-de-Meia no piso constitucional da Educação, mudanças nas regras do serviço digital do INSS para solicitar benefícios por incapacidade temporária e novos critérios de acesso ao Seguro Defeso.


… Além disso, estabelece que o dinheiro usado para equilibrar as contas entre o Regime Geral da Previdência Social (RGPS) e os regimes de previdência dos servidores públicos só poderá ser pago se houver recursos previstos no Orçamento.


… Sobre o Pé-de-Meia, os recursos destinados ao programa passam a ser contabilizados como parcela mínima obrigatória que o governo deve investir no setor. Hoje, a Constituição exige que a União aplique 18% da receita líquida de impostos em Educação.


… Já os gastos com benefícios por incapacidade temporária no INSS podem ser controlados com a permissão para que as perícias médicas sejam feitas por telemedicina ou apenas por análise documental, limitando a concessão nesses casos a até 30 dias.


… Por fim, a concessão do Seguro Defeso passa a estar sujeita à disponibilidade de recursos orçamentários específicos.


NÃO VAI VINGAR – Entre as medidas do novo pacote de Haddad, a taxação de 5% das LCIs e LCAs – que afeta diretamente o crédito para os setores do agronegócio e imobiliário – não parece ter nenhuma chance de passar. Ou chance de valer um dia.


… Essa medida não tem validade imediata na MP e nem deve entrar em vigor em janeiro de 2026, para quando está programada.


… O pacote todo sofre forte resistência do Congresso, embora tenha sido negociado por Haddad com os presidentes da Casa, Hugo Motta e David Alcolumbre, naquela reunião de cinco horas no domingo passado, quando todos eles saíram falando em acordo.


… Não levou 24 horas para Motta tirar o corpo fora e dizer que não se comprometia com as novas medidas alternativas da Fazenda, e o que se pode inferir disso tudo é que a retórica apenas servirá para o governo ganhar o tempo de validade da MP.


… É só segurar a votação que as medidas mais polêmicas ficarão postergadas para daqui a quatro meses, quando uma nova crise já está contratada. O mercado deve esperar os impactos das novas medidas que não foram ainda calculados, ou divulgados.


… Segundo fontes da equipe econômica ouvidas pelo Estadão, a MP alternativa ao IOF prevê arrecadação de R$ 10 bilhões este ano e de R$ 20 bilhões em 2026, sendo que não incluem as receitas com o pretendido corte de 10% dos gastos tributários.


… Mas, mesmo após as estimativas oficiais, a MP não deve trazer tranquilidade às contas públicas, porque já nasceu condenada.


AGENDA – Em mais um indicador importante da atividade para as expectativas da política monetária, a mediana do mercado indica recuo de 0,7% para as vendas do varejo restrito em abril, na margem, após alta de 0,8% em março. O dado será divulgado às 9h.


… Segundo pesquisa do Broadcast, após três crescimentos mensais consecutivos, o varejo restrito deve recuar, como reflexo das pressões inflacionárias sobre supermercado e farmácia e em linha com a perda de tração da atividade aguardada para o segundo trimestre.


LULA – Em Minas hoje, o presidente participa (10h) da Cerimônia de Apresentação dos Avanços do Acordo Rio Doce, em Mariana, e, às 13h, da entrega de equipamentos agrícolas a municípios mineiros no Ceasa, em Contagem.


GALÍPOLO – Às 19 horas, o presidente do Banco Central participa da Cerimônia alusiva ao Dia da Marinha e de Imposição das Condecorações da Ordem do Mérito Naval e da Medalha Mérito Tamandaré.


LÁ FORA – O núcleo da inflação ao produtor (PPI) dos EUA em maio deve desacelerar na comparação anual de 3,1% para 1,7%, embora a estimativa seja de alta na margem, para 0,3%, contra queda de 0,4% em abril.


… O índice cheio tem previsão de +0,2%, contra -0,5% no mês anterior, e +2,6% na base anualizada, de 2,4%.


… O indicador sai às 9h30, mesmo horário dos pedidos de auxílio-desemprego, que devem vir estáveis.


… À noite (20h), o BC do Peru anuncia decisão de política monetária.


METAMORFOSE AMBULANTE – Não está dado o Copom da semana que vem, na agitação das apostas ao sabor das novidades de cada dia: ontem foi o IOF, hoje são as vendas no varejo e amanhã pode ser o dado de serviços.  


… Antes de entrar em período de silêncio, Galípolo recorreu à estratégia clássica de todo presidente do BC de não se comprometer com guidance e sinalizar que as opções para a Selic estão em aberto. Faz parte do hedge.


… Seus comentários recentes, porém, foram lidos como hawkish. A última vez em que ele falou foi sábado, no Guarujá. No curto espaço de tempo de lá para cá, o mercado já foi e já voltou na reprecificação da Selic.


… Para dar a medida de como tudo está dinâmico, ontem, as apostas estavam bem diferentes da véspera.


… Apenas um dia depois de o IPCA no piso em maio ter recuperado as chances de juro estável na próxima 4ªF, o mercado voltou a mudar de ideia, de olho nas resistências políticas às soluções alternativas ao aumento do IOF.


… No momento, a chance de alta de 0,25pp da Selic está vencendo no placar na curva a termo. Subiu de 56% para 68% nas últimas 24h, enquanto a probabilidade de manutenção da taxa básica diminuiu de 44% para 32%.


… Mas hoje já é outro dia e uma nova reversão nas apostas não surpreenderia, sob a volatilidade máxima.


… Na véspera do resultado das vendas no varejo, a consultoria MCM revisou ontem em alta a previsão para o PIB do ano, de 1,7% para 2,2%, diante do mercado de trabalho robusto, que deve manter a demanda aquecida.


… Existe um duelo de forças hoje para o Copom avaliar: de um lado, o crescimento econômico ainda a todo vapor, enquanto a inflação corrente começa a dar sinais de acomodação e suaviza as expectativas para o ano.  


… Depois do IPCA comportado de maio, o Citi acredita em pausa da Selic em 14,75%, sem que necessariamente isso signifique o fim do ciclo, segundo o banco, porque o BC tem que continuar perseguindo a meta da inflação.


… Ontem, a recalibragem das apostas para o Copom, para alta do juro, puxou a ponta curta e média do DI, enquanto o trecho longo terminou perto da estabilidade, de olho na inflação abaixo do esperado nos EUA.

… O contrato de juro para Jan/26 subiu a 14,890% (de 14,850% no pregão anterior); Jan/27 avançou a 14,235% (de 14,155%); e Jan/29, a 13,570% (13,515%). Jan/31 fechou a 13,700% (13,690%); e Jan/33, estável, a 13,760%.


DESCONTOU O RISCO – A bolsa não costuma ser amiga de juros altos, mas driblou ontem a retomada da aposta de que a Selic pode ir a 15%, preferindo se concentrar em outros gatilhos para recuperar os 137 mil pontos.  


… Os motores de alta vieram da Petrobras e dos bancos. A estatal colou no rali do petróleo, e o setor financeiro foi embalado pelo jogo duro do Congresso contra as mudanças de tributação pretendidas pelo governo.


… Os papéis operaram na esperança de que a equipe econômica não consiga aprovar o aumento do imposto do JCP e as mudanças nas alíquotas de investimentos no agronegócio e no setor imobiliário, que hoje são isentos.

… Bradesco PN (+3,10%, a R$ 16,32), Bradesco ON (+2,70%, a R$ 14,08) e Itaú (+1,17%, a R$ 36,42) engataram altas firmes. Santander unit (+4,65%, a R$ 30,17) liderou o ranking de valorizações do Ibovespa nesta 4ªF.


… A instituição repercutiu a melhora da recomendação de suas ações pelo UBS BB, para compra, assim como do preço-alvo, de R$ 30 para R$ 38. Exceção entre os bancos ontem, BB virou na reta final (-0,65%, a R$ 21,40).


… Parte do fôlego do Ibov foi limitado pela decisão do BofA de rebaixar as ações brasileiras (neutro, de compra) pela primeira vez em três anos, citando visão cautelosa para as commodities, ruído político e deterioração fiscal.


… Ainda assim, o índice à vista segurou uma alta de 0,51%, aos 137.128 pontos, com giro de R$ 21,6 bilhões.


… Além dos bancos, a bolsa contou na retaguarda com a força da Petrobras, que emplacou altas próximas de 3% pelo segundo pregão consecutivo: os papéis PN subiram 3,33% (R$ 31,05) e os ON avançaram 2,93%, a R$ 33,33.

… Pegaram carona na tensão do petróleo com a ameaça do Irã de atacar bases americanas no Oriente Médio, caso os EUA não cheguem a um acordo sobre o programa nuclear esta semana, na sexta rodada de negociações.


… A reação veio horas depois de Trump ter dito que estava “perdendo a confiança” em um consenso.

… As agências internacionais noticiaram que os EUA estariam evacuando a embaixada americana no Iraque por riscos à segurança. No salto de nervosismo, o barril do Brent para agosto escalou 4,33%, cotado a US$ 69,77.


… Ainda no Ibov, Vale ON caiu 0,88% (R$ 53,18), na direção oposta ao minério (+1%). Braskem PNA (-3,07%) devolveu ganho da véspera com o interesse declarado da Petrobras em elevar poder de gestão na petroquímica.

SO FAR, SO GOOD – As tarifas de Trump ainda não abalaram a inflação americana e, embora persista a incerteza da política protecionista, o mercado pede cortes de juro pelo Fed em setembro e dezembro (25pb cada um).


… Trump cobrou mais (1pb) ontem, depois de o índice de preços ao consumidor (CPI) subir 0,1% em maio contra abril e 2,4% na comparação anual, ambos abaixo das previsões de altas de 0,2% e 2,5%, respectivamente.


… Para a Pantheon, o indicador mostra que o impacto tarifário “permanece microscópico por enquanto”. O ING acredita que o efeito sobre os custos só deve ser sentido em julho, três meses depois da sua imposição.


… Também a Oxford Economics alerta que o impulso ainda aparecerá mais para frente. Mas os juros dos Treasuries caíram nesta 4ªF, porque pelo menos até aqui a onda protecionista ainda não bateu forte nos preços.

… A taxa da Note-2 anos furou 4%, a 3,942%, de 4,011% na véspera, e a de 10 anos foi a 4,415%, de 4,467%.


… Aliviado pelo CPI, o índice DXY do dólar caiu 0,47%, a 98,631 pontos, dando espaço adicional ao euro (+0,49%, a US$ 1,1485), apesar de o BCE vir antecipando novos cortes do juro. A libra esterlina subiu 0,33%, a US$ 1,3541.


… O iene avançou 144,61/US$ e o real também foi bem contra a moeda americana, que caiu 0,59%, a R$ 5,5376, com a inflação mais fraca nos EUA e o acordo preliminar com a China sobre tarifas comerciais e terras raras.


… No WSJ, Pequim está impondo limite de seis meses às licenças de exportação de terras raras às montadoras e fabricantes dos EUA, levantando suspeitas de que os chineses estejam levando vantagem na negociação.


… A cautela com os detalhes do acordo, combinada à escalada da tensão geopolítica com o Irã, em meio à evacuação dos embaixadores no Iraque, anulou o otimismo das bolsas em NY com a inflação sob controle.


… No fechamento, o índice Dow Jones operava estável, aos 42.865,77 pontos, o S&P 500 registrava leve queda de 0,27%, aos 6.022,30 pontos, enquanto o Nasdaq exibia desvalorização de 0,50%, aos 19.615,88 pontos.


EM TEMPO… JBS comunicou que início de negociação das ações Class A na Nyse, previsto para ocorrer hoje, foi adiado em um dia, para amanhã…


… Alteração, segundo a companhia, foi em razão da impossibilidade de conclusão de procedimentos operacionais, que envolvem uma série de diferentes prestadores de serviços no Brasil e no exterior…


… Adicionalmente, data prevista para pagamento de dividendos, que era 16 de junho, será postergada para 17 de junho, quando também tem início leilão de frações de ações.

PETRORECONCAVO informou que, por determinação da ANP, será paralisadas, de forma imediata, duas estações de produção da companhia no campo de Cassarongongo (Ativo Bahia)…


… A decisão foi tomada após a Superintendência de Segurança Operacional (SSO) identificar problemas “no sistema de combate a incêndio por espuma” e “em tubulações e vasos de pressão”.


LOJAS MARISA. B3 aprovou a extensão de prazo para enquadramento do percentual mínimo de ações em circulação (free float) da empresa de 31/01/26 para 31/12/26.


FLEURY comprou a rede de laboratórios mineira Hemolab por R$ 39,5 milhões.


REDE D’OR aprovou a distribuição de R$ 450 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,2039 por ação ON, com pagamento em 1º/7; ex em 17/6.


CEMIG vai realizar no dia 30/6 pagamento da 1ª parcela de proventos referentes ao exercício de 2024, no valor bruto de R$ 1,86 bilhão (R$ 0,6727 por ação).


ALLOS aprovou a distribuição de R$ 153 milhões em dividendos intermediários e intercalares…


… Dividendos intermediários serão pagos em duas parcelas iguais de R$ 51 milhões, equivalentes a R$ 0,1019 por ação ON, em 2/7 e 4/8…


… Dividendos intercalares serão pagos em parcela única de R$ 51 milhões, também equivalente a R$ 0,1019 por ação, em 2/9.

AOS ASSINANTES DO BDM, BOM DIA E BONS NEGÓCIOS!


*com a colaboração da equipe do BDM Online


AVISO – Bom Dia Mercado, produzido pela Mídia Briefing, não pode ser copiado e/ou redistribuído.

Extensão do ciclo de alta

 Extensão do ciclo de alta de juros volta a ganhar força antes da decisão do Copom


Gabriel Roca Victor Rezende e Gabriel Caldeira De São Paulo


 


O mercado volta a mostrar maior inclinação pela continuidade do ciclo de aperto monetário para a próxima reunião do Banco Central, e, durante a tarde, a probabilidade de uma alta de 0,25 ponto era negociada a 65% frente a 35% de chance de manutenção. Ainda que os motivos para o ajuste de posições do dia não sejam claros, diversos agentes financeiros consultados pelo Valor relatam desconforto em apostar no fim do ciclo quando, na avaliação deles, a própria comunicação oficial do comitê buscou reforçar a possibilidade de um novo incremento na Selic na semana que vem.


É uma opinião praticamente consensual no mercado que houve um forte reajuste de orientação na comunicação dos membros do Copom no intervalo entre as reuniões. Ainda que a possibilidade de extensão do ciclo não estivesse encerrada após a divulgação da ata, a leitura era a de que a barra para uma alta de 0,25 ponto percentual na reunião de junho era extremamente elevada.


Nesse intervalo, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da Pnad Contínua de abril surpreenderam, desafiando, parcialmente, a visão recente e mais convicta do Copom de que a atividade econômica iria perder força. Mesmo assim, poucos players avaliam que esses dados, de maneira isolada, teriam sido suficientes para justificar tamanha alteração na visão dos membros do colegiado.


Relatos de que os membros da diretoria do colegiado se mostraram mais conservadores em reuniões privadas com agentes de mercado acabaram encontrando respaldo nas falas do presidente do BC, Gabriel Galípolo, em palestra realizada no Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP). Novos ruídos ocorreram em outras reuniões fechadas à imprensa e, no fim de semana, Galípolo buscou reafirmar que a comunicarão do  colegiado era feita apenas pelos canais oficiais.


A dúvida que paira na cabeça dos agentes de mercado é: se o colegiado não tinha — ou não tem — a intenção de prosseguir com o ciclo de aperto monetário, por que houve a tentativa de abrir a porta para este desfecho quando a discussão já parecia pacificada?


A resposta acabou traduzida, rapidamente, nos preços dos ativos financeiros. Gestores e tesoureiros apontam que, após a mudança na comunicação, o mais razoável, do ponto de vista dos preços de mercado, seria o cenário onde as opções apontam uma probabilidade de 60% para a alta de 0,25 ponto e 40% pela manutenção às vésperas da decisão. Esse seria um novo "preço justo".


Algumas explicações buscam elucidar a volatilidade das opiniões nos últimos dias. Entre as reuniões, a narrativa de desaceleração do PIB global relacionada à guerra comercial travada pelos EUA perdeu força, amenizando um dos vetores baixistas para a inflação citados pelo Copom no balanço de riscos da última reunião.


Já no cenário doméstico, após o imbróglio envolvendo o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), há participantes do mercado céticos de que ocorra, de fato, um encarecimento no crédito e consequente aperto nas condições financeiras. Isso justificaria uma reversão em parte das apostas de fim de ciclo, que se avolumaram no início do mês passado. Além disso, os números de atividade que ainda serão divulgados nesta semana — dados do varejo e do setor de serviços — passam a ser considerados cruciais para o desfecho da reunião de quarta-feira que vem e também podem estar por trás de uma postura mais defensiva dos agentes.


Para alguns participantes de mercado, ao estender o ciclo de aperto monetário, ou ao menos endurecer o discurso de forma relevante, o BC conseguiria, por ora, afastar a ideia dos cortes prematuros nos juros. Isso porque a precificação excessiva de um afrouxamento monetário adiante poderia comprometer os esforços realizados pelo colegiado até o momento com o ciclo de alta.


As dúvidas são bem maiores, no entanto, sobre a viabilidade da estratégia do comitê de, após reacender o debate sobre a extensão do ciclo, simplesmente não elevar a Selic e fechar a porta para novas altas. A leitura majoritária é a de que, buscando ganhar uma "opcionalidade", o Copom será obrigado a entregar um novo aperto nos juros. Nos próximos dias, revisões de cenário sobre a reunião de quarta-feira devem deixar claro que boa parte do mercado migrou para uma nova alta de juros na semana que vem.


"É um BC independente e, em teoria, pode muito bem avaliar que uma nova alta não é necessária e surpreender o mercado. Não fosse, o Copom não precisava existir e o mercado definiria a taxa. A questão é: se o mercado estava precificando zero, por que ele (BC) fez o mercado migrar para o 0,25 p.p?", questiona um gestor que avalia como de difícil leitura o desfecho da próxima reunião do Copom. 11/06/2025 16:39:00

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Inflação americana benigna ontem. Trégua comercial frágil: minerais raros em troca de estudantes e alguns semis (inconcreto), com uma grandiloquência de Trump (que já ninguém acredita). Para começar, implica impostos alfandegários elevados: 10% sobre os EUA e 55% sobre China (que se compõe de 10% padrão + 20% pelo fentanil + 25% pré-existentes). E Trump diz à Fed que deveria baixar -100 p.b. nas taxas de juros (agora em 4,25%/4,50%) porque a inflação saiu boa (+2,4% vs. +2,3%; Subjacente estável em +2,8%). 


Tudo isso é menos mau do que o pior cenário, mas nada é bom: os impostos alfandegários existem (menos comércio e mais inflação), a inflação parece estabilizar-se no intervalo +2,5%/+3,0% e Trump continua a questionar a independência da Fed, pressionando-a inequivocamente. Por isso, Nova Iorque foi deslizando em baixa ontem à medida que a sessão avançada, tornando-se ligeiramente negativa desde positiva. 


E o risco pela geoestratégia reativa-se: o Irão afirmou ontem à noite que atacará as bases militares americanas se as negociações sobre a sua atividade nuclear não forem bem-sucedidas… em referência à 6.ª ronda EUA/Irão que Trump afirma que deve começar hoje, mas o Irão afirma que será no domingo. Não concordam nem no início, portanto tem mau aspeto. O Irão já rejeitou uma proposta americana e Trump ameaçou bombardear-lhes. Não parece que se tornem amigos. Por isso, o petróleo e o ouro sobem, enquanto o USD volta a depreciar-se (1,153). Em paralelo, na frente interior americana, os confrontos sociais derivados da política anti-imigração de Trump no diminuem, agravam-se. 


É verdade que a inflação americana subiu ontem muito pouco e poderá ser considerada quase boa, mas o tom do conjunto de tudo o descrito não soa bem. E é provável que o fluxo de fundos desde os EUA para a Europa comece a diminuir. Isso foi o que impulsionou a bolsa europeia (a pressão do fluxo), não os méritos próprios (EPS’25e +1,7% na Europa, embora favorecida pelas descidas de taxas de juros). Só em maio e só em fundos de investimento, saíram dos EUA 24.700 M$, chegando à Europa 21.000 M$ e o restante aos emergentes. Mas chega um momento em que o processo se esgota quando tende a completar-se, e poderemos estar nessa situação. 


HOJE temos 2 assuntos importantes: 

(i)  13:30 h Preços Industriais EUS, que se espera que aumentem um pouco (+2,6% vs. +2,4%), como a inflação ontem.

(ii)  Colocação de 22.000 M$ em obrigações a 30 anos americanas, que é a mais importante desta semana por ser o prazo mais longo. Agora avalia a 4,912%, abaixo dos 5% psicológico. Isso dá alguma tranquilidade, mas também coloca a fasquia um pouco elevada para este leilão. Ontem, foram colocados 39.000 M$ em obrigações a 10 anos com bid-to-cover 2,52x vs. 2,60x de média para leilões desta duração, que não está mal.


CONCLUSÃO: Sessão fraca. O suposto acordo comercial EUA/China deixa o mercado frio. O Irão tira um pouco de tranquilidade, embora no fim não aconteça nada. Os Preços Industriais americanos irão aumentar um pouco e as obrigações a 30 anos serão colocadas, mas veremos se isto se fará à custa de uma cedência no preço, porque 4,912% parece exigente, difícil de bater considerando a vulnerabilidade fiscal do governo americano. É provável que as bolsas retrocedam algo (-0,3%?) e que comece a assentar-se um certo sentimento de esgotamento, tanto pela diminuição do fluxo de fundos para a Europa como pelo défice de incentivos tangíveis.


S&P500 -0,3% Nq-100 -0,4% SOX -0,2% ES50 -0,4% IBEX -0,6% VIX 17,3% Bund 2,53% T-Note 4,41 Spread 2A-10A USA=+47pb B10A: ESP 3,12% PT 3,00% FRA 3,23% ITA 3,45% Euribor 12m 2,090% (fut.2,071%) USD 1,153 JPY 165,7 Ouro 3.374$ Brent 69,4$ WTI 67,8$ Bitcoin -1,7% (107.679$) Ether -1,1% (2.760$). 


FIM

quarta-feira, 11 de junho de 2025

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Ontem, lateralidade na espera. A emissão de obrigações americanas a 3 anos de ontem (58bn$) foi um pouco débil, mas não muito: o rácio bid-to-cover ou oferta/procura foi 2,52x vs. 2,56x no leilão equivalente de maio, o que é uma ligeira deterioração, mas não para assustar. De todas as formas, era cedo para esperar qualquer reação fria, porque hoje sai a inflação americana, provavelmente a aumentar (+2,5%/+2,4% vs. +2,3%; Subjacente +2,9% vs. +2,8%), e o delicado serão as emissões de obrigações americanas de hoje, quarta-feira, a 10 anos por 39Bn$, e amanhã a 30 anos por 22Bn$. Por isso, a tensão sobre as obrigações americanas começa hoje, porque será um dia realmente interessante neste assunto, em combinação com a inflação.


Por outro lado, os negociadores dos EUA e da China, em Londres, afirmam que acordaram um marco de negociação para aliviar as restrições sobre as exportações de terras raras da China para os EUA, e de semicondutores americanos para a China, mas a única certeza é que as negociações não estão fechadas e o diálogo continua aberto. Isso não é muito, mas é melhor do que um bloqueio. Agora têm até 10 de agosto para concretizar algo ou os impostos alfandegários recíprocos serão de 145% para a China e 125% para os EUA vs. 30%/10% agora. O mercado recebeu a informação friamente, em parte pela ausência de detalhes e porque cada parte deve submeter o que quer que tenham acordado ao critério de Trump e Xi, o que não carece de risco.


Como detalhe local, os resultados de Inditex publicados há pouco foram fracos, como se esperava, mas não um desastre. A empresa já tinha vindo a avisar. Vendas +1,5% vs. +2,9% esperado e BNA +0,9%, sendo o pior a redução da posição de caixa líquida positiva desde 11.495 M€ até 10.778 M€, algo que muito raramente aconteceu. Este ritmo de expansão tão modesto é dificilmente compatível com um PER’25e ca.25x e, por isso, mantemos a nossa recomendação em Neutral. 


CONCLUSÃO: Dia tenso, dependente de como saia a inflação americana (13:30 h). Da inflação dependem como se colocam as emissões de obrigações americanas de hoje e amanhã, que são a prazos longos (10 anos) e muito longos (30 anos), e por isso têm risco. A tecnologia e, principalmente, semicondutores demonstram que continuam a ser a fonte mais dinâmica de geração de lucros em qualquer contexto, com base no transmitido na temporada de resultados 1T 2025. Por isso, +10% em junho e +4% esta semana; é onde tem de estar. Lembrete: voltamos a incluir especificamente tecnologia nas nossas Carteiras Modelo de Fundos para junho com até 10% no perfil agressivo. Os futuros vêm ca.-0,3% e as bolsas cairão um pouco enquanto esperam pela inflação americana para definirem a sua direção, mas é muito provável que o seu aumento de hoje comece a mudar a forma tão complacente de ver a situação e o tom se torne mais frio, embora a descida de temperatura seja determinada por quanto aumentarão as yields das obrigações americanas. É um dia muito importante.


S&P500 +0,6% Nq-100 +0,7% SOX +2,1% ES50 -0,1% IBEX -0,2% VIX 17,0% Bund 2,54% T-Note 4,48 Spread 2A-10A USA=+46pb B10A: ESP 3,11% PT 3,00% FRA 3,22% ITA 3,45% Euribor 12m 2,086% (fut.2,084%) USD 1,142 JPY 165,8 Ouro 3.335$ Brent 66,9$ WTI 65,0$ Bitcoin +0,2% (109.570$) Ether +4,7% (2.791$). 


FIM

Fabio Alves