sexta-feira, 16 de maio de 2025

60 anos de BCB Gabriel Galípolo e Armínio Fraga

Ótimo bate-papo entre alípolo e Armínio Fraga. Foi um dos mais importantes presidentes do BCB, no esforço de criar um sistema de regras, um arcabouço institucional para a atuação da autoridade monetária. Enviarei outros.

“Hoje todo mundo tem um celular que funciona para receber dinheiro. Mas naquela época não existia. O uso de correspondentes permitiu que o número de postos bancários quadruplicasse. Foi sensacional.” No 6º episódio da série Conversas Presidenciais, Armínio Fraga, presidente do BC entre 1999 e 2003, relembra sua trajetória à frente da instituição, os desafios da economia à época e as conquistas que marcaram sua gestão.

https://www.youtube.com/watch?v=43XjFCvBWYE

Bankinter Portugal Matinal 1605

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Demasiada complacência durante demasiadas sessões consecutivas. Ontem, ligeiras subidas, novamente. Os megacontratos assinados por Trump com os Estados do Golfo Pérsico, que favorecem principalmente ou quase exclusivamente empresas de defesa americanas (ca.+3% ontem, por exemplo), apoiam um mercado mais apoiado na liquidez e no errático fluxo de notícias de curto prazo do que em fundamentos sólidos. Mas funciona. É inegável. Por agora. A subida das empresas de defesa apenas apoia a nossa recomendação a respeito (ver a nossa Carteira Temática Buy&Hold Defesa), mas somos céticos em relação ao empurrão geral no mercado. A mensagem de Trump a estes países é algo como “Se querem proteção incondicional dos EUA como até agora, comprem todo o armamento connosco. E bastante, principalmente agora que sou o Presidente e, assim, serei aclamado internamente”. E funciona, claro. Mas estes empurrões artificiais são de pouca duração. 


A realidade de fundo é que as estimativas sobre os resultados empresariais estão a ser revistas em baixa, tanto pelo custo de impostos alfandegários que continuam a ser impossíveis de quantificar como pelo debilitamento da confiança. O EPS 2025 estimado para as empresas americanas agora é +8,7% vs. +10,5 a 1 de abril vs. +14,0% a 1 de janeiro. No caso das europeias, +1,9% agora vs. +5,8% a 1 de abril. Isso é bastante pouco. Desde logo, não o suficiente para justificar uma subida de +10% das bolsas europeias, depois de +8% em 2024 e +19% em 2023. A evolução é menos incoerente para Wall St., porque está plana este ano vs. +23% e +24% em 2024/23, respetivamente. Apenas o fluxo de fundos desde os EUA para a Europa explica isto, portanto é melhor ter cuidado. 


HOJE, os futuros sobre as bolsas europeias vêm a subir um pouco (+0,3%), mas os americanos quase planos. À primeira hora, recebemos um PIB 1T Japão em contração (-0,2% vs. +0,6% 4T; anualizado -0,7% vs. +2,4%), o que implica uma mudança substancial para pior; e os resultados de Richemont (luxo) de ano completo (porque termina em maio) com Vendas boas, mas margens e lucros dececionantes e abalados. Ontem, Walmart publicou resultados decentes, mas fechou -0,5% e na sessão chegou a -4%, porque considerou-se incapaz de dar guidance sobre EPS devido aos erráticos impostos alfandegários. Lógico e sensato. E a chave do dia é a Confiança da Univ. de Michigan de maio, às 15 h, que está em níveis francamente baixos (52,2) e que se espera que suba um pouco até 53,4… sendo o realmente importante os seus componentes de Expetativas de Inflação, que agora estão em nada menos do que +6,5% a 1 ano e +4,4% a 5/10 anos. Este é um dos indicadores adiantados que mais claramente tem vindo a avisar sobre a deterioração da confiança e as futuras tensões inflacionistas, que estimamos que se materializarão ao longo do 3T e 4T.


CONCLUSÃO: Sensações mistas. Continuar a subir, embora milimétricamente, seria imprudente. Pode acontecer hoje. Dependerá das expetativas de inflação da Universidade de Michigan, às 15 h. Agora são tão más que, se reduzirem um pouco, a subida seria possível. Se piorarem, a situação agravar-se-á com vontade. Portanto, depende, temos de esperar e não tentar adivinhar com base na sorte. Com este indicador, não.


S&P500 +0,4% Nq-100 +0,1% SOX -0,6% ES50 +0,2% IBEX +0,7% VIX 17,8% Bund 2,61% T-Note 4,42% Spread 2A-10A USA=+48pb B10A: ESP 3,23% PT 3,11% FRA 3,29% ITA 3,62% Euribor 12m 2,161% (fut.2,095%) USD 1,121 JPY 162,9 Ouro 3.220$ Brent 64,6$ WTI 61,7$ Bitcoin +0,5% (103.964$) Ether +2,1% (2.592$). 


FIM

BDM Matinal Riscala 1605

 *Rosa Riscala: Risco fiscal volta ao radar do mercado*


… Destaque lá fora, o índice do sentimento do consumidor americano medido pela Universidade de Michigan deve melhorar para 53,4 em maio, com o alívio das tensões comerciais. Junto, saem as expectativas de inflação, que saltaram a 6,50% (2026) e 4,40% (5 anos) em abril, na reação às tarifas. Nesta 5ªF, a deflação no atacado e as vendas no varejo abaixo do previsto reforçaram apostas de que o Fed deve reduzir os juros duas vezes este ano. No Brasil, repercute na B3 o tombo da BRF no after hours em NY (-6,9%), após a companhia se tornar subsidiária da Marfrig. A agenda mais fraca prevê o IGP-10 e o Prisma Fiscal, com as previsões do mercado para os principais indicadores fiscais, quando investidores voltam a mostrar preocupação com as medidas que Lula poderá decidir para tentar recuperar a popularidade.


… Em nova apuração de bastidores, o jornalista Thomas Traumann publicou na Veja que o presidente volta da viagem à China com uma agenda de ações para enfrentar o escândalo do INSS, entre as quais, isenção da conta de luz, de botijões de gás e crédito a motoboys.


… Já está pronta para ser assinada a Medida Provisória que concede gratuidade de energia elétrica para quase 60 milhões de inscritos no Cadastro Único, que inclui todos que recebem programas sociais como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BCP).


… Para viabilizar a iniciativa, o MME aumentará em 1,5% as contas dos demais consumidores e cortará os benefícios aos consumidores de energia eólica e solar. A luz de graça aos mais pobres seria só a primeira de uma série de medidas em gestação no governo.


… Ainda este mês, Lula deve anunciar o novo Vale Gás, com a distribuição de botijões por meio de vouchers de R$ 110 a serem entregues pela Caixa aos inscritos no Bolsa Família. A proposta ainda permite fracionar a venda do gás, com compras de R$ 50.


… Para as próximas semanas, o governo planeja o lançamento de uma nova modalidade de crédito aos microempreendedores, que terá o Pix recorrente como garantia dos empréstimos tomados junto aos bancos. Uma nova lei ajustará essa nova operação.


… Além disso, a pedido de Lula, a Caixa e o BB preparam uma linha de crédito para compra de motocicletas a entregadores de aplicativos.


… Na Saúde, o presidente quer trocar a dívida federal de hospitais particulares pelo uso de sua estrutura para cirurgias do SUS, de modo a diminuir a fila de espera dos pacientes para tratamentos de câncer, problemas cardíacos e ortopedia.


… Finalmente, o jornalista Thomas Traumann confirma em sua coluna desta 5ªF a informação, antecipada na véspera, que o Ministério do Desenvolvimento Social prepara proposta para reajustar o valor do Bolsa Família de R$ 600 para R$ 700, a partir de janeiro de 2026.


… As notícias causaram desconforto e volatilidade no mercado, levando Haddad a descer para falar com os repórteres.


… “Não existe pacote nenhum sendo discutido, não há nenhuma demanda para novos gastos”, disse o ministro, admitindo, porém, que há um “conjunto de medidas corriqueiras”. “Não sei por que ficam gerando ruídos que só interessam à especulação.”


… Segundo Haddad, as medidas que estão sendo preparadas para levar a Lula na semana que vem são “questões pontuais” para cumprir a meta fiscal de 2025, “que vamos cumprir”. “O Orçamento de 2026 [sobre o Bolsa Família] nem começou a ser discutido.”


… Uma dessas medidas “pontuais” inclui o Vale Gás, que tem que entrar no Orçamento deste ano, com um novo desenho. Outra questão é o programa Pé-de-Meia, que ganhou um prazo do Tribunal de Contas da União para ser incluído no PLOA.


… Enquanto Haddad falava, o dólar renovou a máxima de R$ 5,6905 e os juros futuros ampliaram os prêmios (leia abaixo).


… Como registrou o BDM Online no meio da tarde, as declarações do ministro não convenceram o mercado, que já projeta pressões cada vez maiores no plano fiscal, com Lula tentando de tudo para salvar a reeleição em 2026.


… Essa preocupação com o fiscal não é nova, mas ficou em stand-by algum tempo com o mercado distraído pelas tarifas de Trump.


O MUNDO LÁ FORA – Enquanto Trump acelera os negócios de IA com o Oriente Médio, sugere que um acordo com o Irã está próximo e vê fracassar a reunião entre Zelensky e Putin, os banqueiros americanos continuam apreensivos com a guerra comercial.


… Em entrevista à Bloomberg TV, nesta 5ªF, o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, afirmou que a recessão continua sendo uma possibilidade, já que as consequências das tarifas estão afetando as economias globais.


… “Espero que consigamos evitar isso, mas eu não tiraria isso da mesa neste momento”, disse ele, acrescentando que, “se houver uma recessão [da economia dos Estados Unidos], não sei quão grande ela seria ou quanto tempo duraria.”


… Dimon revelou que alguns clientes continuam retendo investimentos devido à volatilidade e diz que espera que o degelo nas tensões entre os EUA e a China seja duradouro. “Acho que a coisa certa a fazer é recuar em algumas dessas questões.”


… O CEO do JPMorgan disse que o volume de negociação do banco permaneceu elevado nas últimas semanas, após o recuo das tarifas punitivas de Trump e Xi Jinping. “Esta foi uma volatilidade boa, mas a próxima pode não ser tão boa.”


… Para ele, uma das consequências da agitação tarifária pode ser um declínio nos investimentos transferidos para os Estados Unidos. “Vai ter um pouquinho disso”, disse ele, “mas, se você pegasse todo seu dinheiro para colocar em um único país, ainda seria os EUA”.


MAIS AGENDA – O IGP-10 de maio (8h) deve subir 0,21% em maio, na mediana de pesquisa Broadcast, após deflação de 0,22% em abril. A queda menos intensa nos preços industriais deverá puxar o avanço esperado para o indicador.


… Também às 8h, a FGV divulga a segunda quadrissemana de maio do IPC-S, que avançou 0,50% na primeira prévia (4,47% em 12 meses).


… Em Brasília, o Banco Central inicia às 9h o último dia da conferência anual com palestras mediadas por diretores da instituição. Às 10h, será divulgado o boletim Prisma Fiscal, com as previsões do mercado para os principais indicadores fiscais.


… Lá fora, o dia começa com os dados da balança comercial na Zona do Euro (6h) e construções de moradias iniciadas em abril nos EUA previstas para as 9h30. A confiança do consumidor, único indicador capaz de mexer com os mercados, sai às 11h.


… Ainda nos EUA, a Baker Hughes divulga (14h) o número de poços e plataformas de petróleo em operação.


… As falas de dois dirigentes do Fed hoje, Tom Barkin/Richmond (19h) e Mary Daly/São Francisco (22h40), só acontecem à noite.


JAPÃO HOJE – PIB contraiu 0,7% no 1Tri, pela primeira vez em um ano, em meio a preocupações com a guerra comercial.


AFTER HOURS – Os ADRs da BRF tiveram forte queda em NY, após a notícia de incorporação da totalidade de suas ações pela Marfrig, em uma operação que poderá consolidar uma das maiores companhias globais do setor de alimentos.


… A BRF lucrou R$ 1,12 bilhão no 1Tri, aumento de 122,7% comparado ao mesmo período de 2024. O Ebitda ajustado consolidado bateu recorde para o período, a R$ 2,8 bilhões (+30%), e a receita líquida de R$ 15,5 bilhões registrou aumento de 16%.


… Já a Marfrig registrou lucro líquido de R$ 88 milhões no 1Tri25, com um aumento de 40,3% em relação ao mesmo período/24. O Ebitda ajustado cresceu 20,8%, para R$ 3,19 bilhões, e receita líquida avançou 27%, a R$ 38,56 bilhões.


… Para hoje, nenhum balanço está previsto para ser divulgado. Confira abaixo no Em Tempo… os resultados de ontem à noite!


PACOTE DE BONDADES – As notícias que correram em off na imprensa, de que Lula já está no palanque para 2026 e vai jogar pesado nos gastos sociais, levantaram a lebre, puxaram o dólar e constrangeram o DI a cair.


… Só mesmo o Ibovespa, em véspera de exercício de opções, ignorou os rumores e renovou marca inédita.


… Foi frustrada a tentativa de Haddad de apagar o incêndio, desmentindo durante a tarde os planos do governo de tocar uma agenda fiscal positiva para ofuscar o escândalo das fraudes no INSS e as polêmicas do Pix.


… Plantada a semente de que pode vir bomba fiscal pela frente, o real fechou na pior colocação do ranking das 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor, induzindo o dólar a se reaproximar da marca de R$ 5,70.


… Antes mesmo de o risco populista entrar no radar, o câmbio já vinha abalado pelo mergulho do petróleo. A indicação de Trump de que um acordo nuclear com o Irã está próximo afundou o Brent a US$ 64,53 (-2,36%).


… Descolada da queda no exterior, a moeda americana fechou em alta de 0,82%, negociada a R$ 5,6788.


… Lá fora, o dólar caiu com aposta de dois cortes de juro pelo Fed este ano, reforçada pela segunda deflação (-0,5%) seguida do PPI e vendas no varejo (excluindo automóveis) em abril (+0,1%) abaixo do esperado (+0,3%).


… Depois de ter reinado absoluta por tanto tempo, a moeda americana vive hoje uma crise de confiança detonada pela guerra comercial de Trump, que causou uma ruptura no padrão da estrutura inabalável dos EUA.


… Retrato da vulnerabilidade do momento, as apostas contra o dólar continuam aparecendo: o euro pode subir para US$ 1,20 em 12 meses (Danske Bank). A libra tem potencial para alcançar US$ 1,34 no curto prazo (ING).


… Ontem, o euro subiu para US$ 1,1184, a libra esterlina avançou para US$ 1,3306 e o iene se fortaleceu para 145,61/US$, levando o índice DXY, que mede a força do dólar, a registrar queda de 0,16%, para 100,879 pontos.


… Com a inflação nos EUA rodando em níveis inferiores ao que se imaginava e sinais renovados de atividade econômica desaquecida, os juros dos Treasuries pararam de subir ontem, quebrando a sequência de três altas.


… A taxa da Note de 2 anos caiu abaixo de 4%, para 3,964%, de 4,056% na véspera, a de 10 anos furou 4,5%, a 4,447%, contra 4,533% no dia anterior, e a do T-Bond de 30 anos recuou a 4,912%, de 4,967% no pregão de 4ªF.


POP – O alívio nos juros dos Treasuries teria sido seguido à risca pelo DI, não tivesse o rumor sobre a cartada eleitoreira de Lula desencadeado pico de nervosismo, com salto momentâneo de quase 10pb no miolo da curva.


… Até o fechamento dos negócios, os juros futuros baixaram a tensão, mas não dá para dizer que tenham conseguido relaxar, preferindo operar próximos da estabilidade, com o risco fiscal de volta à cena.


… O DI para Jan/26 marcou 14,795% (contra 14,820% no pregão anterior); Jan/27 terminou a 14,145% (de 14,155%); Jan/29, a 13,675% (de 13,710%); Jan/31, a 13,750% (de 13,880%); e Jan/33, a 13,790% (de 13,910%).


… Entre os indicadores, o IBGE informou que as vendas no varejo doméstico aumentaram 0,8% em março, na margem, maior crescimento em quase um ano (desde maio de 2024), mas abaixo da projeção de 1,0%.


… Pode ser mais um sintoma de que, devagar, a política monetária contracionista vai mostrando sua eficácia.


… Ignorando o risco do DNA expansionista do governo Lula, o Ibovespa engatou alta moderada de 0,66% e escreveu novo recorde de fechamento de todos os tempos (139.334,38), com volume de R$ 25,2 bilhões.


… Entre as blue chips, Petrobras ON (+0,32%, a R$ 34,19) e PN (-0,13%, a R$ 31,87) resistiram à liquidação do petróleo e Vale ON (+1,00%, a R$ 55,45) seguiu o otimismo do minério (+1,17%) com o diálogo dos EUA-China.


… No setor financeiro, BB ON (-1,21%, a R$ 29,40) caiu antes da publicação de seu balanço trimestral. Já Itaú PN (+1,34%, a R$ 37,68); Bradesco PN (+0,99%, a R$ 15,35) e Santander Unit (+0,07%, a R$ 30,43) fecharam no azul.


… A avaliação de que o Fed tem espaço para cortar juro impulsionou o Dow Jones (+0,65%; 42.322,75 pontos) e S&P 500 (+0,41%; 5.916,93 pontos), apesar tombo de UnitedHealth (-11%), alvo de suposta fraude no Medicare.


… Já o Nasdaq realizou de leve (-0,18%), aos 19.112,31 pontos, com as gigantes de tecnologia corrigindo os ganhos recentes proporcionados pela percepção de que Washington e Pequim começam a ficar de bem.


… Amazon caiu 2,42%; AMD, -2,3%; Alphabet, -0,85%; Meta, -2,35%; Tesla, -1,4%; e Apple, -0,47%.


EM TEMPO… BB teve lucro líquido ajustado 7,4 bi no 1TRI25, queda de 20,4% na comparação anual. ROE ficou em 16,7% no 1TRI25, de 21,7% no 1TRI24. Carteira de crédito expandida cresceu 14,4%, para R$ 1,277 tri…


… O BB suspendeu a divulgação de guidances para Custo do Crédito, Margem Financeira Bruta e Lucro Líquido Ajustado de 2025…


… O banco informou que agravamento da inadimplência no agronegócio e novas regras de contabilização de ativos com risco significativo elevaram incerteza sobre projeções…


… O BB distribuirá R$ 1,908 bi em JCP, a R$ 0,33 por ação; ex dia 3/6.


NU HOLDING. As ações foram mal no after hours (-2,89%) após a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, informar que eliminou toda a sua participação na instituição no início deste ano.


J&F realizou o pagamento à vista de R$ 15 bilhões para adquirir a totalidade das ações da Eldorado Brasil Celulose detidas pela Paper Excellence, encerrando todas as ações judiciais e arbitrais em curso aqui e lá fora.


MARISA reverteu prejuízo e registrou lucro líquido de R$ 2,264 milhões no 1Tri25. Ebitda somou R$ 86,4 milhões e reverteu resultado negativo de R$ 29,6 milhões visto um ano antes…


… A receita líquida totalizou R$ 297,9 milhões entre janeiro e março, alta anual de 17,7%.


CPFL reportou lucro líquido de R$ 1,6 bilhão no 1Tri25, queda de 8% contra o mesmo período de 2024. Ebitda ficou em R$ 3,9 bilhões, praticamente estável (-0,4%) na comparação com igual intervalo do ano anterior…


… Receita operacional líquida fechou o trimestre em R$ 10,6 bilhões, variação 4,8% superior a um ano antes.


CYRELA teve lucro líquido de R$ 328 milhões no 1TRI25, alta de 23% s/ 1TRI24. Receita líquida cresceu 24%, para R$ 1,943 bi.


EZTEC atingiu lucro líquido de R$ 94,1 milhões no 1Tri25, alta de 65,9% sobre o mesmo período de 2024. Receita líquida somou R$ 311,2 milhões, avanço de 30,1%…


… A empresa pagará R$ 22,3 milhões em dividendos intercalares, a R$ 0,10 por ação ON; ex no próximo dia 23.


TENDA. O conselho de administração da construtora aprovou a 12ª emissão de debêntures simples, no valor de R$ 180 milhões. A empresa informou ainda que a Polo Capital reduziu participação em ações ON para 24,76%.


TECNISA reduziu prejuízo líquido no 1TRI25 em 62,3%, para R$ 7,784 milhões. Receita líquida caiu 44,9%, para R$ 46,892 milhões; Ebitda ajustado subiu 188,5%, para R$ 12,457 milhões.


COSAN. Prejuízo aumentou mais de nove vezes no 1Tri25, para R$ 1,78 bi. Receitas encolheram 1,8% entre janeiro e março, para R$ 9,66 bilhões, e Ebitda recuou 32,4% frente o 1Tri do ano passado, para R$ 1,98 bilhão.


CRUZEIRO DO SUL EDUCACIONAL registrou lucro líquido ajustado de R$ 87 milhões no 1TRI25, salto de 98,1% na comparação anual. Receita líquida cresceu 10%, a R$ 672 milhões; Ebitda ajustado, +28,5%, a R$ 252 milhões


OUROFINO SAÚDE ANIMAL obteve lucro líquido ajustado de R$ 2,1 milhões no 1Tri25. O resultado representa queda de 76,3% ante igual período do ano passado. O Ebitda ajustado diminuiu 22,6%, para R$ 18,7 milhões…


… Já a receita líquida aumentou 6,3%, para R$ 189,6 milhões.


DEXXOS registrou lucro líquido ajustado de R$ 52,6 milhões no 1Tri25, alta de 30,1% contra igual período de 2024. Ebitda ajustado cresceu 13,6%, para R$ 88,2 milhões, e receita líquida avançou 55,5%, a R$ 603,2 milhões.


AZUL. A BlackRock passou a deter, de forma agregada, 5,07% do total de ações preferenciais da companhia.


VALE. O conselho de administração aprovou a nova composição do Comitê de Auditoria e Riscos para o mandato 2025-2027. Ollie Oliveira permanece como coordenador e especialista Financeiro…


… Como membros, foram aprovados Heloísa Belotti Bedicks e Reinaldo Duarte Castanheira Filho. Rachel Maia, conselheira independente da Vale desde 2021, foi eleita para integrar o Comitê.


PETROBRAS. Petroleiros planejam greve nos dias 29 e 30, após estatal anunciar política de austeridade… (Folha)


… FUP organiza protesto “contra a estagnação nas negociações com a empresa”, especialmente em relação à remuneração variável dos empregados e à política de cortes de custos anunciada pela companhia.


FERROVIAS. O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou em um roadshow em NY os primeiros leilões de ferrovias com investimento de US$ 9,443 bilhões (R$ 53,5 bilhões).

quinta-feira, 15 de maio de 2025

Riscala Matinal 1505

 *Rosa Riscala: Manhã corrida sem um minuto de descanso*


… O PIB/1Tri da zona do euro abre a agenda internacional, que é bastante movimentada nos EUA, onde saem vendas do varejo, a inflação ao produtor (PPI), produção industrial, além de uma fala de Powell (9h40) – a primeira desde a trégua tarifária com a China – e o balanço de Walmart, antes da abertura. Aqui, repercute na B3 o prejuízo de Eletrobras, que estendeu as perdas no after hours de NY, enquanto os investidores esperam os resultados de BB, BRF e Marfrig, após o fechamento. Entre os indicadores, os dados do comércio (9h) podem se somar aos de serviços, que ainda marcam expansão, para impor alguma cautela nas expectativas de que o Copom encerrou o ciclo de alta da Selic. De volta da viagem à Rússia e à China, o presidente Lula faz escala no Uruguai para comparecer ao velório de Mujica (15h).


… O retorno de Lula ao Brasil é marcado pela forte repercussão do incidente causado pela primeira-dama, Janja da Silva, no jantar com Xi Jinping, quando ela criticou o algoritmo do TikTok, segundo bastidores apurados pela jornalista Andréia Sadi (GloboNews).


… O assunto rende no noticiário político há dois dias, agravado pela reação do presidente, que, ao tentar defender Janja, piorou as coisas, dizendo que foi ele quem pediu “ao companheiro Xi que mandasse [para cá] alguém de sua confiança” para controlar a rede chinesa.


… No Congresso, o caso está sendo visto como a pá de cal no projeto de regulamentação das redes sociais, que já não tinha muita chance.


… Antes de embarcar, Lula também teria telefonado a Putin pedindo ele que participasse hoje do encontro com Zelensky, na Turquia. Mas Putin, que foi quem sugeriu negociações diretas, não vai e, segundo a Bloomberg, mandará membros do baixo escalão para Istambul.


… Nos mercados, onde esse tipo de ruído não pega, o foco de interesse continua sendo as chances de o Fed cortar o juro e o Copom parar de subir a Selic, enquanto os investidores acompanham as negociações para os acordos comerciais do governo Trump.


… Nesta 4ªF, o crescimento de 0,30% do volume de serviços em março não mudou as apostas do mercado para os juros, que continuam divididas entre manutenção da taxa básica de 14,75% e um ajuste final de 25pbs no Copom de junho.


… Apesar do avanço, está moderando o ritmo. O resultado veio abaixo da mediana das estimativas (+0,4%), após 0,8% em fevereiro.


… Hoje, são importantes as vendas no varejo restrito, que devem crescer 1% em março, na mediana de pesquisa Broadcast. Confirmada, representa o dobro do resultado de fevereiro (+0,5%). As projeções variam de uma queda de 0,4% a uma alta de 2%.


… Dependendo do que vier, aí pode pesar.


… Economistas citam o crescimento da renda e o mercado de trabalho ainda aquecido para as expectativas de alta no comércio.


… Nos EUA, consenso para o índice de preços ao produtor (PPI), que será divulgado às 9h30, aponta para alta de 0,2% em abril, após uma inesperada queda de 0,4% em março. A previsão do Trading Economics para o núcleo é de +0,1% (mesma variação de março).


… Na 3ªF, a inflação do consumidor (CPI) subiu 0,2% na margem, abaixo do esperado (+0,3%), trazendo alívio aos mercados e mexendo com as apostas nos futuros de juro, que reforçaram as chances de dois cortes pelo Fed neste ano.


… No mesmo horário (9h30), economistas esperam que as vendas do varejo em abril tenham se mantido estáveis, após a alta de 1,5% em março, com os consumidores se antecipando aos aumentos de preços esperados com as tarifas impostas por Trump.


… Os investidores também monitoram o auxílio-desemprego para medir a força do mercado de trabalho, observado de perto pelo Fed. As estimativas são de +229 mil pedidos iniciais, pouco acima da semana anterior (+228 mil). Também às 9h30.


… Com esses dados já conhecidos, investidores em NY acompanham a fala do presidente do Fed, Jerome Powell (9h40), que será a primeira após os Estados Unidos e a China terem recuado nas tarifas mútuas punitivas, abrindo um período de 90 dias de negociações.


… Dificilmente, porém, Powell mudará o discurso do último Fomc, quando a taxa de juros foi mantida em 4,25%-4,5% e o Fed adotou uma postura de “esperar para ver”, em meio a preocupações de que as tarifas possam elevar a inflação e desacelerar o crescimento.


… Na entrevista, Powell repetiu que “não há pressa” para mexer nos juros e que o Fed será paciente até que as coisas fiquem mais claras.


… No final do dia, a presidente do Fed/São Francisco, Mary Daly, afirmou para banqueiros da Califórnia que “paciência” é sua palavra hoje, em meio à “crescente incerteza com a política comercial” dos EUA. “Se eu fosse dar uma previsão, estaria apenas especulando.”


… Apesar do alívio nas tensões, as incertezas sobre o que restará da política comercial de Trump permanecem. Há um consenso de que a trégua conseguiu evitar o pior prognóstico, de uma recessão, mas o start da guerra terá impactos ainda não mensurados.


MAIS AGENDA – O alerta dispara novamente às 10h15 nos EUA, com a produção industrial, que deve ter expansão de 0,2% em abril, após o recuo de 0,3% em março, afetado pela queda na produção de energia elétrica e gás natural com as altas temperaturas.


… Às 11h, saem estoques comerciais de março e o índice do mercado imobiliário da NAHB em maio.


… Na bateria de indicadores das 9h30, o índice Empire State de atividade em NY deve cair para -10 em maio (de -8,10 em abril).


… Na Europa, o dia começa com o PIB/1Tri no Reino Unido e na Zona do Euro (6h).


PETRÓLEO – Relatório da AIE será divulgado à primeira hora (5h), após a Opep manter as previsões para o crescimento da demanda global em 2025 e 2026, e reduzir a projeção do crescimento na oferta dos EUA e outros produtores fora do grupo para este ano.


MÉXICO – Banxico divulga às 16h a decisão de política monetária; consenso é de redução de 50pbs, de 9% para 8,5%.


JAPÃO – Preliminar do PIB/1Tri esta noite (20h50) deve trazer recuo de 0,1%, após +0,6% no 4Tri/2024.


BALANÇOS – Todos os resultados trimestrais de empresas brasileiras estão previstos para depois do fechamento. Além de Banco do Brasil e dos frigoríficos BRF e Marfrig, divulgam balanços hoje Cosan, CPFL Energia e Cyrela.


… No after hours em NY, os ADRs da Eletrobras caíram 1,83%, após a companhia frustrar as estimativas de lucro e anunciar o prejuízo de R$ 354 milhões no primeiro trimestre. No pregão regular na B3, Eletrobras já havia recuado 0,53%.


… Ainda no pregão noturno, os papéis da UnitedHealth levaram um tombo de 8% com informação de fontes da agência DJ de que a empresa está sob investigação criminal por possível fraude criminosa no Medicare.


… Já a Cisco (+2,79%) foi impulsionada pelo balanço sólido no 3Tri fiscal e projeções otimistas. A empresa anunciou que o diretor financeiro, Scott Herren, sairá em julho. Mark Patterson, diretor de estratégia, assume.


GALÍPOLO – Ainda em viagem ao exterior, ele segue para Madri, onde terá uma reunião com o presidente do Banco Central da Espanha. Em Brasília, os demais diretores do BC fazem painéis de debates no segundo dia da Conferência Anual da instituição.


PLANEJAMENTO – Publicou no final da tarde de ontem, Relatório de Despesas com Sentenças Judiciais com um gasto de R$ 69,7 bilhões em precatórios que serão inscritos no Orçamento de 2026, uma queda de 6,95% em relação aos R$ 74,9 bilhões previstos.


BOLSA FAMÍLIA – Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, desmentiu à Reuters estudo para elevar o Bolsa Família em 2026 para R$ 700,00, conforme notícia publicada pelo jornalista Thomas Traumann, na Veja. “Não há estudo e nem essa proposta.”


DE VOLTA AO COMEÇO – Chama a atenção o ritmo mais acelerado dos juros dos Treasuries, que completaram ontem o terceiro pregão consecutivo em alta, de volta às marcas observadas antes do Dia da Libertação.


… A trégua na guerra comercial esvazia o fantasma de recessão e pode adiar o início do ciclo de cortes dos juros pelo Fed. Atualmente, a aposta principal no mercado é de que um relaxamento monetário ficará para setembro.


… Os comentários de Powell hoje eventualmente poderão servir de tira-teima para esta precificação.


… Nas agências internacionais, economistas observam também que a recente alta das taxas dos Treasuries responde a uma gradual mudança de foco do protecionismo de Trump para a agenda de corte de impostos.


… O BofA calcula que o déficit orçamentário dos EUA pode subir de US$ 2 trilhões neste ano para até US$ 2,3 trilhões em 2027 e aponta que os estrangeiros demonstram menos interesse em financiar o resultado negativo.


… Ao contexto de maior desequilíbrio fiscal nos EUA, soma-se ainda a série de acordos econômicos e comerciais anunciados nas últimas 48h pela Casa Branca: US$ 1,2 trilhão com o Catar e US$ 600 bilhões com os sauditas.


… A injeção de dinheiro promete acelerar a economia americana e entrou ontem como fator adicional à pressão dos yields dos Treasuries. O retorno da Note-10 anos ultrapassou 4,50% e voltou ao melhor nível desde janeiro.


… Fechou a 4,533%, contra 4,481% no pregão da véspera. O de 2 anos avançou de 4,011% para 4,056%. O rendimento do T-Bond de 30 anos está próximo de romper a marca de 5%: subiu de 4,921% para 4,967%.


… Aqui, a curva do DI foi no vácuo. O DI para Jan/26 acelerou para 14,820% (de 14,780%); Jan/27, a 14,155% (de 14,010%); Jan/29, 13,710% (de 13,510%); Jan/31, 13,880% (de 13,690%); e Jan/33, 13,910% (de 13,770%).


… Um dia depois de ter atingido o menor valor em sete meses, na faixa de R$ 5,60, o dólar corrigiu parte da queda e subiu 0,43%, cotado a R$ 5,6327. A realização de lucro foi facilitada pela perda de fôlego do petróleo.


… A inesperada alta dos estoques semanais da commodity nos EUA, que resgata os risco de excesso de oferta, e a revisão para baixo pelo Opep na projeção para o PIB global do ano derrubaram o Brent (-0,81%) a US$ 66,09.


… Em acomodação à queda firme do dia anterior, quando reagiu ao CPI controlado e alívio da guerra comercial, o índice DXY fechou estável (+0,04%). O euro recuou 0,17%, a US$ 1,1170, e a libra, -0,37%, a US$ 1,3261.


… O tour de Trump pelo Oriente Médio para faturar investimentos aos EUA rendeu uma parceria da Nvidia (+4,1%) com um fundo saudita para o desenvolvimento da IA e embalou o Nasdaq (+0,72%, a 19.146,81 pontos).


… Já o Dow Jones (-0,21%, a 42.051,06 pontos) e o S&P 500 (+0,10%, a 5.892,58 pontos) foram devagar.  


… Também o Ibovespa aproveitou para respirar, em parada estratégica depois da investida um dia antes para seu recorde inédito de fechamento. Devolveu 0,39%, aos 138.422,84 pontos, com giro alto de R$ 36,3 bilhões.


… O volume de negócios foi inflado pelo exercício de opções sobre o índice. Amanhã, tem game sobre ações.


… Entre as blue chips, o dia foi de embolsar ganhos: Vale ON (-0,49%, a R$ 54,90) descolou da força do minério (+1,7%) e Petrobras realizou junto com o petróleo: ON (-0,64%, a R$ 34,08) e PN (-0,68%, a R$ 31,91).


… Entre os grandes bancos, apenas Bradesco PN recuou (-0,13%, a R$ 15,20). BB, que encerra hoje a temporada do setor financeiro, subiu 0,34%, a R$ 29,76. Itaú PN avançou 0,68%, a R$ 37,18, e Santander, +0,33% (R$ 30,41).


… Pior queda do dia, Azul levou um tombo de 16,08% e encerrou na mínima histórica, a R$ 1,20. Analistas citaram frustração com o balanço do 1Tri. No período de um mês, as ações da aérea já afundaram quase 65%.


EM TEMPO… Magda Chambriard (PETROBRAS) disse em entrevista exibida ontem à noite pela GloboNews que a última exigência do Ibama para exploração de petróleo na Margem Equatorial foi atendida em março…


… Segundo ela, a estatal enviou novo pedido de autorização para licença pré-operacional e, caso aprovado, a perfuração da Margem Equatorial ocorrerá em águas profundas, a 540 km de distância da Foz do Amazonas.


ELETROBRAS concluiu venda parcial de usinas térmicas à J&F, que sucedeu a Âmbar em acordo. Negócio prevê transferência de ativos e direitos detidos pela Eletronorte à J&F pelo montante de R$ 2,9 bi…


… Valor inclui pagamento pelos ativos e o levantamento de depósitos em garantia relacionados aos contratos de fornecimento de gás…


… Eletronorte já recebeu o caixa gerado pelas usinas entre o período da assinatura e o fechamento do negócio, de cerca de R$ 600 milhões…


… Eletrobras ainda mantém o direito ao recebimento do “earn-out” acordado entre as partes, no valor base total de R$ 1,2 bi…


… Empresa informou ainda que conclusão da venda da UTE Santa Cruz (500MW), último ativo remanescente do portfólio alienado, aguarda aprovações regulatórias.


ÂMBAR ENERGIA, do grupo J&F, informou que, com a conclusão da aquisição de 12 usinas da Eletrobras no Amazonas, torna-se a segunda maior geradora privada de energia a partir de gás natural, só atrás da Eneva.


ENEVA teve lucro líquido de R$ 468,9 milhões no 1TRI25, salto de 602,9% sobre igual trimestre de 2024. Receita líquida cresceu 120,7%, para R$ 4,423 bilhões; Ebitda aumentou 40,3%, para R$ 1,527 bi.


EQUATORIAL ENERGIA dobrou lucro do 1Tri25, para R$ 556 milhões. Lucro líquido consolidado foi de R$ 706 milhões, alta de 21,9% contra igual período de 2024. Receita líquida avançou 18,3% no trimestre, a R$ 11,7 bi…


… Ebitda cresceu 14,5%, para R$ 2,9 bilhões.


LIGHT reverteu prejuízo e teve lucro de R$ 419,2 milhões no 1Tri25. Entre janeiro e março, as receitas somaram R$ 3,74 bilhões, alta de 12,7%. Ebitda ajustado totalizou R$ 579 milhões no trimestre, alta de 94%.


SERENA ENERGIA (antiga Ômega) informou que foi protocolado na CVM o pedido de registro da oferta pública unificada para aquisição de ações ordinárias de emissão da companhia.


CASAS BAHIA registrou prejuízo líquido de R$ 408 milhões no 1Tri25, piora de  56,3% contra o 1Tri24. Ebitda ajustado totalizou R$ 570 milhões, alta anual de 47,3%. Receita líquida cresceu 10,1% e somou R$ 6,9 bilhões.


AMERICANAS reverteu lucro e registrou prejuízo líquido de R$ 496 milhões no 1Tri25. Ebitda ajustado ficou negativo em R$ 20 milhões, revertendo o ganho de R$ 243 milhões registrado no mesmo período de 2024…


… Sem ajuste, indicador ficou negativo em R$ 35 milhões e também reverteu o resultado positivo reportado um ano antes, de R$ 1,3 bilhão. Receita líquida totalizou R$ 3,058 bilhões, retração anual de 17,4%.


ALLOS registrou lucro líquido de R$ 242,1 milhões no 1Tri25, salto de 304% contra o 1Tri24. Ebitda ajustado somou R$ 443,2 milhões, alta de 5%. Receita líquida totalizou R$ 618,3 milhões, avanço de 5,3%.


GPA informou que André Luiz Coelho Diniz, Alex Sandro Coelho Diniz, Fábio Coelho Diniz, Henrique Mulford Coelho Diniz e Helton Coelho Diniz atingiram participação de 10% do total de ações ordinárias…


… A família é fundadora da rede mineira de supermercados Coelho Diniz.


CARREFOUR informou que maioria de acionistas optou por receber ações em reorganização societária.


POSITIVO reverteu lucro e reportou prejuízo líquido de R$ 12,6 milhões no 1Tri25. Ebitda somou R$ 53,2 milhões, 54%% abaixo do resultado no 1Tri24. A receita líquida teve redução de 28,1%, para R$ 715,4 milhões.


OI reverteu prejuízo e teve lucro líquido de R$ 1,67 bilhão no 1Tri25. Ebitda somou R$ 3,268 bi e representou melhora contra resultado negativo de R$ 204 mi no mesmo período do ano passado…


… Receita líquida recuou 34,3%, para R$ 1,43 bilhão.


QUALICORP apurou lucro líquido de R$ 14,1 milhões no 1Tri25, redução de 16,5% sobre o mesmo período de 2024. Ebitda caiu 21,1%, para R$ 146,4 milhões, e receita líquida desacelerou 8,1%, a R$ 371,1 milhões.


SABESP pretende captar até US$ 12,5 bilhões em ‘blue bonds’ nos próximos anos nos EUA para financiar investimentos. (Bloomberg)


COPASA teve lucro líquido de R$ 428,5 milhões no 1TRI25, alta de 21,9% na comparação anual. Receita líquida cresceu 10,2%, para R$ 1,86 bi; Ebitda aumentou 16,1%, para R$ 813,5 milhões.


EMAE teve lucro líquido de R$ 34,4 milhões no 1TRI25, alta de 52,9% na comparação anual. Receita líquida recuou 2,9%, para R$ 148,5 milhões; Ebitda ajustado aumentou 39,5%, para R$ 41,0 milhões.


SER EDUCACIONAL saiu de prejuízo para lucro líquido ajustado de R$ 51,803 milhões no 1TRI25. Receita líquida cresceu 19,8%, para R$ 539,989 milhões; Ebitda ajustado subiu 57,9%, para R$ 143,652 milhões.


EVEN publicou comunicado confirmando a venda do imóvel do hotel Faena, em SP, por R$ 419,1 mi.


TRISUL teve lucro líquido de R$ 42,980 milhões no 1TRI25, alta de 38,3% na comparação anual. Receita líquida caiu 10,2%, para R$ 271,983 milhões; Ebitda ajustado recuou 8,7%, para R$ 53,130 milhões.


MAHLE METAL LEVE teve lucro líquido de R$ 158,8 milhões no 1TRI25, queda de 20,8% na comparação anual. Receita líquida cresceu 24,1%, para R$ 1,266 bi; Ebitda recuou 17,7%, para R$ 237,2 milhões.


MOURA DUBEUX teve lucro líquido de R$ 70,383 milhões no 1TRI25, alta de 67,0% na comparação anual. Receita líquida cresceu 42,3%, para R$ 438,973 milhões; Ebitda ajustado aumentou 65,3%, a R$ 89,108 milhões.


TUPY, por meio da subsidiária MWM, firmou um contrato superior a R$ 18 milhões para o fornecimento de mais de 50 motores para operações aquáticas em São Paulo…


… Os equipamentos serão utilizados na modernização das balsas no Guarujá, no litoral paulista, e o fortalecimento do transporte coletivo hidroviário na capital.

Bankinter Matinal Portugal 1505

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Terceiro dia seguido de subidas nos EUA, embora ontem com fadiga. Porquê? Devido a outro macro acordo de investimento de mais de 243.500M $ por parte de Catar (extensível a 1,2B$). Isto une-se às outras novidades na frente comercial desta semana: redução temporária dos impostos alfandegários entre os EUA e a China para 10%/30% + investimento de 600.000M $ por parte da Arábia Saudita. Sem mais referências importantes, cabe destacar os comentários de Goolsbee (Fed) a avisar sobre o impacto dos impostos alfandegários em preços e a “paralisia” das empresas e dos bancos centrais antes da tomada de decisão num contexto atual tão incerto. Muito em linha com o que temos vindo a defender. Menor risco de recessão e descidas de taxas de juros elevaram as yields: +7 p.b. o T-Note e +2 p.b. o Bund.


Hoje tudo aponta para uma realização de lucros na bolsa, embora as referências que saiam tenham tom continuísta/positivo: às 13:30 h Empire Manufacturing (-8,0 esp. vs. -8,1 ant.), Índice Philly (-11,0 esp. vs. -26,4 ant.), Vendas a Retalho (+0,0% m/m esp. vs. +1,5% ant.), Preços de Produção (+3,1% esp. vs. +3,3% ant.). 14:15 h Produção Industrial (+0,1% m/m esp. vs. -0,3% ant.). Estas referências apoiam a ideia de uma economia americana que, de momento, contorna o impacto dos impostos alfandegários, mas há que considerar que o efeito vai com atraso de 2/3 meses. Daí estes registos ainda mostrarem este período de “antecipação à entrada em vigor dos impostos alfandegários”.


Neste sentido, será importante conhecer hoje os resultados e, principalmente, as guias de Walmart (12 h; 0,58 $ esp.; -3%) e o discurso de Powell (13:40 h). Continuamos a pensar que o dano está feito e que veremos um impacto tanto no EPSs como em preços, com um aumento das pressões inflacionistas que fará com que a Fed não baixe tanto as taxas de juros como o mercado espera.


Em suma, bolsas em baixa após o rally destes últimos días.


S&P500 +0,1% NQ-100 +0,6% SOX +0,6% ES-50 -0,2% IBEX +0,5% VIX 18,6 BUND 2,69% T-NOTE 4,54% SPREAD 2A-10A USA=+48PB B10A: ESP 3,32% PT 3,19% FRA 3,38% ITA 3,71% EURIBOR 12M 2,16% USD 1,118 JPY 164,0 OURO 3.179$ BRENT 65,9$ WTI 62,9$ BITCOIN -1,0% (103.574$) ETHER -3,4% (2.600$)


FIM

quarta-feira, 14 de maio de 2025

Jairo José da Silva. Sobre os intelectuais

 


Jairo é cirúrgico, contundente, nesta análise. Segundo ele, lendo Samuel Fitoussi, "o intelecto humano não foi preferencialmente selecionado na história evolutiva da humanidade como instrumento de busca da verdade, mas de adequação aos mitos da tribo e aceitação social." Bela sacada de Samuel Fitoussi, ao justificar o fato de intelectuais, pessoas brlhantes entre as suas áreas de atuação, em especial, os artistas, não conseguirem sair dos dogmas ideológicos, não se libertarem de fracassos como o de Fidel Castro e Lula, embora muito sedutores e "convincentes". Eles tendem a ser acomodatícios e presos a amizades e tradições pessoais. Não amadurecem ideológicamente.

Pq a dita inteligentsia brasileira, os grandes centros de pensamento, em tese, as universidades públicas (deveriam ser), são tão reacionárias, tão reativas para enxergar a realidade? Este debate não se resume a gostar de A ou de B. É mto mais profundo e exige uma explicação. Talvez, Samuel, fugindo das patrulhas, tenha conseguido a dar um start neste debate.

Para Carlos Covas, "por conta de anos e anos de fossilização de grupelhos que em nada contribuem do ponto de vista acadêmico. Não existe coisa mais viciada do que concurso para docente. Um teatro. Os grupelhos vão colocando para dentro aqueles que lhes são afins. Lembro que o Departamento de Contabilidade da UFF, há uns 14 anos atrás, com 52 professores, estava com um problema: faltavam professores de ... bingo! Contabilidade! Só bacharéis em Direito haviam 14..."

Digamos q isso é uma doença puramente brasileira.

As universidades públicas estão povoadas destas "panelas". Se vce não faz parte, esquece. Se eu não me enquadro na linha ideológica de uma UNICAMP, não conseguirei espaço para desenvolver a minha linha de pesquisa. Não tem jeito. E isso é permissivo, pq as universidades deveriam ser espaços para o livre pensar, para a diversidade de ideias e não só de gênero. Reparem o absurdo de situação. Tdos são aceitos, quotas são criadas, mas e as IDEIAS, base de um ambiente acadêmico?

Artigo do Jairo...O INTELECTUAL, ESSE IDIOTA.

Ouvi ontem a entrevista na TV francesa do autor desse livro abaixo: Porque os intelectuais se enganam.

A capa é autoexplicativa, nenhum intelectual se enganou mais do que Sartre, o idiota útil por excelência. Ele abraçou Mao e a “revolução cultural”, disse que a vida na União Soviética era melhor do que na França, beijou o rabo de Fidel Castro e justificou o “paredón”, incensou PolPot, um dos mais sanguinários comunistas da História. Não houve um ditador comuna cujo rabo ele não lambeu gostosamente.

Por quê? Afinal, é inquestionável que Sartre possuía um intelecto potente, era um homem muito inteligente. Por que então era assim cego à realidade e à verdade? Esse jovem, Samuel Fitoussi, apresentou uma hipótese interessante que eu nunca havia considerado. Argumentando com base na teoria da evolução, raciocínio que eu também gosto de utilizar, ele defendeu que o intelecto humano não foi preferencialmente selecionado na história evolutiva da humanidade como instrumento de busca da verdade, mas de adequação aos mitos da tribo e aceitação social.

A hipótese é interessante, mas eu creio que ela não se sustenta em pé sozinha, é preciso também conhecer os mecanismos psicológicos do raciocínio.

Há um livro intitulado On Being Certain, de Robert Burton, que li anos atrás, que mostra que pesquisas neurológicas cuidadosas concluíram que a certeza muitas vezes precede o raciocínio, que nós frequentemente não usamos o raciocínio para chegar à verdade, mas para justificar crencas tidas por certas obtidas sem nenhum raciocínio.

Isso faz sentido evolutivo, pois nossa sobrevivência depende muitas vezes dessa nossa capacidade de abraçar crenças sem nenhuma base racional. Imagine que você está na mata e ouve um ruído suspeito; o que é melhor, crer que há ali um animal perigoso e fugir ou buscar evidências e raciocinar sobre qual poderia ser a origem do ruído? Óbvio, não? Nós precisamos muitas vezes crer e agir sem fundamento racional, com base no instinto de sobrevivência apenas.

Assim, juntando tudo, parece que muitos intelectuais derivam suas crenças primariamente da conveniência social delas, do seu valor no meio onde vivem, do seu peso comercial, por assim dizer, de quanto elas podem contribuir para o seu bem estar, e só então convocam a inteligência como instrumento de justificação dessas crenças, um verniz de racionalidade que as faça luzir na arena pública.

Não é um diagnóstico que valha para todo intelectual, mas que cabe como luva aos esquerdistas, animais sociais e gregários por excelência, que valorizam acima de tudo os mitos e ídolos da própria tribo.




Merval Pereira

 Merval Pereira


Haddad foi atropelado pelas necessidades eleitorais de Lula

A ideia de Lula de cada vez mais tirar o foco de Haddad e colocar no que ele acha que precisa fazer para se eleger: investimentos, aumento dos gastos públicos e dos benefícios sociais.

Por 

Merval Pereira

O fato de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estar sendo citado para vários cargos, como candidato a presidente da República, governador de São Paulo ou Senador sinaliza que o presidente Lula já está encostando seu ministro da Fazenda.

Fernando Haddad nem foi à China. Poderia ter ido, porque a agenda internacional não impediria. Mas é uma ideia de Lula de cada vez mais tirar o foco de Haddad e colocar no que ele acha que precisa fazer para se eleger: investimentos, aumento dos gastos públicos e dos benefícios sociais. Até a eleição, será uma política que nada tem a ver com Haddad. A ideia é afastar o ministro da Fazenda tanto da disputa para a presidência, evidentemente, quanto pela possibilidade de ele continuar na Fazenda.

Acho que ele vai para o sacrifício e se candidatar ao Senado. Lula, com toda razão, está preocupado com o Senado em 2026, porque a direita está toda jogando em cima de fazer mais de dois terços da Casa. Então Lula vai querer Alckmin no Senado ou no governo de São Paulo, abrindo vaga para uma composição com um novo vice.

As teses do ministro Haddad, de equilíbrio fiscal, foram atropeladas pelas necessidades eleitorais. Isso faz com que ele seja cogitado para várias funções que não ministro da Fazenda. Começa a enfraquecê-lo até o ponto em que será trocado – até mesmo para se candidatar. O caminho é neste sentido. A indicação é que ele está enfraquecido e enfraquecendo e terá novos caminhos partidários, como dirão quando ele se desincompatibilizar para se candidatar a algum cargo.

Fabio Alves