quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Bco Master e suas conexões

 🏦 *Lauro Jardim: A arma mais poderosa de Vorcaro não era o balanço do Master — mas suas conexões políticas- Globo*


*A decisão do BC de vetar a venda do  Master ao BRB foi recebida com alívio pela Faria Lima* — ao menos nos grandes bancos. Havia um consenso de que o negócio não parava de pé.


A arma mais poderosa de Vorcaro para tentar concluir a operação com o BRB não era o balanço do banco — mas suas conexões políticas. Confiou que politizando o negócio, triunfaria.


Por todo mês de agosto, o Master buscou renovar uma linha de crédito com o FGC de cerca de R$ 10 bilhões para dar cobertura a vencimentos de CDBs. Não deu certo.


https://tinyurl.com/25lp4e3v

E se o bco Master quebrar...

 *FGC e investidores: Quem perderia em um cenário de quebra do Banco Master*


Instituição financeira acende alerta para tombo do fundo garantidor, aponta especialista


Após o Banco Central (BC) barrar a venda do Banco Master ao BRB, nesta quarta-feira, 3, cresce a incerteza a respeito do futuro da instituição financeira controlada por Daniel Vorcaro. A venda para o banco público brasiliense era descrita por analistas como uma forma de socorrer o Master, cujo modelo de negócios possui um alto grau de risco. Sem um comprador, o pior cenário para o negócio de Vorcaro seria uma liquidação a mando do BC — uma quebra –, mesmo que por ora isso não seja iminente. Nessa hipótese, são dois os principais perdedores: o FGC (Fundo Garantidor de Créditos) e grandes investidores de CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) do banco.


“A preocupação seria de um impacto muito grande no FGC, que foi exposto (ao risco) pelo Master”, diz Luis Santacreu, gerente de análise de instituições financeiras da Austin Rating. O banco de Vorcaro tinha um volume de depósitos de cerca de 50 bilhões de reais no final do ano passado. O montante representa quase metade da liquidez do FGC — que seria acionado para proteger cotistas em um processo de liquidação do banco. A proteção vale para quem alocou até 250 mil reais nos CDBs do Master. Para quem investiu mais, a história complica, aponta Santacreu. “O BC avaliaria os ativos do Master e eles poderiam ser utilizados para pagar esses grandes investidores, mas esse processo levaria muito mais tempo do que o apoio do FGC”.


https://veja.abril.com.br/coluna/radar-economico/quem-perderia-em-um-cenario-de-quebra-do-banco-master/

Furla XP

 *04-09 | XP Furla News*


Bom dia,


🟡 Mercados mistos às 6h14 de Brasília: S&P 500 +0,15%, Dow Jones -0,04%, Nasdaq 100 +0,22%, FTSE 100 +0,06% e STOXX 600 +0,37%.


*🇺🇸 ECONOMIA DESACELERANDO ⁉️* Wall Street obterá mais informações sobre o mercado de trabalho hoje. Economistas consultados pela Dow Jones esperam que os empregadores do setor privado tenham criado 75.000 empregos em agosto, abaixo dos 104.000 empregos registrados anteriormente.


*🇺🇸 A TAXA REFERÊNCIA: Às 5h05 (horário de Brasília), o título do Tesouro de 30 anos permanecia estável em 4,885%, enquanto o título de referência do Tesouro de 10 anos caía menos de um ponto-base, a 4,2%. Na quarta-feira, o rendimento do título de 30 anos ultrapassou brevemente 5%, antes de recuar devido a dados de emprego mais fracos, no final do dia.*


*UOL - EUA dizem a empresários brasileiros: 'Façam lobby em Brasília, não em DC’*

O vice-secretário de Estado dos EUA Christopher Landau recebeu ontem representantes do empresariado brasileiro. "Dissemos que as tarifas são políticas e que, por isso, eles deveriam ir fazer lobby em Brasília e não em Washington D.C.", afirmou um dos presentes.


*Estadão - Bancos brasileiros são notificados pelos EUA sobre a Lei Magnitsky, que impõe sanções a Moraes*

O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, que pertence ao Departamento de Tesouro dos EUA, questionou os bancos sobre as ações tomadas para restringir os acessos da pessoa sancionada.


*Folha - Proposta do centrão para Congresso demitir diretores do BC é inconveniente e preocupa, diz Haddad*

O PP e outros partidos do centrão deflagraram ofensiva na Câmara para aprovar a urgência de uma proposta que muda a lei de autonomia do BC e permite ao Congresso destituir os diretores ou o presidente.


*O Globo - STF vê anistia debatida na Câmara como inconstitucional, e Alcolumbre vai propor texto alternativo no Senado*

Uma das ideias do presidente do Senado é diferenciar penas de acordo com o grau de participação no 8/1. Davi Alcolumbre é contrário à proposta que tramita na Câmara, que prevê beneficiar Jair Bolsonaro.


*Estadão - Fraude do INSS: Câmara aprova texto-base da proibição de descontos de mensalidades em benefícios*

Os deputados mantiveram a possibilidade de descontos relacionados a operações financeiras, mediante termo autenticado por meio de biometria e assinatura eletrônica.


*Valor - França vê proposta em ‘boa direção’, e acordo entre UE e Mercosul avança*

A Comissão Europeia separou a parte comercial do acordo para poder entrar em vigor provisoriamente, sem ser ratificado pelos mais de 30 Parlamentos nacionais e regionais dos Estados-membros. Com isso, Bruxelas poderá validar o acordo por maioria qualificada dos Estados e uma maioria do Parlamento Europeu.


*Folha - Metade dos estados do Brasil teve investimento chinês, que saltou 113% em 2024*

O Brasil teve US$ 4,18 bilhões de aportes por multinacionais chinesas. Foram 39 projetos, um recorde desde 2010. O Brasil é o terceiro país que teve mais investimentos, atrás do Reino Unido e Hungria.


*Valor - BC prepara medidas contra brechas usadas por hackers*

Há problemas em três elos: instituições de pagamento que operam sem licença prévia do BC, prestadoras de serviços de tecnologia da informação e as chamadas contas-bolsão, por onde transitam recursos sem identificação.

Veto do BCB ao Bco Master

 *++ Jornais relatam com destaque veto do BC para compra do Banco Master pelo BRB*


*++ Segundo a Folha, as partes já foram informadas oficialmente da decisão do banco central*


*++ O BRB diz ter solicitado acesso aos argumentos que deram base para a decisão*


*++ O Banco acredita poder mitigar os riscos identificados pelo BC*


_O Banco Master informou que também aguarda acesso à [íntegra do documento do BC para avaliar os fundamentos e examinas alternativas à decisão, relata a jornalista *Adriana Fernandes* em reportagem da Folha_. *Veja a íntegra* 👉🏻 https://tinyurl.com/27h2s4wj 🔑

Fernando Haddad

 Haddad/Anistia: As articulações que estão acontecendo me preocupam

XP Política



O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse estar preocupado com a democracia brasileira, a partir das articulações que estão em andamento no Congresso por parte de partidos de oposição para aprovação do PL da anistia, em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF. 


Avaliou também que o apoio de Tarcísio de Freitas reforça essa preocupação, acrescentando que com isso o governador de São Paulo demonstra não confiar nas instituições brasileiras, com o endosso de partidos conservadores – o que, segundo ele, passa a impressão que uma parte da população entende que os atos do 8 de Janeiro foram “legítimos”. 


“Quando você vê que hoje no Brasil há pessoas que não têm apreço pela democracia, quando você vê um governador do Estado de São Paulo dizer que não confia nas instituições, não confia na Justiça, que tem que perdoar quem tentou um golpe de Estado, quando você tem uma mobilização de partidos ultraconservadores no Congresso, você fica preocupado [...] O movimento que está acontecendo, as articulações que estão acontecendo, estão me preocupando”, opinou Haddad, em trecho da entrevista concedida hoje à Rede TV, exibido há pouco.  


Em trecho exibido alguns minutos mais tarde, o ministro disse que Tarcísio "rasgou a fantasia" de centro para dar uma guinada à direita, algo que, segundo ele, aconteceria mais cedo ou mais tarde, e reforçou a fala de Lula em entrevista na semana passada, de que o governador de São Paulo "não é nada sem o Bolsonaro", acrescentando que isso "é um fato". 


"Rasgou-se a fantasia. Estava todo mundo tentando apresentá-lo como uma pessoa de centro, não era um bolsonarista. E eu estava só contando os dias para isso ser desmentido [...] Quando o presidente Lula falou: ‘O Tarcísio não existe sem o Bolsonaro’, não foi para ofendê-lo, foi para constar um fato."

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Gestora britânica sai do País

 *💰 Schroders encerra operação no Brasil e sela acordo com Riza e Gama para assumirem fundos-Valor*

A gestora britânica Schroders, que globalmente reúne mais de US$ 1 trilhão, decidiu encerrar a operação no Brasil. Com o equivalente a US$ 1,7 bilhão em recursos de investidores locais, os fundos com gestão doméstica vão ser transferidos para a Riza Asset Management e os veículos (“feeders”) que investem em estratégias da casa no exterior ficarão sob responsabilidade da Gama Investimentos, que representa algumas assets estrangeiras de referência no país.


Segundo Gonzalo Binello, chefe da gestora para a América Latina, a saída não tem relação com o ciclo macroeconômico brasileiro nem tampouco com a eficiência da subsidiária brasileira. Resultou de uma mudança de rota após a ascensão de Richard Oldfield ao posto de executivo-chefe (CEO) do grupo. Em março, o novo comando estabeleceu um programa de transformação de três anos para reposicionar a marca para um crescimento sustentável. A otimização das operações fez parte deste plano.


“Basicamente, após uma revisão abrangente de todos os negócios que temos ao redor do mundo, foi decidido em quais poderíamos expandir mais facilmente. A concorrência global está muito acirrada para os gestores de recursos. Há, portanto, uma necessidade de focar nos negócios que podem proporcionar uma escala maior”, diz Binello, ao compartilhar esse passo com o Valor.


Ele acrescenta que houve uma seleção para fechar operações que não apresentem potencial de escala que faça diferença para a gestora a nível global. Foi assim que o Brasil entrou nesse exercício. A administração mantém sob sigilo quais mercados pretende privilegiar adiante.


Daniel Celano, executivo à frente da operação no Brasil desde 2014, diz que recebeu com certa surpresa a decisão da matriz. Mas reflete que uma coisa é estar debaixo de uma operação global de US$ 400 bilhões, e outra quando vira o ponteiro para o clube do trilhão. “Agora, uma empresa de US$ 1 trilhão começa a tomar decisões de escalabilidade.”


Ele conta que começou a avisar os clientes ontem, e tem trabalhado para fazer uma transição organizada para os investidores. Os acordos com a Riza e a Gama para assumirem as carteiras fizeram parte desse arranjo.


A Riza atua nas mesmas classes de fundos que a Schroders tem hoje, com carteiras de crédito, ações e renda fixa, enquanto a Gama já é representante conhecida de gestoras estrangeiras no Brasil, atuando em canais semelhantes, afirma o executivo. Há também uma sobreposição de relacionamentos, os clientes já conhecem as duas casas. “É uma boa combinação para ambos os casos, mas é apenas uma sugestão, os clientes decidirão o que pretendem fazer, afinal. Mas queremos ter uma opção, não apenas dizer ‘ei, estamos indo embora’, estamos tentando oferecer alguns caminhos possíveis.”


Pelo último ranking da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), de julho, a Schroders aparecia com R$ 26,2 bilhões sob gestão, só que pouco mais de R$ 19 bilhões são de clientes globais que investem em ações no Brasil. Esta parcela permanecerá sob responsabilidade da gestora britânica.


A Riza reúne cerca de R$ 18 bilhões e tem na sua carteira alguns portfólios de crédito com melhor performance do que aqueles que vai receber da Schroders — o que pode ser um incentivo para os investidores aprovarem a troca da gestão em assembleia. Num primeiro momento, os fundos permanecerão separados. A gestora pretende assumir alguns funcionários vindos da asset britânica, segundo fonte a par do plano. No total, a Schroders tem 30 funcionários no país. A Gama, por sua vez, tem mais de R$ 5 bilhões em fundos de gestoras estrangeiras que representa no Brasil.


https://valor.globo.com/financas/noticia/2025/09/03/schroders-encerra-operacao-no-brasil-e-sela-acordo-com-riza-e-gama-para-assumirem-fundos.ghtml

Mario Sabino

 "Os petistas estão indignados com Tarcísio de Freitas, porque o governador paulista assumiu o papel de articulador de um projeto de anistia que poderá beneficiar Jair Bolsonaro, além dos condenados pela depredação do 8 de janeiro.


A fim de vencer a resistência da família Bolsonaro à sua candidatura à presidência da República e para angariar a simpatia dos eleitores bolsonaristas, o governador paulista tenta articular um projeto de anistia ampla no Congresso, além de afirmar que, se eleito presidente da República, concederá um indulto a Jair Bolsonaro.


Em entrevista a um jornal do ABC, Tarcísio justificou:


“Infelizmente, hoje não posso falar que confio na Justiça, por tudo o que a gente tem visto.”


A frase sobre a desconfiança em relação ao STF (é disso que se trata) foi criticada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa:


“É lamentável ver um governador que foi empossado pela Justiça dizer que não crê na Justiça. Se não há Justiça, vale tudo. Ele, por exemplo, não seria governador de São Paulo se não houvesse Justiça, até porque quem promulga o resultado da eleição é a Justiça Eleitoral.”


Aos petistas, juntaram-se jornalistas. Em editorial, o Estadão afirma que Tarcísio “deveria se empenhar ao máximo para que o Supremo seja visto como essencial na sustentação do Estado Democrático de Direito e não como uma corte que persegue seu padrinho político em razão de interesses políticos inconfessáveis, como o governador parece sugerir”.


Tarcísio diz que uma anistia pacificaria o país, mas o editorialista do jornal acha que “não há nada a ser pacificado no Brasil” e que “a impunidade para os golpistas, defendida pelo sr. Tarcísio, essa sim, teria o condão de conflagrar o país”.


Na abertura do julgamento de Jair Bolsonaro e demais envolvidos, Alexandre de Moraes seguiu na mesma linha ao dar recados políticos, como se lhe coubesse fazê-lo.


O ministro disse que “a impunidade, a omissão e a covardia não são opções para a pacificação” e que a impunidade “deixa cicatrizes traumáticas na sociedade e corrói a democracia”.


De fato, deixa cicatrizes, a exemplo da causada pela anulação dos processos contra Lula e pela sua soltura da cadeia, com base em provas ilegais obtidas por meio do hackeamento de um aplicativo de mensagens do procurador Deltan Dallagnol.


Vamos adiante.


Quem cobra que se restabeleça “limites morais do que é permitido fazer para ganhar uma eleição”, como escreveu o Estadão, precisaria ter alguma coerência — ou vergonha.


Embora acredite que o STF age corretamente ao deter o bolsonarismo, o jornal apontou várias vezes as arbitrariedades cometidas por Alexandre de Moraes, com o apoio dos seus pares, na condução dos inquéritos abertos de ofício, o mais longo deles há mais de seis anos, a pretexto de defender a democracia.


Em um dos seus editoriais, por exemplo, o Estadão afirmou:


“Concretamente, é forçoso dizer, se há algo em curso no País que pode, de fato, desestabilizar as instituições e, no limite, ameaçar o Estado Democrático de Direito é a atitude monocrática do ministro Alexandre de Moraes e a sua aparente incapacidade de reconhecer erros na condução de inquéritos sigilosos que há muitíssimo tempo já deveriam ter sido encerrados.


Tamanha concentração de poder em uma autoridade ou instituição é diametralmente oposta ao ideal republicano fundamental. Ao agir como se pairasse acima do bem e do mal por força exclusiva de suas eventuais virtudes morais ou boas intenções, Moraes avilta o próprio Estado Democrático de Direito que ele jura defender.”


Diante de tudo o que já publicou, como o jornal pode defender a tese sem vasos comunicantes com a realidade de que o ministro e o tribunal que ele integra não se deixam guiar por impulsos pessoais e interesses políticos?


Na frente partidária, o cinismo petista espanta, muito embora não seja surpreendente. Quando Lula foi condenado e preso, no âmbito da Lava Jato, o PT atuou para desacreditar a Justiça brasileira, acusando-a de lawfare mundo afora, com o mesmíssimo discurso dos bolsonaristas de que o seu chefão foi alvo de perseguição política da parte de inimigos que o queriam fora da disputa eleitoral.


Não há santos nessa história, e Tarcísio de Freitas certamente está longe de ser o pior entre tanta gente boa."

Fabio Alves