quinta-feira, 5 de junho de 2025

Vai rolar 0506

 Vai rolar: Balança comercial de maio e falas de Lagarde e Fed boys são destaques do dia


[05/06/25] Com a inflação abaixo da meta de 2% na Zona do Euro, o BCE deve cortar o juro hoje (9h15) em mais 25pbs, de 2,25% para 2%, segundo avaliação unânime do mercado. Lagarde concede entrevista às 9h45. Nos EUA, o susto com a forte queda na geração de empregos no setor privado, associado à retração no setor de serviços, aumentou as apostas em corte do juro nesse mês, elevando as expectativas para o payroll amanhã. Os dados fracos da economia americana, explicados pelas incertezas com as tarifas de Trump, e os riscos com a elevada dívida do país mantêm os investidores na defensiva em NY. Aqui, sai o resultado da balança comercial de maio (15h), mas os negócios são conduzidos pelas dúvidas sobre as medidas fiscais que a equipe econômica prepara como alternativa ao aumento do IOF. (Rosa Riscala)


👉 Confira abaixo a agenda de hoje


Indicadores


▪️ 06h00 – Zona do euro/Eurostat: PPI de abril

▪️ 09h15 – Zona do euro: BCE anuncia decisão de política monetária

▪️ 09h30 – EUA/Deptº do Trabalho: pedidos de auxílio-desemprego da semana até 31/05

▪️ 09h30 – EUA/Deptº do Comércio: balança comercial de abril

▪️ 11h00 – Anfavea: Produção de veículos de maio

▪️ 15h00 – Secex: Balança comercial de maio, seguida de coletiva


Eventos


▪️ 09h45 – Zona do euro/BCE: Christine Lagarde participa de coletiva

▪️ 13h00 – EUA/Fed: Adriana Kugler discursa em evento

▪️ 14h30 – EUA: Patrick Harker (Fed/Filadélfia) discursa em evento

▪️ 14h30 – EUA: Jeff Schmid (Fed/Kansas) discursa em evento

Fraudes corporativas

 OPINIÃO. Fraudes corporativas: qual é o papel do auditor?


Marina Copola4 de junho de 2025

Esta semana, reguladores e representantes das principais firmas globais de auditoria se reuniram na Basileia para discutir os limites da responsabilidade dos auditores na identificação de fraudes corporativas.


A falta de clareza sobre tais limites é um problema enfrentado em quase todas as jurisdições, e tem se mostrado crítico sobretudo no setor bancário. Dada uma série de escândalos recentes, o clima não era dos melhores, e nenhum dos reguladores sentados do meu lado da mesa parecia muito feliz.


Pudera.


Como reguladores, é comum ouvirmos o argumento de que “auditores não são detetives”. Isso vale para os trabalhos de auditoria efetuados em condições normais, e é correto até a página dois.


Dali por diante, nunca é demais lembrar que auditores são profissionais altamente sofisticados, regulados e, em boa parte, bem remunerados. Sua atuação é exigida pelas autoridades locais porque se entende que o valor dos serviços prestados advém da sua capacidade de gerar um benefício social, que se traduz em informações financeiras de melhor qualidade e na redução do risco de fraudes.


É por isso que a relativização (cada vez mais aguerrida) dessa premissa básica por parte das firmas de auditoria causa profunda perplexidade do nosso lado da mesa.


Por um lado, todos concordam que os auditores não são obrigados a investigar as entidades auditadas no curso regular dos trabalhos. Por outro, auditores devem sempre considerar a fraude como hipótese, e criar políticas e procedimentos razoáveis voltados à identificação de potenciais ilícitos.


É neste ponto que as implicações práticas destas duas visões divergem e abre-se uma avenida para interpretações e evasivas que vêm soando bastante incômodas.


Desde a publicação da Sarbanes-Oxley, e por muito tempo, reguladores confiaram que os riscos reputacionais decorrentes de eventuais escândalos seriam suficientes para disciplinar a atuação das firmas de auditoria. Ao invés disso, 25 anos depois, no mundo todo, as mesmas firmas vêm cerrando fileiras ao redor de justificativas para explicar o inexplicável.


A pergunta que fica, então, é uma só: quando a preocupação com a reputação sai da sala, o que sobra?


Foi com vistas a melhorar a qualidade dos serviços prestados e lançar luz sobre os contornos da responsabilidade dos auditores que o International Auditing and Assurance Standards Board (IAASB, um órgão independente formado por profissionais de auditoria), concluiu, recentemente, a revisão da ISA 240, um standard que trata da “Responsabilidade do Auditor em Relação à Fraude na Auditoria de Demonstrações Financeiras.”


A reforma buscou modernizar aqueles padrões, reforçar sua efetividade e reposicionar o papel do auditor diante de uma nova realidade de riscos. Mais do que isso, ela procurou esclarecer que, sem prejuízo das limitações a que os trabalhos de auditoria estão sujeitos, o auditor permanece responsável por planejar e realizar a auditoria a fim de obter asseguração razoável de que as demonstrações financeiras como um todo estão livres de distorções relevantes por conta de fraude.


Se parece óbvio, é porque de fato é.


A norma aproveitou para reafirmar o ceticismo profissional como eixo condutor dos trabalhos (incluindo uma análise mais criteriosa de possíveis indícios de intencionalidade fraudulenta), e demandar maior engajamento dos auditores com os órgãos de governança da entidade, a exemplo do comitê de auditoria. Como de costume, a norma destaca a necessidade de documentação de todos os aspectos relacionados à identificação ou suspeita de fraude, além dos passos subsequentes.


Com a aprovação da nova ISA 240, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) deve proceder com a atualização da norma brasileira, a NBC TA 240 (R1). A Comissão de Valores Mobiliários, por sua vez, seguirá supervisionando a observância desses padrões pelos auditores atuantes no mercado de capitais.


As firmas de auditoria são rápidas em explicar que a ISA 240 é uma norma de execução. Ela não lida diretamente com o ecossistema mais amplo que precisa ser mobilizado no combate à fraude corporativa, que inclui administradores, órgãos de governança e reguladores. Todos esses agentes têm um papel a desempenhar, e os auditores estão certos quanto a este ponto. Sem um debate mais amplo sobre as expectativas que recaem sobre cada um desses agentes, os avanços serão muito limitados.


Esta verdade não pode, contudo, ser convertida em um esforço de esvaziamento das responsabilidades dos auditores. A noção (que vem sendo muito repetida) de que as fraudes mais intrincadas são virtualmente indetectáveis porque são concebidas para não serem descobertas revela uma dificuldade procedimental legítima. Mas são justamente estes procedimentos que estão dentro do quadrado das firmas de auditoria, e a única resposta possível para quaisquer questionamentos neste sentido é que tais padrões precisam melhorar. No campo dos quadrados das responsabilidades, já é meio caminho andado saber onde começa e onde acaba o seu.


Marina Copola é diretora da Comissão de Valores Mobiliários.



https://braziljournal.com/opiniao-fraudes-corporativas-qual-e-o-papel-do-auditor/

Bankinter Portugal Matinal

 Análise Bankinter Portugal 


SESSÃO: Ontem, macro americana muito má. Tudo o que parecia que iria ser bom, foi justamente o contrário. O Inquérito de Emprego ADP situou-se em +37K vs +114k esperado, +60k anterior e +120K de média no ano. É o resultado mais baixo em quase dois anos. Para rematar, o ISM Serviços entrou por surpresa na zona de contração (<50) pela primeira vez num ano: 49,9 vs 52,0 esperado e 51,6 anterior, com o indicador de Preços Pagos a continuar a sua escalada até 68,7 vs. 65,1 anterior e os Novos Pedidos a caírem com força até 46,4 vs. 52,3 anterior. Em suma, mix de indicadores fracos que parecem mostrar algum arrefecimento, tanto do setor serviços como do mercado laboral, embora tenha de ser comprovado na sexta-feira, com o dado oficial de emprego. Este tom mais cauteloso também está no Livro Bege da Fed. Bolsa americana plana, mas SOX +1,4% e -10p.b. de corte na yield do T-Note, até 4,36%. 


Situação oposta à da Europa, animada após se conhecer a aprovação do governo alemão de um pacote de isenções fiscais no valor de 46.000 M€ (11% do PIB). Precisa da retificação no Parlamento, mas somar-se-ia ao plano de investimento em infraestruturas e defesa anunciado há uns meses. DAX a alcançar máximos históricos e o Bund +2 p.b. até 2,52%. 


O foco da sessão estará na reunião do BCE, que irá cortar taxas de juros em -25 p.b. até 2,00%/2,15% (Depósito/Crédito) e será sétima descida consecutiva. O contexto favorece esta ação: força do euro (+10% YTD vs USD), menores preços da energia (-13% Brent YTD), moderação em salários, expetativas de inflação bem fixas e uma economia com claros sinais de debilitamento. Agora, o importante será conhecer a revisão do quadro macro e a mensagem sobre futuros movimentos. O contexto tão incerto atual devido às tensões alfandegárias e aos estímulos fiscais anunciados dificultam que Lagarde se comprometa agora sobre futuros movimentos. Após a reunião de hoje, não esperamos ver novas descidas de taxas de juros até o ciclo terminar com uma última descida no final do ano, até 1,75%/1,90% (Depósito/Crédito). 


Também será importante a frente comercial, já que ontem terminou o prazo que Trump deu para que os seus sócios apresentassem as suas “melhores ofertas”, para que pudessem avançar para acordos bilaterais. Qualquer divulgação de informação poderá mover o mercado. No fecho, resultados Broadcom (EPS 1,567 $; +43% a/a), com resultados e guias que provavelmente estarão à altura do esperado, como vimos na semana passada com Nvidia. Seria positivo para semis, IA e tecnologia, mas o impacto seria na sexta-feira.


CONCLUSÃO: A lógica faz pensar numa sessão de ligeiros retrocessos nas bolsas após o bom início da semana. O corte do BCE já está descontado e Lagarde mostrar-se-á prudente face a novos movimentos. 


Após a subida do último mês – favorecida por um certo relaxamento do tom na guerra comercial – as bolsas enfrentam agora um período de mais cautela com revisões em baixa de EPSs, debilitamento da economia, risco inflacionário e maiores desequilíbrios fiscais que elevarão o prémio temporário das obrigações e afetarão negativamente as avaliações. 


S&P500 +0,01% NQ-100 +0,3% SOX +1,4% ES-50 +0,6% IBEX -0,2% VIX 17,6 BUND 2,52% T-NOTE 4,36% SPREAD 2A-10A USA=+49PB B10A: ESP 3,12% PT 3,00% FRA 3,20% ITA 3,49% EURIBOR 12M 2,05% USD 1,142 JPY 163,0 OURO 3.377$ BRENT 64,9$ WTI 62,7$ BITCOIN -1,1% (104.645$) ETHER -0,4% (2.606$).


FIM

BDM Matinal Riscala

*BDM Morning Call: BCE volta a cortar juro hoje*


[05/06/25] Com a inflação abaixo da meta de 2% na Zona do Euro, o BCE deve cortar o juro hoje (9h15) em mais 25pbs, de 2,25% para 2%, segundo avaliação unânime do mercado. Lagarde concede entrevista às 9h45. Nos EUA, o susto com a forte queda na geração de empregos no setor privado, associado à retração no setor de serviços, aumentou as apostas em corte do juro nesse mês, elevando as expectativas para o payroll amanhã. Os dados fracos da economia americana, explicados pelas incertezas com as tarifas de Trump, e os riscos com a elevada dívida do país mantêm os investidores na defensiva em NY. Aqui, sai o resultado da balança comercial de maio (15h), mas os negócios são conduzidos pelas dúvidas sobre as medidas fiscais que a equipe econômica prepara como alternativa ao aumento do IOF. *(Rosa Riscala)*


_Leia o BDM Morning Call na íntegra acessando o link_

www.bomdiamercado.com.br

quarta-feira, 4 de junho de 2025

Quinto Andar

 Quinto Andar corta serviço de garantia de aluguel e encerra 45 mil contratos de 3 mil imobiliárias


Fim da marca QuintoCred pegou de surpresa empresas parceiras; Quinto Andar afirmou que a decisão faz parte da estratégia de se concentrar nas principais frentes de negócio


O Quinto Andar pegou de surpresa empresas parceiras ao comunicar, nesta terça-feira, 3, o fim da sua linha de garantia locatícia para imobiliárias. O negócio usava a marca QuintoCred e tinha em torno de 45 mil contratos vigentes com 3 mil imobiliárias de todo o País.


Procurado pelo Estadão/Broadcast, o Quinto Andar confirmou o encerramento do serviço, mas não concedeu entrevista, limitando-se a uma nota. A empresa afirmou que a decisão faz parte da estratégia de concentrar esforços e investimentos em suas principais frentes de negócio (leia mais abaixo o que mais diz a nota).


A garantia locatícia é o seguro que garante que o proprietário do imóvel receberá o valor do aluguel mesmo se o inquilino não pagar. Por meio desse serviço, o Quinto Andar fazia o repasse do aluguel para a imobiliária e ficava com a gestão da inadimplência.



Segundo comunicado enviado pelo Quinto Andar aos parceiros, ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso na íntegra, não serão mais aceitos novos contratos de garantia a partir desta terça-feira, 3. Os contratos vigentes não serão renovados ao final de seus prazos.


Além disso, o Quinto Andar deu aviso prévio de 60 dias para o encerramento da parceria comercial com as milhares de imobiliárias. Assim, os contratos ativos e adimplentes serão rescindidos a partir de 3 de agosto.


A empresa se comprometeu a manter suas obrigações como garantidora por 60 dias adicionais, mas sem ultrapassar o limite de 2 de outubro.


Depois disso, os antigos parceiros terão de migrar seus contratos para opções como fiança, caução, título de capitalização e/ou seguro-fiança de outras empresas de mercado. Caso contrário, ficarão descobertos nos contratos de locação, o que não é permitido por lei.


Possivelmente, essas movimentações poderão envolver proprietários e inquilinos para uma renegociação dos termos de locação.


O Quinto Andar não esclareceu se a medida afeta, também, inquilinos que estabeleceram contrato direto com a plataforma.


Fim do QuintoCred gerou demissões



Com o fim do QuintoCred, 43 dos 250 profissionais dessa linha foram demitidos, segundo a empresa. Os demais serão realocados em outras áreas. Ao todo, o grupo tem cerca de 3,5 mil trabalhadores.


“A mudança reforça o compromisso do grupo em fortalecer sua proposta de valor, garantindo que tempo e recursos sejam direcionados para iniciativas estratégicas de maior impacto, além de novas tecnologias, que ajudem as pessoas a ter uma melhor jornada na busca por imóveis”, descreveu a empresa, em nota. “O Grupo Quinto Andar segue com uma posição sólida no mercado e essa decisão visa potencializar ainda mais o crescimento sustentável da companhia”, completou.


No mercado, o clima entre as imobiliárias foi de surpresa, de acordo com três agentes consultados pela reportagem. Em alguns casos, quase 100% dos contratos de locação estavam nas mãos do QuintoCred.


A preocupação agora é com o que vai acontecer com milhares de pessoas. No mercado, há quem entenda que romper contrato depois de 60 dias, unilateralmente, seja desrespeitar a lei do inquilinato, enquanto o Quinto Andar observa que os contratos previam a possibilidade de rescisão mediante aviso prévio.


Como surgiu o Quinto Andar



O Quinto Andar nasceu em 2014, com foco no aluguel de imóveis, e alcançou sucesso pela possibilidade de o locatário fechar contrato sem a necessidade de fiador. Em troca, a empresa recebe uma taxa mensal e fica com o primeiro aluguel pago. A locação ainda é a sua principal atividade.


Já em 2020, entrou no ramo de compra e venda, no qual fica com uma parte da corretagem. Em 2024, o Quinto Andar fechou 2,1 mil contratos de venda de imóveis por mês, o que se traduz em uma movimentação financeira mensal de R$ 1,2 bilhão. A empresa ainda atua como geradora de clientes de financiamento imobiliário para os bancos.



https://www.estadao.com.br/economia/negocios/quinto-andar-corta-servico-garantia-aluguel-encerra-45-mil-contratos-3-mil-imobiliarias/?fbclid=IwQ0xDSwKtGbBleHRuA2FlbQIxMQABHgD38waJ5LnYy3O3-Ivx1YonTfpEciiuurkr2EVkOU9pElp1tTO8V_Ca7X1p_aem_fVZ8QGQMBEu-c2__dF5K2A

Roberto Freire

 O Brasil vive um passado que ainda não se apagou. 


Com a palavra o ex-presidente do PCB, um dos políticos que mais sofreu e lutou contra a ditadura militar.


"Durante a ditadura militar (1964-1985), humoristas enfrentaram repressão por sátiras políticas. O Pasquim, com Jaguar, Ziraldo e Tarso de Castro, sofreu prisões em 1970 e censura prévia por charges e textos subversivos. Chico Anysio, em 1977, teve sua peça censurada por linguagem “imoral”.

 

Na democracia, processos substituíram prisões, como por exemplo com o Casseta & Planeta que  enfrentou 130 ações de PMs em 1997,  Intimidações sempre aconteceram com programas humorísticos e seus humoristas .


Mas as prisões voltaram e a vez é de  Leo Lins,  condenado a 8 anos de cadeia num punitivismo absurdo e excessivo, expressando um retrocesso  especialmente  criminalizado o humor.


 A prisão do Leo Lins, independente do teor de suas piadas é uma clara afronta à liberdade de expressão. 


Humoristas, como vozes da resistência nas ditaduras, nos regimes autoritários e mesmo nas democracias relativas, serão lembrados; seus algozes, anônimos na história, ficarão no esquecimento."


https://x.com/freire_roberto/status/1929989324465987947

Dan Kawa

 *Dan Kawa-Brasil: A Pressão da Sociedade & A Avaliação do Governo*


Focando um pouco no Brasil, a possível desistência do Governo em relação à medida sobre o IOF revela um ponto importante: o espaço para iniciativas heterodoxas na política econômica está cada vez mais limitado. A mobilização da sociedade, amplificada pelas redes sociais e repercutida no Congresso, tem imposto restrições relevantes a propostas que possam ser percebidas como prejudiciais ao país.


Tudo indica que o Governo deverá recuar, desidratando a proposta original e buscando alternativas de compensação mais ortodoxas e percebidas como mais justas pela sociedade.


Caso esse caminho se confirme, será um sinal positivo para o ambiente político e institucional brasileiro.


No Brasil, a pesquisa do PoderData mostra que a avaliação negativa do governo Lula é majoritária entre os entrevistados no período de 31 de maio a 2 de junho de 2025.


A reprovação ao governo Lula se mantém elevada, especialmente entre eleitores com maior escolaridade, renda e moradores das regiões Sul e Centro-Oeste.


Apenas no Nordeste e entre a população de renda mais baixa, a avaliação negativa é menos intensa, ainda que não positiva. Isso evidencia um desafio crescente de apoio fora das bases tradicionais do petismo.


Historicamente, avaliações de governo na faixa de 20% “ótimo/bom” dificultam bastante a reeleição de presidentes no Brasil, especialmente quando combinadas com uma reprovação alta (como os 44% “ruim/péssimo” mostrados na pesquisa de 2 de junho de 2025).


Se o presidente Lula mantiver apenas 20% de avaliação positiva, com um índice de reprovação (ruim/péssimo) em 44% ou mais, a probabilidade de reeleição se torna muito baixa, salvo uma virada expressiva de cenário econômico ou político.


Em termos eleitorais, esse patamar está mais associado a presidentes que perderam ou enfrentaram dificuldades relevantes, do que àqueles que conseguiram renovar o mandato.


Na Área do Euro, em maio, o Core CPI (núcleo da inflação) caiu significativamente para 2,29% ao ano, abaixo das expectativas, com desaceleração notável dos serviços para o menor patamar em três anos (3,24% ao ano), revertendo o efeito pontual de alta na Páscoa.


O ambiente atual sugere que a inflação core (núcleo) se aproxima progressivamente das metas do BCE, enquanto a inflação geral deverá permanecer abaixo da meta por todo o horizonte projetado.


Essa queda mais rápida que o esperado na inflação sugere que há um espaço ainda maior para o BCE continuar reduzindo as taxas de juros da região.


Nos EUA, o JOLTS ficou acima do esperado, mostrando um mercado de trabalho que após uma consistente desaceleração, está se estabilizando em um patamar ainda saudável. Neste momento, ainda não há sinais consistentes de desaceleração do emprego nos EUA.


Mesmo com todo o "burburinho" em torno da diversificação de alocação de ações para fora dos EUA, o mercado de ações americano já registrou entrada de $138B este ano, proveniente de investidores estrangeiros.


https://x.com/DanKawa2/status/1930185268104986886

Fabio Alves