Pular para o conteúdo principal

Escola austríaca

 O humanismo intrínseco da Escola Austríaca 


O ser humano é soberano nas suas preferências subjectivas, nenhuma força externa deve coarctar a acção humana. Não se deve imprimir na sociedade elementos que distorcem a capacidade dos seres humanos tomarem as decisões que sustentam as suas vidas. O ser humano deve ter máxima liberdade e mínima pressão burocrática. Até porque o ser humano é criativo, forja o seu destino, tem potência criativa para criar valor do nada. Não deve haver um poder centralizado que distorce os incentivos da população ou exerce poder coercivo nos seus cidadãos. Quem discorda destas ideias? O mundo contemporâneo fala de organizações pesadas e sem alma, fala do abandono da solidariedade natural, fala da quebra da fraternidade entre seres humanos. Quem pode discordar da desumanização da nossa sociedade? O que parece que ninguém concorda é a causa da desumanização. Essa causa parece oculta ou misteriosa. Mas todos estes problemas, desde a distorção da estrutura de incentivos ou o afastamento do direito natural tem uma causa à vista de todos. São organizações burocráticas, que criam distorções, falsos e desconexos incentivos, e pior de tudo o definhamento da criatividade humana. Estas organizações podem ser propriedade privada, mas qual será a maior organização de todas? Qual é a organização que absorve mais recursos? Qual é a organização que exerce maior pressão burocrática? Qual a organização que exerce maior poder? Sim, o leitor sabe a resposta. No fundo, até sabe a verdade. Mas não quer a afirmar em viva voz. A máquina de propaganda é forte. As narrativas exercem forte influência. Essa organização até faz sentido, existem bens públicos e serviços públicos. Sabemos que seria até melhor haver concorrência no fornecimento desses bens e serviços. O leitor sabe a realidade e conhece a verdade. Só que não a diz. Nem direi eu próprio. Todos sabemos que o estatismo é uma força praticamente imparável. Estamos a todos a ver as consequências do estatismo, na economia, na sociedade e nos valores dos cidadãos. Poucos porém querem ir à causa destes problemas. A principal causa de todos estes problemas todos sabemos qual é. É daqui que nasce o título desta crónica: o estatismo por muito forte que seja jamais quebrará o espírito humano. E é esta crença inabalável no espírito humano a principal força da Escola Austríaca.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Prensa 0201

 📰  *Manchetes de 5ªF, 02/01/2025*    ▪️ *VALOR*: Capitais mostram descompasso entre receitas e despesas, e cresce risco de desajuste fiscal       ▪️ *GLOBO*: Paes vai criar nova força municipal armada e mudar Guarda   ▪️ *FOLHA*: Homem atropela multidão e mata pelo menos 15 em Nova Orleans  ▪️ *ESTADÃO*: Moraes é relator da maioria dos inquéritos criminais do STF

BDM 181024

 China e Netflix contratam otimismo Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato* [18/10/24] … Após a frustração com os estímulos chineses para o setor imobiliário, Pequim anunciou hoje uma expansão de 4,6% do PIB/3Tri, abaixo do trimestre anterior (4,7%), mas acima da estimativa de 4,5%. Vendas no varejo e produção industrial, divulgados também nesta 6ªF, bombaram, sinalizando para uma melhora do humor. Já nos EUA, os dados confirmam o soft landing, ampliando as incertezas sobre os juros, em meio à eleição presidencial indefinida. Na temporada de balanços, Netflix brilhou no after hours, enquanto a ação de Western Alliance levou um tombo. Antes da abertura, saem Amex e Procter & Gamble. Aqui, o cenário externo mais adverso influencia os ativos domésticos, tendo como pano de fundo os riscos fiscais que não saem do radar. … “O fiscal continua sentado no banco do motorista”, ilustrou o economista-chefe da Porto Asset, Felipe Sichel, à jornalista Denise Abarca (Broadcast) para explicar o pa...

NEWS 0201

 NEWS - 02.01 Agora é com ele: Galípolo assume o BC com desafios amplificados / Novo presidente do Banco Central (BC) agrada em ‘test drive’, mas terá que lidar com orçamento apertado e avanço da agenda de inovação financeira, em meio a disparada no câmbio e questionamentos sobre independência do governo- O Globo 2/1 Thaís Barcellos Ajudar a reverter o pessimismo com a economia, administrar a política de juros, domar o dólar e a inflação — que segundo as estimativas atuais do mercado deverá estourar a meta também este ano —, além de se provar independente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, são os maiores desafios de Gabriel Galípolo à frente do Banco Central (BC). Mas não são os únicos. Com o orçamento do BC cada vez mais apertado, o novo presidente do órgão tem a missão de dar continuidade à grande marca de seu antecessor, Roberto Campos Neto: a agenda de inovação financeira. Também estão pendentes o regramento para as criptomoedas e um aperto na fiscalização de instituições...