Diário de um economista (9)

 Eu vivi 5 anos na terrinha. Cheguei com certa facilidade, na proposta de ir para Évora. Não foi fácil achar um imóvel, para não dizer impossível. Varri a cidadela inteira.

 Me recordo q vi uma oportunidade num beco, "colado" ao aqueduto. Um casarão daqueles, em dois pisos. O segundo já estava ocupado. Não sei se o senhorio era dono da casa toda ou só do primeiro piso. Gostei muito da cozinha, geladeira e Cooktop bosh e máquinas de lavar roupa e louça LG. O senhorio, um estudante da UÉVORA, de Beja, filho de uma senhora muito solícita, governanta dos casarões da Filadélfia. Depois, os fatos foram nos surpreendendo. 

Em Lisboa, fomos para Almada. Nos dois imóveis paguei mais do q o valor real do imóvel. Não tinha escolha. Imóveis em sua maioria velhos, em Almada sem elevador...mas ok. Ao lado de Lisboa, bastando a Cacília. 

A crise habitacional é uma realidade. Ainda bem q eu não comprei. Não valia a pena. Agora, tudo piorou e muito.

Portugal é um belo país. Abriram as fronteiras pois precisam alterar a pirâmide etária. E esta garotada q está indo, paga aos q estão se "reformando". Este, o objetivo real.

O problema concreto é q a social democracia está vazando água para todos os lados. Abriram aos imigrantes a cobertura social dos tugas. Qualidade da saúde pública caiu muito. O mesmo tentam com a educação, nas universidades com um plus para o pgto de matrícula e um valor mensal, simbólico q seja.

A social democracia é a expressão de um ativismo fiscal, sem limites, surgido do keynesismo nos anos 30 e 40. As bem sucedidas políticas públicas daqueles anos, considerados dourados até os 60, chegavam ao paradoxismo de q seria "proibido" haver desemprego, pois o Estado sempre estaria atento.

Os anos 70 e 80, até os dias de hje, nos jogaram no conto da carochinha e hje, sim, eu vejo as crises do welfare state pipocando por toda "euroesclerose". Sim, este lado da Europa está em decadência.

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