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Carlos Pereira

 Supremas cortes dependem de legitimidade e estabilidade institucional para funcionar. Quando esses pilares são ameaçados — por reformas do Legislativo, por ataques do Executivo ou por queda de confiança pública — elas tendem a reagir. A decisão de Gilmar Mendes deve ser lida exatamente nesse contexto: um movimento preventivo do STF para evitar a erosão de seus poderes. Esse padrão é conhecido em outras democracias, como mostro no paralelo com a High Court of Justice de Israel. Nova coluna no Estadão: Título: O “preemptive strike” do Supremo Olho: Antes que os poderes sejam reduzidos, o Judiciário aumenta suas defesas — aqui e no resto do mundo. Carlos Pereira, Professor Titular da FGV EBAPE e Sênior Fellow do CEBRI A decisão do ministro Gilmar Mendes — restringindo a possibilidade de pedidos de impeachment contra ministros do STF exclusivamente à Procuradoria Geral da República — foi recebida com surpresa e acusada, por alguns, de autoproteção corporativa. Mas, ao contrário do que...

Jairo Jose da Silva

 Os EUA deram grandes coisas ao mundo, mas também muita porcaria, entre essas, a goma de mascar, o wokismo e a filosofia analítica, que é americana, embora de pais austríacos e ingleses. Essa chamada filosofia não interessa a literalmente ninguém fora de seu círculo, ninguém a lê, leigos, outros filósofos, cientistas, artistas ou políticos, e ela não influencia em absolutamente nada outros domínios intelectuais. É um onanismo de americanos para americanos e alguns tolinhos influenciáveis mundo afora. Eu estava hoje pela manhã vendo uma palestra de uma filósofa analítica sobre a inefabilidade, e quase chorei. Inefável, como sabemos, é a experiência que não pode ser colocada em palavras, o que está além da linguagem. A moça deu como exemplo a experiência de ouvir a segunda sinfonia de Mahler e ser tocado por ela de modo significativo. O significado expresso pela sinfonia seria, segundo ela, inefável. Vamos por partes. É possível, e ela reconhece isso, que a experiência estética de ou...

A toca do LOBO

  Sobre a rala de indignação com o STF, A Toca do Lobo descreve o que se passa hoje no Bananil. "O Brasil se tornou aquele tipo de país onde um escândalo explode de manhã e, à tarde, já perdeu o sabor. Nada mais choca. Nada mais abala. Nada mais provoca sequer o prazer de uma boa indignação. Fatos que, em qualquer democracia funcional, derrubariam carreiras e fariam manchetes explodirem, aqui são recebidos com a naturalidade de quem comenta o clima: “segue normal, com frentes de vergonha e impunidade se aproximando”. A imprensa, que deveria urrar como um leão, miou. O Senado, que deveria fiscalizar, faz o papel de mordomo elegante: observa, ajeita a bandeja e garante que nada respingue nos ternos. E o Judiciário vive em uma espécie de ambiente hermético onde conflitos de interesse são amaciados, sigilos brotam como cogumelos e a palavra “consequência” soa quase ofensiva — como se alguém tivesse entrado na sala com sapatos sujos. Mas talvez o mais fascinante — num sentido antropoló...

BDM Matinal Riscala

 *Bom Dia Mercado* Quinta Feira,11 de Dezembro de 2.025. *janeiro ainda está no páreo* … Os futuros em NY sinalizavam estresse na abertura, depois de o balanço da Oracle resgatar os receios sobre o estouro da bolha da IA. Ontem, confirmadas as expectativas amplamente majoritárias dos mercados, o Fed voltou a reduzir o juro em 25 pontos-base e o Copom manteve a Selic em 15%, aumentando a atratividade do carry trade, o que favorece o câmbio e o Ibovespa. Os dois BCs não deram sinalizações claras sobre os próximos passos. Embora Powell tenha admitido uma “pausa”, não descartou janeiro, afirmando que “haverá muitos dados até a próxima reunião”. Aqui, o comunicado manteve o tom hawkish, mas as revisões baixistas para a inflação sugerem que o IPCA pode atingir o centro da meta no horizonte relevante da política monetária (2Tri/27) já na primeira reunião de 2026. MANTEVE A FAMA DE MAU – Os pequenos ajustes no comunicado do Copom vieram em um contexto de cautela, e não poderia ser diferent...

Monitor de PM

 

E vamos em frente

 

Anderson Nunes

 *SUPER QUARTA DECIDE JUROS COM CLIMA TENSO NA CÂMARA - MC 10/12/25* *Por Anderson Nunes - Analista Político* O mercado aguarda a manutenção da Selic e o corte de juros nos EUA enquanto Brasília ferve com cassações e projetos de anistia. *DECISÃO DE JUROS NO BRASIL E NOS EUA* O Banco Central brasileiro deve manter a taxa Selic em 15% ao ano na decisão de hoje enquanto o Federal Reserve tende a realizar novo corte de 0,25% nos juros americanos. *MANOBRA EM BRASÍLIA* Hugo Motta surpreendeu o Planalto ao pautar e aprovar na madrugada o projeto da Dosimetria, uma articulação do Centrão para reduzir penas e tentar viabilizar politicamente o governador Tarcísio de Freitas. *CÂMARA APROVA REDUÇÃO DE PENAS* Os deputados aprovaram o projeto que diminui as penas para condenados pelos atos de 8 de Janeiro e beneficia envolvidos com placar de 291 a 148. Projeto segue para apreciação no Senado. *CONFUSÃO E RETIRADA À FORÇA* A Polícia Legislativa retirou o deputado Glauber Braga da Mesa Diretora...