A queda brutal da produtividade industrial brasileira expõe uma verdade desconfortável: estamos andando para trás enquanto o mundo acelera. O estudo da FGV mostra que, em 30 anos, a produtividade por hora trabalhada na indústria despencou 23%, caindo de R$ 58,8 para R$ 45,3. A indústria de transformação, que já foi 78% mais produtiva que a média nacional, hoje mal se sustenta 9% acima — não porque o País melhorou, mas porque o parque fabril ficou velho, travado e incapaz de acompanhar a velocidade da Indústria 5.0. Enquanto isso, a agropecuária fez o oposto: multiplicou produtividade graças a investimento pesado, pesquisa, tecnologia e ambiente competitivo. Os dados atualizados reforçam a urgência. Só o agro apresentou crescimento relevante de produtividade (14,2% no ano), salvando um resultado geral de 0,2% — um símbolo perfeito de estagnação. A indústria brasileira não é homogênea: há ilhas de excelência, tecnologia e competitividade. Mas a média é devastadora, e o quadro fica ...
Sou Economista com dois mestrados, cursos de especialização e em Doutoramento. Meu objetivo é analisar a economia, no Brasil e no Mundo, tentar opinar sobre os principais debates da atualidade e manter sempre, na minha opinião essencial, a independência. Não pretendo me esconder em nenhum grupo teórico específico. Meu objetivo é discorrer sobre varios temas, buscando sempre ser realista.