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BALANÇO SEMANAL

Foi uma semana intensa. Nos EUA o Fed optou por manter o Fed Funds no atual patamar, mesma decisão do Banco Central brasileiro. Na seara política houveram alguns avanços nas articulações dos candidatos nas escolhas dos seus vices e das alianças em construção.
Na política tivemos convenções do PDT e do PSL, ainda sem os vices, que acabaram escolhidos para as convenções do PSDB e da Rede, o primeiro com Ana Amélia do PP, o segundo com Eduardo Jorge do PV. Avanços também ocorreram nas várias sabatinas acontecidas, com os candidatos melhor conhecidos pelos eleitores. No dia 5 termina o prazo das convenções, até o dia 15 vai o prazo para a definição das alianças, com a campanha tendo início neste período. A partir do dia 30 tem início a propaganda de TV e rádio.
Nas decisões do Copom e do Fed, o primeiro se mostrou atento ao cenário básico da inflação, apontando como riscos possíveis tensões externas, pelos imbróglios comerciais dos EUA com os europeus e chineses e pelo atraso das reformas e as eleições indefinidas, o que pode estressar o dólar. Isso abriria uma janela para um ajuste da taxa de juros antes do final do ano.
Sobre a produção industrial, em junho devolveu com pequena sobra as perdas ocorridas em maio (-11%), decorrentes da greve dos caminhoneiros. Cresceu 13,1% no mês, num nível levemente superior ao observado antes deste evento, em abril (+0,7%). Tal movimento em junho acabou gerando um efeito estatístico de 4,3% para o terceiro trimestre. Ou seja, se nada acontecer neste período, assim mesmo a indústria crescerá. Importante observar que este é o período em que costumam ocorrer aumentos nas demandas por encomendas de fim de ano.
Sobre a agenda da semana, estejamos atentos ao grande número de índices de preço a serem divulgados, como o IPCA e o IGP-DI, ambos de julho, e as prévias do IGP-M e do IPC da FIPE, todos sinalizando uma acomodação em torno de 0,5% a 0,6%. Esperamos também os dados da PMC de junho, depois de recuar apenas 0,6% em maio, sustentada pelas vendas dos supermercados. Por fim, não percamos de vista a monitoria do CPI e do PPI, e seus núcleos, de julho, importantes para orientar o Fed no balizamento da taxa de juros. Na terça-feira, por aqui, será importante reunirmos mais informações sobre a atuação do BACEN, a partir da sua ata.

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