Pular para o conteúdo principal

Bankinter Portugal Matinal 2502

 Análise Bankinter Portugal


SESSÃO: Ontem, o otimismo alemão pós-eleitoral traduziu-se apenas em uma modesta subida da bolsa alemã (+0,6%), insuficiente para colocar

a Europa em positivo (-0,4%) e que passou despercebida em Nova Iorque, onde continua o reajuste em baixa (3 sessões consecutivas em queda, exceto SOX/semis (2)), deixando o seu YTD em apenas +1,7%... que tem bastante mais sentido do que o ainda +11,4% da bolsa europeia. Insistimos que o arranque do ano europeu foi irresponsavelmente em baixa, mas esperamos estar errados desta vez.

 

HOJE: não sai nenhuma referência forte e, após 3 dias consecutivas de quedas em Wall St., o padrão clássico dita que deverá reagir um pouco em alta. Se não conseguir, poderá significar que algo com alguma relevância se passa. Mas não parece que vá subir. Irá tentar, mas pensamos

que não conseguirá. E o que provavelmente impedirá será a espera dos resultados de Nvidia de amanhã. Sabemos que, independentemente do que publique (EPS 0,844$; +63%) e transmita, parecerá sempre insuficiente ao mercado. Portanto, cuidado com este assunto tão previsível, porque pode prolongar o enfraquecimento de Nova Iorque e preocupar um pouco. Até quinta-feira, inclusive, pelo menos. Porque na sexta-feira poderá melhorar e, por fim, subir um pouco, porque serão publicadas inflações que parecem suavizar-se: IPC alemão (repetir em +2,3%) e Deflator Consumo PCE nos EUA (+2,5% vs. +2,6%; Subjacente +2,6% vs. +2,8%).   


Por fim, mas apenas como curiosidade e para vos manter a par de tudo, porque não moverão o mercado a não ser devido a surpresas bruscas, HOJE temos, às 10 h, na UE, Salários Negociados em convénios 4T’24 (+5,4% 3T; dado importante para o BCE); às 15 h, Confiança do Consumidor EUA fraca (102,5 vs. 104,1) e falam bastantes banqueiros centrais: às 09:20 h Logan (Fed) e às 13 h Schnabel (BCE), ambas sobre tamanho dos balanços dos bancos centrais; às 16:45 h, Barr (Fed. Supervisão, mas está de saída) sobre estabilidade financeira; 18 h, Barkin (Fed Richmond) sobre inflação. 

 

CONCLUSÃO TELEGRÁFICA: Improvável que consiga subir antes de sexta-feira. Hoje irá tentar, mas não resultará. Se subisse, seria milímetros e mais em Nova Iorque. Estamos em dias de reajuste em baixa em forma de ajuste, porque o arranque de 2025 foi demasiado generoso na Europa. As criptos sofrem seriamente e isso apoia o nosso ceticismo sobre um mercado bastante autocomplacente com os riscos abertos. O bom é que as yields das obrigações aguentam abaixo de níveis que consideramos fundamentais para que as avaliações não se tornem desconfortáveis: Bund < 2,50% e T-Note < 4,50%.

 

S&P500-0,5% Nq-100 -1,2% SOX -2,6% ES-50 -0,4% IBEX +0,5% VIX 19,0 Bund 2,49% T-Note 4,38% Spread 2A-10A USA=+23pb B10A: ESP 3,16% PT 3,04% FRA 3,22% ITA 3,56%Euribor 12m 2,431% (fut.2,235%) USD 1,047 JPY 156,8 Ouro 2.935$ Brent 75,1$ WTI 71,1$ Bitcoin -4,4% (91.467$) Ether -8,6% (2.496$).

 

FIM

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

BDM 181024

 China e Netflix contratam otimismo Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato* [18/10/24] … Após a frustração com os estímulos chineses para o setor imobiliário, Pequim anunciou hoje uma expansão de 4,6% do PIB/3Tri, abaixo do trimestre anterior (4,7%), mas acima da estimativa de 4,5%. Vendas no varejo e produção industrial, divulgados também nesta 6ªF, bombaram, sinalizando para uma melhora do humor. Já nos EUA, os dados confirmam o soft landing, ampliando as incertezas sobre os juros, em meio à eleição presidencial indefinida. Na temporada de balanços, Netflix brilhou no after hours, enquanto a ação de Western Alliance levou um tombo. Antes da abertura, saem Amex e Procter & Gamble. Aqui, o cenário externo mais adverso influencia os ativos domésticos, tendo como pano de fundo os riscos fiscais que não saem do radar. … “O fiscal continua sentado no banco do motorista”, ilustrou o economista-chefe da Porto Asset, Felipe Sichel, à jornalista Denise Abarca (Broadcast) para explicar o pa...

NEWS 0201

 NEWS - 02.01 Agora é com ele: Galípolo assume o BC com desafios amplificados / Novo presidente do Banco Central (BC) agrada em ‘test drive’, mas terá que lidar com orçamento apertado e avanço da agenda de inovação financeira, em meio a disparada no câmbio e questionamentos sobre independência do governo- O Globo 2/1 Thaís Barcellos Ajudar a reverter o pessimismo com a economia, administrar a política de juros, domar o dólar e a inflação — que segundo as estimativas atuais do mercado deverá estourar a meta também este ano —, além de se provar independente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, são os maiores desafios de Gabriel Galípolo à frente do Banco Central (BC). Mas não são os únicos. Com o orçamento do BC cada vez mais apertado, o novo presidente do órgão tem a missão de dar continuidade à grande marca de seu antecessor, Roberto Campos Neto: a agenda de inovação financeira. Também estão pendentes o regramento para as criptomoedas e um aperto na fiscalização de instituições...

Várias contribuições