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Matinal Bankinter Portugal

 Análise Bankinter Portugal


SESSÃO: Esta madrugada, China baixou taxas de juros um pouco mais do que o esperado (12m 3,10% desde 3,35% e 5A 3,60% desde 3,85%), mas trata-se apenas de mais medidas de política que não resolvem nada estrutural e que darão pouco ou nenhum impulso às bolsas; nem sequer à sua. Fitch melhorou, na sexta-feira, a sua Perspetiva sobre Itália até Positiva desde Estável, mantendo BBB. E é provável que Moody’s melhore diretamente o seu rating, a 22 de novembro. A única referência macro de hoje é o Indicador Adiantado americano (15h), que não será brilhante (-0,3%). Nenhuma empresa americana de primeira linha publica, mas sim europeia, SAP, embora com o mercado já fechado (21:05h; EPS esperado 1,204€). Isso significa que hoje teremos distração, com tom misto. Pode ser +/-0,2%, por exemplo. 

 

Se não estivéssemos em plena temporada de publicação de resultados empresariais do 3T, o tom da semana seria determinado pela qualidade de uma macro abundante, principalmente americana: além do Indicador Adiantado americano de hoje, amanhã teremos o WEO (World Economic Outlook) do FMI; na quinta-feira, PMIs europeus e americano; na sexta-feira, IFO alemão e Pedidos de Bens Duráveis nos EUA. O tom do conjunto dos indicadores será provavelmente positivo, principalmente na frente americana, mas influenciará menos do que deveria, porque o fluxo de publicação de resultados empresariais tornar-se-á hiperintenso, incorporando muitas empresas europeias (SAP hoje, L’Oreal amanhã…), e isso fará com que a frente corporativa se anteponha à macro.  

 

Como consequência, o aspeto a vigiar mais de perto para tirar conclusões será comprovar se o saldo dos resultados americanos melhora em termos de EPS (Lucro por Ação). Esperando-se +5,1% para o S&P500, quando as 500 empresas tiverem publicado, até à sexta-feira passada o seu EPS era apenas +3,6%. Não é muito… nem o esperado, nem o conseguido. Mas se começar a melhorar, o que teria sentido, porque publicarão empresas maiores e muitas tecnológicas, então as bolsas animar-se-ão um pouco mais, sem perder a sua atual precaução perante uma represália contra o Irão, que poderá materializar-se a qualquer momento (e cada vez mais próxima das eleições americanas). Não devemos esperar demasiado, mas talvez uma melhoria progressiva do ânimo das bolsas, se os resultados empresariais proporcionarem apoio. 

 

Wall St. está há 6 semanas consecutivas a subir (Europa não, alterna entre subidas e retrocessos), o que demonstra que, quando não surge nada atípico que o dificulte, a inércia é modestamente em alta, de subida suave. Nada enérgico, mas de predisposição positiva. Isso é o que poderemos conseguir esta semana, se a melhoria da qualidade dos resultados empresariais ocorrer e se nenhum obstáculo aparecer no caminho (Irão…). 

 

S&P500 +0,4% Nq-100 +0,7% SOX +0,1% ES-50 +0,8% IBEX +0,2% VIX 18,0% Bund 2,19% T-Note 4,08% Spread 2A-10A USA=+12pb B10A: ESP 2,87% PT 2,62% FRA 2,90% ITA 3,35% Euribor 12m 2,709% (fut.12m 2,068%) USD 1,087 JPY 162,3 Ouro 2.728$ Brent 73,4$ WTI 69,6$ Bitcoin +0,9% (69.009$) Ether +3,5% (2.736$) 

 

FIM

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