Se tem algo que não dá para negar é que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preocupa-se com valores familiares – valores, deixe-se claro, pecuniários; e familiares, no caso, são parentes chegados, assim como ele, em um bom trambique. Lula foi o maior paizão, o maior irmão, o maior tiozão. Bastante generoso ele, desde que tal generosidade viesse em forma de dinheiro dos cofres da empreiteira Odebrecht. Para ajudar o filho Luís Cláudio Lula da Silva, por exemplo, o ex-presidente colocou-se na função de relações públicas numa reunião com o patriarca da empresa, Emílio Alves Odebrecht: “foi uma conversa de pai para pai, Lula como pai do Luís Cláudio, o Emílio como pai do Marcelo”, assim definiu o encontro, em sua delação, o ex-diretor de relações institucionais Alexandrino Alencar. O pai Emílio incumbiu o pai Lula da missão de aplainar as relações entre a ex-presidente Dilma Rousseff e Marcelo Odebrecht, porque as “conversas entre ambos não fluíam”, donos que são de “personalidades muito fortes” – em palavras do andar de baixo e não dá cobertura, o que Alexandrino quis dizer é que os santos dos dois não batiam. Lula imediatamente se prontificou a pavimentar o caminho dessa relação e (cifrão nos olhos) bateu-lhe o instinto da paternidade: pediu então a Emílio que auxiliasse Luís Cláudio em um plano que lhe era muito caro – não caro de querido, entenda-se, caro de grana mesmo.
Sou Economista com dois mestrados, cursos de especialização e em Doutoramento. Meu objetivo é analisar a economia, no Brasil e no Mundo, tentar opinar sobre os principais debates da atualidade e manter sempre, na minha opinião essencial, a independência. Não pretendo me esconder em nenhum grupo teórico específico. Meu objetivo é discorrer sobre varios temas, buscando sempre ser realista.
segunda-feira, 17 de abril de 2017
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