Na decisão do Copom desta quarta-feira, muitos ainda acreditavam num corte de 0,5 ponto percentual, numa postura mais cautelosa diante do “risco Trump” e das dificuldades da agenda fiscal e do processo político. As evidências, no entanto, demonstravam uma economia ainda muito fragilizada e a inflação desacelerando. No fim, prevaleceu o bom senso e a taxa Selic foi reduzida em 0,75 ponto percentual, a 13%. Agora, diante de uma inflação de 6,3% no ano passado, a taxa de juros real foi a 6,3%, havendo espaço para recuar a 4% no médio prazo. Diante de uma inflação que deve convergir para o centro da meta (4,5%), não será surpresa se a taxa Selic recuar a 9% ao final de 2017. Para isso, no entanto, o cenário político tem que desanuviar e o fiscal avançar, com a economia voltando a crescer.
Sou Economista com dois mestrados, cursos de especialização e em Doutoramento. Meu objetivo é analisar a economia, no Brasil e no Mundo, tentar opinar sobre os principais debates da atualidade e manter sempre, na minha opinião essencial, a independência. Não pretendo me esconder em nenhum grupo teórico específico. Meu objetivo é discorrer sobre varios temas, buscando sempre ser realista.
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