Análise Bankinter Portugal
SESSÃO: Europa subiu com alguma energia, animada pela expetativa de menor agressividade nos impostos alfandegários (poderão ser um pouco menos “recíprocos”, afirmou Trump, mas qualquer um pode confiar nele…), pelo cessar-fogo no Mar Negro e o compromisso de não atacar objetivos energéticos e, principalmente, a melhoria do IFO alemão. Este inquérito a 9000 empresas de todos os setores melhorou a sua componente de Expetativas após a aprovação do histórico pacote de medidas fiscais. Os EUA subiram minimamente, liderados pela tecnologia, apesar de uma Confiança do Consumidor mais fraca do que o esperado que está no nível mais baixo desde janeiro de 2021 (92,9 vs. 100,1 anterior e média de 111 nos últimos 10 anos). Soma-se à lista de indicadores adiantados que antecipam uma desaceleração do ciclo, mas o castigo recente às grandes tecnológicas atuou como isco para atrair “caçadores de pechinchas”.
Hoje iniciamos boas notícias na frente de preços no Reino Unido. O IPC modera-se mais do que o esperado em fevereiro (Taxa Geral +2,8% vs. +3,0% esperado e anterior; Subjacente +3,5% vs. +3,6% esperado e +3.7% anterior). E embora regresse a confusão à frente comercial – o cobre alcança máximos perante o receio de impostos alfandegários – de momento parece que o mercado “comprou” a abordagem de um planeamento um pouco mais pragmático a 2 de abril, já que mais agressividade “seria prejudicial para os consumidores americanos” (Trump). Mais à frente, destacam-se os Pedidos de Bens Duráveis nos EUA (12:30 h), que com -1% m/m esperado confirmarão a perda de tração da economia americana, mas é dado de fevereiro e não deverá ter grande impacto.
Sem mais referências, podemos ver outra sessão ligeiramente em alta nas bolsas. Parece ter enraizado uma certa complacência/esperança de que os americanos acabarão por disparar um tiro no pé e não serem muito destrutivos com os impostos alfandegários (que, em qualquer caso, são prejudiciais para todas as partes), e os caçadores de pechinchas tentarão pescar em águas agitadas, especialmente nas grandes tecnológicas que encaixam correções de ~-15% desde os máximos de dezembro.
CONCLUSÃO TELEGRÁFICA: Visibilidade reduzida e vaivém de ditos e desmentidos sobre impostos alfandegários americanos, mas a deterioração recente e evidente de todos os indicadores adiantados americanos inclina os otimistas para uma abordagem mais moderada com os impostos alfandegários. As quedas recentes, especialmente na tecnologia, são tentadoras a estes níveis para alguns. Hoje poderá ser suficiente para manter a inércia em alta de ontem.
S&P500 +0,2% Nq-100 +0,5% SOX -0,7% ES-50 +1,1% IBEX +1,2% VIX 17,2% Bund 2,79% T-Note 4,32% Spread 2A-10A USA=+32pb B10A: ESP 3,42% PT 3,30% FRA 3,48% ITA 3,89% Euribor 12m 2,35% (fut.12m 2,34%) USD 1,079 JPY 161,8 Ouro 3.020$ Brent 73,2$ WTI 69,2$ Bitcoin -0% (87.896$) Ether -1% (2.066$)
FIM
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